A personagem mais sentimental e debilitada me passou a impressão de ser muito mais forte, enquanto a irmã Ines, a durona e egocêntrica, na verdade esconde uma fragilidade, a fim de manter sua "sobrevivência", sempre fugindo das responsabilidades, deixava a parte mais pesada (os problemas da família) para Emilie cuidar.
Euforia é um filme de grande importância ao tocar com delicadeza em um assunto ainda considerado tabu em nossa sociedade e muitas outras.
Como seria ter o cérebro resetado, novinho, igual de uma criança? Esquecer o que aprendeu e começar do zero, inclusive, olhar o mundo como se fosse pela primeira vez, onde tudo é novidade. Você gostaria de acordar, pelo menos, uma vez assim?
Estive pensando nisso após assistir a Pobres Criaturas...
A existência de Bella Baxter transcende os limites da conformidade e normalidade, desafiando a “sociedade polida”. Livre de repressões, a mente de Bella é estruturada a partir da perversão.
O oposto é sua versão passada, Victoria, uma neurótica que sofria de melancolia, sem autonomia, vivendo uma vida sem sentido junto à um marido violento, resolve dar fim a todo sofrimento.
Em Pobres Criaturas, Lanthimos aborda: a sexualidade, a busca das mulheres por igualdade, formas de controle nas relações, a criação e o desenvolvimento do ser humano, os limites da ciência e os dilemas éticos e morais que nos envolvem e reprimem todo o tempo.
Enfim, superindico o filme! Quem deseja compreender melhor a intrigante Bella Baxter e sua sexualidade, leia o artigo completo no meu blog MELKBERG ;)
Parece uma fantasia inofensiva, mas Tezuka conseguiu a proeza de fazer uma crítica política pesada ao regime totalitário somente com um curta-metragem. Grande a capacidade de síntese e criatividade do notável mangaká.
Revisto trocentas vezes. O extraterrestre já chega na Terra querendo voltar pra casa, porque sabe que a maioria daqui não presta rsrs. Ser humano intrometido, cientista querendo brincar de Deus… era só deixar o E.T e o Elliot em paz desde o começo, a conexão entre esses dois é de outro mundo. A cena da flor renascendo é emocionante demais. Muito fofo! Sempre será uma lenda do cinema, Spielberg né?
Interessado por astronomia, Oppenheimer começa estudando a morte das estrelas e como entram em colapso num buraco negro, daí os minutos vão passando e você repara que o elenco do filme é quase inteiro formado por “estrelas”, o que eu não curto nem um pouco.
Em compensação, o trabalho de atuação de Cillian Murphy fez jus à estatueta ganhada no Oscar. E o diálogo final entre Oppenheimer e Einstein é curto, porém diz muito sobre o ser humano e a política, amenizando toda a tensão sentida durante o longo filme.
A decisão da juíza absolveu ela, o relato do filho tentando proteger a mãe mesmo na dúvida (o que é compreensível), nada disso revela a verdade do ocorrido. Mesmo eu achando que foi suicídio, continua tudo no achismo.
Cadê a cena fatídica?
Se tratando de um filme, em que o enredo se desenvolve praticamente todo num julgamento, merecia um final fechado.
Depois de assistir, entendi as pessoas que preferem não ler a sinopse, não ver o trailer, saber nada sobre o filme antes. “Intruso” conta a estória de um casal que é puro tédio, na real é somente isso. Não criem expectativas.
História, mitologia, terror psicológico, vingança, lenda, feitiçaria. Adorei! Me chamou a atenção, a personagem de Nicole Kidman carregar uma aura perturbadora, que se aproximou mais da imagem de bruxa do que qualquer outra representada, de fato, no filme.
A vida deste homem é um parto, uma metamorfose ambulante. E coitada da moça que só precisava de tranquilidade, viu o mato virar o caos. É interessante observar alguns elementos da mitologia e refletir qual medo cada homem representava para ela. Procurei interpretar até o momento em que o padre disse que era um cisne, depois o enredo conseguiu ficar ainda mais bizarro.
Romance amargo como a realidade. Quem mais desabou na cena em que Hanna escuta pelo gravador Michael lendo a Odisseia de Homero? No fim, não importa o que sentimos, e sim o que fazemos.
Baseado no romance “Au Revoir Là-Haut” de Pierre Lemaître, o título em francês faz referência a um episódio marcante no final da Primeira Grande Guerra Mundial conhecido como “Mártires de Vingré”. Quando a terra se espalhou junto aos corpos destroçados, e no ar ecoou o som das bombas e tiros disparados. Acusados de abandono de posto e de traição por não terem lutado no combate quando estavam sob domínio do inimigo, os soldados franceses foram então fuzilados, servindo de exemplo para seus pares.
Após o ocorrido, tudo volta à “normalidade caótica” e, acima de tudo, lucrativa para os senhores da guerra, somos logo transportados para a Paris de 1919, quando parte da sociedade chorava pelos que morreram em combate e não sabia o que fazer com os que regressaram, pois apesar de sobreviventes, os ex-soldados estavam mutilados, sem conseguir expressar com palavras o que viram nos campos de batalha, o que fazia destruir as suas almas.
Um verdadeiro misto de emoções, a trama conta com personagens fortes, drama familiar, crítica política e social e ainda a armação de um golpe que nos envolve por completo, tudo muito bem colocado com sensibilidade em meio ao cenário pós-guerra. Unidos pela tragédia, Albert e Édouard tentam juntar os cacos em que suas vidas foram transformadas.
“A Terra sempre passou por catástrofes e epidemias, e a guerra não passa de uma combinação de ambas.”
A história da humanidade possui uma curiosa característica cíclica. Foi assim, quando o final da Primeira Guerra Mundial fez surgir os “Loucos anos 20”, pessoas que deram adeus aos horrores bélicos e receberam com estranho entusiasmo uma nova década, marcada por grandes alterações comportamentais. Essa fase é reproduzida no filme “Nos Vemos no Paraíso” sob a forma de espetáculo e poesia. Transbordando sentimentalismo, Albert Dupontel não deixa de entreter, encantar e emocionar os espectadores dessa trama.
------------- Para continuar lendo essa e outras análises de filmes, visite meu site MELKBERG :)
Nem esperava ver Richard Harris (o primeiro a interpretar Dumbledore, em Harry Potter) parlando italiano rs Mas, o que mais me surpreendeu foi a beleza daquela praia que surge na cena em que Giuliana conta uma estória para o seu filho.
O drama em si, bastava uma hora de duração pra tantas voltas que parece que não dar em lugar algum. Talvez esta seja a intenção, o looping da loucura da protagonista que se sente totalmente desajustada em meio àquele quotidiano mecânico e cinzento.
Giuliana termina no mesmo local do começo do filme, contudo tive a impressão que suas ideias estavam mais claras e que agora ela sabia a razão do seu sofrimento.
Quantos velórios... 🤧 Só mesmo um lencinho pra assistir a esse dorama. Achei importante abordar o preconceito entorno das pessoas que trabalham com a morte (no caso, em funerárias). Porém, a trama é repetitiva e desde os primeiros episódios, pelo menos pra mim, ficou evidente qual seria o último morto que Dong-Joo teria que preparar pro "outro plano".
Euforia
3.2 62 Assista AgoraVisto pela segunda vez, ainda fico com os olhos marejados com esse drama realista, humano.
O trabalho de atuação das atrizes é excelente, provoca um misto de emoções diante da relação conflituosa entre irmãs, remexendo um passado doloroso.
A personagem mais sentimental e debilitada me passou a impressão de ser muito mais forte, enquanto a irmã Ines, a durona e egocêntrica, na verdade esconde uma fragilidade, a fim de manter sua "sobrevivência", sempre fugindo das responsabilidades, deixava a parte mais pesada (os problemas da família) para Emilie cuidar.
Euforia é um filme de grande importância ao tocar com delicadeza em um assunto ainda considerado tabu em nossa sociedade e muitas outras.
Retreat
2.8 63 Assista AgoraConfesso, passei raiva com esse filme rs Achei até que o final seria tosco, mas curti o desfecho, valeu pra passar o tempo, só.
Segredos de um Escândalo
3.5 320 Assista AgoraGostei da ambientação. Já o drama não se desenvolve, você fica esperando uma reviravolta, algo trágico, no entanto termina bem inexpressivo.
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraComo seria ter o cérebro resetado, novinho, igual de uma criança? Esquecer o que aprendeu e começar do zero, inclusive, olhar o mundo como se fosse pela primeira vez, onde tudo é novidade. Você gostaria de acordar, pelo menos, uma vez assim?
Estive pensando nisso após assistir a Pobres Criaturas...
A existência de Bella Baxter transcende os limites da conformidade e normalidade, desafiando a “sociedade polida”. Livre de repressões, a mente de Bella é estruturada a partir da perversão.
O oposto é sua versão passada, Victoria, uma neurótica que sofria de melancolia, sem autonomia, vivendo uma vida sem sentido junto à um marido violento, resolve dar fim a todo sofrimento.
Em Pobres Criaturas, Lanthimos aborda: a sexualidade, a busca das mulheres por igualdade, formas de controle nas relações, a criação e o desenvolvimento do ser humano, os limites da ciência e os dilemas éticos e morais que nos envolvem e reprimem todo o tempo.
Enfim, superindico o filme! Quem deseja compreender melhor a intrigante Bella Baxter e sua sexualidade, leia o artigo completo no meu blog MELKBERG ;)
Ningyo
3.7 3Parece uma fantasia inofensiva, mas Tezuka conseguiu a proeza de fazer uma crítica política pesada ao regime totalitário somente com um curta-metragem. Grande a capacidade de síntese e criatividade do notável mangaká.
E.T.: O Extraterrestre
3.9 1,4K Assista AgoraRevisto trocentas vezes. O extraterrestre já chega na Terra querendo voltar pra casa, porque sabe que a maioria daqui não presta rsrs. Ser humano intrometido, cientista querendo brincar de Deus… era só deixar o E.T e o Elliot em paz desde o começo, a conexão entre esses dois é de outro mundo. A cena da flor renascendo é emocionante demais. Muito fofo! Sempre será uma lenda do cinema, Spielberg né?
Oppenheimer
4.0 1,1KInteressado por astronomia, Oppenheimer começa estudando a morte das estrelas e como entram em colapso num buraco negro, daí os minutos vão passando e você repara que o elenco do filme é quase inteiro formado por “estrelas”, o que eu não curto nem um pouco.
Em compensação, o trabalho de atuação de Cillian Murphy fez jus à estatueta ganhada no Oscar. E o diálogo final entre Oppenheimer e Einstein é curto, porém diz muito sobre o ser humano e a política, amenizando toda a tensão sentida durante o longo filme.
Tokimeki Tonight
4.4 1Depois que Ranze se transforma, o mais curioso é que ninguém repara que foi mordido rs
Anatomia de uma Queda
4.0 808 Assista AgoraSe mostrou ele morto, por que não mostrou como morreu?
A decisão da juíza absolveu ela, o relato do filho tentando proteger a mãe mesmo na dúvida (o que é compreensível), nada disso revela a verdade do ocorrido. Mesmo eu achando que foi suicídio, continua tudo no achismo.
Se tratando de um filme, em que o enredo se desenvolve praticamente todo num julgamento, merecia um final fechado.
Intruso
3.0 113Depois de assistir, entendi as pessoas que preferem não ler a sinopse, não ver o trailer, saber nada sobre o filme antes. “Intruso” conta a estória de um casal que é puro tédio, na real é somente isso. Não criem expectativas.
Até os Ossos
3.3 264 Assista AgoraUma mistura de canibalismo com romance young adult, além do enredo pobre e mal desenvolvido, só me restou admirar a beleza de Timothée Chalamet rs
Zona de Interesse
3.6 594 Assista AgoraQuando um cineasta resolve testar a paciência do público, produz isso.
O Homem do Norte
3.7 946 Assista AgoraHistória, mitologia, terror psicológico, vingança, lenda, feitiçaria. Adorei!
Me chamou a atenção, a personagem de Nicole Kidman carregar uma aura perturbadora, que se aproximou mais da imagem de bruxa do que qualquer outra representada, de fato, no filme.
A Viagem de Meu Pai
3.9 38 Assista AgoraDrama singelo e emocionante, agora entendi porque todos adoravam o pai dela... atuação belíssima de Jean Rochefort.
O Melhor Está Por Vir
3.7 17 Assista AgoraÓtima dupla contracenando nesta comédia que parece bobinha, mas depois se transforma em um drama comovente, de segurar as lágrimas.
A Green Fever
2.6 5Enredo sem enrolação, te deixa tenso desde o início, mas que final foi esse?!
Men: Faces do Medo
3.2 405 Assista AgoraA vida deste homem é um parto, uma metamorfose ambulante. E coitada da moça que só precisava de tranquilidade, viu o mato virar o caos.
É interessante observar alguns elementos da mitologia e refletir qual medo cada homem representava para ela. Procurei interpretar até o momento em que o padre disse que era um cisne, depois o enredo conseguiu ficar ainda mais bizarro.
O Leitor
4.1 1,8K Assista AgoraRomance amargo como a realidade. Quem mais desabou na cena em que Hanna escuta pelo gravador Michael lendo a Odisseia de Homero? No fim, não importa o que sentimos, e sim o que fazemos.
Graças a Deus
3.8 83 Assista AgoraTemática importante e propensa a debates, o que é positivo. Mas que lentidão... Quando o filme terminou, eu pensei: Graças a Deus.
Johnny Vai à Guerra
4.3 189Definitivamente não é “doce e honroso morrer pela pátria”. O esquema é tão desumano que eu não esperava por esse final
, achei que a enfermeira conseguiria acabar com o sofrimento de Johnny.
Nos Vemos no Paraíso
4.0 52 Assista AgoraBaseado no romance “Au Revoir Là-Haut” de Pierre Lemaître, o título em francês faz referência a um episódio marcante no final da Primeira Grande Guerra Mundial conhecido como “Mártires de Vingré”. Quando a terra se espalhou junto aos corpos destroçados, e no ar ecoou o som das bombas e tiros disparados. Acusados de abandono de posto e de traição por não terem lutado no combate quando estavam sob domínio do inimigo, os soldados franceses foram então fuzilados, servindo de exemplo para seus pares.
Após o ocorrido, tudo volta à “normalidade caótica” e, acima de tudo, lucrativa para os senhores da guerra, somos logo transportados para a Paris de 1919, quando parte da sociedade chorava pelos que morreram em combate e não sabia o que fazer com os que regressaram, pois apesar de sobreviventes, os ex-soldados estavam mutilados, sem conseguir expressar com palavras o que viram nos campos de batalha, o que fazia destruir as suas almas.
Um verdadeiro misto de emoções, a trama conta com personagens fortes, drama familiar, crítica política e social e ainda a armação de um golpe que nos envolve por completo, tudo muito bem colocado com sensibilidade em meio ao cenário pós-guerra. Unidos pela tragédia, Albert e Édouard tentam juntar os cacos em que suas vidas foram transformadas.
“A Terra sempre passou por catástrofes e epidemias, e a guerra não passa de uma combinação de ambas.”
A história da humanidade possui uma curiosa característica cíclica. Foi assim, quando o final da Primeira Guerra Mundial fez surgir os “Loucos anos 20”, pessoas que deram adeus aos horrores bélicos e receberam com estranho entusiasmo uma nova década, marcada por grandes alterações comportamentais. Essa fase é reproduzida no filme “Nos Vemos no Paraíso” sob a forma de espetáculo e poesia. Transbordando sentimentalismo, Albert Dupontel não deixa de entreter, encantar e emocionar os espectadores dessa trama.
------------- Para continuar lendo essa e outras análises de filmes, visite meu site MELKBERG :)
Os Boas-Vidas
4.0 54 Assista AgoraSandrinha e o boy lixo, esses não têm jeito. Já Moraldo (que se não me engano funciona como alter-ego do Fellini)
deixa de ser bobo e para não ficar atolado na mrd junto com a vadiagem, se mandou, certíssimo.
O Deserto Vermelho
4.0 95Nem esperava ver Richard Harris (o primeiro a interpretar Dumbledore, em Harry Potter) parlando italiano rs Mas, o que mais me surpreendeu foi a beleza daquela praia que surge na cena em que Giuliana conta uma estória para o seu filho.
O drama em si, bastava uma hora de duração pra tantas voltas que parece que não dar em lugar algum. Talvez esta seja a intenção, o looping da loucura da protagonista que se sente totalmente desajustada em meio àquele quotidiano mecânico e cinzento.
No fim,
Giuliana termina no mesmo local do começo do filme, contudo tive a impressão que suas ideias estavam mais claras e que agora ela sabia a razão do seu sofrimento.
May I Help You
4.3 9Quantos velórios... 🤧 Só mesmo um lencinho pra assistir a esse dorama. Achei importante abordar o preconceito entorno das pessoas que trabalham com a morte (no caso, em funerárias). Porém, a trama é repetitiva e desde os primeiros episódios, pelo menos pra mim, ficou evidente qual seria o último morto que Dong-Joo teria que preparar pro "outro plano".