1. os espíritos vingativos não se limitam a um, e tampouco a humanos. há pelo menos 3 espíritos que possuem Ming: o de uma criança (o que explica o comportamento de agir agressiva como uma nos brinquedos e o poder de imitar um bebê chorando), o de uma mulher lasciva (razão pela qual ela levou 3 homens ao local de trabalho e assediou o tio) e o de cachorro (quando ela tem o andar bestializado, ao atacar o cinegrafista no fim, por exemplo, e urina na mesa). 2. há espíritos vingativos de cachorros, demonstrado quando os ajudantes do ritual andam de quatro e atacam os cinegrafistas a mordidas. isso acontece porque a família paterna de Ming tem um açougue de cachorros, gerenciado então por sua mãe. o cachorro morto na estrada, logo ao início do filme, é sinal disso. além disso, o assassinato do cachorro da família, devorado por Ming, é uma vingança dos espíritos canídeos, repetindo o que a família lhes infligia no açougue. o fato de haver um espírito de uma criança possuindo a jovem também indica que crianças foram mortas pela ascendência paterna, e a posterior morte de seu primo bebê (Pong) é uma vingança. 3. há uma pessoa realizando rituais para amaldiçoar a família, provavelmente parente de algum funcionário morto no incêndio da fábrica. é a mulher mostrada no início do filme, quando Ming pergunta ao cinegrafista no campo se ele via alguém ao longe, e este confirma que sim, sendo uma pessoa real. isso é confirmado na cena quando, após Ming incendiar sua mãe, a câmera foca em um boneco de pano cravado de pregos, com o nome da família paterna escrita em sua barriga. a decapitação da estátua da deusa também é indicativo disso, uma obra humana. 4. todos os personagens principais tem pecados. Ming, pela lascívia, além do incesto com seu irmão. Noi tentou fugir do seu destino e fez rituais escondidos para que sua irmã virasse médium, além de abater cachorros no açougue. Manit, seu tio, trai sua esposa com mulheres mais jovens (isso é insinuado por Ming e demonstrando quando sua irmã o repreende no bar com uma jovem mulher ao lado). Nim, ao final, duvida de sua fé. o xamã que auxilia o ritual usava a fé como espetáculo para enriquecer (a Ming possuída dá um sorriso maléfico ao chegar no templo e ver o circo). 5. a deusa da família sabia que a família seria consumida pela maldição, talvez por seus pecados. o sonho da Ming era com uma figura alta portando uma espada, ao lado de uma cabeça decapitada tentando lhe dizer algo. essa cabeça decapitada (tal como ocorreu com a estátua) era da deusa. Nim, como dito no ponto anterior, duvidou da sua fé ao fim. apesar disso, a deusa lhe recompensou com uma morte serena pelo longo tempo de lealdade, Nim foi justa a maior parte de sua vida, diferente dos demais, que tiveram uma morte violenta no dia seguinte. no velório de seu pai, Ming fita uma anciã cega (sugere inocência) que teve uma morte sem explicação enquanto dormia naquela noite. é um prenúncio de Nim que, ao fim, fica "cega" após perder sua fé, e morre da mesma forma, porque ainda é inocente. 6. as duas irmãs fazem o caminho inverso. Noi inicialmente rejeita se tornar médium e, ao final, é possuída pela deusa e passa a acreditar. Nim, sendo médium a vida inteira, tem sua fé abalada no fim. talvez essa era a mensagem da deusa, a família pereceu por falta de fé. as desgraças da história ocorrem por falta de fé. (a)se Noi não tivesse fugido de seu destino, ela conheceria o mundo espiritual, acreditaria em sua irmã e não levaria sua filha para o ritual de aceitação. (b) o ritual de exorcismo funcionaria, mas Pang, por falta de fé, abriu a porta selada e libertou Ming. (c) ao fim, Noi se torna médium, mas é derrotada, o que ocorre por sua inexperiência. ela seria mais poderosa se aceitado seu destino antes, ela conseguiu "transferir" a condição de médium para sua irmã anteriormente, evidência de seu poder. sabemos que é por inexperiência porque Nim quase realizou um exorcismo bem sucedido em sua sobrinha, que vomita algo preto, mas não era poderosa o suficiente. logo, Noi conseguiria, enquanto primeira escolhida da deusa. 7. o comentário do xamã "este carro é vermelho" faz uma referência ao ritual. ao vestir Noi com roupas de sua filha, os espíritos são enganados pela aparência e possuem a pessoa errada. é possível especular que Nim, se não morresse na noite anterior, seria a pessoa a receber os espíritos. o ritual daria certo porque a pessoa possuída tinha relação com a deusa, facilitando a expulsão dos espíritos. Noi, mesmo que ainda parcialmente descrente, era a escolhida da deusa e já havia feito o ritual de reconciliação anteriormente.
Por vezes é difícil suspender a descrença, a chance de John Wick sair vivo após tantos combates (que vem desde o 1º filme) é como acertar 20x seguidas na loteria. Inserir um ceguinho pistoleiro e espadachim (e levar a sério) é tão absurdo que fica bom. A virtude desse filme é tão extraordinária que podemos relevar facilmente qualquer coisa.
O inspetor Callahan era um anti-herói no primeiro filme. Aqui é praticamente um herói, e isso deixa o personagem menos interessante. É uma leitura subjetiva, mas um esquadrão da morte me parece ser algo que se aproximaria dos ideais do inspetor Harry no primeiro filme, e neste ele rejeita o convite para integrar o bando sem qualquer hesitação. Pior: dá uma lição de moral ao tenente sobre o problema da justiça pelas próprias mãos por parte da polícia (tendo razão, por evidente), quando no primeiro filme usa de tortura para obter confissão do serial killer. Há incongruência e pobreza narrativa, portanto, nessa escolha rápida. Um Harry Callahan bem escrito definitivamente deveria apresentar hesitação e conflito ao lidar com esse grupo de policiais, já que sua característica - que o tornava carismático - era justamente agir pelo seu próprio ideal de justiça. Poderia rejeitar, isso é escolha do roteirista. Mas não de uma forma tão preguiçosa.
Ademais, o conflito entre o inspetor e os demais policiais é inferior ao embate com o serial killer da primeira trama. A única ação investigativa relevante é o teste de balística. De resto, são os vilões quem procuram o conflito, diferente da trama de gato e rato do primeiro.
A queda do policial com a moto na água e a decisão irracional do tenente em deixar o Callahan vivo na cena final também são decisões preguiçosas de roteiro.
O filme é muito lento, entrega poucas recompensas pra quase 3h, a trama é monótona para essa quantidade absurda de tempo. Jogou fora a ação do primeiro e apostou no mistério e no drama, mesmo a luta final é fraca. Pode-se dizer que o prazer desse filme é puramente intelectual, diferente do primeiro, dotado de uma mensagem filosófica, mas com excelentes combates. É claro, incomoda um pouco o fato de praticamente todos os humanos serem retratados como uns imbecis odiosos, o que não difere muito da obra de 1982, é um truque barato e que facilita a narrativa. Ninguém é 100% vilão ou herói, o mundo real não funciona assim. Entretanto, o primeiro filme parte da premissa diferente, isto é, a de que os replicantes podem ser perigosos, e essa ambiguidade torna a trama mais complexa e verossímil. É a mesma virtude que levou o filme "Parasita" a ser algo além de um filme de luta de classes robotizado. Se a história de Rick Deckard perseguindo os replicantes se passasse aqui, ele seria um mero assassino e assumiria o papel de vilão. A cara de deprimido do blade runner - inalterável ao longo da trama - começou a me irritar depois de um tempo, e isso joga contra o estilo do filme, que depende muito de simpatizarmos com o personagem para gostarmos das longas cenas mais reflexivas.
Por outro lado, tem bons diálogos e uma mensagem filosófica interessante, vale a pena ser visto pelo menos uma vez, quando você estiver no estado de espírito adequado. Para avaliar melhor, tenho que rever o filme - o que não pretendo tão cedo. Pode ser que a impaciência tenha prejudicado demais a experiência, ou talvez esse filme seja mais pretensioso do que percebi.
Esse filme tem o mesmo estilo e inspirações de vários outros coreanos, só que inferior. Burning e I Saw the Devil são as versões que deram certo desse filme.
E pra falar a verdade, essa "crítica social" do uso do celular é batida e enfadonha, pra não dizer hipócrita. É uma ironia que mostrem os jovens usando netflix no início do filme ao passo que o filme foi lançado na plataforma.
há decisões estúpidas do Paul Sheldon, como tentar fugir posteriormente à primeira saída do quarto - o que obviamente não funcionaria, e não tentar enrolar a conclusão do livro até que as pernas ficassem curadas e suas chances de fuga aumentassem. As decisões inteligentes, entretanto, compensam essas falhas.
Ao findar do livro, pensei que o Paul escreveria um final lixo para irritar a Annie - o que seria engraçado - mas sua ideia funcionou melhor. Essa mulher, aliás, é digna de raiva e pena ao mesmo tempo. As cenas dela no quarto pela noite são muito bem feitas e despertam um grande senso de perigo, mais do que muito filme slasher por aí. Paul indefeso na cama me lembrou a protagonista de "Jogo Perigoso" - depois de terminar o filme vim descobrir que ambos vieram da mente do Stephen King.
Penso, por exemplo, que o final poderia ser mais macabro se a Annie tivesse perdido a visão no golpe que recebeu nos olhos e a luta continuasse ao estilo "O homem nas trevas". Uma perseguição de uma mulher cega a um homem sem poder andar seria muito tensa.
Filme terrível, difícil acreditar que veio da mesma fonte que “Corra” e “Nós”. Não funciona como terror, nem como suspense ou mistério. Dei duas risadas, mas o filme é tão ruim que o saldo como comédia sai negativo. Nenhum personagem tem o menor carisma, Jordan Peele deve aprender que colocar um personagem para xingar a cada três frases não vai torná-lo carismático, mas irritante. A irmã do OJ parece estar treinando texto - de teor duvidoso - para um stand up, que roteiro terrível.
O que é pior, até jumpscare safado o diretor começou a usar.
O final deveria ser grandioso e impressionante, mas é um show de vergonha alheia porque: 1. o alien não bota medo em ninguém; 2. ninguém se importa com os personagens, então os autossacrifícios por eles realizados não despertam qualquer emoção.
Se o roteiro tiver algum sentido metafórico ou alegórico, diferente de “Nós”, que é um filme interessante, eu não tenho a menor vontade de saber.
Em suma, esse filme é um “Na Vastidão da Noite” que deu errado. Ambos são meio lentos, e o segundo tem alguns defeitos, mas - diferentemente de Nope! - tem personagens e diálogos interessantes, uma ambientação impecável e uma fotografia que dá gosto de olhar.
Quando a enfermeira perguntou sobra a doação de órgãos, me lembrei do caso Paulo Pavesi. Depois de uma queda - como a menina do filme - forjaram morte cerebral na criança e removeram os órgãos ainda com vida.
o final seria melhor se todo o acontecido não fosse alucinação. Seria uma história cruel, mas catártica, especialmente se o roteiro não tivesse adotado saídas para reduzir a violência. Por exemplo, ainda que fosse alucinação, seria mais realista que o protagonista tivesse atirado nos médicos ao “encontrar a esposa e a filha”. O tráfico de órgãos é um dos crimes mais desprezíveis que existe, que desperta ira em qualquer ser humano decente, especialmente depois de conhecer o caso real do Paulo Pavesi. Apesar desse final, é um bom filme.
mesmo tendo todas as bases construídas desde o primeiro filme, aquele final ainda assim pareceu um deus ex machina, ficou fraco, mas não sei explicar o porquê. Acho q não comprei o protagonismo exercido pelos pirralhos.
O filme me parece ser excessivamente melancólico, toda hora tem choro. Se duvidar o bebê é o mais centrado dali.
Todos parecem concordar que o prólogo é a melhor parte da história.
A Médium
3.4 344 Assista Agorahá sutilezas e simbolismos que enriquecem a história e podem passar por olhos despercebidos:
1. os espíritos vingativos não se limitam a um, e tampouco a humanos. há pelo menos 3 espíritos que possuem Ming: o de uma criança (o que explica o comportamento de agir agressiva como uma nos brinquedos e o poder de imitar um bebê chorando), o de uma mulher lasciva (razão pela qual ela levou 3 homens ao local de trabalho e assediou o tio) e o de cachorro (quando ela tem o andar bestializado, ao atacar o cinegrafista no fim, por exemplo, e urina na mesa).
2. há espíritos vingativos de cachorros, demonstrado quando os ajudantes do ritual andam de quatro e atacam os cinegrafistas a mordidas. isso acontece porque a família paterna de Ming tem um açougue de cachorros, gerenciado então por sua mãe. o cachorro morto na estrada, logo ao início do filme, é sinal disso. além disso, o assassinato do cachorro da família, devorado por Ming, é uma vingança dos espíritos canídeos, repetindo o que a família lhes infligia no açougue. o fato de haver um espírito de uma criança possuindo a jovem também indica que crianças foram mortas pela ascendência paterna, e a posterior morte de seu primo bebê (Pong) é uma vingança.
3. há uma pessoa realizando rituais para amaldiçoar a família, provavelmente parente de algum funcionário morto no incêndio da fábrica. é a mulher mostrada no início do filme, quando Ming pergunta ao cinegrafista no campo se ele via alguém ao longe, e este confirma que sim, sendo uma pessoa real. isso é confirmado na cena quando, após Ming incendiar sua mãe, a câmera foca em um boneco de pano cravado de pregos, com o nome da família paterna escrita em sua barriga. a decapitação da estátua da deusa também é indicativo disso, uma obra humana.
4. todos os personagens principais tem pecados. Ming, pela lascívia, além do incesto com seu irmão. Noi tentou fugir do seu destino e fez rituais escondidos para que sua irmã virasse médium, além de abater cachorros no açougue. Manit, seu tio, trai sua esposa com mulheres mais jovens (isso é insinuado por Ming e demonstrando quando sua irmã o repreende no bar com uma jovem mulher ao lado). Nim, ao final, duvida de sua fé. o xamã que auxilia o ritual usava a fé como espetáculo para enriquecer (a Ming possuída dá um sorriso maléfico ao chegar no templo e ver o circo).
5. a deusa da família sabia que a família seria consumida pela maldição, talvez por seus pecados. o sonho da Ming era com uma figura alta portando uma espada, ao lado de uma cabeça decapitada tentando lhe dizer algo. essa cabeça decapitada (tal como ocorreu com a estátua) era da deusa. Nim, como dito no ponto anterior, duvidou da sua fé ao fim. apesar disso, a deusa lhe recompensou com uma morte serena pelo longo tempo de lealdade, Nim foi justa a maior parte de sua vida, diferente dos demais, que tiveram uma morte violenta no dia seguinte. no velório de seu pai, Ming fita uma anciã cega (sugere inocência) que teve uma morte sem explicação enquanto dormia naquela noite. é um prenúncio de Nim que, ao fim, fica "cega" após perder sua fé, e morre da mesma forma, porque ainda é inocente.
6. as duas irmãs fazem o caminho inverso. Noi inicialmente rejeita se tornar médium e, ao final, é possuída pela deusa e passa a acreditar. Nim, sendo médium a vida inteira, tem sua fé abalada no fim. talvez essa era a mensagem da deusa, a família pereceu por falta de fé. as desgraças da história ocorrem por falta de fé. (a)se Noi não tivesse fugido de seu destino, ela conheceria o mundo espiritual, acreditaria em sua irmã e não levaria sua filha para o ritual de aceitação. (b) o ritual de exorcismo funcionaria, mas Pang, por falta de fé, abriu a porta selada e libertou Ming. (c) ao fim, Noi se torna médium, mas é derrotada, o que ocorre por sua inexperiência. ela seria mais poderosa se aceitado seu destino antes, ela conseguiu "transferir" a condição de médium para sua irmã anteriormente, evidência de seu poder. sabemos que é por inexperiência porque Nim quase realizou um exorcismo bem sucedido em sua sobrinha, que vomita algo preto, mas não era poderosa o suficiente. logo, Noi conseguiria, enquanto primeira escolhida da deusa.
7. o comentário do xamã "este carro é vermelho" faz uma referência ao ritual. ao vestir Noi com roupas de sua filha, os espíritos são enganados pela aparência e possuem a pessoa errada. é possível especular que Nim, se não morresse na noite anterior, seria a pessoa a receber os espíritos. o ritual daria certo porque a pessoa possuída tinha relação com a deusa, facilitando a expulsão dos espíritos. Noi, mesmo que ainda parcialmente descrente, era a escolhida da deusa e já havia feito o ritual de reconciliação anteriormente.
Triângulo do Medo
3.5 1,3K Assista Agora26/11/2023
Crime Ferpeito
3.8 6019/11/2023
Aterrorizados
3.0 25418/11
a pergunta que não quer calar é: se são seres vivos, um oitão daria conta do recado? nunca saberemos
Uma Noite Alucinante 2
3.8 711 Assista Agora16/11/2023
Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio
3.8 1,4K Assista Agora07/11/2023
O Mal Que Nos Habita
3.6 534 Assista Agora05/11/2023
Fale Comigo
3.6 965 Assista Agora03/10/2023
John Wick 4: Baba Yaga
3.9 692 Assista Agora04/09/2023
Por vezes é difícil suspender a descrença, a chance de John Wick sair vivo após tantos combates (que vem desde o 1º filme) é como acertar 20x seguidas na loteria. Inserir um ceguinho pistoleiro e espadachim (e levar a sério) é tão absurdo que fica bom. A virtude desse filme é tão extraordinária que podemos relevar facilmente qualquer coisa.
O Cavaleiro Solitário
3.8 101 Assista Agora26/03/2023
É difícil avaliar esse filme depois de assistir faroestes consagrados ao nível da trilogia do dólares, Os Imperdoáveis e Tombstone.
Entretanto, é uma falha objetiva a estupidez dos personagens em pelo menos três ocasiões, que prejudicam um pouco a experiência.
Magnum 44
3.9 144 Assista Agora06/03/2022
O inspetor Callahan era um anti-herói no primeiro filme. Aqui é praticamente um herói, e isso deixa o personagem menos interessante. É uma leitura subjetiva, mas um esquadrão da morte me parece ser algo que se aproximaria dos ideais do inspetor Harry no primeiro filme, e neste ele rejeita o convite para integrar o bando sem qualquer hesitação.
Pior: dá uma lição de moral ao tenente sobre o problema da justiça pelas próprias mãos por parte da polícia (tendo razão, por evidente), quando no primeiro filme usa de tortura para obter confissão do serial killer. Há incongruência e pobreza narrativa, portanto, nessa escolha rápida. Um Harry Callahan bem escrito definitivamente deveria apresentar hesitação e conflito ao lidar com esse grupo de policiais, já que sua característica - que o tornava carismático - era justamente agir pelo seu próprio ideal de justiça. Poderia rejeitar, isso é escolha do roteirista. Mas não de uma forma tão preguiçosa.
Ademais, o conflito entre o inspetor e os demais policiais é inferior ao embate com o serial killer da primeira trama. A única ação investigativa relevante é o teste de balística. De resto, são os vilões quem procuram o conflito, diferente da trama de gato e rato do primeiro.
A queda do policial com a moto na água e a decisão irracional do tenente em deixar o Callahan vivo na cena final também são decisões preguiçosas de roteiro.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista Agora23/02/2023
É um ótimo filme, mas não assista se tiver 10% impaciente, deixe para outro momento.
O filme é muito lento, entrega poucas recompensas pra quase 3h, a trama é monótona para essa quantidade absurda de tempo. Jogou fora a ação do primeiro e apostou no mistério e no drama, mesmo a luta final é fraca. Pode-se dizer que o prazer desse filme é puramente intelectual, diferente do primeiro, dotado de uma mensagem filosófica, mas com excelentes combates.
É claro, incomoda um pouco o fato de praticamente todos os humanos serem retratados como uns imbecis odiosos, o que não difere muito da obra de 1982, é um truque barato e que facilita a narrativa. Ninguém é 100% vilão ou herói, o mundo real não funciona assim. Entretanto, o primeiro filme parte da premissa diferente, isto é, a de que os replicantes podem ser perigosos, e essa ambiguidade torna a trama mais complexa e verossímil. É a mesma virtude que levou o filme "Parasita" a ser algo além de um filme de luta de classes robotizado. Se a história de Rick Deckard perseguindo os replicantes se passasse aqui, ele seria um mero assassino e assumiria o papel de vilão.
A cara de deprimido do blade runner - inalterável ao longo da trama - começou a me irritar depois de um tempo, e isso joga contra o estilo do filme, que depende muito de simpatizarmos com o personagem para gostarmos das longas cenas mais reflexivas.
Por outro lado, tem bons diálogos e uma mensagem filosófica interessante, vale a pena ser visto pelo menos uma vez, quando você estiver no estado de espírito adequado.
Para avaliar melhor, tenho que rever o filme - o que não pretendo tão cedo. Pode ser que a impaciência tenha prejudicado demais a experiência, ou talvez esse filme seja mais pretensioso do que percebi.
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista Agora22/02/2023
Travis é uma mistura do Coringa de Joaquim Phoenix e Rorschach, de "Watchmen". O rancor e a hipocrisia do primeiro, e os ideais do segundo.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista Agora21/02/2023
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista Agora20/02/2023
Perseguidor Implacável
3.9 266 Assista Agora20/02/2023
"tá com sorte, malandro?"
Na Palma da Mão
3.3 127 Assista Agora20/02/2023
Esse filme tem o mesmo estilo e inspirações de vários outros coreanos, só que inferior. Burning e I Saw the Devil são as versões que deram certo desse filme.
E pra falar a verdade, essa "crítica social" do uso do celular é batida e enfadonha, pra não dizer hipócrita. É uma ironia que mostrem os jovens usando netflix no início do filme ao passo que o filme foi lançado na plataforma.
Louca Obsessão
4.1 1,3K Assista Agora20/02/2023
esse filme deve dar gatilho no Miguel do canal peewee, cujo maior medo é ser atacado por um fã, como John Lennon
há decisões estúpidas do Paul Sheldon, como tentar fugir posteriormente à primeira saída do quarto - o que obviamente não funcionaria, e não tentar enrolar a conclusão do livro até que as pernas ficassem curadas e suas chances de fuga aumentassem. As decisões inteligentes, entretanto, compensam essas falhas.
Ao findar do livro, pensei que o Paul escreveria um final lixo para irritar a Annie - o que seria engraçado - mas sua ideia funcionou melhor. Essa mulher, aliás, é digna de raiva e pena ao mesmo tempo. As cenas dela no quarto pela noite são muito bem feitas e despertam um grande senso de perigo, mais do que muito filme slasher por aí. Paul indefeso na cama me lembrou a protagonista de "Jogo Perigoso" - depois de terminar o filme vim descobrir que ambos vieram da mente do Stephen King.
Penso, por exemplo, que o final poderia ser mais macabro se a Annie tivesse perdido a visão no golpe que recebeu nos olhos e a luta continuasse ao estilo "O homem nas trevas". Uma perseguição de uma mulher cega a um homem sem poder andar seria muito tensa.
Apesar de tudo, é um filme acima da média.
Os Infiltrados
4.2 1,7K Assista Agora19/02/2023
para quem não entendeu, o filho é do Costigan, e a carta era para comunicar ao Dignam a descoberta
Terra Selvagem
3.8 594 Assista Agora13/02/2023
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista Agora07/02/2023
Filme terrível, difícil acreditar que veio da mesma fonte que “Corra” e “Nós”. Não funciona como terror, nem como suspense ou mistério. Dei duas risadas, mas o filme é tão ruim que o saldo como comédia sai negativo.
Nenhum personagem tem o menor carisma, Jordan Peele deve aprender que colocar um personagem para xingar a cada três frases não vai torná-lo carismático, mas irritante. A irmã do OJ parece estar treinando texto - de teor duvidoso - para um stand up, que roteiro terrível.
O que é pior, até jumpscare safado o diretor começou a usar.
O final deveria ser grandioso e impressionante, mas é um show de vergonha alheia porque: 1. o alien não bota medo em ninguém; 2. ninguém se importa com os personagens, então os autossacrifícios por eles realizados não despertam qualquer emoção.
Se o roteiro tiver algum sentido metafórico ou alegórico, diferente de “Nós”, que é um filme interessante, eu não tenho a menor vontade de saber.
Em suma, esse filme é um “Na Vastidão da Noite” que deu errado. Ambos são meio lentos, e o segundo tem alguns defeitos, mas - diferentemente de Nope! - tem personagens e diálogos interessantes, uma ambientação impecável e uma fotografia que dá gosto de olhar.
À Espreita do Mal
3.6 89806/02/2023
Tem umas falhas de roteiro, mas é um filme acima da média
Fratura
3.3 92106/02/2023
Quando a enfermeira perguntou sobra a doação de órgãos, me lembrei do caso Paulo Pavesi. Depois de uma queda - como a menina do filme - forjaram morte cerebral na criança e removeram os órgãos ainda com vida.
o final seria melhor se todo o acontecido não fosse alucinação. Seria uma história cruel, mas catártica, especialmente se o roteiro não tivesse adotado saídas para reduzir a violência. Por exemplo, ainda que fosse alucinação, seria mais realista que o protagonista tivesse atirado nos médicos ao “encontrar a esposa e a filha”. O tráfico de órgãos é um dos crimes mais desprezíveis que existe, que desperta ira em qualquer ser humano decente, especialmente depois de conhecer o caso real do Paulo Pavesi. Apesar desse final, é um bom filme.
Um Lugar Silencioso - Parte II
3.6 1,2K Assista Agora05/02/2023
O filme tecnicamente é bom, mas ainda assim não gostei tanto. Por exemplo,
mesmo tendo todas as bases construídas desde o primeiro filme, aquele final ainda assim pareceu um deus ex machina, ficou fraco, mas não sei explicar o porquê. Acho q não comprei o protagonismo exercido pelos pirralhos.
O filme me parece ser excessivamente melancólico, toda hora tem choro. Se duvidar o bebê é o mais centrado dali.
Aqui temos o Thomas Shelby frio e altruísta