Me animei com a premissa e com o ótimo piloto da série, mas fui me decepcionando com o rastro de furos, caminhos fáceis e clichês que o roteiro vai tomando ao longo dos episódios seguintes. Eu esperava uma trama complexa, onde super-heróis demonstrassem ter uma humanidade perturbada ausente em muitos filmes e séries baseadas em quadrinhos. Mas a trama empolgante e verossímil não vem, e no lugar dela os super-heróis flertam com a psicopatia e ausência de humanidade, agindo quase que literalmente como vilões. Por isso é melhor não esperar ver algo muito "cinza" e complexo, mas sim se contentar com a veia cômica e divertida da história, ponto em que a série cumpre bem o papel.
"Let’s just get real. There aren’t a lot of happy endings for a lot of people, you know?"
Temporada para mostrar que não é porque o vilão foi derrotado que as mocinhas serão felizes para sempre. Big Little Lies mudou bastante sua dinâmica: saem os mistérios e reviravoltas e entram o drama e as consequências geradas pelo fatídico evento da temporada anterior. Mas a série seguiu demonstrando muita humanidade em personagens imperfeitos tentando sobreviver aos seus fantasmas. O que não mudou foi a qualidade das atuações, com cada estrela do talentoso elenco (agora reforçado pela maior de todas) tendo seus momentos de brilho. A estética e o roteiro seguem mantendo o padrão HBO de qualidade, prendendo a cada episódio. Que venha a próxima.
O foco da temporada no assassino e não na vítima me foi uma surpresa. Surpresa boa pois toda a história do Andrew Cunanan, desde seu começou foi de tirar o chapéu, digna da primeira temporada da série e com certeza vai render bastante prêmios pro Darren Criss.
Por outro lado acho que o os irmãos Versace acabaram ofuscados, o que na minha opinião gerou um desperdício de Penélope Cruz e Edgar Ramirez. O arco dos dois foi bem mediano comparado ao do Cunanan. E nesse lado acho que valia inclusive um foco maior no Antonio D'Amico. Senti bastante história pra contar ali e gostei muito da atuação do Ricky Martin, quem sabe ele não seja lembrado com alguma indicação também.
No mais acho que o Ryan Murphy acertou com uma ótima e envolvente temporada, bela tecnicamente e com crítica social na medida certa, debatendo questões de homofobia e ainda acertando ao apoiar a representatividade, escolhendo um ator com ascendência filipina para um personagem de ascendência filipina.
Damon Lindelof se redime pelo final de Lost (isso pra quem acha que ele precisava). Final lindo e digníssimo pra The Leftovers que se consolida como uma das melhores séries que já vi. Todo prêmio possível pra essa série é pouco. Triste em ter ouvido o pianinho pela último vez...
Também são senti nessa 3ª temporada os mesmos impactos que nas temporadas anteriores como tão falando, talvez pelo fato de que inicialmente assistíamos a série sem estar preparados para o tradicional 'tapa na cara' que os dois primeiros anos nos deram. Ou não.
Mas se faltou reflexões com mesma intensidade, sobrou dramaticidade. Os roteiros dessa temporada foram impecáveis, com atuações espetaculares. Deu pra notar uma clara diferença, mas pra mim o dedo da Netflix fez muitíssimo bem para a série. Minha temporada favorita das 3 até agora. Que venha a próxima ainda melhor.
Quando eu vi aquela cena do beijo no episódio 7 já senti uma ponta de desgosto. Achei totalmente sem nexo e avulsa. E então aparece a razão daquilo no finale. A Chandra conduz todo o julgamento, até arrisca sua pele pelo Naz pra depois ser deixada de lado pra que o Jack faça sua grande cena final? Que vergonhoso. No fim das contas não serviu pra nada, já que o júri simplesmente não se decidiu. Decepção.
Gostei demais da série. Produção e direções impecáveis. As atuações então, um show a parte. Vejo muito potencial no Riz Ahmed e o Turturro pode até garantir algum prêmio pelo sensacional Jack Stone. Mas esse ponto específico no que se refere ao tratamento com a Chandra, que vinha se mostrando uma das melhores personagens, me incomodou bastante.
A temporada tava sensacional até o último episódio. Uma coisa é você deixar alguns pontos abertos e cliffhangers para a temporada seguinte, outra é você praticamente não concluir nenhum plot desenvolvido durante a temporada. Ficou tudo em aberto. O arco do Ozzy, as intenções do Roy Gilbert, a eleição de sheriff, a investigação do Marco, a trama do Nolan e da Eve... Quando o décimo episódio acabou eu fiquei tentando passar para o próximo, não tinha notado que esse ano a temporada teria dez episódios, e não treze como no ano passado, esperava que ainda iriam ter mais três para concluir a season, mas me enganei. Só que a impressão que ficou pra mim é como se a temporada tivesse mesmo treze episódios e eles simplesmente cortaram os três últimos. Ficou faltando isso.
Fora esse "pequeno" detalhe me surpreendi com a qualidade da série esse ano. Imaginei que eles não fossem conseguir manter o nível sem o Danny, mas eles mandaram muito bem. Os novos personagens e atores, embora individualmente não cheguem aos pés do Danny e da interpretação do Mendelsohn, conseguiram em conjunto suprir o vazio deixado pela ovelha negra da família Rayburn. Entre os novatos o destaque vai pro Nolan. Nada mais justo que um personagem filho do Danny seja tão forte em cena quanto o pai. A ator que interpreta ele mostrou muito talento.
Esse ano ainda serviu para que personagens mais coadjuvantes da primeira temporada ganhassem mais destaque e profundidade. Marco Díaz e Eric O'Bannon são dois exemplos, mas o que eu mais gostei foi o Kevin. Se tem um ator que merece nomeações a prêmios esse ano é o Norbert Leo Butz. O arco envolvendo todo o drama pessoal dele foi bastante intenso e o ator foi muito bem em cena. Infelizmente, se o Ben Mendelsohn não levou nada ano passado, duvido muito que qualquer um de Bloodline tenha chance, mesmo que mereça. Kyle Chandler e Linda Cardellini dispensam comentários, são incríveis.
Embora não tenha gostado de como os showrunners escolheram terminar a season, não tenho como negar que eles conseguiram o que queriam. Fiquei muito curioso pra saber o que vai acontecer no próximo ano e mal posso esperar para a próxima temporada!
Premissa interessante, produção e ambientação fantásticas mas a história cheia de furos no roteiro, inúmeras pontas soltas, diálogos fracos, personagens tomando atitudes inexplicavelmente estúpidas e um final que me deu a sensação de ter jogado oito horas fora. Uma pena. Decepcionante. Hulu vai ter que melhorar bastante pra alcançar o nível dos concorrentes Netflix e Amazon.
The Boys (1ª Temporada)
4.3 820Me animei com a premissa e com o ótimo piloto da série, mas fui me decepcionando com o rastro de furos, caminhos fáceis e clichês que o roteiro vai tomando ao longo dos episódios seguintes. Eu esperava uma trama complexa, onde super-heróis demonstrassem ter uma humanidade perturbada ausente em muitos filmes e séries baseadas em quadrinhos. Mas a trama empolgante e verossímil não vem, e no lugar dela os super-heróis flertam com a psicopatia e ausência de humanidade, agindo quase que literalmente como vilões. Por isso é melhor não esperar ver algo muito "cinza" e complexo, mas sim se contentar com a veia cômica e divertida da história, ponto em que a série cumpre bem o papel.
Big Little Lies (2ª Temporada)
4.2 480"Let’s just get real. There aren’t a lot of happy endings for a lot of people, you know?"
Temporada para mostrar que não é porque o vilão foi derrotado que as mocinhas serão felizes para sempre. Big Little Lies mudou bastante sua dinâmica: saem os mistérios e reviravoltas e entram o drama e as consequências geradas pelo fatídico evento da temporada anterior. Mas a série seguiu demonstrando muita humanidade em personagens imperfeitos tentando sobreviver aos seus fantasmas. O que não mudou foi a qualidade das atuações, com cada estrela do talentoso elenco (agora reforçado pela maior de todas) tendo seus momentos de brilho. A estética e o roteiro seguem mantendo o padrão HBO de qualidade, prendendo a cada episódio. Que venha a próxima.
American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace (2ª Temporada)
4.1 392O foco da temporada no assassino e não na vítima me foi uma surpresa. Surpresa boa pois toda a história do Andrew Cunanan, desde seu começou foi de tirar o chapéu, digna da primeira temporada da série e com certeza vai render bastante prêmios pro Darren Criss.
Por outro lado acho que o os irmãos Versace acabaram ofuscados, o que na minha opinião gerou um desperdício de Penélope Cruz e Edgar Ramirez. O arco dos dois foi bem mediano comparado ao do Cunanan. E nesse lado acho que valia inclusive um foco maior no Antonio D'Amico. Senti bastante história pra contar ali e gostei muito da atuação do Ricky Martin, quem sabe ele não seja lembrado com alguma indicação também.
No mais acho que o Ryan Murphy acertou com uma ótima e envolvente temporada, bela tecnicamente e com crítica social na medida certa, debatendo questões de homofobia e ainda acertando ao apoiar a representatividade, escolhendo um ator com ascendência filipina para um personagem de ascendência filipina.
The Leftovers (3ª Temporada)
4.5 427Damon Lindelof se redime pelo final de Lost (isso pra quem acha que ele precisava). Final lindo e digníssimo pra The Leftovers que se consolida como uma das melhores séries que já vi. Todo prêmio possível pra essa série é pouco. Triste em ter ouvido o pianinho pela último vez...
O Jovem Papa
4.4 76Melhor série do ano.
Black Mirror (3ª Temporada)
4.5 1,3KTambém são senti nessa 3ª temporada os mesmos impactos que nas temporadas anteriores como tão falando, talvez pelo fato de que inicialmente assistíamos a série sem estar preparados para o tradicional 'tapa na cara' que os dois primeiros anos nos deram. Ou não.
Mas se faltou reflexões com mesma intensidade, sobrou dramaticidade. Os roteiros dessa temporada foram impecáveis, com atuações espetaculares. Deu pra notar uma clara diferença, mas pra mim o dedo da Netflix fez muitíssimo bem para a série. Minha temporada favorita das 3 até agora. Que venha a próxima ainda melhor.
The Night Of
4.3 314O que fizeram com a Chandra foi o maior crime da série.
Quando eu vi aquela cena do beijo no episódio 7 já senti uma ponta de desgosto. Achei totalmente sem nexo e avulsa. E então aparece a razão daquilo no finale. A Chandra conduz todo o julgamento, até arrisca sua pele pelo Naz pra depois ser deixada de lado pra que o Jack faça sua grande cena final? Que vergonhoso. No fim das contas não serviu pra nada, já que o júri simplesmente não se decidiu. Decepção.
Gostei demais da série. Produção e direções impecáveis. As atuações então, um show a parte. Vejo muito potencial no Riz Ahmed e o Turturro pode até garantir algum prêmio pelo sensacional Jack Stone. Mas esse ponto específico no que se refere ao tratamento com a Chandra, que vinha se mostrando uma das melhores personagens, me incomodou bastante.
O.J.: Made in America
4.7 122Cinco estrelas porque não tem como dar mais. Que história!
River
4.3 88Oh, I love to love
But my baby just loves to dance,
he wants to dance
He loves to dance,
he's got to dance ♪
O Caminho (1ª Temporada)
3.9 35Que a Luz traga a segunda temporada o quanto antes!
Bloodline (2ª Temporada)
4.1 63A temporada tava sensacional até o último episódio. Uma coisa é você deixar alguns pontos abertos e cliffhangers para a temporada seguinte, outra é você praticamente não concluir nenhum plot desenvolvido durante a temporada. Ficou tudo em aberto. O arco do Ozzy, as intenções do Roy Gilbert, a eleição de sheriff, a investigação do Marco, a trama do Nolan e da Eve... Quando o décimo episódio acabou eu fiquei tentando passar para o próximo, não tinha notado que esse ano a temporada teria dez episódios, e não treze como no ano passado, esperava que ainda iriam ter mais três para concluir a season, mas me enganei. Só que a impressão que ficou pra mim é como se a temporada tivesse mesmo treze episódios e eles simplesmente cortaram os três últimos. Ficou faltando isso.
Fora esse "pequeno" detalhe me surpreendi com a qualidade da série esse ano. Imaginei que eles não fossem conseguir manter o nível sem o Danny, mas eles mandaram muito bem. Os novos personagens e atores, embora individualmente não cheguem aos pés do Danny e da interpretação do Mendelsohn, conseguiram em conjunto suprir o vazio deixado pela ovelha negra da família Rayburn. Entre os novatos o destaque vai pro Nolan. Nada mais justo que um personagem filho do Danny seja tão forte em cena quanto o pai. A ator que interpreta ele mostrou muito talento.
Esse ano ainda serviu para que personagens mais coadjuvantes da primeira temporada ganhassem mais destaque e profundidade. Marco Díaz e Eric O'Bannon são dois exemplos, mas o que eu mais gostei foi o Kevin. Se tem um ator que merece nomeações a prêmios esse ano é o Norbert Leo Butz. O arco envolvendo todo o drama pessoal dele foi bastante intenso e o ator foi muito bem em cena. Infelizmente, se o Ben Mendelsohn não levou nada ano passado, duvido muito que qualquer um de Bloodline tenha chance, mesmo que mereça. Kyle Chandler e Linda Cardellini dispensam comentários, são incríveis.
Embora não tenha gostado de como os showrunners escolheram terminar a season, não tenho como negar que eles conseguiram o que queriam. Fiquei muito curioso pra saber o que vai acontecer no próximo ano e mal posso esperar para a próxima temporada!
22.11.63
4.2 270Premissa interessante, produção e ambientação fantásticas mas a história cheia de furos no roteiro, inúmeras pontas soltas, diálogos fracos, personagens tomando atitudes inexplicavelmente estúpidas e um final que me deu a sensação de ter jogado oito horas fora. Uma pena. Decepcionante. Hulu vai ter que melhorar bastante pra alcançar o nível dos concorrentes Netflix e Amazon.