Narrativa interessante, porém obstruída por um elenco de ótimos atores, mas que não combinam em momento algum. Na direção de Brian Klugman e Lee Sternthal faltou autenticidade e mais fidelidade à até digna trama do roteiro. Os destaques ficam mesmo para a narrativa e para a boa atuação de Jeremy Irons. Um bom filme, mas nada mais que isso.
Maravilhosamente escrito, Big Bad Wolves é exímio exemplo de construção narrativa junto a uma série de elementos como humor pontuado, suspense na medida certa, e violência em momentos corretos. Sem apelar para o "Eli Roth's style", Big Bad Wolves é não só um dos melhores filmes do ano (como o tio Tarantino disse), mas como um dos melhores filmes do gênero.
O modo como Scorsese se reinventa e sua visão sempre atual para um diretor com mais de quarenta anos de carreira me surpreende até hoje e ajudou muito quando adotei-o como meu diretor favorito. The Wolf of Wall Street é uma visão incrível e contemporânea com certa glamorização e ironia sobre uma história de dinheiro, sexo, drogas e por que não a vibração do rock n' roll? Scorsese nos entrega agora uma comédia praticamente, tão exagerada em certos pontos e profunda em outros. Quão longe você iria para não perder o que conseguiu? Passaria por cima de quem? Você mudaria? Com essas três perguntas você consegue facilmente traçar o personagem de Leonardo DiCaprio na trama. Acusado por muitos por torna-se uma apologia à drogas e corrupção, Scorsese acaba driblando esse problema com a ironia já citada e o exagero cômico; o que torna uma cheirada de cocaína ou uma foda com a amante tão ridícula que chega a ser mais repulsivo do que motivo para apologia. O filme é magistralmente construído e eu poderia dar cinco estrelas se não fossem dois pontos. Um desses pontos trata-se do tempo que não é exposto no filme, apesar de duas ou três cenas datadas, o segundo ato do filme juntamente com a conclusão não se preocupam em mostrar quanto tempo passou entre uma cena e outra. As músicas poderiam ter sido uma boa tirada para expor as passagens de décadas (assim como Scorsese fez em The Goodfellas), mas isso não acontece. Com cinco ou seis músicas que se destacam, Scorsese perde a mão em algumas, o que quase te tira da história. As cenas de sexo casam com o cenário do filme, mas elas se juntam em algumas partes com cenas repetitivas e que poderiam ter sido cortadas.
Exagerado, cômico, polêmico e inovador sob a perspectiva criminalística e cinéfila de Martin Scorsese, The Wolf of Wall Street pode se tornar o Scarface dessa geração e um Goodfellas mais polêmico. Muita vida e saúda à Scorsese.
Her é uma obra-prima e digo isso para aqueles que só querem ler a primeira linha para saberem se devem ou não assistir o filme.
Para você que continua comigo, deve saber que é natural que uma ficção científica deva ser explicativa e se basear em fatos reais fantasiados numa realidade criada pelo autor. Her - ou Ela, em português - vai além disso. O filme é todo montado com um cuidado excepcional que deixaria mestres, como Kubrick, felizes. Os cenários futurísticos de Her não podem ser chamados de pé no chão ou mais perto da realidade (porque não podemos prever o futuro) e sim mais coerentes com nossa realidade atual por serem evolutivamente o que esperamos de um "futuro" próximo. A Arquitetura baseada na transparência e em cidades mais limpas (assim como Jacques Tati fez em PlayTime e que reflete nos conceitos arquitetônicos atuais) e a moda tendendo entre as cores vibrantes exploradas há pouco tempo pela moda juntamente com o vintage sempre bem-vindo e charmoso são pontos que não passam em branco e que deixam o filme pronto para ser devorado. Assim, temos então a bela história de amor entre Theodore e Samantha. À primeira vista não é estranho se questionar sobre o amor dos dois e chega a ser cômico em alguns momentos, mas essa é a intenção principal de Jonze, te puxar e fazer você se questionar sobre aquilo para logo depois você perceber que amor é amor em todas as formas e que mesmo sendo um sentimento tão primitivo, ele ainda pode ser enxergado de outras maneira; de uma perspectiva diferente. E é isso que Her é - uma perspectiva diferente, uma história sobre o mesmo amor de todas as outras histórias, mas contada de forma diferente. Eu poderia dizer milhões de coisas sobre o amor entre Theo e Samantha, mas vocês todos já sabem. Todos nós sabemos.
Conceitos e personagens muito interessantes. Fui ao cinema esperando um pipocão e o filme me surpreendeu em certas partes. Apesar de ser um blockbuster, Ender's Game tem uma história muito bem construída e pensada. Não pude deixar de relacionar a persona de Ender com Anakin Skywalker, e eu esperava que a história tomasse o mesmo rumo que Anakin tomou. Seria diferente. Novo. Porém, com a proposta insistente de ainda mostrar um novo messias, Ender's Game faz o expectador se trair e sentir certo desconforto quando Ender não aceita o resultado da guerra. Desse jeito, o enredo funciona perfeitamente. Uma continuação seria muito bem-vinda!
This is The End não é apenas mais uma daquelas comédias americanas brincando com estereótipos. Não. Vai além disso. Seth Rogen e Evan Goldberg constroem uma história engraçada que trata de vários assuntos ao mesmo tempo, desde de religião à amizade. As drogas ilícitas são um ponto também. Goldberg e Seth conseguem tratar sobre esse assunto de forma tão exagerada que não chega a tornar-se uma apologia. Ainda na trama, é interessante notar como Goldberg e Seth tornaram Jay Baruchel o personagem mais frágil e deram um papel forte para Emma Watson fazendo a inversão de estereótipos masculinos e femininos. É um bom filme, cheio de estrelas e que trata agora de uma gama de assuntos que deixam a trama hilária e pé no chão.
Abordagem interessante sobre índole, caráter e amor. A história é desenvolvida de forma que você possa questionar a posição e decisão de cada personagem dentro da trama. O ponto fraco do filme é a má utilização da música e da inspiração e tensão do personagem de Guy Pearce, que poderiam ter sido coisas melhores aproveitadas. Os olhares, por outro lado, criam a identidade do filme. É por olhares que tudo começa e é pelos mesmos que tudo termina e tudo vai continuar. O final, ao contrário do que muitos dizem, não é meia-boca: Afinal, considerando os personagens que você conheceu ao longo da trama e o caráter e vontade de ter uma vida harmoniosa, eles realmente não tomariam a decisão que tomaram? É o que acontece com a maioria das famílias, they move on. A circunstancia e o perdão vai depender de cada um.
É incrível como um filme que parece tão fraco tem personagens tão interessantes. Gostei da forma como o filme se assume como um teen movie e ignora à cara-tapa algumas coisas que não são relevantes em filmes assim. É decente.
Gordon-Levitt teve a ereção antes de concluir o terceiro ato ao escrever o roteiro. O que isso deu? Deu em um filme sem final, como se realmente fosse um pornô.
O filme não é ruim. A ideia é foda, mas a direção e principalmente o roteiro ofuscam a interessante ideia do plot. A sensação que senti após a sessão foi estranha. The Purge pareceu-me uma visão oitentista remasterizada do futuro pós-2020; tanto que seria interessantissímo ver esse filme nas mãos de alguém como o grande John Carpenter.
Se não o, um dos melhores filmes do ano. Seus 125 minutos magistralmente construídos nos apresentam uma aventura que mescla Stande By Me com o ar sombrio e caipira do recente Winter's Bone. Matthew McConaughey está em sua melhor atuação da sua carreira e a dupla de amigos - Tye Sheridan e Jacob Lofland - lembram facilmente Wil Wheaton e River Phoenix. Dirigido e roteirizado por Jeff Nichols (O Abrigo) que conduz o filme sem deixar você piscar, te prendendo com as histórias de Mud fazendo você querer saber o desfecho a cada minuto que passa, mas também sentir um amor tão grande por esses personagens que ao mesmo tempo você se pega não querendo deixar a história.
Entre o exagero e a paixão, Baz Luhrmann fez uma adaptação tão exuberante quanto as festes de Jay Gatsby no filme. O filme é uma pintura e por vezes a combinação entre a bela fotografia e o quase imperceptível cuidado com o som nos faz pensar estar sonhando, afinal, Gatsby estava sonhando acordado. Porém, o ritmo acelerado do filme faz o espectador perder alguns detalhes da ambientação e até se perder na história. Nick por vezes reafirma, conforme narra a história, o que está acontecendo e não mais apenas relata o que viveu durante o tempo que conheceu seu vizinho. Já que as festas da adaptação setentista eram calmas demais, as de Baz Luhrmann parecem muito agitadas e a trilha sonora presente com Jay-Z, Beyoncé, Lana Del Rey e outros remete criativamente ao jazz dos anos 20, porém, por muitas das vezes não condiz com os personagens, chegando a ser incomodo. Apesar de alguns problemas é incrível como o filme cresce em sua extensão. O começo bagunçado e perdido dá lugar à um segundo ato mais narrativo e deslumbrante enquanto o terceiro ato se revela mais maduro, seguro, profundo e intelectual.
Porém, The Great Gatsby de Baz Luhrmann ainda é uma impressão errada sobre o esplendido romance de Fitzgerald quando não enxerga que a obra transcende à sua era e se põe numa posição perigosa ao criticar o próprio sonho americano revelando personagens vazios em meio a toda aquele deslumbre.
Nem Michael Bay, nem Robert Rodriguez, o diretor do filme é o que mais peca por não se decidir em fazer uma galhofa tão bonita quanto os diretores citados no começo na frase. A tentativa até que digna de Washington e Wahlberg em entreter o público é o que segura o filme e o roteiro (apesar de iniciar com uma cena do meio do filme sem necessidade nenhuma, apenas por estética) é divertido e tem piadas que fazem qualquer um se mexer na poltrona. Três estrelas e não ganha quatro por jogar dinheiro pro alto e não arriscar mais um pouquinho.
O filme é bom e entrega o que prometeu. É realmente uma pena que o filme fora emburrecido para atingir um publico maior, mas a sua proposta e seu material final é digno suficiente para encher a barriga de muito fã de sci-fi e ainda pega o pessoal que adora filmes de ação. Os brasileiros (Alice Braga e Wagner Moura) têm papeis fortes e decisivos no filme o que deveria deixar todo brasileiro orgulhoso. Quatro estrelas e só não ganha cinco por não arriscar mais.
[spoiler][/spoiler]
A morte do Matt Damon no final torna o filme bem mais maduro e as atuações dos atores americanos não fazem Elysium ganhar de Pacific Rim no mais redondo blockbuster de 2013, mas o torna um dos melhores.
O filme é muito bom, mas não chega aos pés da trilogia dos dólares. Se sustenta por causa do enigmático final, mas o segundo ato do filme chega a ser entediante.
Um filme plural. Além de um show de fotografia, é um show de roteiro e músicas. Há várias estórias desenrolando ao mesmo tempo e isso não fica subjetivo, é visível nas canções quando os sentimentos e os dramas pessoais de cada personagem às vezes não coincidem exatamente uns com os dos outros, mas fazem uma mistura homogênea na melodia. Como se isso não fosse bastante, o filme ainda nos desperta além de compaixão por lado e raiva por outro, o espirito de revolução porque, afinal de contas, estamos tratando de Revolução Francesa. Talvez faltou apenas coordenação na distribuição de falas que, apesar de poucas, aparecem como buracos nas canções jogando palavras frias em melodias quentes.
Afiado nos dialogos, mas com uma ação esburacada. O filme não mantem um único ritmo e os enquadramentos dão a impressão de um amador com poderosas câmeras. O roteiro é muito bom e o filme é bom, mas não espere uma super produção e os gangsteres de Scorsese ou De Palma.
Como bem definido abaixo, um belo conto de fadas. O filme se desenvolve muito bem até, e apesar da não evolução dos personagens que se mantém estaticos e indiferentes durante o filme. Não é um mustsee, mas para quem gosta dos trabalhos do Del Toro, é interessante ver. Digo o que todos buscam nos comentários: Isso é filme para levar namorada no cinema e não para ter na estante, assim como Casa dos Sonhos foi para mim. Namorada eu não tenho, mas não pretendo ter na estante este trabalho em parte bom, mas com um final covarde para uma proposta agressiva. Três estrelas e bola pra frente que tem filme pra gente.
O pior da fase do Craig. Exagero de ação e roteiro atrapalhado. Até a edição deixa a desejar. Porém, tem lá seus lados bons. A atuação do Craig segura o filme e apesar da personagem da Olga Kurylenko ter sido pouco explorada, ela faz a parte dela. Trilha sonora como sempre está supimpa, mas como soundtrack não enche cinema, três estrelas está de bom tamanho.
Uma masturbação cinematográfica. O roteiro é cheio de frases de efeito e que dariam belas estampas de camisetas. Os rapazes estão elegantes e Emma Stone nunca foi tão sensual quanto nesse filme. O filme é ótimo e merece as quatro estrelas que dei a ele, porém, ele peca no ritmo. Um filme de gangster tem ser entendido mais como uma luta de honra e valores do que marmanjos atirando de cima a baixo. A estória é ótima, Sean Penn é foda, mas o final que deram para ele foi piedoso demais para um filme lawless. Enfim, o final não estraga o filme, mas não ajuda. Dou quatro estrelas e a nota que merece é 4,3.
Um filme emotivo e para ter na estante. Brave só peca no peca no final, onde deixa várias pontas soltas e dá ao telespectador um final subito e sem muito brilho. Porém, o filme é lindo e a direção é ótima. Nota 4.
As Palavras
3.6 665Narrativa interessante, porém obstruída por um elenco de ótimos atores, mas que não combinam em momento algum. Na direção de Brian Klugman e Lee Sternthal faltou autenticidade e mais fidelidade à até digna trama do roteiro. Os destaques ficam mesmo para a narrativa e para a boa atuação de Jeremy Irons.
Um bom filme, mas nada mais que isso.
Os Lobos Maus
3.5 74Maravilhosamente escrito, Big Bad Wolves é exímio exemplo de construção narrativa junto a uma série de elementos como humor pontuado, suspense na medida certa, e violência em momentos corretos.
Sem apelar para o "Eli Roth's style", Big Bad Wolves é não só um dos melhores filmes do ano (como o tio Tarantino disse), mas como um dos melhores filmes do gênero.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraO modo como Scorsese se reinventa e sua visão sempre atual para um diretor com mais de quarenta anos de carreira me surpreende até hoje e ajudou muito quando adotei-o como meu diretor favorito.
The Wolf of Wall Street é uma visão incrível e contemporânea com certa glamorização e ironia sobre uma história de dinheiro, sexo, drogas e por que não a vibração do rock n' roll? Scorsese nos entrega agora uma comédia praticamente, tão exagerada em certos pontos e profunda em outros. Quão longe você iria para não perder o que conseguiu? Passaria por cima de quem? Você mudaria? Com essas três perguntas você consegue facilmente traçar o personagem de Leonardo DiCaprio na trama.
Acusado por muitos por torna-se uma apologia à drogas e corrupção, Scorsese acaba driblando esse problema com a ironia já citada e o exagero cômico; o que torna uma cheirada de cocaína ou uma foda com a amante tão ridícula que chega a ser mais repulsivo do que motivo para apologia.
O filme é magistralmente construído e eu poderia dar cinco estrelas se não fossem dois pontos. Um desses pontos trata-se do tempo que não é exposto no filme, apesar de duas ou três cenas datadas, o segundo ato do filme juntamente com a conclusão não se preocupam em mostrar quanto tempo passou entre uma cena e outra. As músicas poderiam ter sido uma boa tirada para expor as passagens de décadas (assim como Scorsese fez em The Goodfellas), mas isso não acontece. Com cinco ou seis músicas que se destacam, Scorsese perde a mão em algumas, o que quase te tira da história. As cenas de sexo casam com o cenário do filme, mas elas se juntam em algumas partes com cenas repetitivas e que poderiam ter sido cortadas.
Exagerado, cômico, polêmico e inovador sob a perspectiva criminalística e cinéfila de Martin Scorsese, The Wolf of Wall Street pode se tornar o Scarface dessa geração e um Goodfellas mais polêmico. Muita vida e saúda à Scorsese.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraHer é uma obra-prima e digo isso para aqueles que só querem ler a primeira linha para saberem se devem ou não assistir o filme.
Para você que continua comigo, deve saber que é natural que uma ficção científica deva ser explicativa e se basear em fatos reais fantasiados numa realidade criada pelo autor. Her - ou Ela, em português - vai além disso. O filme é todo montado com um cuidado excepcional que deixaria mestres, como Kubrick, felizes. Os cenários futurísticos de Her não podem ser chamados de pé no chão ou mais perto da realidade (porque não podemos prever o futuro) e sim mais coerentes com nossa realidade atual por serem evolutivamente o que esperamos de um "futuro" próximo.
A Arquitetura baseada na transparência e em cidades mais limpas (assim como Jacques Tati fez em PlayTime e que reflete nos conceitos arquitetônicos atuais) e a moda tendendo entre as cores vibrantes exploradas há pouco tempo pela moda juntamente com o vintage sempre bem-vindo e charmoso são pontos que não passam em branco e que deixam o filme pronto para ser devorado.
Assim, temos então a bela história de amor entre Theodore e Samantha. À primeira vista não é estranho se questionar sobre o amor dos dois e chega a ser cômico em alguns momentos, mas essa é a intenção principal de Jonze, te puxar e fazer você se questionar sobre aquilo para logo depois você perceber que amor é amor em todas as formas e que mesmo sendo um sentimento tão primitivo, ele ainda pode ser enxergado de outras maneira; de uma perspectiva diferente. E é isso que Her é - uma perspectiva diferente, uma história sobre o mesmo amor de todas as outras histórias, mas contada de forma diferente.
Eu poderia dizer milhões de coisas sobre o amor entre Theo e Samantha, mas vocês todos já sabem. Todos nós sabemos.
Ender's Game: O Jogo do Exterminador
3.4 891 Assista AgoraConceitos e personagens muito interessantes. Fui ao cinema esperando um pipocão e o filme me surpreendeu em certas partes. Apesar de ser um blockbuster, Ender's Game tem uma história muito bem construída e pensada. Não pude deixar de relacionar a persona de Ender com Anakin Skywalker, e eu esperava que a história tomasse o mesmo rumo que Anakin tomou. Seria diferente. Novo.
Porém, com a proposta insistente de ainda mostrar um novo messias, Ender's Game faz o expectador se trair e sentir certo desconforto quando Ender não aceita o resultado da guerra. Desse jeito, o enredo funciona perfeitamente.
Uma continuação seria muito bem-vinda!
É o Fim
3.0 2,0K Assista AgoraThis is The End não é apenas mais uma daquelas comédias americanas brincando com estereótipos. Não. Vai além disso. Seth Rogen e Evan Goldberg constroem uma história engraçada que trata de vários assuntos ao mesmo tempo, desde de religião à amizade. As drogas ilícitas são um ponto também. Goldberg e Seth conseguem tratar sobre esse assunto de forma tão exagerada que não chega a tornar-se uma apologia.
Ainda na trama, é interessante notar como Goldberg e Seth tornaram Jay Baruchel o personagem mais frágil e deram um papel forte para Emma Watson fazendo a inversão de estereótipos masculinos e femininos.
É um bom filme, cheio de estrelas e que trata agora de uma gama de assuntos que deixam a trama hilária e pé no chão.
Paixão Inocente
3.1 175 Assista AgoraAbordagem interessante sobre índole, caráter e amor.
A história é desenvolvida de forma que você possa questionar a posição e decisão de cada personagem dentro da trama. O ponto fraco do filme é a má utilização da música e da inspiração e tensão do personagem de Guy Pearce, que poderiam ter sido coisas melhores aproveitadas. Os olhares, por outro lado, criam a identidade do filme. É por olhares que tudo começa e é pelos mesmos que tudo termina e tudo vai continuar.
O final, ao contrário do que muitos dizem, não é meia-boca: Afinal, considerando os personagens que você conheceu ao longo da trama e o caráter e vontade de ter uma vida harmoniosa, eles realmente não tomariam a decisão que tomaram? É o que acontece com a maioria das famílias, they move on. A circunstancia e o perdão vai depender de cada um.
Amor Sem Escalas
3.4 1,4K Assista AgoraConflito 360º graus. Boa trilha sonora, bela direção, mas um roteiro que deixa a desejar com o que se propõe.
Guerreiros do Amanhã
3.4 153 Assista AgoraÉ incrível como um filme que parece tão fraco tem personagens tão interessantes. Gostei da forma como o filme se assume como um teen movie e ignora à cara-tapa algumas coisas que não são relevantes em filmes assim. É decente.
Como Não Perder Essa Mulher
3.0 1,4K Assista AgoraGordon-Levitt teve a ereção antes de concluir o terceiro ato ao escrever o roteiro. O que isso deu? Deu em um filme sem final, como se realmente fosse um pornô.
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista AgoraO filme não é ruim. A ideia é foda, mas a direção e principalmente o roteiro ofuscam a interessante ideia do plot.
A sensação que senti após a sessão foi estranha. The Purge pareceu-me uma visão oitentista remasterizada do futuro pós-2020; tanto que seria interessantissímo ver esse filme nas mãos de alguém como o grande John Carpenter.
Amor Bandido
3.7 353 Assista AgoraSe não o, um dos melhores filmes do ano. Seus 125 minutos magistralmente construídos nos apresentam uma aventura que mescla Stande By Me com o ar sombrio e caipira do recente Winter's Bone. Matthew McConaughey está em sua melhor atuação da sua carreira e a dupla de amigos - Tye Sheridan e Jacob Lofland - lembram facilmente Wil Wheaton e River Phoenix. Dirigido e roteirizado por Jeff Nichols (O Abrigo) que conduz o filme sem deixar você piscar, te prendendo com as histórias de Mud fazendo você querer saber o desfecho a cada minuto que passa, mas também sentir um amor tão grande por esses personagens que ao mesmo tempo você se pega não querendo deixar a história.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraUm exuberante sonho.
Entre o exagero e a paixão, Baz Luhrmann fez uma adaptação tão exuberante quanto as festes de Jay Gatsby no filme. O filme é uma pintura e por vezes a combinação entre a bela fotografia e o quase imperceptível cuidado com o som nos faz pensar estar sonhando, afinal, Gatsby estava sonhando acordado. Porém, o ritmo acelerado do filme faz o espectador perder alguns detalhes da ambientação e até se perder na história.
Nick por vezes reafirma, conforme narra a história, o que está acontecendo e não mais apenas relata o que viveu durante o tempo que conheceu seu vizinho.
Já que as festas da adaptação setentista eram calmas demais, as de Baz Luhrmann parecem muito agitadas e a trilha sonora presente com Jay-Z, Beyoncé, Lana Del Rey e outros remete criativamente ao jazz dos anos 20, porém, por muitas das vezes não condiz com os personagens, chegando a ser incomodo.
Apesar de alguns problemas é incrível como o filme cresce em sua extensão. O começo bagunçado e perdido dá lugar à um segundo ato mais narrativo e deslumbrante enquanto o terceiro ato se revela mais maduro, seguro, profundo e intelectual.
Porém, The Great Gatsby de Baz Luhrmann ainda é uma impressão errada sobre o esplendido romance de Fitzgerald quando não enxerga que a obra transcende à sua era e se põe numa posição perigosa ao criticar o próprio sonho americano revelando personagens vazios em meio a toda aquele deslumbre.
Dose Dupla
3.3 395 Assista AgoraNem Michael Bay, nem Robert Rodriguez, o diretor do filme é o que mais peca por não se decidir em fazer uma galhofa tão bonita quanto os diretores citados no começo na frase. A tentativa até que digna de Washington e Wahlberg em entreter o público é o que segura o filme e o roteiro (apesar de iniciar com uma cena do meio do filme sem necessidade nenhuma, apenas por estética) é divertido e tem piadas que fazem qualquer um se mexer na poltrona.
Três estrelas e não ganha quatro por jogar dinheiro pro alto e não arriscar mais um pouquinho.
Elysium
3.3 2,0K Assista AgoraO filme é bom e entrega o que prometeu. É realmente uma pena que o filme fora emburrecido para atingir um publico maior, mas a sua proposta e seu material final é digno suficiente para encher a barriga de muito fã de sci-fi e ainda pega o pessoal que adora filmes de ação.
Os brasileiros (Alice Braga e Wagner Moura) têm papeis fortes e decisivos no filme o que deveria deixar todo brasileiro orgulhoso. Quatro estrelas e só não ganha cinco por não arriscar mais.
[spoiler][/spoiler]
A morte do Matt Damon no final torna o filme bem mais maduro e as atuações dos atores americanos não fazem Elysium ganhar de Pacific Rim no mais redondo blockbuster de 2013, mas o torna um dos melhores.
O Estranho Sem Nome
3.8 255 Assista AgoraO filme é muito bom, mas não chega aos pés da trilogia dos dólares. Se sustenta por causa do enigmático final, mas o segundo ato do filme chega a ser entediante.
A Vida dos Outros
4.3 645Eu estava preparado para escrever uma critica, mas só vou dizer: maravilhoso
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraUm filme plural. Além de um show de fotografia, é um show de roteiro e músicas. Há várias estórias desenrolando ao mesmo tempo e isso não fica subjetivo, é visível nas canções quando os sentimentos e os dramas pessoais de cada personagem às vezes não coincidem exatamente uns com os dos outros, mas fazem uma mistura homogênea na melodia. Como se isso não fosse bastante, o filme ainda nos desperta além de compaixão por lado e raiva por outro, o espirito de revolução porque, afinal de contas, estamos tratando de Revolução Francesa. Talvez faltou apenas coordenação na distribuição de falas que, apesar de poucas, aparecem como buracos nas canções jogando palavras frias em melodias quentes.
4,5/5
O Homem da Máfia
3.1 593 Assista AgoraAfiado nos dialogos, mas com uma ação esburacada. O filme não mantem um único ritmo e os enquadramentos dão a impressão de um amador com poderosas câmeras. O roteiro é muito bom e o filme é bom, mas não espere uma super produção e os gangsteres de Scorsese ou De Palma.
Mama
3.0 2,8K Assista AgoraComo bem definido abaixo, um belo conto de fadas. O filme se desenvolve muito bem até, e apesar da não evolução dos personagens que se mantém estaticos e indiferentes durante o filme.
Não é um mustsee, mas para quem gosta dos trabalhos do Del Toro, é interessante ver. Digo o que todos buscam nos comentários:
Isso é filme para levar namorada no cinema e não para ter na estante, assim como Casa dos Sonhos foi para mim. Namorada eu não tenho, mas não pretendo ter na estante este trabalho em parte bom, mas com um final covarde para uma proposta agressiva.
Três estrelas e bola pra frente que tem filme pra gente.
007: Quantum of Solace
3.4 683 Assista AgoraO pior da fase do Craig. Exagero de ação e roteiro atrapalhado. Até a edição deixa a desejar. Porém, tem lá seus lados bons. A atuação do Craig segura o filme e apesar da personagem da Olga Kurylenko ter sido pouco explorada, ela faz a parte dela. Trilha sonora como sempre está supimpa, mas como soundtrack não enche cinema, três estrelas está de bom tamanho.
Caça aos Gângsteres
3.5 890 Assista AgoraUma masturbação cinematográfica. O roteiro é cheio de frases de efeito e que dariam belas estampas de camisetas. Os rapazes estão elegantes e Emma Stone nunca foi tão sensual quanto nesse filme.
O filme é ótimo e merece as quatro estrelas que dei a ele, porém, ele peca no ritmo. Um filme de gangster tem ser entendido mais como uma luta de honra e valores do que marmanjos atirando de cima a baixo. A estória é ótima, Sean Penn é foda, mas o final que deram para ele foi piedoso demais para um filme lawless.
Enfim, o final não estraga o filme, mas não ajuda. Dou quatro estrelas e a nota que merece é 4,3.
A Cidade dos Amaldiçoados
3.1 352Não é todo dia que vemos Superman e Luke Skywalker juntos. 4 estrelas.
Valente
3.8 2,8K Assista AgoraUm filme emotivo e para ter na estante. Brave só peca no peca no final, onde deixa várias pontas soltas e dá ao telespectador um final subito e sem muito brilho. Porém, o filme é lindo e a direção é ótima. Nota 4.