Só sendo alter-ego da Sylvia Chang mesmo pra ter Takeshi Kaneshiro e Karen Mok na sua cola
Piadas à parte... Gosto muito desse filme não só pelo modo como condensa todo o melodrama tão já típico de romances chineses da época de um jeito quase como um Companheiros: Quase Uma História de Amor mais analítico, mas principalmente por sua abordagem ao retratar o lado do interesse amoroso feminino. Apesar de ter uma finalidade trágica (que não deixa de ser poupada ao lado masculino também), é interessante de ver, mesmo que narrativamente longe, como a dor de um amor incorrespondido na vida de uma pessoa LGBT pode acabar se tornando um ciclo doloroso de infindáveis atos de forçada romantização em cima relações íntimas de amizade por puro medo de abranger sua verdadeira identidade. Em um mundo onde o cinema LGBT é constantemente alvo de romantizações perigosas e constantes pontos finais que deriva a morte, ver por esse ângulo que apesar de triste tem sua fundamentação em pautar em algo tão (infelizmente) recorrente, ainda mais vindo de uma autora heterossexual, é muito interessante. Tristemente trágico e dolorosamente recorrente.
Quando terminei esse documentário fiquei com vontade de me apaixonar no meio das olimpíadas por uma mulher japonesa que fala um pouco de minha língua nativa enquanto ela acusa e desconstrói estigmas negativos de sua própria origem também (e de preferência no show do Tokyo Incidents) mas infelizmente não sou o Chris Marker pois não tenho o talento nem a 8mm muito menos o dinheiro para aparecer no meio das Olimpíadas de Tóquio quem dirá convencer uma mulher japonesa de falar comigo então fiquemos aqui com o deslumbre do cinema mesmo...
O cinema é memória de universos acontecimentos. Nada é puramente desimportante.
É impressionante como um trabalho tão delicado sobre a alienação dos jovens adultos numa visão feminina dessas tenha sido dirigido pelo mesmo cara que fez Tony Takitani. É nesse tipo de situação que a gente entende que o roteiro faz a diferença nas suas intenções. Cinema é realmente o melhor de dois mundos.
"It took me long to realize that it’s love that distinguishes man from stones, trees, rain, and that we can lose our love and that love grows through loving, yes, I have been so completely lost, so truly lost. There were times I wanted to change the world, I wanted to take a gun and shoot my way through Western Civilization. Now I want to leave others alone, they have their terrible fates to go. Now I want to shoot my own way through myself, into the thick night of myself."
"I am walking like a somnambulist waiting for a secret signal, ready to go one or another way, listening into this huge white silence for the weakest sign or call. And I sit here alone and far from you and it is night and I am reflecting on everything all around me and I am thinking of you. I saw it in your eyes, in your love, you too are swinging towards the depths of your own being in longer and longer circles. I saw happiness and pain in your eyes and reflections of the paradises lost and regained and lost again, and the terrible loneliness and happiness, yes, and I reflect upon this and I think about you, like two lonely space pilots on outer cold space, as I sit here this late-night alone and I think about all this and about you and for a brief moment I don’t know for how long we meet somewhere between the words, dreams, images, space between the words perhaps and I am happy. As I look into the cold endless space passing without sound without speed a metal blue endless distance between us, but I know you are there, I can feel your heartbeat, my love."
Esse filme cria todo um novo conceito para crítica social edgy.
Pensa numa suruba daquelas. Aquele coquetel batido até a exaustão de muito Édipo, de incesto, de estupro, de romantização de estupro. Tua mãe também é a mulher que o seu pai tem um caso. E é óbvio que eventualmente tudo se colidiria numa grande batalha familiar pelo grande prêmio... E esse seria... O próprio falo. Com isso em mente, digamos que toda a intenção de fazer tudo isso se afoga brutalmente em sua busca por saciar a sede até demais com um tsunami de violência mais do que gratuita, se engolindo no seu próprio propósito.
O único momento em que saciei minha vontade como espectadora foi justamente do jeito errado. Onde fica a par da dramatização, eu regurgitei de... Risadas. E isso não é um ponto positivo... Pelo menos não pra um filme que parece suar de tanto tentar ser tratado com seriedade.
Penso que se esse filme fosse feito por Sion Sono, tudo valeria mais a pena. Kim Ki-Duk é realmente o melhor de dois mundos.
House of Hummingbird retrata tão bem a realidade de uma adolescente de classe média-baixa a ponto de fazer você se revirar num vórtex de sentimentos e trazendo com ele todo o desespero e todo os espasmos de alívio de ver uma situação cotidiana que, mesmo não sendo familiar, é emergente, presente ali, com você.
Toda a sutileza de Kim Bo-ra em cozinhar relacionamentos, juntá-los a questões históricas e morais, e dentro disso explorar o jeito como um adolescente balanceia sua presença na sociedade mediante o que é ou não "drama", é magistral. A menina que gostava de você e não pega mais não sua mão no próximo semestre. Uma briga com sua melhor amiga por uma pequena inconveniência que parece eterna. A morte de um parente próximo. A professora que por um breve momento acolhe todas as suas dúvidas em relação a vida. Uma fita de declaração que nunca vai ser entregue. A sua irmã irresponsável que escapa de maiores conveniências só pelo fato de ser irresponsável. Seu pai e sua eterna pressão que o quebra quando qualquer risco aparece. Sua mãe, que é super distante e sempre absorve os problemas de todo mundo, inclusive o seu. O ordinário que é extraordinário. A explicação que se estende e nunca termina. A vida como ela é.
Mas só se implodir todo o sistema de classe através de uma metáfora ao divino cristão que busca a redenção diretamente ligado ao desejo e a plena frustração sexual
Definitivamente o ponto alto da série, além dos atores convidados, são as constantes piadas com os pós-modernos e as piadas internas/pessoais da Tina com o externo. Acho que a única coisa que difere essa temporada da outra é a personagem da Tina Fey, que eu achei horrível em todos os sentidos. Composição, importância e principalmente atuação... Acho que a primeira temporada, além disso, só ganha pelo gancho do Jon Hamm no tribunal, que é genial.
Já faz um tempo que não tenho me divertido com um filme, e eu senti falta disso. Bom, esse filme me divertiu bastante, em vários aspectos diferentes. Gosto muito do jeito que o Mike Leigh trabalha com as relações humanas. É tudo muito puro, sincero. Isso dá um ar de estranhes no começo, mas você começa a sentir no consciente que aquilo é puramente a alma das relações sociais do cotidiano. Poppy (que foi maravilhosamente interpretado pela Sally Hawkins), por vias te faz desconfortável. Talvez por ela ser feliz demais? Sim! Mas o ponto em que é importante ressaltar é simplesmente esse: O filme funciona muito bem como comédia justamente por ser peculiar, e ter personagens que apesar de caricatos, são muito humanos em todas as nossas formas, e isso me faz lembrar de que nem toda comédia é um poço de clichê (acreditem). Esse tipo de ideologia me faz lembrar os filmes de Miranda July, na qual ela sempre passa pela comédia trágica, e esse equilíbrio sempre dá certo, coisa que Happy Go Lucky prova por si só. Enfim... O filme nos mostra a vida da Poppy sendo feliz e seguindo seu próprio caminho ''ingênuo'' aos pesares das outras pessoas sobre a questão da felicidade, e a trama se desenvolve pelo modo como as pessoas lidam com essa visão de liberdade que ela tem, que pode parecer muito errado por não entrar nas demandas aceitáveis de uma pessoa comum, mas que dá muito certo, e aí está... Nem todo mundo consegue captar a pureza de coração que ela tem. Poppy só quer ser feliz e tornar as pessoas felizes, mas os conflitos que ela tem (representados por uma figura totalmente o oposto dela, que é o instrutor dela), nos mostra que apesar de nos esforçarmos para tentar mudar as pessoas para a sua visão de bem, elas não entendem seu ponto de vista, e isso nos guia a extrair só o pior de si. Poppy só deseja a felicidade, mas infelizmente isso não abate a todas as pessoas com facilidade, e isso mostra a ela que o mundo onde nós vivemos tem suas intenções, e elas são cruéis.
E referente a primeira temporada, acho que essa peca pelos mesmos motivos, e esses motivos são a Karen Page. Tirando o fato dela ser onipresente, e ter um conhecimento vasto sobre todos os assuntos que rolam sem ter nenhuma base (e isso é um desespero tamanho por parte do roteiro quanto a botar um personagem não tão agradável pra guiar uma história, vendo que há coisas bem melhores), eu diria com certeza que essa temporada é superior a primeira, e isso vai com toda a certeza em foque ao Justiceiro e a Elektra. Ah é, isso sem contar alguns exageros por parte física do personagem... Parece que eles não perceberam que colocaram o Demolidor num patamar meta humano, onde ele consegue lutar com 3 costelas quebradas, e ainda derrotar 30 pessoas ao mesmo tempo? Isso comparado a Elektra (que visivelmente é superior a ele nessa questão de luta) quanto a Jessica Jones, é ridículo. Consequências disso, a série só consegue se focar no personagem principal apenas quando há presença de cenas propositais arranjadas, com lutas coreografadas e bem dirigidas. Enfim... Quanto ao Justiceiro: O desenvolvimento dele é muito interessante, apesar de pecar em alguns episódios de corte, onde -como sempre- a Page tem alguma ponta na qual rouba o protagonismo e deixa muito a desejar quanto a isso, desde a motivações totalmente aleatórias até o sentimentalismo forçado. Ignorando isso, Jon Bernthal ainda tem muito o que mostrar sobre o potencial do personagem, e eles nos prova isso. Quanto a Elektra: Eu, como fã da Elektra a muitos anos, tenho de dizer que achei o modo como eles colocaram ela na série bem legítimo, e a atuação da Elodie Yung simplesmente fantástica! (isso depois de torcer um pouco o dedo pra algumas coisas que acontecem no começo, não vou negar) E como era de se esperar, apesar deles terem excluído alguns pontos quanto a origem dela nas HQs, vejo que acertei quanto ao rumo dela no futuro (e isso é bom), e afirmo: Mais uma vez, a série vai me puxar a acompanhá-la por causa de outros personagens, e não o Demolidor em si, e isso é um pouco inconsistente, ainda mais quando sinto que os roteiristas tem se enrolado bastante depois de descartar personagens importantes no passado, e isso foi total descontado em quem? Isso mesmo, na Karen Page. Espero que o Matt tenha mais seus momentos, e que o Foggy colabore para filtrar essa falta de personagens importantes para a leva da trama, ainda mais agora que a série continua andando ainda mais pra um arco tão importante do Demolidor: A Queda de Murdock e Elektra Assassina.
Fico me perguntando por que os reaças adoram esse filme? A filosofia é totalmente contrária ao que o pessoal idolatra e 100% adepto ao que eles tanto repudiam. Nunca irei entender. Mistérios da vida.
“Being is the ability to project oneself into any event you are concerned about at the time. When you are dying, on the other hand, you cannot project yourself. Your being is no longer a possible connection with your future. Because you don’t have a future. Therefore, for the first time in your life, you get to see other people as if you are seeing yourself. You see their possible connections with the future and you come to realize that it’s your future too. That we are in this together.” Trecho do livro de Martin Heidegger, ''Being and Time'' de 1927.
Romance Doll
3.4 1O Tony Takitani + Air Doll dirigido por uma mulher. Infelizmente não é um elogio... Queria que fosse.
Tempting Heart
3.9 1Só sendo alter-ego da Sylvia Chang mesmo pra ter Takeshi Kaneshiro e Karen Mok na sua cola
Piadas à parte... Gosto muito desse filme não só pelo modo como condensa todo o melodrama tão já típico de romances chineses da época de um jeito quase como um Companheiros: Quase Uma História de Amor mais analítico, mas principalmente por sua abordagem ao retratar o lado do interesse amoroso feminino. Apesar de ter uma finalidade trágica (que não deixa de ser poupada ao lado masculino também), é interessante de ver, mesmo que narrativamente longe, como a dor de um amor incorrespondido na vida de uma pessoa LGBT pode acabar se tornando um ciclo doloroso de infindáveis atos de forçada romantização em cima relações íntimas de amizade por puro medo de abranger sua verdadeira identidade. Em um mundo onde o cinema LGBT é constantemente alvo de romantizações perigosas e constantes pontos finais que deriva a morte, ver por esse ângulo que apesar de triste tem sua fundamentação em pautar em algo tão (infelizmente) recorrente, ainda mais vindo de uma autora heterossexual, é muito interessante. Tristemente trágico e dolorosamente recorrente.
Le Mystère Koumiko
4.3 3Quando terminei esse documentário fiquei com vontade de me apaixonar no meio das olimpíadas por uma mulher japonesa que fala um pouco de minha língua nativa enquanto ela acusa e desconstrói estigmas negativos de sua própria origem também (e de preferência no show do Tokyo Incidents) mas infelizmente não sou o Chris Marker pois não tenho o talento nem a 8mm muito menos o dinheiro para aparecer no meio das Olimpíadas de Tóquio quem dirá convencer uma mulher japonesa de falar comigo então fiquemos aqui com o deslumbre do cinema mesmo...
O cinema é memória de universos acontecimentos. Nada é puramente desimportante.
A Mulher do Supermercado
3.9 5Apenas Nobuko Miyamoto de bonézinho vermelho para me fazer acreditar no futuro da humanidade dentro de esquemas insalubres do mercado capitalista
Bu su
3.6 1É impressionante como um trabalho tão delicado sobre a alienação dos jovens adultos numa visão feminina dessas tenha sido dirigido pelo mesmo cara que fez Tony Takitani. É nesse tipo de situação que a gente entende que o roteiro faz a diferença nas suas intenções. Cinema é realmente o melhor de dois mundos.
Possibly in Michigan
3.8 6"But love shouldn't cost an arm and a leg... But do you love me?"
Song of Avignon
4.5 10"It took me long to realize that it’s love that distinguishes man from stones, trees, rain, and that we can lose our love and that love grows through loving, yes, I have been so completely lost, so truly lost. There were times I wanted to change the world, I wanted to take a gun and shoot my way through Western Civilization. Now I want to leave others alone, they have their terrible fates to go. Now I want to shoot my own way through myself, into the thick night of myself."
"I am walking like a somnambulist waiting for a secret signal, ready to go one or another way, listening into this huge white silence for the weakest sign or call. And I sit here alone and far from you and it is night and I am reflecting on everything all around me and I am thinking of you. I saw it in your eyes, in your love, you too are swinging towards the depths of your own being in longer and longer circles. I saw happiness and pain in your eyes and reflections of the paradises lost and regained and lost again, and the terrible loneliness and happiness, yes, and I reflect upon this and I think about you, like two lonely space pilots on outer cold space, as I sit here this late-night alone and I think about all this and about you and for a brief moment I don’t know for how long we meet somewhere between the words, dreams, images, space between the words perhaps and I am happy. As I look into the cold endless space passing without sound without speed a metal blue endless distance between us, but I know you are there, I can feel your heartbeat, my love."
Her Smell
3.3 35Is this a motherfucking Courtney Love reference???
Swing Girls
4.3 19Whiplash sonha pra caralho
Cold Fish
3.8 115Sion Sono estava certo quando disse que os quietinhos são os piores
Moebius
3.3 100Esse filme cria todo um novo conceito para crítica social edgy.
Pensa numa suruba daquelas. Aquele coquetel batido até a exaustão de muito Édipo, de incesto, de estupro, de romantização de estupro. Tua mãe também é a mulher que o seu pai tem um caso. E é óbvio que eventualmente tudo se colidiria numa grande batalha familiar pelo grande prêmio... E esse seria... O próprio falo. Com isso em mente, digamos que toda a intenção de fazer tudo isso se afoga brutalmente em sua busca por saciar a sede até demais com um tsunami de violência mais do que gratuita, se engolindo no seu próprio propósito.
O único momento em que saciei minha vontade como espectadora foi justamente do jeito errado. Onde fica a par da dramatização, eu regurgitei de... Risadas. E isso não é um ponto positivo... Pelo menos não pra um filme que parece suar de tanto tentar ser tratado com seriedade.
Penso que se esse filme fosse feito por Sion Sono, tudo valeria mais a pena. Kim Ki-Duk é realmente o melhor de dois mundos.
Filha de Ninguém
3.5 24A habilidade de Jung Eun-Chae em colocar um relógio de pulso com uma mão só é impressionante mesmo
Casa de Beija-Flor
4.2 18House of Hummingbird retrata tão bem a realidade de uma adolescente de classe média-baixa a ponto de fazer você se revirar num vórtex de sentimentos e trazendo com ele todo o desespero e todo os espasmos de alívio de ver uma situação cotidiana que, mesmo não sendo familiar, é emergente, presente ali, com você.
Toda a sutileza de Kim Bo-ra em cozinhar relacionamentos, juntá-los a questões históricas e morais, e dentro disso explorar o jeito como um adolescente balanceia sua presença na sociedade mediante o que é ou não "drama", é magistral. A menina que gostava de você e não pega mais não sua mão no próximo semestre. Uma briga com sua melhor amiga por uma pequena inconveniência que parece eterna. A morte de um parente próximo. A professora que por um breve momento acolhe todas as suas dúvidas em relação a vida. Uma fita de declaração que nunca vai ser entregue. A sua irmã irresponsável que escapa de maiores conveniências só pelo fato de ser irresponsável. Seu pai e sua eterna pressão que o quebra quando qualquer risco aparece. Sua mãe, que é super distante e sempre absorve os problemas de todo mundo, inclusive o seu. O ordinário que é extraordinário. A explicação que se estende e nunca termina. A vida como ela é.
Edward Yang chorou nessa. E eu também.
Picnic
3.8 13Lindo os pais caóticos de Eu Sou Um Cyborg, e Daí?
Disco Pigs
3.4 51Personificação arthouse e edgy da página Crianças Fazendo Merda
Teorema
4.0 198Terence Stamp entre em minha casa e destrua a sanidade de toda minha família
Mas só se implodir todo o sistema de classe através de uma metáfora ao divino cristão que busca a redenção diretamente ligado ao desejo e a plena frustração sexual
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraMãe : o que vc esta dizendo porraaaaa
Perfect Blue
4.3 815E lembrem-se: Ilusões não matam!
Felicidade
4.1 378- I'm not laughing at you, I'm laughing with you.
- ...But I'm not laughing.
Unbreakable Kimmy Schmidt (2ª Temporada)
4.0 184Definitivamente o ponto alto da série, além dos atores convidados, são as constantes piadas com os pós-modernos e as piadas internas/pessoais da Tina com o externo.
Acho que a única coisa que difere essa temporada da outra é a personagem da Tina Fey, que eu achei horrível em todos os sentidos. Composição, importância e principalmente atuação...
Acho que a primeira temporada, além disso, só ganha pelo gancho do Jon Hamm no tribunal, que é genial.
Simplesmente Feliz
3.4 254Já faz um tempo que não tenho me divertido com um filme, e eu senti falta disso. Bom, esse filme me divertiu bastante, em vários aspectos diferentes.
Gosto muito do jeito que o Mike Leigh trabalha com as relações humanas. É tudo muito puro, sincero. Isso dá um ar de estranhes no começo, mas você começa a sentir no consciente que aquilo é puramente a alma das relações sociais do cotidiano.
Poppy (que foi maravilhosamente interpretado pela Sally Hawkins), por vias te faz desconfortável. Talvez por ela ser feliz demais? Sim! Mas o ponto em que é importante ressaltar é simplesmente esse: O filme funciona muito bem como comédia justamente por ser peculiar, e ter personagens que apesar de caricatos, são muito humanos em todas as nossas formas, e isso me faz lembrar de que nem toda comédia é um poço de clichê (acreditem). Esse tipo de ideologia me faz lembrar os filmes de Miranda July, na qual ela sempre passa pela comédia trágica, e esse equilíbrio sempre dá certo, coisa que Happy Go Lucky prova por si só. Enfim...
O filme nos mostra a vida da Poppy sendo feliz e seguindo seu próprio caminho ''ingênuo'' aos pesares das outras pessoas sobre a questão da felicidade, e a trama se desenvolve pelo modo como as pessoas lidam com essa visão de liberdade que ela tem, que pode parecer muito errado por não entrar nas demandas aceitáveis de uma pessoa comum, mas que dá muito certo, e aí está... Nem todo mundo consegue captar a pureza de coração que ela tem. Poppy só quer ser feliz e tornar as pessoas felizes, mas os conflitos que ela tem (representados por uma figura totalmente o oposto dela, que é o instrutor dela), nos mostra que apesar de nos esforçarmos para tentar mudar as pessoas para a sua visão de bem, elas não entendem seu ponto de vista, e isso nos guia a extrair só o pior de si. Poppy só deseja a felicidade, mas infelizmente isso não abate a todas as pessoas com facilidade, e isso mostra a ela que o mundo onde nós vivemos tem suas intenções, e elas são cruéis.
Demolidor (2ª Temporada)
4.3 967 Assista AgoraE referente a primeira temporada, acho que essa peca pelos mesmos motivos, e esses motivos são a Karen Page. Tirando o fato dela ser onipresente, e ter um conhecimento vasto sobre todos os assuntos que rolam sem ter nenhuma base (e isso é um desespero tamanho por parte do roteiro quanto a botar um personagem não tão agradável pra guiar uma história, vendo que há coisas bem melhores), eu diria com certeza que essa temporada é superior a primeira, e isso vai com toda a certeza em foque ao Justiceiro e a Elektra. Ah é, isso sem contar alguns exageros por parte física do personagem... Parece que eles não perceberam que colocaram o Demolidor num patamar meta humano, onde ele consegue lutar com 3 costelas quebradas, e ainda derrotar 30 pessoas ao mesmo tempo? Isso comparado a Elektra (que visivelmente é superior a ele nessa questão de luta) quanto a Jessica Jones, é ridículo. Consequências disso, a série só consegue se focar no personagem principal apenas quando há presença de cenas propositais arranjadas, com lutas coreografadas e bem dirigidas. Enfim...
Quanto ao Justiceiro: O desenvolvimento dele é muito interessante, apesar de pecar em alguns episódios de corte, onde -como sempre- a Page tem alguma ponta na qual rouba o protagonismo e deixa muito a desejar quanto a isso, desde a motivações totalmente aleatórias até o sentimentalismo forçado. Ignorando isso, Jon Bernthal ainda tem muito o que mostrar sobre o potencial do personagem, e eles nos prova isso.
Quanto a Elektra: Eu, como fã da Elektra a muitos anos, tenho de dizer que achei o modo como eles colocaram ela na série bem legítimo, e a atuação da Elodie Yung simplesmente fantástica! (isso depois de torcer um pouco o dedo pra algumas coisas que acontecem no começo, não vou negar) E como era de se esperar, apesar deles terem excluído alguns pontos quanto a origem dela nas HQs, vejo que acertei quanto ao rumo dela no futuro (e isso é bom), e afirmo: Mais uma vez, a série vai me puxar a acompanhá-la por causa de outros personagens, e não o Demolidor em si, e isso é um pouco inconsistente, ainda mais quando sinto que os roteiristas tem se enrolado bastante depois de descartar personagens importantes no passado, e isso foi total descontado em quem? Isso mesmo, na Karen Page. Espero que o Matt tenha mais seus momentos, e que o Foggy colabore para filtrar essa falta de personagens importantes para a leva da trama, ainda mais agora que a série continua andando ainda mais pra um arco tão importante do Demolidor: A Queda de Murdock e Elektra Assassina.
Clube da Luta
4.5 4,9K Assista AgoraFico me perguntando por que os reaças adoram esse filme? A filosofia é totalmente contrária ao que o pessoal idolatra e 100% adepto ao que eles tanto repudiam. Nunca irei entender. Mistérios da vida.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista Agora“Being is the ability to project oneself into any event you are concerned about at the time. When you are dying, on the other hand, you cannot project yourself. Your being is no longer a possible connection with your future. Because you don’t have a future. Therefore, for the first time in your life, you get to see other people as if you are seeing yourself. You see their possible connections with the future and you come to realize that it’s your future too. That we are in this together.”
Trecho do livro de Martin Heidegger, ''Being and Time'' de 1927.