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33 years Rio de Janeiro - (BRA)
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Infelizmente, gostaria de assistir filmes com mais frequencia mas por ora tenho que me contentar com o tempo que resta. Para mim, cinema é um eterno aprendizado. Não sou aqueles cinéfilos ratos que tem grande profundidade mas sou um simples entusiasta da arte que comenta o que acha podendo acertar e errar em proporções diversas mas estou aqui para aprender com quem entende de cinema, o público e me ajudar a ampliar os meus horizontes. ;)

Últimas opiniões enviadas

  • Carlos Barros

    ''O mar trás muitas coisas.''
    Também conhecido pelo titulo Liza, La Cagna é um aquecimento do que Ferreri iria fazer no ano seguinte em A Comilança. Se tratando de La Grande Bouffe, sabemos o quanto a burguesia procura sua auto destruição em forma de alegoria grotesca onde a natureza humana e um universo em desumanização criam um pacto, no caso de Liza, esta destruição é vista por um processo crescente de animalização. Ferreri não esta nem ai para os sentimentos humanos burgueses, o absurdo real é apenas um ponto de partida mas o grande problema de Liza é que ao contrario de A Comilança onde você testemunha este caos, a montagem do filme por muitas vezes não favorece em sua acidez: quando Liza já age como o cão Melampo, o filme se perde em cenas vagas que não acrescentam e vai ficando cansativo já nos seus finais. A intensidade de Ferreri continua encantando mas em Liza, a estranheza me soou lenta.

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  • Carlos Barros

    ''Você tem razão. Onde se encontra um objetivo? Fazemos apenas o bastante para evitar a fome. A terra é granito. Trabalhamos porque não há nada mais a se fazer.''
    Chabrol é um daqueles caras lá da turma da Cahiers que eu nunca tinha visto um filme sequer dele e então para sanar essa divida resolvi pegar seu filme de estreia. O filme tem uma filosofia interessante: quando retornamos a nossa cidade natal, a cidade é que mudou ou as pessoas que mudaram? François acha que com seu retorno para descansar, ele iria reviver suas memórias pessoais mas ele acaba encontrando no seu vilarejo natal, uma realidade brutal de pessoas marginalizadas que moram no fim de mundo, sem nenhum desenvolvimento e nenhuma esperança. O enfado que os personagens vivem o tempo todo (ao contrário de François que quer ajudar de alguma forma) reflete na falta de alguma realização pessoal, são personagens amargurados onde uns explodem, outros fuxicam, outros enche a cara e outros remoem. Chabrol nos presenteia com um filme muito fácil de acompanhar em uma primeira direção segura e as atuações de Brialy e Brain são incríveis. O vício de Claude Chabrol é degradação e humilhação.

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  • Carlos Barros

    '' Ela não tem vocação, não tem importância diante dos negócios e da necessidade. Então, a vítima é conduzida ao templo e oferecida em sacrifício que ao invés de glorificar a Deus, torna-se execrável aos olhos dele e provoca sua vingança.''

    Suzanne não tem vocação para ser freira, ela só quer liberdade e mais nada e este desejo de um espírito livre que ela mesma não sabe como definir mas sabe e quer sentir, este sentimento é retirado dela e enclausurado em instituições religiosas politicamente materialistas e cruelmente alienadas. Rivette não tem meios modos quando o assunto é usar a obra de Diderot para criticar e também satirizar em estilo assombroso, a vida desta mulher condenada em dois conventos diferentes mas ambos com as mesmas perversidades: o convento de Longchamp onde o histérico fanatismo a leva para degradações físicas terríveis e depois ela é transferida para o convento de Saint Eutrope onde o paraíso de freiras sorridentes na verdade esconde desejos libidinosos. Jacques cria praticamente um terror do enclausuramento e é interessante observar que para um cara da Nouvelle Vague como Rivette, A Religiosa tem um estilo clássico mais para o convencional em termos de técnica mas mesmo com uma obra tensa em um estilo quase suspense, alguns elementos criam este impacto como o som crescente do sino da igreja ou a trilha de suspense de Jean Claude Eloy, por exemplo. Enfim, A Religiosa é uma personagem que procura ser ela mesma mas acaba esbarrando e se martirizando na condenação da fé.

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  • Nenhum recado para Carlos Barros.

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