e dos conflitos pela dissidência da masculinidade hegemônica, inclusive fazer umas merdas em nome de se integrar no grupo. Outro ponto de destaque sem dúvidas é a complexidade dos personagens e a construção das narrativas, mostrando suas vulnerabilidades e incoerências, fazendo-os humanos.
Além disso, traz para debate outros temas como: questões indígenas, dissidência de gênero, violência policial, relações familiares e saúde mental.
Confesso que o que me segurou a temporada toda foi o Iván. Eu vivi por ele falando português aleatoriamente e os gringos ficando só o meme da Nazaré. No mais, que bagunça virou a estória, se ainda é que existe alguma. Inclusive achei bem irresponsável como trataram alguns temas na trama, apenas reforçando estereótipos e problemáticas já enraizadas socio e historicamente.
Antes de tudo gostaria de pontuar que a fotografia é belíssima e ouso dizer que, dentre os dramas que vi, é o com a fotografia mais bonita que já vi.
Apesar do título e das expectativas que ele gera em relação a enredo, YMMD conseguiu utilizar o universo da dança de uma forma diferente e de modo geral gostei bastante. Contudo, me senti muito incomodada com
a necessidade do estabelecimento de uma relação romântica entre os personagens, que sem dúvidas é uma consequência da romanticidade/sexualidade quase que compulsória estabelecida socialmente tendo com base a perspectiva alloromântica/allosexual como padrão e muitas vezes como única. No decorrer da história gostei muito do desenvolvimento do afeto entre o Shi On e o Hong Seok, mas não acho que ele fosse ou precisasse ser limitado ao amor romântico. Amar é plural e existem muitas formas de fazê-lo. Achei um desperdício com todo o potencial que a história tinha.
A história de "Ingredients" traz dois colegas que moram juntos, sendo que um deles faz gastronomia e todo episódio apresenta um prato, que faz sentido com o tópico temático em questão. São episódios bem curtinhos e bem gostosinhos de assistir. Embora os episódios possam parecer desconectados entre si, a proposta é de uma narrativa longitudinal não necessariamente contínua do cotidiano de Marvin e Tops. Dessa forma, o espaço temporal entre um episódio e outro não é dito explicitamente, mas é possível inferir que ele existe e que por vezes é maior.
Na minha leitura, a série nada mais é do que sobre comida como uma linguagem de afeto. Este ponto por si só já faz com que a série seja alvo da minha admiração. Inclusive tem uma frase que eu gosto muito e acredito que caiba perfeitamente para este webdrama: “cozinhar é um modo de amar os outros.” Para além disso, gosto muito da forma como toda a relação interpessoal dos personagens é construída, justamente por ser processual, orgânica e genuína. Por falar nisso, é impossível não falar das atuações de Gameplay e Jeff Satur! Já tinha os visto em "He She It" e gostado bastante do trabalho deles, mas é notória a evolução de ambos e como parecem muito mais à vontade um com outro nesta obra. E pra melhorar, ainda souberam aproveitar muito bem o talento musical do Jeff, que por sinal tem uma voz linda!
Acho que a série finalizou de um modo incrível, mas confesso que aceitaria de bom grado mais uma temporada! :)
Confesso que inicialmente assisti apenas para dar continuidade à série, mas não tinha empolgação alguma sobre esta temporada. No início me questionei muito o porquê de escolherem a Tiff e não tinha expectativas em relação ao enredo, mas digo que foi uma grata surpresa como aproveitaram a personagem para colocar em discussão temáticas tão relevantes. A atuação da Lucie Fagedet é incrível e se comecei a temporada apática, no decorrer dos episódios fui adquirindo apreço pela personagem, por sua estória e em tantos momentos era como se pudesse compartilhar suas dores.
A versão francesa mais uma vez dá continuidade ao legado de SKAM OG com maestria!
Eu deveria saber que o Bad no título já era um aviso. Acredito que a proposta de formato de webdrama no TikTok seja um desafio, sobretudo para desenvolvimento da estória e não sei se este foi um fator decisivo, mas não há nada que salve! Desde enredo, atuação, coesão (que não existe), tudo é sofrível.
Trata-se de um thriller policial que tira-nos do lugar comum dos clichês já vistos ambientados na universidade, sobretudo nas faculdades de engenharias da vida e este aspecto por si só já figura como ponto positivo para o drama. A construção da história é bem envolvente e cheia de reviravoltas, instigando-nos sempre a querer descobrir o que virar a seguir e como as lacunas serão preenchidas. Outro fator que particularmente me surpreendeu e agradou bastante é que o romance não é o foco da história, mas sim parte dela. Enfim, que grata surpresa este drama!
Definitivamente foi tudo que eu precisava e não sabia!
Depois de anos na minha lista, finalmente consegui assistir "Noordzee, Texas". É um filme com uma narrativa bem linear, sem situações mirabolantes ou grandes reviravoltas, o que particularmente me agrada bastante.
O grande ponto de destaque do longa é o fato da fala não ser o principal recurso de linguagem utilizado, sendo assim a narrativa é construída através do silêncio e tudo o que ele pode dizer. Dessa forma, há a valorização da expressão corporal, ainda que em alguns momentos as manifestações se deem de maneira sutil, e algumas situações ficam apenas subentendidas
como é o caso do adoecimento da mãe de Gino e Sabrina, que já havia sido indicado anteriormente
.
Foi uma grata surpresa em descobrir que trata-se de um filme belga, porque na minha cabeça era uma obra holandesa. O lugar de locação do filme é incrível e a vontade de poder ir curtir um vento na cara lá é enorme. E que fotografia sensacional!
Desde o lançamento de "Something like summer" tive a curiosidade de vê-lo, mas na época lembro que tive dificuldades para encontra-lo, isso somado ao fato de ver comentários de que se tratava de um musical, acabou fazendo com que eu desanimasse totalmente e deixasse de lado.
Agora, alguns anos mais tarde, acabei esbarrando novamente por ele e vi como oportunidade para finalmente vê-lo. Confesso que achei que o filme seria muito mais musical, embora considere todos os números desnecessários e particularmente cortaria todos. Infelizmente é uma história com muito potencial que tem o seu desenvolvimento comprometido, entre outras coisas, pela clara falta de orçamento. As passagens de tempo nem sempre são claras, o que às vezes gera estranhamento com os diálogos e posturas das personagens.
No mais, senti falta de um maior aprofundamento no desenrolar da relação do Ben e do Tim. Achei que acabou sendo rasa e muito superficial a construção do relacionamento dos dois e pra mim acabou sendo difícil de digerir a existência/persistência de um sentimento com o passar dos anos.
Às vezes parece um sentimento idealizado e uma eterna projeção do que eles poderiam ter sido.
A sensação que fica é que o filme é um compilado de recortes de uma história muito maior e que muitos pontos da narrativa não estão contemplados na tela, mas de alguma forma ocorreram. Não considero que seja um filme ruim, mas é daqueles que você assiste uma vez e é mais do que suficiente.
Hannah Gadsby dá uma aula de como fazer comédia e gerar uma reflexão sociopolítica. Ela trata de vivências dolorosas por vezes de forma bem humorada e por vezes de modo nu e cru a fim de colocar o dedo na ferida e escancarar as mazelas vivenciadas diariamente por tantas mulheres, sobretudo lésbicas. Embora seja um stand-up, poderia facilmente figurar entre os conteúdos do TEDx, tamanha importância das temáticas tratadas e porque é impossível sair ileso após assisti-lo. É enriquecedor, emocionante, profundo e inspirador! É uma obra que deveria ser vista pelo maior número de pessoas possível, para não dizer todo mundo.
Diferente do que vi em muitos comentários, acredito que o documentário em momento algum trouxe como proposta conscientizar sobre efeitos e consequências do uso de medicamentos, assim como também não se prestou ao papel de defender ou até mesmo incentivar esse uso. Na minha leitura "Take your pills" não é um documentário que trabalha com o viés centrado na ótica da saúde e da medicina, mas sua perspectiva parte de uma análise sobretudo sociológica. Dessa forma, toda a construção desta obra visa fomentar a discussão do que estaria causando a utilização cada vez em maior escala e sem justificativas clínicas de Adderall ou drogas correlatas e não o contrário, isto é, o objetivo não é relatar o que o consumo destas substâncias causa. E algumas respostas para este questionamento, a partir do qual se molda este documentário, são dadas; embora talvez não tenham sido apresentadas de forma tão clara (pra não dizer mastigada) ao decorrer da narrativa, uma vez que o discurso é exposto de modo a exigir minimamente participação ativa de quem o assiste. As respostas não são ditas pragmaticamente em momento algum, mas sutilmente estão lá.
E o despertar de um interesse pela ingesta desta substância em muitos após terem assistido, só corrobora ainda mais a minha ideia de que é um alerta não sobre o uso destes remédios, mas sim de como temos nos configurado enquanto sociedade nas últimas décadas.
Quanto mais reflito, leio e ouço opiniões sobre este filme, mais passo a gostar da narrativa apresentada. Fui desprovida de expectativas, fossem positivas ou negativas, e talvez isto tenha sido um ponto importante para que eu tenha gostado mais desta sequência do que do primeiro filme da franquia.
Foi impossível não assisti-lo sem fazer correlações com todo o cenário político que tem se desenhado não somente no Brasil, mas em uma escala mundial. Apesar do vários pontos em aberto na história, acredito que a intenção era dar ainda mais destaque para o caráter político e ideológico, que Animais Fantásticos traz desde o filme anterior, papel muito bem cumprido por sinal.
É um filme dentro de um universo mágico, mas com uma narrativa séria, que busca nos entreter e encantar, mas também fomenta a reflexão sobre os perigos do surgimento de figuras que apresentam soluções simplistas e poder de discursos manipuladores em tempos de descontentamentos.
É um romance adolescente ao estilo sessão da tarde que se difere por trazer um protagonista LGBT. É um filme que entretém e ganha pontos a mais pela representatividade.
Este documentário trata de questões universais sem deixar de abordar as singularidades de acordo com recortes étnicos e socioeconômicos, fala do que nos conecta enquanto seres humanos. Traz-nos depoimentos em várias línguas, de cidadãos de variados países sobre felicidade, amor, guerra, comida e outros temas. É de uma singeleza e profundidade sem igual, somadas à uma fotografia fantástica. Todo mundo deveria o assistido pelo menos uma vez na vida!
É um daqueles filmes que nos incomoda e nos inquieta diante de tantos atos discriminatórios retratados, que nos faz questionar quantas figuras historicamente importantes seguem sem o devido reconhecimento de suas contribuições justamente por estarem em um recorte temporal em que foram invisibilizadas e que nos faz sobretudo sentir o peso de ainda precisarmos avançar tanto para a visibilidade, igualdade e equidade dos negros mesmo após tantos anos.
Depois da Netflix ter insistido tantas vezes colocando este filme como indicação com base nos previamente assistidos, confesso que esperava mais. Passei boa parte do filme achando que se tratava de uma narrativa sobre drogadição, o que mais tarde acabou se mostrando apenas um elemento, e demorei bastante para realmente entender qual era o foco da história. É sobre o início de uma jornada de autoconhecimento, sendo que o protagonista não tem exatamente um ponto de partida, uma vez que encontra-se totalmente perdido em meio a diversas questões. A sensação que tive é que a cada passo ele se perdia ainda mais e sabia ainda menos sobre si, dessa forma alguns de seus atos acabavam sendo uma busca de fugir desta realidade.
Embora seja um filme ambientado em terras inglesas, consegue ser um retrato da realidade brasileira em relação às questões previdenciárias. É um filme bastante linear e sem muita ação, mas com uma narrativa extremamente rica com toda a crítica e questionamentos fomentados. É uma obra que tem como intuito sobretudo nos fazer refletir sobre os protocolos e as práticas engessadas de órgãos governamentais, pouco flexibilizadas e individualizadas que acabam por prejudicar os cidadãos. Já dizia Criolo: "É que a industria da desgraça pro governo é um bom negócio [...] Olhe, essa é a máquina de matar pobre".
Confesso que comecei a assistir por indicação e achando que seria mais uma série adolescente (o que me agrada, por sinal) sem grandes coisas, mas que foi me cativando e entretendo cada vez mais a cada episódio que se passava. É uma história que apresenta sua profundidade aos poucos, versando sobre questões complexas e extremamente relevantes de modo suave, embora seja impossível não sentir o peso de algumas problemáticas apontadas. Fiquei realmente surpreendida com o desenrolar da história, ainda que tenha conseguido preencher algumas lacunas previamente, de qualquer forma minhas expectativas foram superadas com louvor.
Casamento às Cegas (3ª Temporada)
3.2 43 Assista AgoraRaven & SK renovaram minha fé no amor.
Heartbreak High: Onde Tudo Acontece (1ª Temporada)
3.8 50 Assista AgoraApesar de ser uma série com temática adolescente, se de destaca das feitas anteriormente pelas temáticas expostas e a maneira como isso é feito.
Sem dúvidas, um aspecto positivo da série é a verossimilhança da representação da
assexualidade
Além disso, traz para debate outros temas como: questões indígenas, dissidência de gênero, violência policial, relações familiares e saúde mental.
Elite (5ª Temporada)
2.8 124Confesso que o que me segurou a temporada toda foi o Iván. Eu vivi por ele falando português aleatoriamente e os gringos ficando só o meme da Nazaré. No mais, que bagunça virou a estória, se ainda é que existe alguma. Inclusive achei bem irresponsável como trataram alguns temas na trama, apenas reforçando estereótipos e problemáticas já enraizadas socio e historicamente.
Until We Meet Again
4.2 37Só salva pelas migalhas oferecidas por WinTeam
Gameboys The Movie
4.3 11Kokoy servindo atuação de qualidade, além de beleza, claro!
Canada's Drag Race (2ª Temporada)
3.9 18Muito melhor que a temporada anterior e que as mais recentes da franquia.
You Make Me Dance
3.9 21Antes de tudo gostaria de pontuar que a fotografia é belíssima e ouso dizer que, dentre os dramas que vi, é o com a fotografia mais bonita que já vi.
Apesar do título e das expectativas que ele gera em relação a enredo, YMMD conseguiu utilizar o universo da dança de uma forma diferente e de modo geral gostei bastante. Contudo, me senti muito incomodada com
a necessidade do estabelecimento de uma relação romântica entre os personagens, que sem dúvidas é uma consequência da romanticidade/sexualidade quase que compulsória estabelecida socialmente tendo com base a perspectiva alloromântica/allosexual como padrão e muitas vezes como única. No decorrer da história gostei muito do desenvolvimento do afeto entre o Shi On e o Hong Seok, mas não acho que ele fosse ou precisasse ser limitado ao amor romântico. Amar é plural e existem muitas formas de fazê-lo. Achei um desperdício com todo o potencial que a história tinha.
Ingredientes
3.6 6A história de "Ingredients" traz dois colegas que moram juntos, sendo que um deles faz gastronomia e todo episódio apresenta um prato, que faz sentido com o tópico temático em questão. São episódios bem curtinhos e bem gostosinhos de assistir. Embora os episódios possam parecer desconectados entre si, a proposta é de uma narrativa longitudinal não necessariamente contínua do cotidiano de Marvin e Tops. Dessa forma, o espaço temporal entre um episódio e outro não é dito explicitamente, mas é possível inferir que ele existe e que por vezes é maior.
Na minha leitura, a série nada mais é do que sobre comida como uma linguagem de afeto. Este ponto por si só já faz com que a série seja alvo da minha admiração. Inclusive tem uma frase que eu gosto muito e acredito que caiba perfeitamente para este webdrama: “cozinhar é um modo de amar os outros.”
Para além disso, gosto muito da forma como toda a relação interpessoal dos personagens é construída, justamente por ser processual, orgânica e genuína. Por falar nisso, é impossível não falar das atuações de Gameplay e Jeff Satur! Já tinha os visto em "He She It" e gostado bastante do trabalho deles, mas é notória a evolução de ambos e como parecem muito mais à vontade um com outro nesta obra. E pra melhorar, ainda souberam aproveitar muito bem o talento musical do Jeff, que por sinal tem uma voz linda!
Acho que a série finalizou de um modo incrível, mas confesso que aceitaria de bom grado mais uma temporada! :)
Skam França (7ª Temporada)
3.7 2Confesso que inicialmente assisti apenas para dar continuidade à série, mas não tinha empolgação alguma sobre esta temporada. No início me questionei muito o porquê de escolherem a Tiff e não tinha expectativas em relação ao enredo, mas digo que foi uma grata surpresa como aproveitaram a personagem para colocar em discussão temáticas tão relevantes. A atuação da Lucie Fagedet é incrível e se comecei a temporada apática, no decorrer dos episódios fui adquirindo apreço pela personagem, por sua estória e em tantos momentos era como se pudesse compartilhar suas dores.
A versão francesa mais uma vez dá continuidade ao legado de SKAM OG com maestria!
Bad Roommate
3.3 3Eu deveria saber que o Bad no título já era um aviso. Acredito que a proposta de formato de webdrama no TikTok seja um desafio, sobretudo para desenvolvimento da estória e não sei se este foi um fator decisivo, mas não há nada que salve! Desde enredo, atuação, coesão (que não existe), tudo é sofrível.
Manner of Death
4.1 18Trata-se de um thriller policial que tira-nos do lugar comum dos clichês já vistos ambientados na universidade, sobretudo nas faculdades de engenharias da vida e este aspecto por si só já figura como ponto positivo para o drama. A construção da história é bem envolvente e cheia de reviravoltas, instigando-nos sempre a querer descobrir o que virar a seguir e como as lacunas serão preenchidas. Outro fator que particularmente me surpreendeu e agradou bastante é que o romance não é o foco da história, mas sim parte dela. Enfim, que grata surpresa este drama!
Definitivamente foi tudo que eu precisava e não sabia!
RuPaul's Drag Race: All Stars (5ª Temporada)
3.8 103Jujubee dona da temporada inteira! Eu ficava mais ansiosa pros comentários dela do que pros desafios em si, ela é entretenimento puro!
No Caminho das Dunas
3.7 306Depois de anos na minha lista, finalmente consegui assistir "Noordzee, Texas". É um filme com uma narrativa bem linear, sem situações mirabolantes ou grandes reviravoltas, o que particularmente me agrada bastante.
O grande ponto de destaque do longa é o fato da fala não ser o principal recurso de linguagem utilizado, sendo assim a narrativa é construída através do silêncio e tudo o que ele pode dizer. Dessa forma, há a valorização da expressão corporal, ainda que em alguns momentos as manifestações se deem de maneira sutil, e algumas situações ficam apenas subentendidas
como é o caso do adoecimento da mãe de Gino e Sabrina, que já havia sido indicado anteriormente
Foi uma grata surpresa em descobrir que trata-se de um filme belga, porque na minha cabeça era uma obra holandesa. O lugar de locação do filme é incrível e a vontade de poder ir curtir um vento na cara lá é enorme. E que fotografia sensacional!
Something Like Summer
3.0 24Desde o lançamento de "Something like summer" tive a curiosidade de vê-lo, mas na época lembro que tive dificuldades para encontra-lo, isso somado ao fato de ver comentários de que se tratava de um musical, acabou fazendo com que eu desanimasse totalmente e deixasse de lado.
Agora, alguns anos mais tarde, acabei esbarrando novamente por ele e vi como oportunidade para finalmente vê-lo. Confesso que achei que o filme seria muito mais musical, embora considere todos os números desnecessários e particularmente cortaria todos. Infelizmente é uma história com muito potencial que tem o seu desenvolvimento comprometido, entre outras coisas, pela clara falta de orçamento. As passagens de tempo nem sempre são claras, o que às vezes gera estranhamento com os diálogos e posturas das personagens.
No mais, senti falta de um maior aprofundamento no desenrolar da relação do Ben e do Tim. Achei que acabou sendo rasa e muito superficial a construção do relacionamento dos dois e pra mim acabou sendo difícil de digerir a existência/persistência de um sentimento com o passar dos anos.
Às vezes parece um sentimento idealizado e uma eterna projeção do que eles poderiam ter sido.
Não considero que seja um filme ruim, mas é daqueles que você assiste uma vez e é mais do que suficiente.
Que mãos, Davi Santos! Que mãos!
Hannah Gadsby: Nanette
4.7 207 Assista AgoraHannah Gadsby dá uma aula de como fazer comédia e gerar uma reflexão sociopolítica. Ela trata de vivências dolorosas por vezes de forma bem humorada e por vezes de modo nu e cru a fim de colocar o dedo na ferida e escancarar as mazelas vivenciadas diariamente por tantas mulheres, sobretudo lésbicas.
Embora seja um stand-up, poderia facilmente figurar entre os conteúdos do TEDx, tamanha importância das temáticas tratadas e porque é impossível sair ileso após assisti-lo. É enriquecedor, emocionante, profundo e inspirador! É uma obra que deveria ser vista pelo maior número de pessoas possível, para não dizer todo mundo.
Tome Suas Pílulas
3.5 66 Assista AgoraDiferente do que vi em muitos comentários, acredito que o documentário em momento algum trouxe como proposta conscientizar sobre efeitos e consequências do uso de medicamentos, assim como também não se prestou ao papel de defender ou até mesmo incentivar esse uso. Na minha leitura "Take your pills" não é um documentário que trabalha com o viés centrado na ótica da saúde e da medicina, mas sua perspectiva parte de uma análise sobretudo sociológica. Dessa forma, toda a construção desta obra visa fomentar a discussão do que estaria causando a utilização cada vez em maior escala e sem justificativas clínicas de Adderall ou drogas correlatas e não o contrário, isto é, o objetivo não é relatar o que o consumo destas substâncias causa. E algumas respostas para este questionamento, a partir do qual se molda este documentário, são dadas; embora talvez não tenham sido apresentadas de forma tão clara (pra não dizer mastigada) ao decorrer da narrativa, uma vez que o discurso é exposto de modo a exigir minimamente participação ativa de quem o assiste. As respostas não são ditas pragmaticamente em momento algum, mas sutilmente estão lá.
E o despertar de um interesse pela ingesta desta substância em muitos após terem assistido, só corrobora ainda mais a minha ideia de que é um alerta não sobre o uso destes remédios, mas sim de como temos nos configurado enquanto sociedade nas últimas décadas.
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista AgoraQuanto mais reflito, leio e ouço opiniões sobre este filme, mais passo a gostar da narrativa apresentada. Fui desprovida de expectativas, fossem positivas ou negativas, e talvez isto tenha sido um ponto importante para que eu tenha gostado mais desta sequência do que do primeiro filme da franquia.
Foi impossível não assisti-lo sem fazer correlações com todo o cenário político que tem se desenhado não somente no Brasil, mas em uma escala mundial. Apesar do vários pontos em aberto na história, acredito que a intenção era dar ainda mais destaque para o caráter político e ideológico, que Animais Fantásticos traz desde o filme anterior, papel muito bem cumprido por sinal.
É um filme dentro de um universo mágico, mas com uma narrativa séria, que busca nos entreter e encantar, mas também fomenta a reflexão sobre os perigos do surgimento de figuras que apresentam soluções simplistas e poder de discursos manipuladores em tempos de descontentamentos.
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista AgoraÉ um romance adolescente ao estilo sessão da tarde que se difere por trazer um protagonista LGBT. É um filme que entretém e ganha pontos a mais pela representatividade.
Humano - Uma Viagem pela Vida
4.7 326 Assista AgoraEste documentário trata de questões universais sem deixar de abordar as singularidades de acordo com recortes étnicos e socioeconômicos, fala do que nos conecta enquanto seres humanos. Traz-nos depoimentos em várias línguas, de cidadãos de variados países sobre felicidade, amor, guerra, comida e outros temas. É de uma singeleza e profundidade sem igual, somadas à uma fotografia fantástica. Todo mundo deveria o assistido pelo menos uma vez na vida!
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraÉ um daqueles filmes que nos incomoda e nos inquieta diante de tantos atos discriminatórios retratados, que nos faz questionar quantas figuras historicamente importantes seguem sem o devido reconhecimento de suas contribuições justamente por estarem em um recorte temporal em que foram invisibilizadas e que nos faz sobretudo sentir o peso de ainda precisarmos avançar tanto para a visibilidade, igualdade e equidade dos negros mesmo após tantos anos.
Ratos de Praia
3.0 236Depois da Netflix ter insistido tantas vezes colocando este filme como indicação com base nos previamente assistidos, confesso que esperava mais. Passei boa parte do filme achando que se tratava de uma narrativa sobre drogadição, o que mais tarde acabou se mostrando apenas um elemento, e demorei bastante para realmente entender qual era o foco da história. É sobre o início de uma jornada de autoconhecimento, sendo que o protagonista não tem exatamente um ponto de partida, uma vez que encontra-se totalmente perdido em meio a diversas questões. A sensação que tive é que a cada passo ele se perdia ainda mais e sabia ainda menos sobre si, dessa forma alguns de seus atos acabavam sendo uma busca de fugir desta realidade.
Eu, Daniel Blake
4.3 533 Assista AgoraEmbora seja um filme ambientado em terras inglesas, consegue ser um retrato da realidade brasileira em relação às questões previdenciárias. É um filme bastante linear e sem muita ação, mas com uma narrativa extremamente rica com toda a crítica e questionamentos fomentados. É uma obra que tem como intuito sobretudo nos fazer refletir sobre os protocolos e as práticas engessadas de órgãos governamentais, pouco flexibilizadas e individualizadas que acabam por prejudicar os cidadãos. Já dizia Criolo: "É que a industria da desgraça pro governo é um bom negócio [...] Olhe, essa é a máquina de matar pobre".
Destaque para a cena
do banco de alimentos, é simplesmente impossível não se comover com toda a situação e com tal retratação do ápice do desespero humano.
The End of the F***ing World (1ª Temporada)
3.8 817 Assista AgoraConfesso que comecei a assistir por indicação e achando que seria mais uma série adolescente (o que me agrada, por sinal) sem grandes coisas, mas que foi me cativando e entretendo cada vez mais a cada episódio que se passava. É uma história que apresenta sua profundidade aos poucos, versando sobre questões complexas e extremamente relevantes de modo suave, embora seja impossível não sentir o peso de algumas problemáticas apontadas. Fiquei realmente surpreendida com o desenrolar da história, ainda que tenha conseguido preencher algumas lacunas previamente, de qualquer forma minhas expectativas foram superadas com louvor.
Shameless (US) (9ª Temporada)
4.1 64 Assista AgoraGALLAVICH ENDGAME! <3