Quando terminei de assistir o filme, suspirei irritado com as "adolescentices" da protagonista; dei um 6,5/10. Conforme fui refletindo sobre ele, a nota aumentou e minha compreensão também.
O filme não trata sobre uma pessoa mimada, tampouco sobre uma adolescente sofrendo problemas rotineiros da vida. A protagonista é a Enid, não a Rebecca. Trata sobre alguém que não consegue se encaixar em nenhum tipo de padrão rotineiro. Abusando de metáforas - como por exemplo as amigas "seguindo" as pessoas, numa correlação às tentativas de viver como alguém "normal", o filme mostra o desespero da Enid ao perceber que as pessoas que julgava serem fora da casinha, como ela mesma, conseguem se estabelecer, enquanto ela continua patinando. Por não se encontrar e não ter certeza do que quer, vivendo numa eterna guerra entre "se sobressair" (como artista, por exemplo) e "se diminuir", Enid tenta encontrar uma brecha das frustrações que sente enquanto criança e enquanto adulta.
Ela procurou apoio na Rebecca, mas esta já tinha um plano de vida autossuficiente que independia dela. Depois procurou no Seymour, ao ter julgado encontrar alguém tão deslocado quando si, mas percebeu que ele também jamais tivera a mesma visão. Em suma, era uma solidão aterradora e catastrófica, e chamar atenção não parecia suficiente, uma vez que não lhe era claro se queria ou não essa atenção.
É muito importante compreender as sutis mensagens do filme. São muito delicadas. Por exemplo, o pai da Enid que parece compreensivo e respeitoso, quando na verdade é indiferente e egoísta. A metáfora do ônibus também é extraordinária. Um suicídio silencioso, sem luz ou glamour, porque há pessoas que estão fora da teia da vida.
Consigo entender que as pessoas não compreendam os problemas reais da Enid: poucas pessoas passam por isso, poucas pessoas leem sobre isso. Mas a verdade é que a vida não é para todos, e enquanto alguns conseguem aprender a viver, outros são tão deslocados e sozinhos que jamais farão parte da sociedade.
A frase que define esse filme é "cada um está lutando uma batalha particular a cada segundo". Essa é a mensagem. E eu concordo com ela.
Quando terminei de assistir o filme, suspirei irritado com as "adolescentices" da protagonista; dei um 6,5/10. Conforme fui refletindo sobre ele, a nota aumentou e minha compreensão também.
O filme não trata sobre uma pessoa mimada, tampouco sobre uma adolescente sofrendo problemas rotineiros da vida. A protagonista é a Enid, não a Rebecca. Trata sobre alguém que não consegue se encaixar em nenhum tipo de padrão rotineiro. Abusando de metáforas - como por exemplo as amigas "seguindo" as pessoas, numa correlação às tentativas de viver como alguém "normal", o filme mostra o desespero da Enid ao perceber que as pessoas que julgava serem fora da casinha, como ela mesma, conseguem se estabelecer, enquanto ela continua patinando. Por não se encontrar e não ter certeza do que quer, vivendo numa eterna guerra entre "se sobressair" (como artista, por exemplo) e "se diminuir", Enid tenta encontrar uma brecha das frustrações que sente enquanto criança e enquanto adulta.
Ela procurou apoio na Rebecca, mas esta já tinha um plano de vida autossuficiente que independia dela. Depois procurou no Seymour, ao ter julgado encontrar alguém tão deslocado quando si, mas percebeu que ele também jamais tivera a mesma visão. Em suma, era uma solidão aterradora e catastrófica, e chamar atenção não parecia suficiente, uma vez que não lhe era claro se queria ou não essa atenção.
É muito importante compreender as sutis mensagens do filme. São muito delicadas. Por exemplo, o pai da Enid que parece compreensivo e respeitoso, quando na verdade é indiferente e egoísta. A metáfora do ônibus também é extraordinária. Um suicídio silencioso, sem luz ou glamour, porque há pessoas que estão fora da teia da vida.
Consigo entender que as pessoas não compreendam os problemas reais da Enid: poucas pessoas passam por isso, poucas pessoas leem sobre isso. Mas a verdade é que a vida não é para todos, e enquanto alguns conseguem aprender a viver, outros são tão deslocados e sozinhos que jamais farão parte da sociedade.
A frase que define esse filme é "cada um está lutando uma batalha particular a cada segundo". Essa é a mensagem. E eu concordo com ela.
Recomendo muito.