O documentário, além de suscitar o debate sobre impunidade e privilégios brancos, fala muito sobre a construção do discurso de ódio e do sentimento anti-asiático. Ele explica os processos que levaram ao ódio contra japoneses/amarelos naquela época e que, inclusive, motivaram um homem branco a matar um sino-estadunidense. O filme é muito pesado e triste, mas tem uma força porque mostra como os asiático-estadunidenses sentiram a necessidade de se desvincilhar do mito da minoria modelo e protestar por justiça. Dentro desse contexto de resistência, ainda que implicitamente, o documentário nos mostra também um belíssimo exemplo de solidariedade anti-racista.
Paulina é, definitivamente, uma experiência cinematográfica única – e, provavelmente, uma das grandes obras desta década. O filme suscita um debate que consegue ir muito além do que costumamos ver e ler sobre machismo: ele suscita um debate sobre as raízes da violência, sobre a pobreza, sobre a desigualdade. E, neste contexto, a protagonista (após passar por uma situação traumática) entra em um conflito ético interno angustiante que se mantém até as últimas cenas. Paulina é, portanto, extremamente difícil de digerir porque se propõe a levantar muitos questionamentos, a fazer muitas perguntas – mas sem, em momento algum, respondê-las. Foi a primeira vez que vi um público tão pasmo após o término de um filme. As pessoas simplesmente não sabiam como reagir – elas não conseguiam nem mesmo se levantar e sair da sala do cinema.
Trono Manchado de Sangue sintetiza, com perfeição, a condição humana: estar fadado à falta de compreensão e, consequentemente, à loucura e ao fracasso.
A série Orange is the new Black não é incrível somente pela temática LGBT e pelo seu caráter desconstrutor (que abrange diversas questões, desde políticas de segregação a tabus femininos), ela é incrível em todos os aspectos. Principalmente pela intensa carga emocional que acompanha o desenvolvimento das personagens – todas com suas próprias singularidades e fragilidades, seus próprios medos e limites. A série, além disso, apresenta um contraste lírico entre o movimento que ocorre entre as presidiárias e a estaticidade de estar fadado a permanecer sempre num mesmo cenário seguindo uma mesma rotina. Dosando com maestria a comédia e o drama, Orange is the new Black encontra beleza no que é mais supérfluo e corriqueiro, no que é mais falho no ser humano.
Quem matou Vincent Chin?
5.0 1O documentário, além de suscitar o debate sobre impunidade e privilégios brancos, fala muito sobre a construção do discurso de ódio e do sentimento anti-asiático. Ele explica os processos que levaram ao ódio contra japoneses/amarelos naquela época e que, inclusive, motivaram um homem branco a matar um sino-estadunidense. O filme é muito pesado e triste, mas tem uma força porque mostra como os asiático-estadunidenses sentiram a necessidade de se desvincilhar do mito da minoria modelo e protestar por justiça. Dentro desse contexto de resistência, ainda que implicitamente, o documentário nos mostra também um belíssimo exemplo de solidariedade anti-racista.
Martírio
4.6 59Filme urgente e necessário. Definitivamente um dos filmes mais importantes da década.
Paulina
3.6 39 Assista AgoraPaulina é, definitivamente, uma experiência cinematográfica única – e, provavelmente, uma das grandes obras desta década.
O filme suscita um debate que consegue ir muito além do que costumamos ver e ler sobre machismo: ele suscita um debate sobre as raízes da violência, sobre a pobreza, sobre a desigualdade. E, neste contexto, a protagonista (após passar por uma situação traumática) entra em um conflito ético interno angustiante que se mantém até as últimas cenas. Paulina é, portanto, extremamente difícil de digerir porque se propõe a levantar muitos questionamentos, a fazer muitas perguntas – mas sem, em momento algum, respondê-las.
Foi a primeira vez que vi um público tão pasmo após o término de um filme. As pessoas simplesmente não sabiam como reagir – elas não conseguiam nem mesmo se levantar e sair da sala do cinema.
Trono Manchado de Sangue
4.4 121 Assista AgoraTrono Manchado de Sangue sintetiza, com perfeição, a condição humana: estar fadado à falta de compreensão e, consequentemente, à loucura e ao fracasso.
Orange Is The New Black (2ª Temporada)
4.4 877 Assista AgoraA série Orange is the new Black não é incrível somente pela temática LGBT e pelo seu caráter desconstrutor (que abrange diversas questões, desde políticas de segregação a tabus femininos), ela é incrível em todos os aspectos. Principalmente pela intensa carga emocional que acompanha o desenvolvimento das personagens – todas com suas próprias singularidades e fragilidades, seus próprios medos e limites. A série, além disso, apresenta um contraste lírico entre o movimento que ocorre entre as presidiárias e a estaticidade de estar fadado a permanecer sempre num mesmo cenário seguindo uma mesma rotina. Dosando com maestria a comédia e o drama, Orange is the new Black encontra beleza no que é mais supérfluo e corriqueiro, no que é mais falho no ser humano.
Febre do Rato
4.0 657Liberdade, sexo e, sobretudo, poesia. <3
Noites de Cabíria
4.5 382 Assista AgoraCabíria, sem sombra de dúvidas, é uma das personagens mais apaixonantes do cinema.