os traumas e as dores que podem ser causados por um abuso sexual. A mulher não possui o local de fala, nem quando esse local é o seu próprio corpo. Ela não tem o poder de se expressar por um filme, onde os homens que o assistem o consideram “fraco” pois falta “expressão e desenvolvimento”. Isso só representa o quanto que, por mais que a mensagem a ser passada esteja presente e latente durante toda a história, realmente só será compreendida por aqueles que chegaram, no mínimo, perto de sofrer por algo parecido.
O filme inteiro é uma bela analogia...a personagem sempre "engole" todas as privações de sua liberdade que vivenciou com todos os tipos de figuras em sua vida...seja sua mãe, sua sogra, mas principalmente figuras masculinas, como seu marido abusivo e seu "pai" que a forçou a vir ao mundo da pior maneira possível. Uma personagem que nunca obteve controle em nenhum momento da vida, consegue fazer isso ao engolir inimagináveis objetos, os tratando como uma admirável recompensa ao saírem de seu corpo. Sem dúvidas, a insatisfação com a gravidez é observada através dessa tentativa inconsciente de se livrar do feto através da ingestão de objetos cortantes...
E bem...o único ato de liberdade e controle sobre a própria vida que ela obteve durante o filme todo foi através do ato do aborto, que incrivelmente é criticado, em sua maioria, por comentadores homens aqui na plataforma do Filmow.
Um filme que, sem dúvidas, demonstra a realidade em seus mínimos detalhes.
Achei a atuação da Carla Diaz bem surpreendente, porém eu realmente acho que se tivessem feito apenas um filme e aprofundado no caso teria sido melhor aproveitado. Mas a proposta foi boa, cinema nacional está crescendo cada dia mais.
Discordo das pessoas que dizem que o filme "vitimizou" os criminosos. A proposta era realmente mostrar a versão de cada um dos envolvidos, e obviamente ninguém iria botar a mão no fogo. Infelizmente acredito que na vida real deve ter sido uma bela mistura das duas versões, triste.
Um belo desserviço. Ao invés de poder ser uma ferramenta não só de entretenimento poderia focar em realmente demonstrar como é a doença e os tratamentos certos a serem feitos e não
parar o medicamento por conta própria, focar tua “cura” em uma única sessão de constelação familiar, entre outros.
“Ain mais é só um filme”. Concordo. Mais um filme que serve pra aumentar a desinformação e estigma sobre transtornos mentais. E aliás, com muitos gatilhos que não foram avisados.
Não entendo, se fosse filme gringo tava cheio de gente enchendo de elogios aqui. Ótima direção, enredo e atuações. Fotografia maravilhosa. E uma dica: SE FOR ASSISTIR NÃO OLHE OS COMENTÁRIOS DO FILMOW, TÁ CHEIO DE SPOILERS.
O filme se chama Ginger & Rosa, mas poderia muito bem se chamar Ginger & Rosa & Qualquer outro personagem feminino. Na minha opinião, o ponto central do longa metragem nunca foi a Ginger, e sim, Roland. A década de 60 é notável pelo seu exacerbado foco no feminismo e nos direitos das mulheres, que ainda estavam presas no modus operandis de esposa e mulher de casa. Roland, o homem, manipula e coloca como vítimas cada personagem feminina do filme.
Natalie, que teve que desistir de sua carreira como pintora para criar sua filha e cuidar da casa sem ajuda de Roland, enquanto o marido publicava suas obras e sucedia em sua carreira. Interpreta a liberdade de sua filha como um passo para se tornar uma "prostituta", não porque não gosta da mesma, mas lhe foi ensinado assim.
Rosa, a menina sem pai. Um fenômeno tão frequente que acontece até os dias atuais, onde o marido foge e a mãe é disposta com toda a responsabilidade, e mesmo assim, não valorizada, apenas uma "simples faxineira". Voltando a Freud, tão citado no filme (também, abro parênteses aqui, um dos teóricos mais machistas da Psicologia) vemos um belo exemplo de Complexo de Édipo na relação de Rosa com Roland, onde a mesma, em sua admirável inocência adolescente, se apaixona e projeta a figura do pai perdido no mesmo. Tão inocente ao ponto de "roubar" o lugar e agir como a mãe de Ginger. Ela não queria salvar Roland, ela queria salvar seu pai perdido.
Anoushka, mãe de Rosa, mal aparece no filme. Mas porque apareceria? Mães solteiras, naquela época, não recebiam a atenção e o crédito que deveriam.
Ginger, o vetor onde todo o machismo se pronuncia. Uma menina que está chegando ao final de sua adolescência e vê o seu mundo inteiro desmoronando, por fora e por dentro. Seus aforismos sobre a explosão e sobre a morte não dizem somente sobre seu medo de uma Guerra Nuclear, e sim sobre o seu mundo que está sendo corrompido. Divórcio entre os pais, amiga de longa data que a traiu, pai machista e abusador (algo que a mesma nota durante o filme), a mãe instável emocionalmente...a entrada para a adolescência é difícil,mas sua saída é pior ainda. Seu pais, quem deveriam ajudá-la, ou estão ocupados oprimindo ou sendo oprimidos.
Roland, o idealista libertário. O crítico de todas as formas de manipulação tradicionais, como a religião, mas que utiliza de seus ideais para manipular e justificar suas ações mais perturbadoras, como seus atos de pedofilia e sua negligência com a própria filha. "É apenas a liberdade." "Não aos modos clássicos". "O feministo", "esquerdomacho". Apenas mais um homem tradicional.
Para mim, uma bela lição sobre o machismo. O filme poderia ser mais bem explorado se tivesse uma maior duração, mas já foi suficiente para deixar ótimas lições.
A ambientação é muito bem feita, assim como as cenas bem construídas. Mas para mim 2 h e 40 de filme foram extremamente desnecessários, sendo que o enredo nem é tão bem formulado ao ponto de ter substância para continuar esse tempo todo. O simbolismo está lá e é implicito, e sem dúvida alguma um diretor não deveria construir um filme inteiro com base nisso. Chato e maçante define. Amo o Kubrick, mas essa peça foi uma decepção :/
Cinco Graças
4.3 329 Assista AgoraO poder da fofoquinha viu...
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraEu chorei????
Oppenheimer
4.0 1,1KMelhor filme que eu já vi, apenas.
Soft & Quiet
3.5 242Gente, é preciso ter estômago viu.
Ruído Branco
2.7 204????????????????????????
Pearl
3.9 988Destaque para a atuação excepcional da Mia Goth, espetacular, prende do início ao fim!
Uma Garota de Muita Sorte
3.5 300 Assista AgoraUm filme incrível sobre
os traumas e as dores que podem ser causados por um abuso sexual. A mulher não possui o local de fala, nem quando esse local é o seu próprio corpo. Ela não tem o poder de se expressar por um filme, onde os homens que o assistem o consideram “fraco” pois falta “expressão e desenvolvimento”. Isso só representa o quanto que, por mais que a mensagem a ser passada esteja presente e latente durante toda a história, realmente só será compreendida por aqueles que chegaram, no mínimo, perto de sofrer por algo parecido.
Uma bela reflexão.
Não Fale o Mal
3.6 673O poder de um "não" bem dado...
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraUm belo conto
sobre um cara reprimindo sua homossexualidade
Amei.
Medida Provisória
3.6 432Gente, uma distopia (quase não tão distopia), nacional e incrivelmente bem feita! Vale a pena assistir!
Devorar
3.7 366 Assista AgoraO filme inteiro é uma bela analogia...a personagem sempre "engole" todas as privações de sua liberdade que vivenciou com todos os tipos de figuras em sua vida...seja sua mãe, sua sogra, mas principalmente figuras masculinas, como seu marido abusivo e seu "pai" que a forçou a vir ao mundo da pior maneira possível. Uma personagem que nunca obteve controle em nenhum momento da vida, consegue fazer isso ao engolir inimagináveis objetos, os tratando como uma admirável recompensa ao saírem de seu corpo. Sem dúvidas, a insatisfação com a gravidez é observada através dessa tentativa inconsciente de se livrar do feto através da ingestão de objetos cortantes...
E bem...o único ato de liberdade e controle sobre a própria vida que ela obteve durante o filme todo foi através do ato do aborto, que incrivelmente é criticado, em sua maioria, por comentadores homens aqui na plataforma do Filmow.
Um filme que, sem dúvidas, demonstra a realidade em seus mínimos detalhes.
O Menino que Matou Meus Pais
3.0 515 Assista AgoraAchei a atuação da Carla Diaz bem surpreendente, porém eu realmente acho que se tivessem feito apenas um filme e aprofundado no caso teria sido melhor aproveitado. Mas a proposta foi boa, cinema nacional está crescendo cada dia mais.
Discordo das pessoas que dizem que o filme "vitimizou" os criminosos. A proposta era realmente mostrar a versão de cada um dos envolvidos, e obviamente ninguém iria botar a mão no fogo. Infelizmente acredito que na vida real deve ter sido uma bela mistura das duas versões, triste.
Diários de Intercâmbio
2.6 130 Assista AgoraThati Lopes protagonista total.
Três Estranhos Idênticos
4.0 214 Assista AgoraCada vez mais eu tenho medo
dos meus coleguinhas de Psicologia. É cada experimento louco na nossa história que só por Deus...
Depois a Louca Sou Eu
3.4 138 Assista AgoraUm belo desserviço. Ao invés de poder ser uma ferramenta não só de entretenimento poderia focar em realmente demonstrar como é a doença e os tratamentos certos a serem feitos e não
parar o medicamento por conta própria,
focar tua “cura” em uma única sessão de constelação familiar, entre outros.
“Ain mais é só um filme”. Concordo. Mais um filme que serve pra aumentar a desinformação e estigma sobre transtornos mentais. E aliás, com muitos gatilhos que não foram avisados.
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraTô desidratada.
Jovem e Bela
3.4 477 Assista AgoraFreud tá berrando, gritando, desmaiando, remexendo no túmulo com esse filme! Édipo inteirinho!
Clube da Luta
4.5 4,9K Assista AgoraUma dica: tentem não ler muito sobre o filme antes de assistir. Me contaram o final e estragou toda a experiência.
As Boas Maneiras
3.5 647 Assista AgoraNão entendo, se fosse filme gringo tava cheio de gente enchendo de elogios aqui.
Ótima direção, enredo e atuações. Fotografia maravilhosa.
E uma dica: SE FOR ASSISTIR NÃO OLHE OS COMENTÁRIOS DO FILMOW, TÁ CHEIO DE SPOILERS.
Mad World
4.0 59Quem são os normais?
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraA interpretação da Margot Robbie trouxe lágrimas aos meus olhos. Sharon Tate está muito bem representada no filme, minha estrelinha <3
O final foi de partir o coração. Por mais que tenha sido feliz, é triste por não ter acontecido na vida real.
Ginger & Rosa
3.4 430 Assista AgoraMinha interpretação sobre o filme:
O filme se chama Ginger & Rosa, mas poderia muito bem se chamar Ginger & Rosa & Qualquer outro personagem feminino.
Na minha opinião, o ponto central do longa metragem nunca foi a Ginger, e sim, Roland. A década de 60 é notável pelo seu exacerbado foco no feminismo e nos direitos das mulheres, que ainda estavam presas no modus operandis de esposa e mulher de casa. Roland, o homem, manipula e coloca como vítimas cada personagem feminina do filme.
Natalie, que teve que desistir de sua carreira como pintora para criar sua filha e cuidar da casa sem ajuda de Roland, enquanto o marido publicava suas obras e sucedia em sua carreira. Interpreta a liberdade de sua filha como um passo para se tornar uma "prostituta", não porque não gosta da mesma, mas lhe foi ensinado assim.
Rosa, a menina sem pai. Um fenômeno tão frequente que acontece até os dias atuais, onde o marido foge e a mãe é disposta com toda a responsabilidade, e mesmo assim, não valorizada, apenas uma "simples faxineira".
Voltando a Freud, tão citado no filme (também, abro parênteses aqui, um dos teóricos mais machistas da Psicologia) vemos um belo exemplo de Complexo de Édipo na relação de Rosa com Roland, onde a mesma, em sua admirável inocência adolescente, se apaixona e projeta a figura do pai perdido no mesmo. Tão inocente ao ponto de "roubar" o lugar e agir como a mãe de Ginger. Ela não queria salvar Roland, ela queria salvar seu pai perdido.
Anoushka, mãe de Rosa, mal aparece no filme. Mas porque apareceria? Mães solteiras, naquela época, não recebiam a atenção e o crédito que deveriam.
Ginger, o vetor onde todo o machismo se pronuncia. Uma menina que está chegando ao final de sua adolescência e vê o seu mundo inteiro desmoronando, por fora e por dentro. Seus aforismos sobre a explosão e sobre a morte não dizem somente sobre seu medo de uma Guerra Nuclear, e sim sobre o seu mundo que está sendo corrompido. Divórcio entre os pais, amiga de longa data que a traiu, pai machista e abusador (algo que a mesma nota durante o filme), a mãe instável emocionalmente...a entrada para a adolescência é difícil,mas sua saída é pior ainda. Seu pais, quem deveriam ajudá-la, ou estão ocupados oprimindo ou sendo oprimidos.
Roland, o idealista libertário. O crítico de todas as formas de manipulação tradicionais, como a religião, mas que utiliza de seus ideais para manipular e justificar suas ações mais perturbadoras, como seus atos de pedofilia e sua negligência com a própria filha. "É apenas a liberdade." "Não aos modos clássicos".
"O feministo", "esquerdomacho". Apenas mais um homem tradicional.
Para mim, uma bela lição sobre o machismo. O filme poderia ser mais bem explorado se tivesse uma maior duração, mas já foi suficiente para deixar ótimas lições.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraA ambientação é muito bem feita, assim como as cenas bem construídas. Mas para mim 2 h e 40 de filme foram extremamente desnecessários, sendo que o enredo nem é tão bem formulado ao ponto de ter substância para continuar esse tempo todo.
O simbolismo está lá e é implicito, e sem dúvida alguma um diretor não deveria construir um filme inteiro com base nisso. Chato e maçante define.
Amo o Kubrick, mas essa peça foi uma decepção :/
Peles
3.4 590 Assista AgoraMinha dica é: não coma enquanto estiver vendo este filme.
Porém, é uma ótima crítica social.