Esse filme conseguiu me emocionar como há muito tempo não emocionava. Sendo mulher e segunda filha de um pai machista, senti na pele que esses desencontros doem na alma. O machismo, as mulheres desistindo de seus sonhos para viver uma vida árdua e criar seus filhos como podem... Isso é muito real e atual.
A menina lendo Sylvia Plath já dá uma pista sobre seu suicídio, a cena entre em irmãos, que ela ergue um espelho e depois dá de cara com oh dae-su, que olha pelo buraco tanto no presente quanto no passado é belíssima!
Lindo, lindo, lindo! Mais lindo ainda como a linguagem cinematográfica em si pode comportar outras: dança, literatura, fotografia... e ser o retrato de um povo, de um tempo, da repressão sofrida por eles...
Entre o hollywoodiano e longo The Martian e Lunar, fico com The Martian. Cansativo, personagem pouco desenvolvido, enredo mediano e desenvolvimento confuso. O Gerty dá saudade do maléfico Hal do 2001, mas ainda sim é o melhor personagem do filme.
Eu entendo que muita gente aqui acha que o filme deveria entrar a fundo na temática da legalização ou talvez, parecer mais politizado, mas acho que ele é super honesto na sua abordagem e proposta, como consumidor de maconha e comediante: um filme a la Michael Moore, câmera na mão e uma ideia na cabeça (como dizia o Glauber Rocha).
Como o patriarcado e o racismo anda de mãos dadas com o capitalismo: a maioria dos diretores e CEO's são homens brancos que se utilizam dos serviços de prostitutas e usam drogas - que claro, exploram a mão de obra pobre e geram violência. Nada de novo sob o sol. Mas gostei muito do documentário.
Antes de passar uma mensagem de superação e de "busca pela felicidade", o filme faz uma puta crítica social. Para quem estuda em faculdade pública, principalmente a USP, pode perceber que o número de jovens de classe média alta é bem maior do que os de classe mais baixa. E também, como não seria diferente? Esses jovens têm tudo que precisam para poder ir bem no vestibular: escolas particulares, cursinhos, cursos a parte e ainda uma empregada à disposição.
E a filha dela que não podia "se dar ao luxo" de não passar, que não teve toda essa estrutura para estudar, conseguiu com o próprio esforço! Mas isso claro, não é uma questão de meritocracia... E a mãe, que não podia encostar nem usar nada dos patrões, vivendo no quartinho separado - clara alusão à antiga senzala, "da cozinha pra lá" -, passando por humilhações quando era considerada como "da família" pelos patrões? A sensação é de nojo, horror por saber que isso realmente acontece, que empregadas por aí não recebem benefício nenhum, são obrigadas a deixar suas famílias para cuidar da família dos outros, sem receber em troca tudo que foi dispendido nesse tempo que passou morando com os patrões... Igual a Jéssica fala no filme, elas são tratadas como "segunda classe", quase como se não houvesse nenhuma humanidade nas duas.
No mais, a estética é boa, a trilha sonora conversa bem com as cenas, gostei muito. E que venha o Oscar!
O primeiro filme bom do Guy Ritchie. Perfeito, trilha sonora impecável, te deixa com vontade de sair da sala só quando a música termina. Para um filme de espião ambientado nos anos 60, ele foi bem cuidadoso nos detalhes.
Esse filme deveria passar em todas escolas, cinemas, televisões e telas do mundo. Cinquenta anos se passaram e ainda podemos ver cenas parecidas de espancamentos e humilhações de negros por policiais - tanto nos EUA quanto aqui. Filme belíssimo, ótimas atuações - quem se lembra de algum filme que incluiu tantos atores e atrizes negras? - o que gera várias discussões sobre como também no cinema ainda existe preconceito racial, e muito, para ser enfrentando.
Tinha tudo pra ser bom, mas me pareceu confuso tanto na história quanto nas atuações. Culpa do diretor, porque olha esse casal maravilhoso de protagonistas...
Uma metáfora exagerada para o que Sergio Buarque Hollanda já dizia há anos sobre sermos passionais, ainda mais do lado de cá do oceano. Ou vai dizer que você não age de forma "oito ou oitenta" também no seu cotidiano? Realmente, o que separa a civilização da barbárie. Pesado se olhar nesse espelho de aumento.
Alguém pode dizer que este filme tinha falhas no roteiro, mas mal sabem que sim, filme é arte e certas coisas não precisam "ter" no filme para ele fazer sentido. Em contrapartida, o filme é lindo, girl power sem ser Tarantino style ou algo que só apele pelo mesmo estilo de sexualidade de hollywood: bobo e exotizado.
A Vida Invisível
4.3 645Esse filme conseguiu me emocionar como há muito tempo não emocionava. Sendo mulher e segunda filha de um pai machista, senti na pele que esses desencontros doem na alma. O machismo, as mulheres desistindo de seus sonhos para viver uma vida árdua e criar seus filhos como podem... Isso é muito real e atual.
A Cadela
3.4 18Até eu lambia a mão do Mastroianni nessa fase, que homem! (E a Deneuve é linda até hoje, né)
O Verdadeiro Custo
4.5 132 Assista AgoraNão existe consumo consciente. O capitalismo é uma merda.
Hector e a Procura da Felicidade
3.9 228É mesmo a versão feminina de Amélie Poulain, para ver mais vezes nos momentos de tristeza!
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraSó quem tem olhar apurado percebe as nuances do filme...
A menina lendo Sylvia Plath já dá uma pista sobre seu suicídio, a cena entre em irmãos, que ela ergue um espelho e depois dá de cara com oh dae-su, que olha pelo buraco tanto no presente quanto no passado é belíssima!
Maravilhoso, sem mais.
O Que Está Por Vir
3.8 102 Assista AgoraQuase 70 anos e continua um mulherão da porra!
O Dançarino do Deserto
3.8 50 Assista AgoraLindo, lindo, lindo! Mais lindo ainda como a linguagem cinematográfica em si pode comportar outras: dança, literatura, fotografia... e ser o retrato de um povo, de um tempo, da repressão sofrida por eles...
Lunar
3.8 686 Assista AgoraEntre o hollywoodiano e longo The Martian e Lunar, fico com The Martian. Cansativo, personagem pouco desenvolvido, enredo mediano e desenvolvimento confuso. O Gerty dá saudade do maléfico Hal do 2001, mas ainda sim é o melhor personagem do filme.
Super High Me
3.0 76Eu entendo que muita gente aqui acha que o filme deveria entrar a fundo na temática da legalização ou talvez, parecer mais politizado, mas acho que ele é super honesto na sua abordagem e proposta, como consumidor de maconha e comediante: um filme a la Michael Moore, câmera na mão e uma ideia na cabeça (como dizia o Glauber Rocha).
American Ultra: Armados e Alucinados
3.1 383É legal, mas né...
do nada a mina diz que é da CIA?
Trabalho Interno
4.1 205 Assista AgoraComo o patriarcado e o racismo anda de mãos dadas com o capitalismo: a maioria dos diretores e CEO's são homens brancos que se utilizam dos serviços de prostitutas e usam drogas - que claro, exploram a mão de obra pobre e geram violência. Nada de novo sob o sol. Mas gostei muito do documentário.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraAntes de passar uma mensagem de superação e de "busca pela felicidade", o filme faz uma puta crítica social. Para quem estuda em faculdade pública, principalmente a USP, pode perceber que o número de jovens de classe média alta é bem maior do que os de classe mais baixa. E também, como não seria diferente? Esses jovens têm tudo que precisam para poder ir bem no vestibular: escolas particulares, cursinhos, cursos a parte e ainda uma empregada à disposição.
E a filha dela que não podia "se dar ao luxo" de não passar, que não teve toda essa estrutura para estudar, conseguiu com o próprio esforço! Mas isso claro, não é uma questão de meritocracia... E a mãe, que não podia encostar nem usar nada dos patrões, vivendo no quartinho separado - clara alusão à antiga senzala, "da cozinha pra lá" -, passando por humilhações quando era considerada como "da família" pelos patrões? A sensação é de nojo, horror por saber que isso realmente acontece, que empregadas por aí não recebem benefício nenhum, são obrigadas a deixar suas famílias para cuidar da família dos outros, sem receber em troca tudo que foi dispendido nesse tempo que passou morando com os patrões... Igual a Jéssica fala no filme, elas são tratadas como "segunda classe", quase como se não houvesse nenhuma humanidade nas duas.
No mais, a estética é boa, a trilha sonora conversa bem com as cenas, gostei muito. E que venha o Oscar!
Descompensada
2.9 347 Assista AgoraSó curti a cena final. Clichezão que doi.
Per Aspera Ad Astra
4.1 4Lindo, lindo, lindo.
O Agente da U.N.C.L.E.
3.6 538 Assista AgoraO primeiro filme bom do Guy Ritchie. Perfeito, trilha sonora impecável, te deixa com vontade de sair da sala só quando a música termina. Para um filme de espião ambientado nos anos 60, ele foi bem cuidadoso nos detalhes.
Antonio Gaudi
4.0 12Amo Gaudí e vou ver pra tentar reviver Barcelona :´(
Eu Não Faço a Menor Ideia do que eu Tô …
3.0 803O diretor não fazia a menor ideia do que tava fazendo com o roteiro
Zelig
4.2 355Somos todos Zelig! Só que de um jeito diferente, claro.
Poltergeist: O Fenômeno
2.4 1,3K Assista AgoraTirando a mini Zoey Deschanel, as atuações são uma comédia.
Selma: Uma Luta Pela Igualdade
4.2 794Esse filme deveria passar em todas escolas, cinemas, televisões e telas do mundo. Cinquenta anos se passaram e ainda podemos ver cenas parecidas de espancamentos e humilhações de negros por policiais - tanto nos EUA quanto aqui. Filme belíssimo, ótimas atuações - quem se lembra de algum filme que incluiu tantos atores e atrizes negras? - o que gera várias discussões sobre como também no cinema ainda existe preconceito racial, e muito, para ser enfrentando.
Sentidos do Amor
4.1 1,2KTinha tudo pra ser bom, mas me pareceu confuso tanto na história quanto nas atuações. Culpa do diretor, porque olha esse casal maravilhoso de protagonistas...
Cala a Boca Philip
3.3 49 Assista AgoraSó quem é escritor ou artista sabe dessa parte egocêntrica da vida.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraUma metáfora exagerada para o que Sergio Buarque Hollanda já dizia há anos sobre sermos passionais, ainda mais do lado de cá do oceano. Ou vai dizer que você não age de forma "oito ou oitenta" também no seu cotidiano? Realmente, o que separa a civilização da barbárie. Pesado se olhar nesse espelho de aumento.
Sedução e Vingança
3.7 151 Assista AgoraAlguém pode dizer que este filme tinha falhas no roteiro, mas mal sabem que sim, filme é arte e certas coisas não precisam "ter" no filme para ele fazer sentido. Em contrapartida, o filme é lindo, girl power sem ser Tarantino style ou algo que só apele pelo mesmo estilo de sexualidade de hollywood: bobo e exotizado.