A ambientação é o ponto alto do filme. É inegável o quanto o sul da Louisiana é propício para contar estórias do gênero. Pena que a maioria das cenas de tensão são mais curtas do que deveriam, quando se espera o grande susto, a cena acaba e ele não vem.
A atuação é apenas razoável, mas não decepciona tanto. Já a dublagem nacional parece prover dos tais aplicativos de dublagem, infelizmente.
Não há como assistir e não se lembrar de A Chave Mestra (2005), apesar de este aqui estar alguns degraus abaixo.
Está tudo lá, o mesmo lugar, a mocinha da cidade deslocada, o dono da casa misterioso, a necessidade de acreditar no voodoo e até o final.
Em resumo, o filme é razoável, inicia bem e aos poucos vai se perdendo como quem enche a mão de areia e então a fecha. Poderia ter optado por investir mais no suspense/investigativo e economizar um pouco nas explicações do final. Vale um cinema? em dias de promoção sim.
Este filme e o primeiro na verdade se completam. Cada qual mostrando um lado diferente da realidade do expurgo. Aqui sentimos o clima das ruas, um lugar onde ninguém está seguro, e é justamente esta sensação de insegurança que mantém o clima de suspense do longa.
Esta sequencia continua a explorar as motivações e consequências da lei do expurgo, no entanto revela mais alguns detalhes do que está por trás da lei. Mostrar a visão das ruas sobre o expurgo era um clamor desde o primeiro filme. Agora para garantir o sucesso da nova continuação já agendada, será necessário encontrar uma nova forma de explorar a temática da série.
Frank Grillo ótimo em cena, é um ator que apesar de sempre elogiado por muitos, infelizmente ainda vem sendo pouco explorado no cinema.
Ao assistir é quase impossível não se lembrar dos filmes de ação dos anos 80. Além do clima extremamente parecido, aqui também se desenvolveu a trama com baixo orçamento.
O grande trunfo do filme é dar ao público o que todos queriam ver, o Parque definitivamente aberto. Neste ponto ele não decepciona, a oportunidade de passear pelas atrações imaginadas pelo criador John Hammond e tudo ainda acompanhado da música tema original, sem dúvidas agrada à todos que assistiram a origem da série. Sem falar nas diversas referencias ao filme de 93, nada que atrapalhe os iniciantes neste mundo.
Depois da apresentação do local e dos personagens, quase que releituras do original infelizmente, a ação quase ininterrupta que permeia toda a película empolga e prende a atenção de todos. Eis aqui, o maior mérito do filme. Embora possa incomodar um pouco, uma sucessão de cenas repetidas, ver as pessoas escondidas enquanto vemos os focinhos dos dinossauros se aproximando, ocorre aqui tantas vezes que dá sempre um ar de mais do mesmo.
Nas atuações, o casal de protagonistas se sai bem, Chris Pratt em personagem similar, dá mais uma passo para se tornar o novo Indiana Jonas e Bryce Dallas Howard bem como sempre, consegue atrair empatia, apesar das características da personagem.
Existem sim alguns deslizes do roteiro, mas também não se pode deixar de notar que determinadas situações ocorreram conscientemente, visto que o próprio roteiro faz piada com elas, foi assim com os garotos concertando carros antigos e os sapatos de salto alto usados para correr e para andar na lama.
O vilão Indominous Rex, não tão inovador como se prometia, assusta ao menos as crianças. Já o 3D é comum e não faz diferença.
Estranho ver as pessoas cobrando novidades, é preciso ter consciência de que em um filme com a mesma temática é meio difícil criar cenas que já não tenham sido mostradas em 3 outros longas.
Por fim, Jurassic World foi uma homenagem digna, que acabou se tornando o segundo melhor filme da série. Definitivamente este seria e deveria ser um final justo para a franquia. No entanto, ela não deverá acabar agora, devido ao grande lucro obtido.
Desnecessário dizer que não é um filme para qualquer um, ele agradará mesmo os fãs do trash. Mas quem puder se livrar dos preconceitos e der uma oportunidade ao filme provavelmente não irá se arrepender.
Apesar de uma temática um pouco diferente o filme forma uma trilogia com os filmes Mangue Negro (2008) e Mar Negro (2014), todos cria de um tal Rodrigo Aragão, atualmente o melhor nome do terror/trash nacional. Ele é praticamente um faz tudo, editor, diretor, roteirista e desenvolvedor de maquiagem e efeitos especiais.
O filme foi a prova de que Aragão se especializou em fazer filmes interessantes com poucos recursos, enquanto tantas porcarias recebem milhões de incentivo, do governo inclusive, e geram resultados pífios.
Nas atuações, apesar de algumas serem fracas e alguns palavrões serem gratuitos, nada contra palavrões, mas alguns soam meio forçados. Destaque para o ator e diretor Petter Baiestorf que aqui faz um personagem icônico, digno de ser lembrado.
A disputa entre as famílias apesar de rivalizar um pouco com o monstro acaba por tornar a película ainda mais interessante e menos enjoativa. Mérito do roteiro que consegue contextualizar bem a motivação dos personagens.
Como sempre digo, filmes nacionais que não sejam romance/comédia já merecem de cara uma estrela, aqui devemos outra pelos excelentes resultados obtidos com tão poucos recursos.
O segredo do sucesso de público e renda desta série da Marvel é bem simples, quando se tem vários personagens de sucesso dos quadrinhos em um único filme, você automaticamente atrai os amantes de cada um deles. Logo, se o objetivo do filme é apenas financeiro ótimo, mas se for o de fazer um filme marcante, aí é necessário bem mais do que isso.
Acontece que o alto número de personagens impede que o espectador se envolva com eles, e isso que já era um problema desde o primeiro filme continua agora pela entrada de novos personagens. Embora neste segundo filme a produção tenha sido mais competente, no que diz respeito a dividir o tempo e a importância em tela dos personagens, isso ainda incomoda.
Além disso, o filme ainda sofre com outros deslizes. Foi até constrangedor ver a pseudo piada com o Capitão, no início do filme, ser tão explora. E o envolvimento entre Hulk e a Viúva soa forçado e não convence. Sem contar a indecisão em decidir qual a real habilidade da Feiticeira.
A direção de Whedon também é a mesma de sempre e mostra que a série neste aspecto, precisa de renovação urgente.
Por fim, impossível não notar que a Marvel definitivamente precisa de vilões melhores. Grandes filmes do gênero precisam de grandes vilões, e a impressão de que nada de errado irá acontecer com os heróis segue por todo o filme. O vilão Ultron em momento algum é uma ameaça real e ainda apanha em todas as sequencias de batalha em que participa, e são várias. Quase dá saudades do velho Loki que também não é grande exemplo.
Por outro lado, ótimas foram as cenas em flashback sobre o passado da Viúva, que poderia ganhar um filme solo, se possível com uma visão mais séria e sombria, ou seja, menos Vingadores e mais Demolidor.
Em resumo, se o interesse do espectador é apenas esquecer da vida e buscar diversão pura e simples, evidentemente que o filme funciona. Para este público e os fãs da franquia tudo certo. No entanto, caso a Marvel não mude seus conceitos, pode até continuar lucrando bem por um tempo, mas vai começar a perder até mesmo aqueles que são seus fãs.
O melhor seria deixar a memória do original quieta, mas já que querem mesmo faturar com a marca, pelo menos ao invés de fazer remake poderia ter sido feita uma continuação (Mad Max acabou de provar que bem feito, pode funcionar).
Só para citar um exemplo: Utah poderia estar procurando por Bohdi, após aparecerem pistas de que ele ainda estaria vivo. O que o levaria atrás de um novo grupo de assaltantes viciados em adrenalina. Poderiam colocar o sr. AHA, Morten Harket interpretando o personagem, ele e Swayze eram muito parecidos.
De qualquer modo, digam o que quiserem, mas o pôster ficou sensacional. Vamos esperar e torcer para que não aconteça o pior.
Excelente thriller, e extremamente competente em manter a atenção do público, o filme norueguês fez sucesso logo no lançamento.
O filme é repleto de simbolismos que criticam o capitalismo e a sociedade norueguesa, que possui um certo complexo de inferioridade em relação aos suecos.
Roger nada mais é do que a personificação da sociedade capitalista atual, que ao longo do filme vai perdendo tudo o que julgava ser importante na vida. Repentinamente retirado de sua zona de conforto e obrigado a enfrentar o inimigo na área de domínio deste outro, é impossível não torcer pelo seu sucesso.
O fato de manter o protagonista isolado e sem saber em quem confiar, ajuda a manter o clima de tensão constante. Exibindo cenas de violência que podem ser até consideradas fortes por alguns, mais nunca gratuitas e contrastando com cenas bem humoradas, o tempo passa rápido.
A atuação do protagonista Aksel Hennie é excelente, sendo obrigatório reparar nas diversas expressões faciais do ator que refletem bem as situações enfrentadas pelo personagem. Também competente e seguro está Nicolaj Coster-Waldau, mais conhecido pela participação na série Game of Thrones, aqui ele é competente por fazer o simples.
Também destaque para o roteiro extremamente inteligente e bem amarrado. Sem dúvidas uma ótima opção para fans do gênero, entra sempre para aquela lista do deveria ter visto anteriormente.
Sem dúvida um dos maiores clássicos dos anos 80, o maior mérito do filme é possuir algo que poucos filmes possuem, o poder de ser assistido diversas vezes sem enjôo.
Contando com mais um roteiro com participação de Stallone que contém lições sobre a vida. Mesmo repleto de clichês e frases de efeito, ele trás ótimos exemplos na relação entre pai e filho. E até hoje nos faz refletir sobre o pouco tempo que os pais passam com seus filhos.
Outra observação importante é a forma como a dublagem (a original) funciona bem, tornando-o um dos poucos filmes onde o som original não faz falta. Vale observar que o filme possue duas versões de dublagens diferentes, sendo a primeira delas infinitamente superior.
A trilha sonora excelente, praticamente todas as músicas ótimas, se encaixa perfeitamente no filme. Algumas cenas do filme, como as cenas da virada do boné, o depoimento de Falcão durante o campeonato e a cena da luta final da queda de braço são clássicos definitivamente.
Melhor frase do filme, mito: ''Ser campeão não é a coisa mais importante. Eu...preciso é do caminhão''
Após três anos de espera, tempo decorrido desde o inicio das filmagens e depois refilmagens. Chegamos a conclusão de que valeu a pena esperar.
Pode se dizer que o filme se resume a uma perseguição única com breves pausas. A perseguição tem elementos mesclados já vistos nas perseguições do segundo e terceiro filmes, porém em uma escala muito maior. Obviamente fruto do que o dinheiro pode comprar. Importante observar que dos primeiros filmes, apenas o terceiro tinha um orçamento mediano, ou seja, Miller aprendeu a fazer muito com pouco. Quem nunca viu um dos filmes da série não sentirá falta, mas quem já assistiu aos demais irá notar diversas referências aos demais filmes.
As cenas de luta, como na grande parte dos filmes de ação atuais, possuem movimentos de câmera frenéticos, no entanto aqui é possível se entender perfeitamente o que está havendo, coisa que a maioria dos filmes não consegue.
A dupla de protagonistas está excelente. Hardy, confirmou que foi mesmo a melhor escolha possível. Observando com atenção se pode notar que até certas expressões e gestuais lembram Mel Gibson. Pelo rosto, se pode observar que ele está levemente acima do peso, no entanto o figurino bem aplicado consegue disfarçar bem e só percebem os mais atentos.
Da direção, não há o que falar, faz o melhor possível para este gênero de filme. A trilha sonora está excelente e perfeitamente encaixada dentro do filme. Destaques também para a fotografia e edição de som, a segunda certamente será indicada ao Oscar.
O 3D está na média dos padrões atuais, sendo até dispensável, já o mesmo não se pode falar da tela grande, assistir em IMAX ou no mínimo em MacroXE é quase obrigatório. A dublagem excelente como poucas, possue pequenas falhas apenas no inicio do filme.
Para quem já assistiu todos os anteriores fica uma leve sensação de que faltou alguma coisa, talvez provocada pelo excesso de expectativa. Ainda sim, o filme cumpre o que promete. No entanto, permaneço com o pensamento claro de que não é necessário continuar.
A cena de abertura já é um prenúncio do que viria a seguir. A introdução musical seguida do plano do corredor e o protagonista com sua bateria ao fundo, seguindo com a posterior aproximação da câmera já cria uma daquelas cenas dignas dos grandes filmes.
Whiplash é um filme sobre um homem obcecado em se tornar o melhor em algo, não importando quais sacrifícios sejam necessários para isso. Um jovem que vive unicamente em função de alcançar seu objetivo.
O filme é simples e direto, pontos para o roteiro enxuto e objetivo. Até como uma forma de focar exclusivamente na entrega do personagem, em momento algum perde tempo tentando aprofundar o drama familiar ou criando romances, como forma de tentar aumentar a empatia do protagonista com o público. Ou seja, o filme é o que é, sem truques ou subterfúgios.
As atuações da dupla de protagonistas é simplesmente impressionante. Milles Teller surpreende em encarrar tão bem o personagem, de forma a dar a impressão que ele mesmo tem um pouco do personagem em si. Certamente deverá ter sido ao menos indicado ao Oscar.
J.K Simmons tem uma atuação incrível, ao vê-lo em tela como o Prof. Fletcher é impossível não lembrar de seu personagem na série OZ, quase tão cruel quanto, não seria absurdo pensar que ambos poderiam ser parentes por exemplo. Oscar muito merecido.
Vale também comentar como é bom também voltar a ver Paul Reiser nas telas.
A direção é excelente e extremamente segura, alternando muito bem entre planos abertos e closes. Closes que nos transportam para os personagens quase como se pudessemos entrar nas mentes deles.
Sem dúvidas um daqueles filmes que dão vontade de assistir novamente logo após a exibição. O final é fantástico e me deixou rindo sozinho por algum tempo. Não tanto tempo quanto a bateria insiste em tocar dentro de nossas cabeças.
Não apenas o melhor filme de super-heróis de todos os tempos, mas porque não dizer um dos melhores filmes sobre a máfia já produzidos. Ou simplesmente um dos melhores filmes de todos os tempos.
As atuações são todas ótimas. Bale brilhante, como de costume. Mas o destaque fica para Ledger que eternizou o personagem Coringa, sua morte repentina logo após as gravações serviram para marcá-lo definitivamente como o personagem. Talvez nenhum outro ator esteja tão atrelado a um personagem como ele. Clarke Gable como Rhett Butler talvez se aproxime.
A direção de Nolan de tão boa, acaba fazendo o filme se tornar uma espécie de fantasma em sua carreira, um marco, o filme a ser superado. Por isso suas produções posteriores são sempre comparadas a esta.
Com roteiro extraordinário e também perfeito em todos os quesitos técnicos. O filme acerta onde a maioria via de regra erra que é em explorar com maestria os conflitos morais dos personagens. Como resultado é extremamente fácil absorver a longa duração do filme.
Difícil descrever resumidamente o filme, sendo que talvez apenas uma simples palavra sirva: Épico.
Bom filme, bem estruturado e também bem desenvolvido, cativa e conquista o público com facilidade. O filme não tem pressa de desenrolar a estória, mas nem por isso fica entediante. Como sempre faço, volto a elogiar a tentativa de desenvolver filmes nacionais em gêneros variados. Esse é o caminho e tem que ser seguido.
A dupla de protagonistas vai muito bem na atuação. Bom também ver Bruno Giordano em cena, excelente ator, ele deveria ser mais bem aproveitado na TV.
Pessoalmente gostaria de um pouco mais de ação, naquela cena de quase vingança de Caio na casa de Mari, mas seu personagem era apenas um golpista e não um assassino
Realmente a ideia do filme é boa, mas foi mal aproveitada. As cenas num espaço confinado até ajudam e funcionam, mas fica a sensação de que faltou algo. A sequência de ação com perseguição ao motoqueiro ficou péssima, principalmente os efeitos dos tiros. Deveria ter sido excluída.
As atuações são apenas medianas e o que mais se destaca Milhem Cortaz, infelizmente faz novamente seu papel de sempre. Blat se esforça, mas tem pouco espaço. Talvez tenham exagerado no número de policiais, por fim todos acabam com pouco tempo para serem explorados. Já o dono do morro nem se fala, péssimo e inverossímil, nunca senti tantas saudades do Zé Pequeno
Ponto muito negativo para a exploração da imagem e voz de Sergio Cabral e daquele bandido dos 9 dedos.
Vale a tentativa do cinema nacional de fugir das costumeiras comédias. Tomará que o aparecimento de produções de diversos gêneros continuem a aparecer.
Apesar dos efeitos de segunda linha, lembrando que a produção tinha um assumido baixo orçamento. O filme cumpre bem a proposta de suspense e de fazer os expectadores pensarem. Segue assim como outros filmes a linha de que o pior mostro é mesmo o ser humano. O final corajoso, apesar de desagradar alguns, chama a atenção e merece respeito.
O filme mostra que o ser humano sob pressão e condições extremas é capaz de tudo. Logo, o grande truque é mostrar que o grande vilão não são ou infectados e sim o próprio ser humano. Por este motivo no terço final do filme os infectados perdem um pouco de espaço.
As atuações do casal principal são boas, principalmente o sempre ótimo Cillian Murphy que aqui faz sua primeira grande exposição no cinema.
Sem dúvidas um dos melhores filmes do gênero. Inclusive que mudou a forma de fazer filmes do gênero e inspirou diversas outras produções. Um de seus maiores mérito é garantir a tensão constante e a sensação de algo de ruim sempre está para acontecer. As cenas da cidade vazia então são excelentes e os infectados ágeis dão um tom acelerado, mais não em exagerado, nas cenas de ação.
Prefiro tratar este filme como uma chance de fugir do lugar comum das produções nacionais, fato que convenhamos deveria ser mais frequente. Nem teria como exigir muito dele.
É importante também ter a visão de outra cidade fora do eixo Rio-São Paulo, apesar de algumas reclamações de que poucos lugares atraentes da cidade teriam sido mostrados.
Algumas situações tem sim sua graça, inclusive mais que muitas comédias de maior orçamento. Verdade também que os atores principais não são incríveis, mas também não comprometem tanto.
Só fico pensando como um casal com as profissões daqueles que vemos no filme conseguem pagar o aluguel de um condomínio que parece ser bem classe média, mesmo que seja a classe média nos padrões dos nossos governantes atuais.
Infelizmente apesar da ideia básica do filme ser boa, ela foi muito mal aproveitada. A grande maioria das piadas são forçadas sendo quase impossível arrancar sorrisos espontâneos do público.
Nas atuações vão bem Monica Iozzi e claro o garoto Koreano, justamente os dois personagens que pelo roteiro não eram os responsáveis por arrancar risadas do público. Chega até ser meio estranho ver tantos bons comediantes, aparentemente sem timing, ou sem uma piada realmente engraçada, claro com uma ou outra exceção.
Em resumo, deve ser visto como a grande maioria das comédias nacionais. Ou seja, o que existe de graça está mais ligado as situações absurdas do que ao texto.
Ver Gandolfini em cena e inclusive como um personagem que lembra muito um Tony Soprano aposentado é sensacional. Vale de cara duas estrelas. Podem até dizer que se trata de um estereótipo, mas convenhamos que o ator é perfeito para este tipo de personagem, isso porque ele é a personificação exata do mesmo.
As atuações são todas excelentes, dignas dos bons nomes de Gandolfini, Hardy e Rapace. Destaque pra Hardy que está muito bem interpretando um cara misterioso, simplório e que aparenta, talvez propositalmente, um certo retardo mental.
O ritmo lento pode incomodar muita gente, na verdade o mesmo é meio que proposital para guardar o twist final. Embora é fato que isso talvez funcione melhor em um livro do que em um filme, lembrando que trata-se de uma adaptação. Por tanto, para aceitar bem o mesmo é necessário entender que não se trata de um filme de ação e sim de um thriller.
Chama muito a atenção, a tensão constante que nos acompanha em quase todas as sequencias, inclusive nas mais simples. A impressão que a qualquer momento algo ruim vai acontecer está sempre presente.
O que pode ser um tanto frustrante quando por diversas vezes esta expectativa não se realiza.
Em resumo, boa pedida para quem não está com pressa e quer curtir o último trabalho do sensacional James Gandolfini. Um daqueles atores que nunca conseguiu fazer um trabalho ruim e que deixou muitas saudades.
O filme é um bom drama com cenas de tribunal. Embora o roteiro por vezes se preocupe com fatos que não somam com o desenrolar da estória.
Realmente no inicio, devido às características do personagem é um tanto difícil separar Tony Stark de Downey Jr, mas com a virada do personagem a situação melhora.
As atuações são todas competentes, com destaque para Duvall e suas "batalhas" com Downey Jr. Sem dúvida, um elenco de apoio de luxo estava disponível neste filme, Billy Bob, Vera Farmiga e Vicent D'Onofrio e cumprem seu papel, apesar de terem pouco destaque.
Pessoalmente julgo que o filme poderia ter alguns minutos a menos. Mas no geral o resultado é positivo.
Vamos ser rápidos já que o mesmo não merece muita analise por se tratar de um filme bem Sessão da Tarde. Sem duvida Sean Bean sobrevivendo ao filme, de cara já vale uma estrela. Outra estrela tentativa de agradar aos fãs de ficção cientifica e ponto.
Os fatos que mais chamam a atenção no filme são o excesso de burocracia retratado e a forma como todos respeitam e obedecem as leis, inclusive os vilões. Uma boa critica ao possível futuro da humanidade.
A trama que exigiria mais tempo ou talvez um segundo filme para se desenvolver corretamente foi condensada em um só filme. Foi como tentar prender um tubarão numa lata de sardinha. Então, apesar de inicialmente ter calma e paciência para explicar as coisas, repentinamente, tudo acaba se desenrolando em apenas uma hora de projeção.
A correria só não foi maior do que as cenas de ação, destaque para o surf com as botas do protagonista, quase todas muito rápidas e com movimentos e enquadramentos de câmera que não permitem ao expectador entender bem o que esta acontecendo.
Como resultado, apesar do bom elenco, todos foram muito mal explorados em cena.
Em resumo, assista sem pensar na vida e sem querer analisar nada. Apenas curta sua pipoca.
O filme lembra o antecessor e vencedor do Oscar Guerra ao Terror, no que diz respeito a mostrar dois protagonistas que após experimentar a guerra, acabam por se sentirem mais a vontade nela do que em casa com suas famílias. Consequentemente acabam sempre por retornar a conflito, não mais por obrigação, mas por não verem muito sentido na "vida" fora dela.
A diferença é que enquanto William James era um mero viciado no "trabalho" e possuía cabeça mais aberta, fato que lhe dava certa capacidade de analisar e entender os motivos e nuances da guerra. Chris Kyle é fidedignamente retratado como um alienado, dono de um patriotismo exagerado, típico dos sulistas americanos (criados desde pequenos como amantes de armas, animais e do próprio pais, não necessariamente nesta ordem). Este típico patriotismo deve ser apenas aceito e não ser avaliado criticamente pelos expectadores, pois nesse caso é possível se formar um preconceito contra o filme.
A atuação de Cooper é boa e esta dentro da media que este vem apresentando nos últimos anos, obviamente não estava a altura do Oscar. A produção é bem cuidada, apesar de alguns problemas técnicos que na pratica não afetam a percepção ou diminuem o filme. A direção de Eastwood é firme e mostra um diretor já acostumado com filmes do gênero.
Em resumo o filme é competente, embora peca por não explorar mais os dilemas do protagonista. Consequentemente perdeu a chance de dar mais ênfase a psique do soldado e sua relação conturbada com a própria família, fato que poderia ter elevado o nível da produção. Como resultado temos um filme que não conseguiu ser muito acima da media nem na ação e nem no drama do protagonista.
O filme inova ao mostrar um fato ainda inexplorado no cinema, a guerra vista de dentro de um tanque. Apesar dos diversos filmes dedicados aos aviões e seus pilotos, ver cinco homens confinados em um pequeno espaço e precisando trabalhar juntos para sobreviver realmente inova. E apenas esta inovação já garante de cara umas duas estrelas.
As atuações são bem desenvolvidas e acredito que poucas vezes se viu um grupo tão coeso como este em cena. Embora o destaque seja dado aos personagens de Pitt e Lerman, ambos excelentes, os demais conseguem manter o bom nível.
A fotografia apesar de clássica para este tipo de filme está impecável e retrata bem o interior da Alemanha da época. Os efeitos visuais estão ótimos, destaque para a munição traçante que muitos criticam por puro desconhecimento, embora o fato tenha até sido explicado no inicio do filme.
O roteiro se não é excepcional é bem desenvolvido e apesar de como sempre tentar vangloriar o patriotismo americano, ao menos foi honesto e tentou equilibrar um pouco as coisas deixando claro que na guerra não existem aqueles que sejam 100% mocinhos ou bandidos.
As cenas de batalha são muito bem feitas, com destaque para o duelo contra o tanque Tiger. E mesmo para a sequencia final que apesar de um pouco exagerada ainda agrada.
Em minha opinião, julgando pelas cenas de ação, sem dúvida entra para o hall dos cinco melhores filmes de guerra de todos os tempos onde figuram Platoon, Apocalipse Now, Resgate do Soldado Ryan e Nascido para Matar.
O filme muda um pouco o foco da serie, já que aqui felizmente, não temos a perseguição a um grupo de sequestradores. Embora fosse algo necessário para evitar a mesmisse, isso derruba bastante a tensão do filme.
Determinadas cenas de ação são um tanto exageradas e trazem um pouco de falsidade ao filme (não que um homem de 60 anos batendo em todos não seja exagerado), mas isso é algo que nos primeiros filmes era menos evidente, mais controlado, menos sessão da tarde.
No elenco, Forest Whitaker se sai bem como sempre, mas acaba sendo um pouco mal aproveitado. Dá até vontade de ver o personagem novamente, porém com mais espaço. No mais, mais do mesmo, Neeson arrebentando todos, Grace mostrando os pezinhos. E Dougray Scott o eterno coadjuvante de luxo que nunca será protagonista.
Em resumo é um bom filme, embora não seja espetacular e nem de longe o melhor da serie, que se possível, deve mesmo terminar.
Começa muito bem, mas depois de uns 25 min perde um pouco o rumo e somente recupera parcialmente nos minutos finais. Ainda sim é um bom divertimento para o público geral, principalmente para as crianças. Para os adultos será mais interessante a versão em inglês para que se aproveite ao máximo as piadas do filme, que por vezes somem na tradução. E sabemos que o senso de humor dos pingüins é ainda mais interessante que as situações vividas por eles.
Apesar de parecer duro de dizer, mas Rei Julien e os Pingüins são como o Scrat (o esquilo) de A Era do Gelo, coadjuvantes perfeitos, mas protagonistas desnecessários. Ao menos no que diz respeito a um longa metragem.
Em resumo é óbvio que não dá para esconder que o filme visa apenas interesses comerciais, e se apresenta apenas como uma versão estendida de um dos episódios da serie, no entanto nos livrando deste preconceito antes de assistir vemos que é possível se divertir com o filme.
Jessabelle: O Passado Nunca Morre
2.5 575 Assista AgoraA ambientação é o ponto alto do filme. É inegável o quanto o sul da Louisiana é propício para contar estórias do gênero. Pena que a maioria das cenas de tensão são mais curtas do que deveriam, quando se espera o grande susto, a cena acaba e ele não vem.
A atuação é apenas razoável, mas não decepciona tanto. Já a dublagem nacional parece prover dos tais aplicativos de dublagem, infelizmente.
Não há como assistir e não se lembrar de A Chave Mestra (2005), apesar de este aqui estar alguns degraus abaixo.
Está tudo lá, o mesmo lugar, a mocinha da cidade deslocada, o dono da casa misterioso, a necessidade de acreditar no voodoo e até o final.
Em resumo, o filme é razoável, inicia bem e aos poucos vai se perdendo como quem enche a mão de areia e então a fecha. Poderia ter optado por investir mais no suspense/investigativo e economizar um pouco nas explicações do final. Vale um cinema? em dias de promoção sim.
Uma Noite de Crime: Anarquia
3.5 1,2K Assista AgoraEste filme e o primeiro na verdade se completam. Cada qual mostrando um lado diferente da realidade do expurgo. Aqui sentimos o clima das ruas, um lugar onde ninguém está seguro, e é justamente esta sensação de insegurança que mantém o clima de suspense do longa.
Esta sequencia continua a explorar as motivações e consequências da lei do expurgo, no entanto revela mais alguns detalhes do que está por trás da lei. Mostrar a visão das ruas sobre o expurgo era um clamor desde o primeiro filme. Agora para garantir o sucesso da nova continuação já agendada, será necessário encontrar uma nova forma de explorar a temática da série.
Frank Grillo ótimo em cena, é um ator que apesar de sempre elogiado por muitos, infelizmente ainda vem sendo pouco explorado no cinema.
Ao assistir é quase impossível não se lembrar dos filmes de ação dos anos 80. Além do clima extremamente parecido, aqui também se desenvolveu a trama com baixo orçamento.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraO grande trunfo do filme é dar ao público o que todos queriam ver, o Parque definitivamente aberto. Neste ponto ele não decepciona, a oportunidade de passear pelas atrações imaginadas pelo criador John Hammond e tudo ainda acompanhado da música tema original, sem dúvidas agrada à todos que assistiram a origem da série. Sem falar nas diversas referencias ao filme de 93, nada que atrapalhe os iniciantes neste mundo.
Depois da apresentação do local e dos personagens, quase que releituras do original infelizmente, a ação quase ininterrupta que permeia toda a película empolga e prende a atenção de todos. Eis aqui, o maior mérito do filme. Embora possa incomodar um pouco, uma sucessão de cenas repetidas, ver as pessoas escondidas enquanto vemos os focinhos dos dinossauros se aproximando, ocorre aqui tantas vezes que dá sempre um ar de mais do mesmo.
Nas atuações, o casal de protagonistas se sai bem, Chris Pratt em personagem similar, dá mais uma passo para se tornar o novo Indiana Jonas e Bryce Dallas Howard bem como sempre, consegue atrair empatia, apesar das características da personagem.
Existem sim alguns deslizes do roteiro, mas também não se pode deixar de notar que
determinadas situações ocorreram conscientemente, visto que o próprio roteiro faz piada com elas, foi assim com os garotos concertando carros antigos e os sapatos de salto alto usados para correr e para andar na lama.
O vilão Indominous Rex, não tão inovador como se prometia, assusta ao menos as crianças. Já o 3D é comum e não faz diferença.
Estranho ver as pessoas cobrando novidades, é preciso ter consciência de que em um filme com a mesma temática é meio difícil criar cenas que já não tenham sido mostradas em 3 outros longas.
Por fim, Jurassic World foi uma homenagem digna, que acabou se tornando o segundo melhor filme da série. Definitivamente este seria e deveria ser um final justo para a franquia. No entanto, ela não deverá acabar agora, devido ao grande lucro obtido.
A Noite do Chupacabras
3.4 284 Assista AgoraDesnecessário dizer que não é um filme para qualquer um, ele agradará mesmo os fãs do trash. Mas quem puder se livrar dos preconceitos e der uma oportunidade ao filme provavelmente não irá se arrepender.
Apesar de uma temática um pouco diferente o filme forma uma trilogia com os filmes Mangue Negro (2008) e Mar Negro (2014), todos cria de um tal Rodrigo Aragão, atualmente o melhor nome do terror/trash nacional. Ele é praticamente um faz tudo, editor, diretor, roteirista e desenvolvedor de maquiagem e efeitos especiais.
O filme foi a prova de que Aragão se especializou em fazer filmes interessantes com poucos recursos, enquanto tantas porcarias recebem milhões de incentivo, do governo inclusive, e geram resultados pífios.
Nas atuações, apesar de algumas serem fracas e alguns palavrões serem gratuitos, nada contra palavrões, mas alguns soam meio forçados. Destaque para o ator e diretor Petter Baiestorf que aqui faz um personagem icônico, digno de ser lembrado.
A disputa entre as famílias apesar de rivalizar um pouco com o monstro acaba por tornar a película ainda mais interessante e menos enjoativa. Mérito do roteiro que consegue contextualizar bem a motivação dos personagens.
Como sempre digo, filmes nacionais que não sejam romance/comédia já merecem de cara uma estrela, aqui devemos outra pelos excelentes resultados obtidos com tão poucos recursos.
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraO segredo do sucesso de público e renda desta série da Marvel é bem simples, quando se tem vários personagens de sucesso dos quadrinhos em um único filme, você automaticamente atrai os amantes de cada um deles. Logo, se o objetivo do filme é apenas financeiro ótimo, mas se for o de fazer um filme marcante, aí é necessário bem mais do que isso.
Acontece que o alto número de personagens impede que o espectador se envolva com eles, e isso que já era um problema desde o primeiro filme continua agora pela entrada de novos personagens. Embora neste segundo filme a produção tenha sido mais competente, no que diz respeito a dividir o tempo e a importância em tela dos personagens, isso ainda incomoda.
Além disso, o filme ainda sofre com outros deslizes. Foi até constrangedor ver a pseudo piada com o Capitão, no início do filme, ser tão explora. E o envolvimento entre Hulk e a Viúva soa forçado e não convence. Sem contar a indecisão em decidir qual a real habilidade da Feiticeira.
A direção de Whedon também é a mesma de sempre e mostra que a série neste aspecto, precisa de renovação urgente.
Por fim, impossível não notar que a Marvel definitivamente precisa de vilões melhores. Grandes filmes do gênero precisam de grandes vilões, e a impressão de que nada de errado irá acontecer com os heróis segue por todo o filme. O vilão Ultron em momento algum é uma ameaça real e ainda apanha em todas as sequencias de batalha em que participa, e são várias. Quase dá saudades do velho Loki que também não é grande exemplo.
Por outro lado, ótimas foram as cenas em flashback sobre o passado da Viúva, que poderia ganhar um filme solo, se possível com uma visão mais séria e sombria, ou seja, menos Vingadores e mais Demolidor.
Em resumo, se o interesse do espectador é apenas esquecer da vida e buscar diversão pura e simples, evidentemente que o filme funciona. Para este público e os fãs da franquia tudo certo. No entanto, caso a Marvel não mude seus conceitos, pode até continuar lucrando bem por um tempo, mas vai começar a perder até mesmo aqueles que são seus fãs.
Caçadores de Emoção: Além do Limite
2.8 343 Assista AgoraO melhor seria deixar a memória do original quieta, mas já que querem mesmo faturar com a marca, pelo menos ao invés de fazer remake poderia ter sido feita uma continuação (Mad Max acabou de provar que bem feito, pode funcionar).
Só para citar um exemplo: Utah poderia estar procurando por Bohdi, após aparecerem pistas de que ele ainda estaria vivo. O que o levaria atrás de um novo grupo de assaltantes viciados em adrenalina. Poderiam colocar o sr. AHA, Morten Harket interpretando o personagem, ele e Swayze eram muito parecidos.
De qualquer modo, digam o que quiserem, mas o pôster ficou sensacional. Vamos esperar e torcer para que não aconteça o pior.
Headhunters
3.9 355Excelente thriller, e extremamente competente em manter a atenção do público, o filme norueguês fez sucesso logo no lançamento.
O filme é repleto de simbolismos que criticam o capitalismo e a sociedade norueguesa, que possui um certo complexo de inferioridade em relação aos suecos.
Roger nada mais é do que a personificação da sociedade capitalista atual, que ao longo do filme vai perdendo tudo o que julgava ser importante na vida. Repentinamente retirado de sua zona de conforto e obrigado a enfrentar o inimigo na área de domínio deste outro, é impossível não torcer pelo seu sucesso.
O fato de manter o protagonista isolado e sem saber em quem confiar, ajuda a manter o clima de tensão constante. Exibindo cenas de violência que podem ser até consideradas fortes por alguns, mais nunca gratuitas e contrastando com cenas bem humoradas, o tempo passa rápido.
A atuação do protagonista Aksel Hennie é excelente, sendo obrigatório reparar nas diversas expressões faciais do ator que refletem bem as situações enfrentadas pelo personagem. Também competente e seguro está Nicolaj Coster-Waldau, mais conhecido pela participação na série Game of Thrones, aqui ele é competente por fazer o simples.
Também destaque para o roteiro extremamente inteligente e bem amarrado. Sem dúvidas uma ótima opção para fans do gênero, entra sempre para aquela lista do deveria ter visto anteriormente.
Falcão: O Campeão dos Campeões
3.4 499 Assista AgoraSem dúvida um dos maiores clássicos dos anos 80, o maior mérito do filme é possuir algo que poucos filmes possuem, o poder de ser assistido diversas vezes sem enjôo.
Contando com mais um roteiro com participação de Stallone que contém lições sobre a vida. Mesmo repleto de clichês e frases de efeito, ele trás ótimos exemplos na relação entre pai e filho. E até hoje nos faz refletir sobre o pouco tempo que os pais passam com seus filhos.
Outra observação importante é a forma como a dublagem (a original) funciona bem, tornando-o um dos poucos filmes onde o som original não faz falta. Vale observar que o filme possue duas versões de dublagens diferentes, sendo a primeira delas infinitamente superior.
A trilha sonora excelente, praticamente todas as músicas ótimas, se encaixa perfeitamente no filme. Algumas cenas do filme, como as cenas da virada do boné, o depoimento de Falcão durante o campeonato e a cena da luta final da queda de braço são clássicos definitivamente.
Melhor frase do filme, mito:
''Ser campeão não é a coisa mais importante. Eu...preciso é do caminhão''
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraApós três anos de espera, tempo decorrido desde o inicio das filmagens e depois refilmagens. Chegamos a conclusão de que valeu a pena esperar.
Pode se dizer que o filme se resume a uma perseguição única com breves pausas. A perseguição tem elementos mesclados já vistos nas perseguições do segundo e terceiro filmes, porém em uma escala muito maior. Obviamente fruto do que o dinheiro pode comprar. Importante observar que dos primeiros filmes, apenas o terceiro tinha um orçamento mediano, ou seja, Miller aprendeu a fazer muito com pouco. Quem nunca viu um dos filmes da série não sentirá falta, mas quem já assistiu aos demais irá notar diversas referências aos demais filmes.
As cenas de luta, como na grande parte dos filmes de ação atuais, possuem movimentos de câmera frenéticos, no entanto aqui é possível se entender perfeitamente o que está havendo, coisa que a maioria dos filmes não consegue.
A dupla de protagonistas está excelente. Hardy, confirmou que foi mesmo a melhor escolha possível. Observando com atenção se pode notar que até certas expressões e gestuais lembram Mel Gibson. Pelo rosto, se pode observar que ele está levemente acima do peso, no entanto o figurino bem aplicado consegue disfarçar bem e só percebem os mais atentos.
Da direção, não há o que falar, faz o melhor possível para este gênero de filme. A trilha sonora está excelente e perfeitamente encaixada dentro do filme. Destaques também para a fotografia e edição de som, a segunda certamente será indicada ao Oscar.
O 3D está na média dos padrões atuais, sendo até dispensável, já o mesmo não se pode falar da tela grande, assistir em IMAX ou no mínimo em MacroXE é quase obrigatório. A dublagem excelente como poucas, possue pequenas falhas apenas no inicio do filme.
Para quem já assistiu todos os anteriores fica uma leve sensação de que faltou alguma coisa, talvez provocada pelo excesso de expectativa. Ainda sim, o filme cumpre o que promete. No entanto, permaneço com o pensamento claro de que não é necessário continuar.
Blood Bag.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraA cena de abertura já é um prenúncio do que viria a seguir. A introdução musical seguida do plano do corredor e o protagonista com sua bateria ao fundo, seguindo com a posterior aproximação da câmera já cria uma daquelas cenas dignas dos grandes filmes.
Whiplash é um filme sobre um homem obcecado em se tornar o melhor em algo, não importando quais sacrifícios sejam necessários para isso. Um jovem que vive unicamente em função de alcançar seu objetivo.
O filme é simples e direto, pontos para o roteiro enxuto e objetivo. Até como uma forma de focar exclusivamente na entrega do personagem, em momento algum perde tempo tentando aprofundar o drama familiar ou criando romances, como forma de tentar aumentar a empatia do protagonista com o público. Ou seja, o filme é o que é, sem truques ou subterfúgios.
As atuações da dupla de protagonistas é simplesmente impressionante. Milles Teller surpreende em encarrar tão bem o personagem, de forma a dar a impressão que ele mesmo tem um pouco do personagem em si. Certamente deverá ter sido ao menos indicado ao Oscar.
J.K Simmons tem uma atuação incrível, ao vê-lo em tela como o Prof. Fletcher é impossível não lembrar de seu personagem na série OZ, quase tão cruel quanto, não seria absurdo pensar que ambos poderiam ser parentes por exemplo. Oscar muito merecido.
Vale também comentar como é bom também voltar a ver Paul Reiser nas telas.
A direção é excelente e extremamente segura, alternando muito bem entre planos abertos e closes. Closes que nos transportam para os personagens quase como se pudessemos entrar nas mentes deles.
Sem dúvidas um daqueles filmes que dão vontade de assistir novamente logo após a exibição. O final é fantástico e me deixou rindo sozinho por algum tempo. Não tanto tempo quanto a bateria insiste em tocar dentro de nossas cabeças.
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraNão apenas o melhor filme de super-heróis de todos os tempos, mas porque não dizer um dos melhores filmes sobre a máfia já produzidos. Ou simplesmente um dos melhores filmes de todos os tempos.
As atuações são todas ótimas. Bale brilhante, como de costume. Mas o destaque fica para Ledger que eternizou o personagem Coringa, sua morte repentina logo após as gravações serviram para marcá-lo definitivamente como o personagem. Talvez nenhum outro ator esteja tão atrelado a um personagem como ele. Clarke Gable como Rhett Butler talvez se aproxime.
A direção de Nolan de tão boa, acaba fazendo o filme se tornar uma espécie de fantasma em sua carreira, um marco, o filme a ser superado. Por isso suas produções posteriores são sempre comparadas a esta.
Com roteiro extraordinário e também perfeito em todos os quesitos técnicos. O filme acerta onde a maioria via de regra erra que é em explorar com maestria os conflitos morais dos personagens. Como resultado é extremamente fácil absorver a longa duração do filme.
Difícil descrever resumidamente o filme, sendo que talvez apenas uma simples palavra sirva: Épico.
Confia em Mim
3.2 284 Assista AgoraBom filme, bem estruturado e também bem desenvolvido, cativa e conquista o público com facilidade. O filme não tem pressa de desenrolar a estória, mas nem por isso fica entediante. Como sempre faço, volto a elogiar a tentativa de desenvolver filmes nacionais em gêneros variados. Esse é o caminho e tem que ser seguido.
A dupla de protagonistas vai muito bem na atuação. Bom também ver Bruno Giordano em cena, excelente ator, ele deveria ser mais bem aproveitado na TV.
Pessoalmente gostaria de um pouco mais de ação, naquela cena de quase vingança de Caio na casa de Mari, mas seu personagem era apenas um golpista e não um assassino
Alemão
2.8 380Realmente a ideia do filme é boa, mas foi mal aproveitada. As cenas num espaço confinado até ajudam e funcionam, mas fica a sensação de que faltou algo. A sequência de ação com perseguição ao motoqueiro ficou péssima, principalmente os efeitos dos tiros. Deveria ter sido excluída.
As atuações são apenas medianas e o que mais se destaca Milhem Cortaz, infelizmente faz novamente seu papel de sempre. Blat se esforça, mas tem pouco espaço.
Talvez tenham exagerado no número de policiais, por fim todos acabam com pouco tempo para serem explorados. Já o dono do morro nem se fala, péssimo e inverossímil, nunca senti tantas saudades do Zé Pequeno
Ponto muito negativo para a exploração da imagem e voz de Sergio Cabral e daquele bandido dos 9 dedos.
Vale a tentativa do cinema nacional de fugir das costumeiras comédias. Tomará que o aparecimento de produções de diversos gêneros continuem a aparecer.
O Nevoeiro
3.5 2,6K Assista AgoraApesar dos efeitos de segunda linha, lembrando que a produção tinha um assumido baixo orçamento. O filme cumpre bem a proposta de suspense e de fazer os expectadores pensarem. Segue assim como outros filmes a linha de que o pior mostro é mesmo o ser humano.
O final corajoso, apesar de desagradar alguns, chama a atenção e merece respeito.
Extermínio
3.7 947O filme mostra que o ser humano sob pressão e condições extremas é capaz de tudo. Logo, o grande truque é mostrar que o grande vilão não são ou infectados e sim o próprio ser humano. Por este motivo no terço final do filme os infectados perdem um pouco de espaço.
As atuações do casal principal são boas, principalmente o sempre ótimo Cillian Murphy que aqui faz sua primeira grande exposição no cinema.
Sem dúvidas um dos melhores filmes do gênero. Inclusive que mudou a forma de fazer filmes do gênero e inspirou diversas outras produções. Um de seus maiores mérito é garantir a tensão constante e a sensação de algo de ruim sempre está para acontecer. As cenas da cidade vazia então são excelentes e os infectados ágeis dão um tom acelerado, mais não em exagerado, nas cenas de ação.
A Pelada
2.5 39Prefiro tratar este filme como uma chance de fugir do lugar comum das produções nacionais, fato que convenhamos deveria ser mais frequente. Nem teria como exigir muito dele.
É importante também ter a visão de outra cidade fora do eixo Rio-São Paulo, apesar de algumas reclamações de que poucos lugares atraentes da cidade teriam sido mostrados.
Algumas situações tem sim sua graça, inclusive mais que muitas comédias de maior orçamento. Verdade também que os atores principais não são incríveis, mas também não comprometem tanto.
Só fico pensando como um casal com as profissões daqueles que vemos no filme conseguem pagar o aluguel de um condomínio que parece ser bem classe média, mesmo que seja a classe média nos padrões dos nossos governantes atuais.
Superpai
2.6 132Infelizmente apesar da ideia básica do filme ser boa, ela foi muito mal aproveitada. A grande maioria das piadas são forçadas sendo quase impossível arrancar sorrisos espontâneos do público.
Nas atuações vão bem Monica Iozzi e claro o garoto Koreano, justamente os dois personagens que pelo roteiro não eram os responsáveis por arrancar risadas do público.
Chega até ser meio estranho ver tantos bons comediantes, aparentemente sem timing, ou sem uma piada realmente engraçada, claro com uma ou outra exceção.
Em resumo, deve ser visto como a grande maioria das comédias nacionais. Ou seja, o que existe de graça está mais ligado as situações absurdas do que ao texto.
A Entrega
3.4 227 Assista AgoraVer Gandolfini em cena e inclusive como um personagem que lembra muito um Tony Soprano aposentado é sensacional. Vale de cara duas estrelas. Podem até dizer que se trata de um estereótipo, mas convenhamos que o ator é perfeito para este tipo de personagem, isso porque ele é a personificação exata do mesmo.
As atuações são todas excelentes, dignas dos bons nomes de Gandolfini, Hardy e Rapace. Destaque pra Hardy que está muito bem interpretando um cara misterioso, simplório e que aparenta, talvez propositalmente, um certo retardo mental.
O ritmo lento pode incomodar muita gente, na verdade o mesmo é meio que proposital para guardar o twist final. Embora é fato que isso talvez funcione melhor em um livro do que em um filme, lembrando que trata-se de uma adaptação. Por tanto, para aceitar bem o mesmo é necessário entender que não se trata de um filme de ação e sim de um thriller.
Chama muito a atenção, a tensão constante que nos acompanha em quase todas as sequencias, inclusive nas mais simples. A impressão que a qualquer momento algo ruim vai acontecer está sempre presente.
O que pode ser um tanto frustrante quando por diversas vezes esta expectativa não se realiza.
Em resumo, boa pedida para quem não está com pressa e quer curtir o último trabalho do sensacional James Gandolfini. Um daqueles atores que nunca conseguiu fazer um trabalho ruim e que deixou muitas saudades.
O Juiz
3.8 783 Assista AgoraO filme é um bom drama com cenas de tribunal. Embora o roteiro por vezes se preocupe com fatos que não somam com o desenrolar da estória.
Realmente no inicio, devido às características do personagem é um tanto difícil separar Tony Stark de Downey Jr, mas com a virada do personagem a situação melhora.
As atuações são todas competentes, com destaque para Duvall e suas "batalhas" com Downey Jr. Sem dúvida, um elenco de apoio de luxo estava disponível neste filme, Billy Bob, Vera Farmiga e Vicent D'Onofrio e cumprem seu papel, apesar de terem pouco destaque.
Pessoalmente julgo que o filme poderia ter alguns minutos a menos. Mas no geral o resultado é positivo.
O Destino de Júpiter
2.5 1,3K Assista AgoraVamos ser rápidos já que o mesmo não merece muita analise por se tratar de um filme bem Sessão da Tarde. Sem duvida Sean Bean sobrevivendo ao filme, de cara já vale uma estrela. Outra estrela tentativa de agradar aos fãs de ficção cientifica e ponto.
Os fatos que mais chamam a atenção no filme são o excesso de burocracia retratado e a forma como todos respeitam e obedecem as leis, inclusive os vilões. Uma boa critica ao possível futuro da humanidade.
A trama que exigiria mais tempo ou talvez um segundo filme para se desenvolver corretamente foi condensada em um só filme. Foi como tentar prender um tubarão numa lata de sardinha. Então, apesar de inicialmente ter calma e paciência para explicar as coisas, repentinamente, tudo acaba se desenrolando em apenas uma hora de projeção.
A correria só não foi maior do que as cenas de ação, destaque para o surf com as botas do protagonista, quase todas muito rápidas e com movimentos e enquadramentos de câmera que não permitem ao expectador entender bem o que esta acontecendo.
Como resultado, apesar do bom elenco, todos foram muito mal explorados em cena.
Em resumo, assista sem pensar na vida e sem querer analisar nada. Apenas curta sua pipoca.
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraO filme lembra o antecessor e vencedor do Oscar Guerra ao Terror, no que diz respeito a mostrar dois protagonistas que após experimentar a guerra, acabam por se sentirem mais a vontade nela do que em casa com suas famílias. Consequentemente acabam sempre por retornar a conflito, não mais por obrigação, mas por não verem muito sentido na "vida" fora dela.
A diferença é que enquanto William James era um mero viciado no "trabalho" e possuía cabeça mais aberta, fato que lhe dava certa capacidade de analisar e entender os motivos e nuances da guerra. Chris Kyle é fidedignamente retratado como um alienado, dono de um patriotismo exagerado, típico dos sulistas americanos (criados desde pequenos como amantes de armas, animais e do próprio pais, não necessariamente nesta ordem). Este típico patriotismo deve ser apenas aceito e não ser avaliado criticamente pelos expectadores, pois nesse caso é possível se formar um preconceito contra o filme.
A atuação de Cooper é boa e esta dentro da media que este vem apresentando nos últimos anos, obviamente não estava a altura do Oscar.
A produção é bem cuidada, apesar de alguns problemas técnicos que na pratica não afetam a percepção ou diminuem o filme.
A direção de Eastwood é firme e mostra um diretor já acostumado com filmes do gênero.
Em resumo o filme é competente, embora peca por não explorar mais os dilemas do protagonista. Consequentemente perdeu a chance de dar mais ênfase a psique do soldado e sua relação conturbada com a própria família, fato que poderia ter elevado o nível da produção. Como resultado temos um filme que não conseguiu ser muito acima da media nem na ação e nem no drama do protagonista.
Corações de Ferro
3.9 1,4K Assista AgoraO filme inova ao mostrar um fato ainda inexplorado no cinema, a guerra vista de dentro de um tanque. Apesar dos diversos filmes dedicados aos aviões e seus pilotos, ver cinco homens confinados em um pequeno espaço e precisando trabalhar juntos para sobreviver realmente inova. E apenas esta inovação já garante de cara umas duas estrelas.
As atuações são bem desenvolvidas e acredito que poucas vezes se viu um grupo tão coeso como este em cena. Embora o destaque seja dado aos personagens de Pitt e Lerman, ambos excelentes, os demais conseguem manter o bom nível.
A fotografia apesar de clássica para este tipo de filme está impecável e retrata bem o interior da Alemanha da época. Os efeitos visuais estão ótimos, destaque para a munição traçante que muitos criticam por puro desconhecimento, embora o fato tenha até sido explicado no inicio do filme.
O roteiro se não é excepcional é bem desenvolvido e apesar de como sempre tentar vangloriar o patriotismo americano, ao menos foi honesto e tentou equilibrar um pouco as coisas deixando claro que na guerra não existem aqueles que sejam 100% mocinhos ou bandidos.
As cenas de batalha são muito bem feitas, com destaque para o duelo contra o tanque Tiger. E mesmo para a sequencia final que apesar de um pouco exagerada ainda agrada.
Em minha opinião, julgando pelas cenas de ação, sem dúvida entra para o hall dos cinco melhores filmes de guerra de todos os tempos onde figuram Platoon, Apocalipse Now, Resgate do Soldado Ryan e Nascido para Matar.
Busca Implacável 3
3.3 625 Assista AgoraO filme muda um pouco o foco da serie, já que aqui felizmente, não temos a perseguição a um grupo de sequestradores. Embora fosse algo necessário para evitar a mesmisse, isso derruba bastante a tensão do filme.
Determinadas cenas de ação são um tanto exageradas e trazem um pouco de falsidade ao filme (não que um homem de 60 anos batendo em todos não seja exagerado), mas isso é algo que nos primeiros filmes era menos evidente, mais controlado, menos sessão da tarde.
No elenco, Forest Whitaker se sai bem como sempre, mas acaba sendo um pouco mal aproveitado. Dá até vontade de ver o personagem novamente, porém com mais espaço.
No mais, mais do mesmo, Neeson arrebentando todos, Grace mostrando os pezinhos. E Dougray Scott o eterno coadjuvante de luxo que nunca será protagonista.
Em resumo é um bom filme, embora não seja espetacular e nem de longe o melhor da serie, que se possível, deve mesmo terminar.
Os Pinguins de Madagascar
3.3 369 Assista AgoraComeça muito bem, mas depois de uns 25 min perde um pouco o rumo e somente recupera parcialmente nos minutos finais. Ainda sim é um bom divertimento para o público geral, principalmente para as crianças. Para os adultos será mais interessante a versão em inglês para que se aproveite ao máximo as piadas do filme, que por vezes somem na tradução. E sabemos que o senso de humor dos pingüins é ainda mais interessante que as situações vividas por eles.
Apesar de parecer duro de dizer, mas Rei Julien e os Pingüins são como o Scrat (o esquilo) de A Era do Gelo, coadjuvantes perfeitos, mas protagonistas desnecessários. Ao menos no que diz respeito a um longa metragem.
Em resumo é óbvio que não dá para esconder que o filme visa apenas interesses comerciais, e se apresenta apenas como uma versão estendida de um dos episódios da serie, no entanto nos livrando deste preconceito antes de assistir vemos que é possível se divertir com o filme.