mesmo a polícia chegando e desmascarando todos ali, eles de alguma forma conseguiriam eventualmente escapar ou terem suas penas atenuadas pq o sistema é gigante e feito para funcionar desse jeito. Uma sensação de amargor no fim do filme me acometeu de uma forma brutal e foi necessário
Não adianta, não consigo medir um filme de super-herói da mesma forma que assisto um filme do Almodóvar ou do Aronofsky. São propostas distintas, visões diferentes. A primeira coisa ao assistir um filme de herói é ativar a suspensão da descrença. Caso contrário, é tempo perdido.
Claro que também não é por ser um filme de herói que pode vir todo cagado e desleixado. Não é licença pra isso, apesar da régua ser bem menos criteriosa, pra mim.
Acho que há muitos exageros em torno das críticas ao novo filme da Mulher-Maravilha. Não é um filme ótimo mas está longe de ser o pior filme da DC ou um dos piores desse Universo de heróis.
O filme tem problemas. E a minha maior reclamação é em relação à forma desleixada e injusta com a qual escolheram conduzir o arco da Bárbara. Uma pena. Era preferível que no filme só tivesse um vilão e que a mulher leopardo fosse deixada para o terceiro filme e melhor trabalhada.
A falta de representatividade negra também foi um ponto que me incomodou. Não dá mais pra ignorar coisas assim nos tempos em que vivemos.
Mas apesar destes e de alguns outros erros, eu gostei do filme. Achei um filme legal, sessão da tarde. Típico de filmes de heróis, na maioria dos casos. E passa uma mensagem esperançosa que vem a calhar, principalmente numa época tão difícil quanto a que passamos em 2020 e ainda reverbera agora em 2021.
E a Gal Gadot... o que dizer, né? Nasceu pra ser a Mulher-Maravilha. Carismática de mais. Incrível como a heroína. Fora que a beleza dessa mulher transcende qualquer coisa. Eu nem sei como explicar.
Esse discurso de: "Ai, o filme é feminista, a heroína é toda empoderada e fica correndo atrás de macho o filme todo" me dá uma preguiça absurda. Acho uma das problemáticas das críticas, inclusive. Não é correndo atrás de macho. A mulher se apaixonou pelo cara. Acontece. Isso rola direto nos filmes em que os protagonistas são homens.
Apesar de apaixonada, Diana não é uma bitolada. Em momento nenhum perde o bom senso de saber o que é certo, apesar do que sente. Mulheres fortes, feministas, também amam. E tudo bem. Você não precisa rechaçar todo e qualquer resquício de sentimento, vulnerabilidade para ser respeitada, ouvida. Mulheres são plurais. E o amor, a paixão também faz parte do pacote.
Eu entendo o receio de quem vê a obra e pensa: "poxa, batalhamos tanto para nos colocarmos em primeiro lugar, para quebrarmos esses estereótipos da mocinha que se apaixona perdidamente e vive em função do amor" mas não é isso o que acontece em MM.
Fica uma impressão de que mulheres só podem ser levadas a sério se não tiverem nada nelas que remeta à sensibilidade. As pessoas tendem a respeitar e prestarem atenção apenas às mulheres que reproduzam os estereótipos masculinos. Lembro muito da Arya, em GOT. A única mulher, de fato, respeitada na trama. Afinal, Arya não era uma "lady", como ela mesma dizia. Ela performava os estereótipos do universo masculino e por isso era levada a sério. Qualquer coisa fora disso, vc é vista como a "Sonsa" ou transformada em louca como Danearys.
Diana subverte isso. Ela é forte, poderosa, inteligente, focada e também tem vulnerabilidades e sentimentos como qualquer ser humano. Seja homem ou mulher. A sensibilidade também é uma força.
Demorei muito tempo para perceber que não se trata de um filme lésbico e sim de um filme com temática trans. Viva a desconstrução e a abertura para que eu enxergasse.
Hilary Swank fenomenal.
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Não Por Acaso
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Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraUm filme denúncia. Embora nada abordado no filme seja uma novidade para nós, mulheres, ainda assim eu não estava preparada e o soco no estômago veio.
A cena do
assassinato de Cassie me fez ter uma crise aguda de choro e ansiedade brutal e eu tive que parar um pouco para respirar
Mas ainda assim entendo que tudo que vimos foi necessário para que a mensagem seja passada sem suavizações.
Não sei as demais mulheres que assistiram mas tive a impressão no final de que
mesmo a polícia chegando e desmascarando todos ali, eles de alguma forma conseguiriam eventualmente escapar ou terem suas penas atenuadas pq o sistema é gigante e feito para funcionar desse jeito. Uma sensação de amargor no fim do filme me acometeu de uma forma brutal e foi necessário
Por nós, só nós.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraNão adianta, não consigo medir um filme de super-herói da mesma forma que assisto um filme do Almodóvar ou do Aronofsky. São propostas distintas, visões diferentes. A primeira coisa ao assistir um filme de herói é ativar a suspensão da descrença. Caso contrário, é tempo perdido.
Claro que também não é por ser um filme de herói que pode vir todo cagado e desleixado. Não é licença pra isso, apesar da régua ser bem menos criteriosa, pra mim.
Acho que há muitos exageros em torno das críticas ao novo filme da Mulher-Maravilha. Não é um filme ótimo mas está longe de ser o pior filme da DC ou um dos piores desse Universo de heróis.
O filme tem problemas. E a minha maior reclamação é em relação à forma desleixada e injusta com a qual escolheram conduzir o arco da Bárbara. Uma pena. Era preferível que no filme só tivesse um vilão e que a mulher leopardo fosse deixada para o terceiro filme e melhor trabalhada.
A falta de representatividade negra também foi um ponto que me incomodou. Não dá mais pra ignorar coisas assim nos tempos em que vivemos.
Mas apesar destes e de alguns outros erros, eu gostei do filme. Achei um filme legal, sessão da tarde. Típico de filmes de heróis, na maioria dos casos. E passa uma mensagem esperançosa que vem a calhar, principalmente numa época tão difícil quanto a que passamos em 2020 e ainda reverbera agora em 2021.
E a Gal Gadot... o que dizer, né? Nasceu pra ser a Mulher-Maravilha. Carismática de mais. Incrível como a heroína. Fora que a beleza dessa mulher transcende qualquer coisa. Eu nem sei como explicar.
Esse discurso de: "Ai, o filme é feminista, a heroína é toda empoderada e fica correndo atrás de macho o filme todo" me dá uma preguiça absurda. Acho uma das problemáticas das críticas, inclusive. Não é correndo atrás de macho. A mulher se apaixonou pelo cara. Acontece. Isso rola direto nos filmes em que os protagonistas são homens.
Apesar de apaixonada, Diana não é uma bitolada. Em momento nenhum perde o bom senso de saber o que é certo, apesar do que sente. Mulheres fortes, feministas, também amam. E tudo bem. Você não precisa rechaçar todo e qualquer resquício de sentimento, vulnerabilidade para ser respeitada, ouvida. Mulheres são plurais. E o amor, a paixão também faz parte do pacote.
Eu entendo o receio de quem vê a obra e pensa: "poxa, batalhamos tanto para nos colocarmos em primeiro lugar, para quebrarmos esses estereótipos da mocinha que se apaixona perdidamente e vive em função do amor" mas não é isso o que acontece em MM.
Fica uma impressão de que mulheres só podem ser levadas a sério se não tiverem nada nelas que remeta à sensibilidade. As pessoas tendem a respeitar e prestarem atenção apenas às mulheres que reproduzam os estereótipos masculinos. Lembro muito da Arya, em GOT. A única mulher, de fato, respeitada na trama. Afinal, Arya não era uma "lady", como ela mesma dizia. Ela performava os estereótipos do universo masculino e por isso era levada a sério. Qualquer coisa fora disso, vc é vista como a "Sonsa" ou transformada em louca como Danearys.
Diana subverte isso. Ela é forte, poderosa, inteligente, focada e também tem vulnerabilidades e sentimentos como qualquer ser humano. Seja homem ou mulher. A sensibilidade também é uma força.
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Demorei muito tempo para perceber que não se trata de um filme lésbico e sim de um filme com temática trans. Viva a desconstrução e a abertura para que eu enxergasse.
Hilary Swank fenomenal.