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Últimas opiniões enviadas

  • Diego Ferreira

    Maior orçamento do estúdio A24, esta história distópica de 50 milhões onde a América se encontra fraturada em uma nova Guerra Civil é frustrante no aspecto tímido de seu universo. Um aspecto político geralmente nebuloso que também é um ponto forte, porque cria um espaço mental onde qualquer escalada de violência contra qualquer partido pode ser projetada. Sabemos que os EUA estão mergulhados no conflito entre grupos organizados dentro do mesmo estado-nação. Que várias facções se opõem. Que o presidente no poder está no terceiro mandato e cometeu um grave deslize. Dificilmente saberemos mais sobre as causas da guerra.
    O suficiente para frustrar alguns, mas é também o que dá ao filme um certo alcance universal. Acompanharemos um grupo de jornalistas viajando entre Nova York e Washington, na tentativa de entrevistar o presidente. Esta aventura picaresca retratará o caos ambiental, não muito diferente do que a mídia ocidental mostraria de uma guerra civil na África.
    E Alex Garland vai direto ao ponto, ao tratar principalmente de dois assuntos: o papel dos correspondentes de guerra e o que gira em torno deles (passividade relativa, relação com a imagem, cinismo...); e as profundas divisões dentro dos EUA. Tudo salpicado de reflexões sobre o absurdo das guerras em geral.
    A coisa toda é desenvolvida de forma inteligente, não nos deixamos levar pelas explicações exageradas. Aos poucos vamos descobrindo essa confusão, e algumas passagens são extremamente irritantes sobre os EUA.
    Além de alguns dispositivos de enredo, a história é dinâmica. Na verdade, fiquei surpreso com as sequências de ação. Mais numerosos do que eu esperava e relativamente espetaculares para tal produção.
    No final, Garland quer acima de tudo realizar uma viagem pós-apocalíptica ao nível dos olhos, onde um quarteto de repórteres evolui de forma quase picaresca para captar imagens fotográficas remotas da queda dos EUA. Um viés relevante, questionando a imparcialidade das imagens e seu impacto no indivíduo, ao longo dos diversos encontros.
    A estrutura narrativa é, em última análise, bastante simples, mas é entre vários parênteses que o longa-metragem atinge uma universalidade na futilidade da guerra (atiradores que se avaliam sem saber qual lado está do outro, Jessie Plemons que usa o conflito para satisfazer seus ideais políticos, etc.), e um olhar pessimista sobre a natureza cíclica e autodestrutiva de qualquer guerra.
    O elenco é bom, enquanto o cerne do filme está na transferência entre os personagens de Kirsten Dunst e Cailee Spaeny (de uma imitação de Lee Miller tendo trabalhado até uma novata que deseja aprender a profissão de fotógrafo de guerra). Wagner Moura interpreta um jornalista viciado em furos, profissional, descolado, tagarela, que se sente um peixe na água, apesar das situações tensas e Stephen McKinley Henderson como um velho jornalista que tranquiliza com a sua presença.
    Não podemos evitar alguns erros (incluindo um clímax de guerrilha sem implicações dramatúrgicas reais, ou algumas reações estereotipadas de personagens que leram o roteiro), mas se o filme que agarra as entranhas, que não romantiza o horror do seu tema, que nos convida a pensar no futuro do nosso país e no salto para o desconhecido que é a guerra civil.

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  • Diego Ferreira

    Nos filmes espaciais, estávamos habituados ao lirismo da conquista, ou às imagens abafadas de um foguete deslizando suavemente em direção a espaços infinitos.
    E Damien Chazelle nos fala do canivete suíço, mostrando-nos máquinas obsoletas, feitas de pedaços de barbante e pedaços de madeira, com um barulho ensurdecedor.
    Mostra-nos uma América que também se pergunta se não haveria outras prioridades em terra firme.
    Paralelamente a este discurso universal, está a família Armstrong, os seus sonhos e as suas tragédias. Graças ao filme, tocamos na incerteza absoluta dessas missões e a fragilidade destes heróis.
    A cinebiografia sobre Neil Armstrong é cheia de eficiência, principalmente na encenação, onde a câmera subjetiva ocupa um lugar importante, o que às vezes torna o longa-metragem bastante envolvente.
    Ryan Gosling sai do sapateado de “La La Land”, para dar o famoso passo na Lua, esse famoso grande passo para a Humanidade e Damien Chazelle deixa assim o mundo da dança e da música, para um espetáculo completamente diferente talvez ainda mais grandioso, tão onírico e lírico com esta chegada a esta deslumbrante estrela lunar.
    E, no entanto, se o filme evoca esta aventura seguida por toda a Terra em 1969, é aqui mais a história do homem enquanto tal, do que a desta façanha em si.
    É, portanto, um bom filme biográfico centrado no homem, que o cineasta criou, o retrato de um marido e de um pai atormentado pela morte, destruído a ponto de não ver mais quem o rodeia, incluindo a sua família. Ryan Gosling é aqui a antítese do que encarnou neste mundo de brilho e luz, escorregando na pele de Neil Armstrong, um personagem frio, silencioso, exigente e intransigente. Como se o seu trabalho, ou mais ainda a sua missão, fosse uma fuga, uma verdadeira saída para continuar a sobreviver.
    Damien Chazelle, ao centrar-se nesta personalidade bastante excepcional no seu funcionamento e na sua determinação implacável, conseguiu revelar todo o lado oculto da Lua, mas ainda mais aquele de quem nela pôs os pés pela primeira vez.
    Toda a psicologia da personagem é colocada ao microscópio assim como o quotidiano deste casal e cujos momentos magníficos nos tocam enormemente ao mesmo tempo que dá lugar de destaque a Claire Foy, muito justa e comovente. É especialmente através desta atriz, com sensibilidade e dom de observação incomparáveis, que este filme nos irá finalmente impulsionar para a sua história, e também pela força das circunstâncias e inevitavelmente para o espaço.
    Isto é tudo o que faltava em outras produções sobre o mesmo tema, como “Gravidade” de Alfonso Cuarón, magnífica em imagens mas muito pobre em termos de mensagem.
    Por causa da conquista do espaço, claro que também é uma questão e a este nível também estamos sempre bem servidos de realismo e seriedade.
    Passamos dos ajustes empíricos e instáveis ​​do início dos anos 60, até esse famoso vôo à Lua, acompanhando passo a passo todos os avanços nesses quase 10 anos de pesquisas.
    Todas as questões, todos os problemas, todos os perigos e medos, são extremamente bem apresentados, levantando uma enxurrada de questões quer sejamos colocados atrás ou em frente do ecrã, como os mencionados noutros lugares e ligados a todo este enorme orçamento dedicado à "Corrida Espacial'.
    E, no entanto, de vez em quando, esta compreensão parece esticar-se e desaparecer, um pouco como o seu herói e as suas ausências.
    Um pequeno inconveniente que ocorre sem avisar, como uma pausa ou um suspiro nesta sede de superar-se, de superar os concorrentes para ser sempre o primeiro e o melhor..
    Entretanto continua a ser esta belíssima aposta no palco, elegante, elegante sob todos os pontos de vista, que já combina com Damien Chazelle, e um ator decididamente engenhoso que Ryan Gosling aperfeiçoa até o fim, mesmo atrás do vidro de seu capacete de cosmonauta, como uma barreira que o protege daqueles que o rodeiam.
    Um filme sensível, extremamente realizado e emocionante, sobre a história de um homem extraordinário.

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  • Diego Ferreira

    Koji Yakusho é a alma viva deste filme-tributo aos doces sonhadores da vida cotidiana, àqueles que gostam de olhar para os raios do sol que penetram lindamente através do farfalhar da folhagem, àqueles que aproveitam o tempo em vez de suportá-lo, aos aqueles que encontram um equilíbrio fora do modelo idealista de família com casa grande, filhos, um cachorro e belo carro.
    Este personagem não é, portanto, comum. É até extraordinário. Um homem simples prospera com base em hábitos e é cauteloso com o novo; ou ele prospera com o novo e é cauteloso com os hábitos. Mas deveríamos ver um modelo, uma moralidade, um estilo de vida, uma receita para a felicidade?
    Nada é menos certo. Esse personagem tem disposição para tudo isso. E o mesmo acontece com o espectador: ou ele prospera com o hábito (e desconfia do novo), ou é o contrário (e vice-versa): o espectador sendo de um ou outro mundo, ele está pronto para aplaudir o filme, ou não aplaudir (principalmente aquele que nasceu no hiperconsumo e com um smartphone nas mãos), aliás, neste último ponto, podemos afirmar que o filme contém uma clara ferocidade em relação ao mundo de hoje.
    Ao contrário do que afirmam alguns críticos, Dias Perfeitos não é realmente um elogio aos humildes. O cineasta alemão, Wim Wenders, mostra muito bem que seu protagonista é antes uma pessoa caída e favorecida ou que optou por recusar a vida "boa" (a razão é pouco mencionada). Mas se beneficia de uma vida modesta porque pode assumir um olhar intelectual, estético, filosófico, porque escolhe a sua situação que o leva em uma intensa aventura interior através da leitura, da contemplação da natureza, da fotografia, do jogo da velha, música, compaixão pelos humanos, tanto nos seus pequenos defeitos como nos seus lados bons...
    Nisso, este personagem é antes uma ilustração das respostas propostas por Schopenhauer à questão primordial: como escapar do egoísmo? Hirayama impõe a si mesmo uma vida ascética, um afastamento do mundo, não para fugir da realidade, mas para fugir dos impulsos egoístas, da realização individual oferecida no mundo moderno: sucesso social e profissional, lucro, autoestima, o prazer do corpo, competição do ethos através da fala... Esse afastamento do funcionamento do mundo e dos privilégios aos quais teve acesso não ocorre sem sofrimento, sem o recrudescimento do egoísmo reprimido, sem solidão, sem desconforto. Mas o personagem também deriva uma aura de martírio, herói de recusa impossível, figura quase cristã de auto-sacrifício pelos outros. Embora viva numa espécie de autossuficiência solística, nunca recusa o outro, dando-se à custa de si mesmo. São antes estes outros que, apanhados na sua corrida louca contra si mesmos, são completamente incapazes de enriquecer esta vida que suportam. Eles apenas sentem, ao conhecer Hirayama, essa profundidade de vida que buscam desesperada e desajeitadamente, nos códigos habituais de sucesso (dinheiro além da moralidade, imagem, conquistas românticas...). Eles param por um tempo, na virada de uma colisão em suas vidas (doença, fuga, dificuldade financeira) e ficam maravilhados com sua capacidade de elevar o absurdo de uma vida repetitiva de Sísifo a uma arte de viver. Depois deste encontro brilhante, seguirão este exemplo nadando contra a maré? Ou o homem sábio permanecerá sozinho e incompreendido, e o homem prisioneiro das suas paixões?
    E Hirayama não é um alienígena. Este filme é a história de um homem “assim”. Além disso, ele tem seus pontos fracos. E isso nos traz de volta à terra. Mas não é por acaso que o filme é rodado no Japão (embora uma língua diria que os banheiros lá brilham como novos e provavelmente não precisam ser limpos).
    Dias Perfeitos é uma curiosa mistura de drama social realista e conto filosófico humorístico sobre a arte de ser feliz apesar de tudo.

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  • Edkalume
    Edkalume

    Tudo certo Diego?
    Escrevendo pra saber se você teria interesse de participar de um grupo de whatsapp sobre cinema.
    Se sim, me dá um toque e a gente conversa.

  • Olympia
    Olympia

    Hey Look my HOT photo and video My exclusive content here https://v.ht/75646473

  • Alan Guimarães
    Alan Guimarães

    Olá, Diego, obrigado pela curtida da minha lista de História Geral e espero que tenha gostado, mas tem também as minhas listas complementares de filmes sobre História do Brasil e também do Oriente Médio, espero que você goste também. Abraços.

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