Fui atrás de uma comédia e terminei recebendo um excelente drama. Nem tudo são flores nesse filme, então vou falar logo dos aspectos que não achei tão bons. A cinematografia e, principalmente, a montagem fazem escolhas duvidosas e por vezes amadoras. A montagem peca essencialmente quando trabalha com diálogos.
Tirando isso, o filme é excelente. Ótimas atuações de todo o elenco (inclusive de Adam Sandler) e um roteiro pé-no-chão que busca não romantizar os personagens e as situações mostrando a dura (e por vezes contraditória) realidade.
A fotografia e edição, inclusive, parecem querer emular de certo modo a visão de Woody Allen (que geralmente trabalha bem nesses dois aspectos, imprimindo sua assinatura), mas o roteiro não podia ser mais diferente.
Talvez o fato de ter ido com a expectativa na região abissal, mas esperando gostar (nem que fosse o mínimo possível), tenha ajudado. Talvez a crítica especializada tenha caído no lugar comum e fácil que falar mal dos filmes da DC. Eu, geralmente, avalio esse tipo de filme pela minha sensação durante e logo após a exibição da película. Nesse sentido, posso dizer que gostei bastante do filme uma vez que me diverti.
Está longe de ser um filme irrepreensível, mas não comete os erros grotescos de MoS, BvS e Esquadrão Suicida. O design e a execução do vilão são risíveis (parece personagem de jogo de videogame ou um CGI mal feito de uma série de grande orçamento, mas não está nem de longe no nível de um filme de 300 milhões de dólares). O fato de ele ser raso não é um problema para mim; grandes vilões clássicos não tem profundidade ou motivação complexa. Isso torna o filme episódico, mas não é necessariamente ruim. Numa era em que tudo tem que estar conectado e ser gancho para o próximo filme, uma boa e velha reunião para destruir um vilão que, na visão deles, é forte, é como um sopro de ar fresco.
O que não faz sentido é a narrativa inicial dizer que foram preciso exércitos de amazonas, atlantes, humanos, deuses e lanterna para destruir o Lobo da Estepe e no final do filme uma dúzia de heróis cof cof Superman sozinho basicamente cof cof dar um fim nele
A trilha sonora é competente lembrando dos temas clássicos, a fotografia é muito melhor trabalhada que nos filmes da Marvel e o tom do filme está certo (existem piadas com timing errado, mas a maioria está bem encaixada). Tive problema com a caracterização de alguns personagens: *Ezra Miller exagera na atuação do Flash (por que todo personagem tem que ser um pouco (ou muito) louco? *Jason Momoa faz um Aquaman sendo interpretado por Jason Momoa *Gal Gadot ainda precisa de muitas aulas de atuação *Ben Affleck claramente não está confortável sendo o Batman *O CGI do Ciborgue está bem ruim
Na verdade, a grande maioria dos CGI do filme não fazem jus ao valor da produção. Há momentos bizarros que chegam a parecer um filme B dos anos 90 (algo na pegada Mortal Kombat): Atlântida e a chegada da Liga na batalha final, principalmente.
Esse filme se beneficiaria com uns 30 minutos a mais de desenvolvimento de personagem e trabalho em equipe.
A mudança de tom do Super foi muito rápida (e a cena em que o Super luta contra todos os outros heróis foi uma das melhores e mais memoráveis cenas de luta nos filmes do gênero); a relação da Mulher-Maravilha com o Batman podia ter ganhado mais nuances; os outros 3 (apesar da origem ter sido muito bem resolvida) também podiam ganhar mais tempo de tela, talvez lutando contra uma ameaça menor.
Ao mesmo tempo, outros 30 minutos poderiam ter sido cortados.
Toda a primeira sequência que fala do Super dava pra ter sido reduzida. Todo mundo já sabia que ele ia voltar, não precisava de tanta solenidade e luto. A cena da entrevista no celular ficou ridícula. Por que tanto luto se o próprio governo estava "contra" o herói? O arco da família russa não acrescentou em nada na história, nem para criar empatia pela família. A cena em que Diana impede a detonação de uma bomba também não fez sentido. Já conhecemos a personagem, sabemos do que ela é capaz. Não precisava mostrar os poderes e nem explicar a função do laço. E quem é aquele grupo terrorista? Qual a função deles no desenrolar da trama?
Há outras questões menores que não valem a pena serem descritas como a narração de Diana sobre as Caixas Maternas. E outros problemas que não estão relacionados ao filme em si, mas ao DCEU como a mudança de tom brusca do Batman e do Super. Eles acertaram em cheio nesse filme em detrimento da coerência entre as películas.
Alguns frames com posições e/ou movimentos clássicos dos heróis parecem ter sido tirados diretamente das hqs e videogames e isso é ótimo.
A segunda cena pós-créditos é ridícula e absurda e por isso que o universo expandido não vai pra frente. Trazer o Lex Luthor de Jesse Eisenberg de volta é um tiro no pé. E colocar ele para montar uma Liga dos vilões é uma ideia pior ainda.
Resumindo, esse é um bom filme cheio de defeitos menores que não estragam a experiência geral. Não será o filme definitivo da Liga da Justiça, o que todos estavam esperando, mas é um passo acertado nessa tortuosa jornada da DC/Warner. E é definitivamente um avanço em relação a BvS que é um péssimo filme com alguns poucos bons momentos.
Resumidamente: direção é muito pesada e irregular (o cara quer passar o estilo dele a força, mas nem todo diretor tem a sutileza necessária de fazer isso de forma agradável); trama difícil de acreditar; ótimas cenas de ação (em sua maioria); Charlize Theron é uma atriz foda!
Não comprei essa história de que ela era uma espiã tripla e que tudo que aparentemente tava dando errado (e ela se fode muito no filme) fazia parte do plano. Principalmente, porque se qualquer um dos outros espiões tomasse uma decisão diferente, o plano dela praticamente ia por água abaixo
Me surpreendi demais vendo esse clássico. A experiência de assistir pela primeira vez no cinema também ajudou bastante. Só não consegui dar 5 estrelas porque o filme se perde um pouco no final e termina criando uma sequência longa e arrastada. Até as atuações mais fracas ajudam a estabelecer o clima do filme. É interessante ver a fonte na qual tantas franquias mais atuais buscaram inspiração e, ao mesmo tempo, encontrar as referências que o filme usou (vi, entre outros, muito de Psicose nele).
É um ótimo filme, mas, pelo trailer, esperava mais psicodelia e porra-louquice. Não deixa de ser um frescor à desgastada franquia de filmes de Thor, mas, por ser essencialmente (e primeiramente) uma comédia, saí do cinema com a sensação de que assisti a qualquer coisa menos Thor. Nesse sentido, não só o tom do filme, mas o personagem em si não se assemelha de forma alguma ao que já vinha sendo construído. É um ótimo filme, me diverti bastante (gargalhei mesmo no cinema), mas é esquecível (não que isso seja ruim, nem todo filme deve ser uma obra de arte). Talvez minha altíssima expectativa tenha me atrapalhado na hora de dar a nota. Algumas outras considerações: * O humor está na medida certa, não tem piada fora de hora como é comum nos outros filmes da Marvel, mas tem cenas que só existem para contar uma piada. Ou seja, cenas que não desenvolvem a trama ou alongam o caminho do herói por causa de uma piada (ótimas, diga-se de passagem) * As atuações estão excelente. Chris Hemsworth é um ator de comédia, fato. Que timing! Jeff Goldblum rouba o filme e Cate Blanchett parece deslocada porque é a única que entrega uma personagem sem comicidade. É uma boa vilã, mas não memorável. * O design de produção do MCU está amadurecendo e ficando cada vez melhor.
Não sei se digo que é o melhor dos 3 porque parece uma comparação injusta sendo esse um filme de comédia e eu acho que o segundo tem um pouco mais de profundidade na história. A ameaça do Ragnarok (ou qualquer outra ameaça do filme) nunca parece real e urgente o suficiente. Apesar de que é nesse terceiro que o caminho trilhado pela protagonista o leva para as maiores mudanças que o personagem já sofreu ao longo da franquia.
Uma salada mista de gêneros que funciona. Super clichê, mas o filme não tem medo de assumir o que é e isso o torna muito divertido! O elenco me surpreendeu positivamente.
Péssimo! O que salva é a atuação de Carla Gugino e os primeiros 15 minutos. O roteiro é super-expositivo a ponto de não deixar passar nem a função do cachorro na trama (e ele repete mais de uma vez). O terceiro ato também não podia ser pior, dava pra ter acabado bem antes e ainda nos livrava de mais alguns minutos de exposição (dessa vez através de voz em off - que preguiça). Não li o livro...
alucinar com o marido ainda dá pra entender, mas com ela mesma também? Forçou a barra
No mais, é um terror psicológico sem o terror e com o "psicológico" se restringindo à situação que ela se encontra e aos traumas infantis. O mais triste é ver tantos temas complexos e importantes de se discutir jogados em um filme tão ruim.
Se tivesse conhecido Villeneuve por esse filme, com certeza não o acharia um dos maiores diretores da atualidade. Não consigo entender como esse filme tem uma nota tão alta. Suponho que seja por causa da reviravolta "mindfucking" do final. Mas o roteiro é fraco, o filme é desnecessariamente arrastado, as atuações são medianas e a quantidade de coincidências pra tornar o "show de horrores" possível não se justifica (especialmente quando você nota na metade do filme para onde ele está caminhando). Isso sem contar no intrincado cenário político-religioso do background. O que se salva é a montagem com sua escolha de intercalar as histórias.
Quanta inconsistência cabe em um filme só? Péssimas atuações, direção irregular, personagens sobrando, cgi tosco, mas o pior de tudo é o roteiro. Falta de coerência no enredo, falta desenvolvimento de personagem, falta embasamento científico (um monte de frases sem sentido aleatórias não te tornam um gênio), falta uma análise profunda do "ser humano" como toda ficção científica que se preze deve fazer. Esperava mais de Luc Besson
Um filme com uma trama simples, conhecida, mas muito bem dirigida, com ótimas atuações e uma trilha sonora impecável. Além disso, o roteiro não floreia as situações tornando todo o drama mais pé no chão com uma mensagem otimista no final.
É o seu clássico cheesy feel good coming-of-age film.
Não sei nem por onde começar a avaliar esse filme. Tudo é errado: roteiro (tanto os diálogos quanto a trama), atuações, direção... Isso que dá quando um cara decide viajar o mundo com os amigos e usa a produção de um filme como desculpa. De quebra ainda dá aquela inflada no ego de Vin Diesel.
É um filme forte, impactante, sem dúvidas. Eu nunca fui ao cinema pra assistir nada parecido com isso numa produção dessa escala. Existem os pseudo-intelectuais como Nolan, os melancólicos como von Trier, os surrealistas como Bunuel, os gênios dos gêneros como Hitchcock e Kubrick... e existe Aronofsky. mãe! é um filme "econômico" e grandioso. Através das alegorias e metáforas, ele fala sobre uma infinidade incrível de temas em uma história coesa de duas horas. É um filme sobre amor, solidão, vida a dois, religião, fama, fanatismo, medo, criação e tudo o mais. Isso tudo dentro de uma alegoria maior, que, no meu entendimento, se você for sabendo sobre o que a história realmente é, vai perder parte do maravilhamento. Além disso, esse filme consegue ser semelhante a tantos outros, mas sem perder sua originalidade. Ele parece transcender o que se conhece como narratividade cinematográfica. Possivelmente, um dos clássicos da nossa geração. É um filme que foi concebido a partir de um sentimento de "raiva", então não vá esperando sutilezas. Ele joga na sua cara várias metáforas em todas as cenas e não esconde o grotesco. Desde direção de arte a atuações, passando por fotografia, tudo foi pensado para causar desconforto e angústia. Então, dá pra entender a razão de alguns odiarem. Geralmente, os motivos são os mesmos de quem amou, é só questão de preferência. Mas não é um filme de difícil leitura, pedante. Ele é expositivo na medida correta, não subestima o espectador, mas demanda atenção e paciência.
Antes, Original Netflix era sinônimo de qualidade. Parece que agora quantidade virou mais importante.
Não li o mangá, mas assisti ao anime. Acho a ideia original fantástica e a maneira como o assunto é trabalhado, porém tenho algumas ressalvas com a série porque não consegui comprar a ideia de crianças superdotadas, com um poder de dedução fora do comum, e adultos que simplesmente as seguem sem questionamentos.
Não esperava também do filme uma cópia do que veio antes, porque se é pra fazer igual, melhor nem fazer. Principalmente por ter uma duração estupidamente menor. Mas daí até optarem pela "idiotização" da trama é um longo caminho. Destruíram as relações de Light com L, com o pai e com Ryuk em favor de um romance desnecessário. Light deixou de ser inteligente e cauteloso, L passou a ser histérico e impulsivo, Ryuk nada mais é do que uma sombra na história. As atuações são terríveis, o elenco não podia ser pior. O primeiro encontro de Light com Ryuk deixa isso claro. A direção optou por fazer uma espécie de Premonição, um terror teen, deixando de lado todo o questionamento sobre ética e justiça.
Depois de tanto alardearem esse filme, fui assistir com muita expectativa. Para mim, a Netflix com frequência acertas nas séries, mas ainda está patinando nos filmes. Com roteiro frágil, simplista e previsível, personagens caricatos e unidimensionais (principalmente os vilões de Tilda Swinton e Jake Gyllenhaal), direção sem foco que não se decide entre fazer um filme leve ou mais sério, o único departamento que se salva é a direção de arte. Não sei como alguém conseguiu se identificar/emocionar com esse filme (e olhe que eu tenho a tendência de me emocionar mais quando há animais envolvidos)
Um filme que chegou atrasado (o tema já foi discutido através de todos os prismas em Hollywood), com atuações caricatas e uma história que vai de canto nenhum pra lugar algum. Mas o pior defeito que qualquer filme pode cometer é não criar empatia dos espectadores com os personagens.
Visualmente muito bonito e conseguiram encaixar várias sequências clássicas no filme. A essência do anime está lá, mas falta a complexidade da história. Pegaram o tema e recriaram algo mais simples para a aceitação do grande público.
Não acho que seja melhor que os dois primeiros do Raimi, mas isso é muito pessoal e diz respeito a motivos que vão além do filme (a idade que eu tinha quando assisti aos primeiros e o período no qual o cinema hollywoodiano se encontrava - sem essa overdose de filmes de super-herói). Dito isso, segue a minha opinião em relação ao filme. Vou marcar tudo como spoiler pra poder falar livremente.
Começando pelo Tom Holland, ele faz, definitivamente, a melhor interpretação de Peter Parker/Homem-aranha. Eu realmente gosto do Tobey Maguire, mas Holland está muito mais confortável e consegue, ao mesmo tempo, ser o nerd, esquisito, desengonçado como Peter e o descolado, amigão como Aranha. Sem contar que ele está sempre pensando no bem do próximo e quando se vê forçado a decidir entre a vida pessoal e lutar como o Homem-Aranha, ele não hesita. E em alguns momentos, o diretor fez escolhas que fizeram ele, literalmente, parecer uma aranha como quando ele está escalando o monumento e a câmera se afasta. Isso foi incrível. Além dele, todo o resto do elenco está ótimo. Ned é incrível! Engraçado na medida certa e não parece nunca forçado, como se quisessem fazer uma representação do espectador/fã. As únicas que eu não gostei muito (mas entendo perfeitamente e fazem sentido nesse universo) são a Tia May gostosona e a nova MJ (!!!). Em relação ao roteiro, aplaudo a "coragem" de fazer um reboot sem contar a história de origem, não consigo lembrar um herói que não teve um filme de origem clássico agora. Aqui o Aranha já tem os poderes, mas precisa aprender a usá-los. Isso é genial e rende ótimos momentos. Outro ponto positivo é o vilão. Finalmente a Marvel acertou nesse aspecto. O cara tem as motivações plausíveis e bem colocadas na história e não é megalomaníaco. Nem podia ser para não ficar estranho o amigão da vizinhança lutando sem a presença de, pelo menos, Homem de Ferro. Tony Stark, por sinal, aparece no filme em momentos cruciais e não ofusca nunca o brilho de Peter. A relação pai-e-filho que existe entre eles é ótima e "substitui" o tio Ben. Outra questão interessante do vilão é o plot-twist e como ele entra na vida de Peter Parker. Mais uma vez, não é forçado uma vez que o cara passa o filme todo falando da família dele. A luta final não é mais do mesmo e a solução que o roteiro encontrou foi bem interessante. Outro acerto foi fazer o homem-aranha ser um herói de verdade ao ajudar as pessoas na rua e não só combater uma ameaça. Essa é, inclusive, uma das essências do aracnídeo. Além disso, toda a história na escola e os dilemas de Peter Parker como adolescente só ajudam a torná-lo um personagem mais relacionável. Muito bom também é como esse filme, apesar de estar dentro do MCU e fazer referências a ele o tempo todo, ser fechado em si. Não deixa pontas soltas. E a Marvel finalmente acertou na medida das piadas. Elas não sobram ou ficam parecendo fora de momento ou forçadas. Inclusive, os melhores momentos cômicos são aqueles que não tem piadas, mas que a comicidade vem da situação em si (a cena do carro é um bom exemplo). Esse filme não tenta, como O Espetacular, recriar a clássica cena do beijo (até brinca com isso), mas tenta fazer uma cena igual a do trem e falha completamente! Como ponto negativo, eu falaria da roupa do homem-aranha que mais parece uma armadura, uma versão da que o Homem de Ferro usa.
Apesar de ser um filme super divertido, leve e bem amarrado, eu não saí do cinema achando que vi o melhor filme de super-herói (como aconteceu com O Cavaleiro das Trevas ou Guardiões da Galáxia). Mas eu não acho que o Homecoming tinha essa pretensão. Watts entrega um filme honesto, o filme do Aranha que a gente precisava! O que me deixa dividido é que, por mais que eu quisesse ver o Aranha no MCU, talvez fosse mais interessante ele no universo dele, cuidando das coisas dele... Quem sabe num próximo filme.
Roteiro fraco, personagens rasos. Qual é a do Ty? Os dois sócios da empresa não podiam ser mais vilanescos. A relação de Mae com Mercer também não podia ser mais fria. As coisas vão acontecendo e o roteiro só pincela. Por exemplo, a questão governamental, a morte do menino sem ninguém realmente entrar em luto e ninguém ser responsabilizado... Parece que o roteirista vive em uma bolha e não sabe como o mundo funciona. Digo mais, não sabe a quantas andam os avanços tecnológicos. Essa questão de privacidade já foi discutido a exaustão, pesquisas com carros com sensores e sistemas de segurança conectados já estão bem avançadas... Mas o pior de tudo é que, no final, nada tem sentido. Qual é a moral da história? O filme acaba exatamente como começou. Qual foi a lição que Mae deu nos donos da empresa? Isso tudo sem contar com as atuações no automático e a fotografia de série de tv de baixo orçamento.
Uma animação genuinamente para o público infantil. Não existe arco do herói: todos os personagens começam e terminam o filme praticamente sem sofrerem alterações ou evoluírem. Vilão com motivações clássicas e sem surpresas. Enfim, a película não inova, não surpreende, mas diverte. Com boas piadas, bem animado e cheio de subtramas, o filme não é enfadonho ficando, assim, na média. O que me irritou foi a grande quantidade de ótimas músicas que eram cortadas quando começavam a empolgar hahaha
Excelente filme. O que eu percebo é que o grande público não quer ver terror psicológico e os distribuidores e salas de cinema quando vendem o filme como "terror" terminam criando uma expectativa para o filme que não é correspondida ao final da película. Na minha sessão, as pessoas gargalharam quando o filme acabou passando a impressão que não entenderam a real proposta.
A ambientação, a construção da tensão, a fotografia e o roteiro que não sente a necessidade de explicar tudo são os pontos positivos do filme. Existe ambiguidade até nas atuações, o que dá panos pras mangas para longas discussões. Esse filme segue a vida real e não nos apresenta lados bons e maus (como acontece em The Walking Dead, por exemplo). Ali estão todos querendo sobreviver e devem viver com as escolhas que fazem para o resto da vida. O drama é muito bem elaborado.
Mais um filme para compor a ótima safra de terror psicológico que começou ano passado: A Bruxa, Fragmentado, Corra!
Como entretenimento puro, é ótimo. Mas se for buscar algo mais rebuscado, filosófico, existencial (como toda sci-fi que se preze deveria ser), é fraquíssimo. Roteiro previsível (todas as reviravoltas, até a final, estavam bem claras bem antes de acontecerem), premissa conhecida, alien que começa bem conceitualmente e depois cai no senso comum e uma necessidade incrivelmente irritante de explicar o óbvio são os pontos fracos do filme. Mesmo assim, me prendeu na cadeira e me fez torcer até o fim. Ou seja, a direção foi decente. Assim como a fotografia. Por isso, é um bom filme pra passar o tempo e assistir sem muitas pretensões de estar vendo o próximo Alien.
Eu fico me perguntando... É necessário mesmo criar uma criatura tão absurdamente forte? Além da força física ser maior que a dos homens, sua taxa de crescimento é ridícula, inteligência extrema, capacidade de "prever" as ações dos outros, sem contar que é praticamente indestrutível. Pesaram a mão. Fico imaginando como seria a vida em Marte com vários bichos dessa espécie. A ideia inicial de um ser todo músculos, cérebro e olhos era ótima. Não sei porque largaram em prol de uma mistura de polvo com asas e cabeça de Alien. E o final... Desde que Jake Gyllenhaal falou o plano, eu fiquei imaginando que a sonda dele iria pra Terra e ela que ia terminar no espaço. Mas me recusava a acreditar que realmente o roteiro optaria por esse final cretino
Infelizmente, dizer que esse é o melhor filme do universo expandido da DC não é grande coisa. Mas, de fato, é o melhor. O problema é que o gênero de super-herói remonta há décadas e se popularizou mais recentemente depois dos X-Men. Esse filme chegou bem atrasado. Principalmente se levarmos em conta Deadpool e Logan que já perceberam um certo desgaste no gênero e tentam se reinventar. O primeiro fazendo sátira de si mesmo e o segundo autoconsciente, visceral e, parcialmente, desmistifica a visão do herói. E agora vem a Mulher-Maravilha bebendo da fonte do Superman de 1978 com uma ingenuidade genuína e bonita de se ver no começo. De certo modo, refrescante. Porém, tal ingenuidade vai se tornando infantilidade ao longo do filme e a Mulher-Maravilha de verdade está longe disso. Um maniqueísmo ultrapassado, uma história de origem batida, um vilão cartunesco
, um romance forçado e desnecessário... Sem contar que Gal Gadot, por mais carismática que seja, não é uma boa atriz, mas este está longe de ser o maior problema do filme. Arrastado em vários momentos (e aqui não me refiro aos inúmeros slow-motions que deve ter o dedo de Snyder), desleixado em outros (
o que diabos aconteceu naquela cena que ela mata o general, deixa a espada, Ares aparece, ela volta para pegar a espada e só aí começa a batalha? Uma falha amadora de continuidade visto que o objeto de cena em questão era importante e uma solução pra corrigir o problema pior ainda
) e exagerando no recurso já super batido de "choque de cultura", o filme ainda peca nos já citados slow-motions. A técnica utilizada para dar destaque e um ar de importância torna-se banal e termina fazendo o filme parecer um grande comercial de shampoo/tinta para cabelo/perfume. Isso tudo sem contar que não há uma gota de sangue derramada no filme e Diana, por mais que caminhe em campos de batalha e desvie de balas, não se sujo em momento algum.
Dito isto, não considero Mulher-Maravilha um filme ruim. Como falei no começo, é muito superior aos 3 anteriores da DC. Ele só foi lançado com um timing errado. É importante na medida que fortalece a representatividade feminina
apesar de ter me deixado um tanto quanto frustrado da necessidade de dar a Diana um par romântico e, pior ainda, de ter colocado ele para fazer o "grande sacrifício" e salvar milhares de vidas
e levanta a bandeira feminista de maneira sutil e natural. Finalmente temos um filme de heroína de respeito (diferente dos fiascos Elektra e Mulher Gato). Nesse sentido, a DC está fazendo um trabalho muito melhor que a Marvel, uma vez que temos a Mulher-Maravilha e a Arlequina protagonizando os próprios filmes.
Que terceiro ato foi aquele?? Estava na cara que o General não era Ares, mas será que era realmente necessária toda aquela pirotecnia? Destoou do resto do filme e me fez lembrar ~bastante, diga-se de passagem~ com um certo filme que a crítica detestou justamente por ter um final destoante cof Quarteto Fantástico cof É óbvio que Ares iria (e teria que) aparecer porque ele foi o motivador da história toda. E também é óbvio que seria uma luta entre dois deuses, mas será que não houve um complexo de Michael Bay? Acredito que sim.
Excelente comédia nacional com uma pitada de filme de assalto a la Ocean's Eleven. Fotografia e, principalmente, design de produção muito bons! As atuações também não deixam a desejar. É uma comédia leve, com um humor mais inteligente do que a maioria dos filmes que estão saindo hoje. Não se deixa levar pelo vulgar nem faz piadas prontas e datadas. O único ponto fraco é o roteiro que faltou um pouco de dramaticidade na "adaptação" pra prender a atenção após a negociação da taça. Faltou também algum elemento para criar empatia com os protagonistas e o espectador realmente se importar com aquelas histórias de vida.
Os Meyerowitz: Família Não se Escolhe (Histórias Novas e Selecionadas)
3.4 257 Assista AgoraFui atrás de uma comédia e terminei recebendo um excelente drama. Nem tudo são flores nesse filme, então vou falar logo dos aspectos que não achei tão bons. A cinematografia e, principalmente, a montagem fazem escolhas duvidosas e por vezes amadoras. A montagem peca essencialmente quando trabalha com diálogos.
Tirando isso, o filme é excelente. Ótimas atuações de todo o elenco (inclusive de Adam Sandler) e um roteiro pé-no-chão que busca não romantizar os personagens e as situações mostrando a dura (e por vezes contraditória) realidade.
A fotografia e edição, inclusive, parecem querer emular de certo modo a visão de Woody Allen (que geralmente trabalha bem nesses dois aspectos, imprimindo sua assinatura), mas o roteiro não podia ser mais diferente.
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista AgoraTalvez o fato de ter ido com a expectativa na região abissal, mas esperando gostar (nem que fosse o mínimo possível), tenha ajudado. Talvez a crítica especializada tenha caído no lugar comum e fácil que falar mal dos filmes da DC. Eu, geralmente, avalio esse tipo de filme pela minha sensação durante e logo após a exibição da película. Nesse sentido, posso dizer que gostei bastante do filme uma vez que me diverti.
Está longe de ser um filme irrepreensível, mas não comete os erros grotescos de MoS, BvS e Esquadrão Suicida. O design e a execução do vilão são risíveis (parece personagem de jogo de videogame ou um CGI mal feito de uma série de grande orçamento, mas não está nem de longe no nível de um filme de 300 milhões de dólares). O fato de ele ser raso não é um problema para mim; grandes vilões clássicos não tem profundidade ou motivação complexa. Isso torna o filme episódico, mas não é necessariamente ruim. Numa era em que tudo tem que estar conectado e ser gancho para o próximo filme, uma boa e velha reunião para destruir um vilão que, na visão deles, é forte, é como um sopro de ar fresco.
O que não faz sentido é a narrativa inicial dizer que foram preciso exércitos de amazonas, atlantes, humanos, deuses e lanterna para destruir o Lobo da Estepe e no final do filme uma dúzia de heróis cof cof Superman sozinho basicamente cof cof dar um fim nele
A trilha sonora é competente lembrando dos temas clássicos, a fotografia é muito melhor trabalhada que nos filmes da Marvel e o tom do filme está certo (existem piadas com timing errado, mas a maioria está bem encaixada). Tive problema com a caracterização de alguns personagens:
*Ezra Miller exagera na atuação do Flash (por que todo personagem tem que ser um pouco (ou muito) louco?
*Jason Momoa faz um Aquaman sendo interpretado por Jason Momoa
*Gal Gadot ainda precisa de muitas aulas de atuação
*Ben Affleck claramente não está confortável sendo o Batman
*O CGI do Ciborgue está bem ruim
Na verdade, a grande maioria dos CGI do filme não fazem jus ao valor da produção. Há momentos bizarros que chegam a parecer um filme B dos anos 90 (algo na pegada Mortal Kombat): Atlântida e a chegada da Liga na batalha final, principalmente.
Esse filme se beneficiaria com uns 30 minutos a mais de desenvolvimento de personagem e trabalho em equipe.
A mudança de tom do Super foi muito rápida (e a cena em que o Super luta contra todos os outros heróis foi uma das melhores e mais memoráveis cenas de luta nos filmes do gênero); a relação da Mulher-Maravilha com o Batman podia ter ganhado mais nuances; os outros 3 (apesar da origem ter sido muito bem resolvida) também podiam ganhar mais tempo de tela, talvez lutando contra uma ameaça menor.
Ao mesmo tempo, outros 30 minutos poderiam ter sido cortados.
Toda a primeira sequência que fala do Super dava pra ter sido reduzida. Todo mundo já sabia que ele ia voltar, não precisava de tanta solenidade e luto. A cena da entrevista no celular ficou ridícula. Por que tanto luto se o próprio governo estava "contra" o herói? O arco da família russa não acrescentou em nada na história, nem para criar empatia pela família. A cena em que Diana impede a detonação de uma bomba também não fez sentido. Já conhecemos a personagem, sabemos do que ela é capaz. Não precisava mostrar os poderes e nem explicar a função do laço. E quem é aquele grupo terrorista? Qual a função deles no desenrolar da trama?
Há outras questões menores que não valem a pena serem descritas como a narração de Diana sobre as Caixas Maternas. E outros problemas que não estão relacionados ao filme em si, mas ao DCEU como a mudança de tom brusca do Batman e do Super. Eles acertaram em cheio nesse filme em detrimento da coerência entre as películas.
Alguns frames com posições e/ou movimentos clássicos dos heróis parecem ter sido tirados diretamente das hqs e videogames e isso é ótimo.
A segunda cena pós-créditos é ridícula e absurda e por isso que o universo expandido não vai pra frente. Trazer o Lex Luthor de Jesse Eisenberg de volta é um tiro no pé. E colocar ele para montar uma Liga dos vilões é uma ideia pior ainda.
Resumindo, esse é um bom filme cheio de defeitos menores que não estragam a experiência geral. Não será o filme definitivo da Liga da Justiça, o que todos estavam esperando, mas é um passo acertado nessa tortuosa jornada da DC/Warner. E é definitivamente um avanço em relação a BvS que é um péssimo filme com alguns poucos bons momentos.
Atômica
3.6 1,1K Assista AgoraResumidamente: direção é muito pesada e irregular (o cara quer passar o estilo dele a força, mas nem todo diretor tem a sutileza necessária de fazer isso de forma agradável); trama difícil de acreditar; ótimas cenas de ação (em sua maioria); Charlize Theron é uma atriz foda!
Não comprei essa história de que ela era uma espiã tripla e que tudo que aparentemente tava dando errado (e ela se fode muito no filme) fazia parte do plano.
Principalmente, porque se qualquer um dos outros espiões tomasse uma decisão diferente, o plano dela praticamente ia por água abaixo
Sexta-Feira 13
3.4 779 Assista AgoraMe surpreendi demais vendo esse clássico. A experiência de assistir pela primeira vez no cinema também ajudou bastante. Só não consegui dar 5 estrelas porque o filme se perde um pouco no final e termina criando uma sequência longa e arrastada. Até as atuações mais fracas ajudam a estabelecer o clima do filme. É interessante ver a fonte na qual tantas franquias mais atuais buscaram inspiração e, ao mesmo tempo, encontrar as referências que o filme usou (vi, entre outros, muito de Psicose nele).
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraÉ um ótimo filme, mas, pelo trailer, esperava mais psicodelia e porra-louquice. Não deixa de ser um frescor à desgastada franquia de filmes de Thor, mas, por ser essencialmente (e primeiramente) uma comédia, saí do cinema com a sensação de que assisti a qualquer coisa menos Thor. Nesse sentido, não só o tom do filme, mas o personagem em si não se assemelha de forma alguma ao que já vinha sendo construído.
É um ótimo filme, me diverti bastante (gargalhei mesmo no cinema), mas é esquecível (não que isso seja ruim, nem todo filme deve ser uma obra de arte). Talvez minha altíssima expectativa tenha me atrapalhado na hora de dar a nota.
Algumas outras considerações:
* O humor está na medida certa, não tem piada fora de hora como é comum nos outros filmes da Marvel, mas tem cenas que só existem para contar uma piada. Ou seja, cenas que não desenvolvem a trama ou alongam o caminho do herói por causa de uma piada (ótimas, diga-se de passagem)
* As atuações estão excelente. Chris Hemsworth é um ator de comédia, fato. Que timing! Jeff Goldblum rouba o filme e Cate Blanchett parece deslocada porque é a única que entrega uma personagem sem comicidade. É uma boa vilã, mas não memorável.
* O design de produção do MCU está amadurecendo e ficando cada vez melhor.
Não sei se digo que é o melhor dos 3 porque parece uma comparação injusta sendo esse um filme de comédia e eu acho que o segundo tem um pouco mais de profundidade na história. A ameaça do Ragnarok (ou qualquer outra ameaça do filme) nunca parece real e urgente o suficiente. Apesar de que é nesse terceiro que o caminho trilhado pela protagonista o leva para as maiores mudanças que o personagem já sofreu ao longo da franquia.
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista AgoraUma salada mista de gêneros que funciona. Super clichê, mas o filme não tem medo de assumir o que é e isso o torna muito divertido!
O elenco me surpreendeu positivamente.
Jogo Perigoso
3.5 1,1K Assista AgoraPéssimo! O que salva é a atuação de Carla Gugino e os primeiros 15 minutos. O roteiro é super-expositivo a ponto de não deixar passar nem a função do cachorro na trama (e ele repete mais de uma vez). O terceiro ato também não podia ser pior, dava pra ter acabado bem antes e ainda nos livrava de mais alguns minutos de exposição (dessa vez através de voz em off - que preguiça).
Não li o livro...
alucinar com o marido ainda dá pra entender, mas com ela mesma também? Forçou a barra
No mais, é um terror psicológico sem o terror e com o "psicológico" se restringindo à situação que ela se encontra e aos traumas infantis.
O mais triste é ver tantos temas complexos e importantes de se discutir jogados em um filme tão ruim.
Incêndios
4.5 1,9KSe tivesse conhecido Villeneuve por esse filme, com certeza não o acharia um dos maiores diretores da atualidade. Não consigo entender como esse filme tem uma nota tão alta. Suponho que seja por causa da reviravolta "mindfucking" do final.
Mas o roteiro é fraco, o filme é desnecessariamente arrastado, as atuações são medianas e a quantidade de coincidências pra tornar o "show de horrores" possível não se justifica (especialmente quando você nota na metade do filme para onde ele está caminhando). Isso sem contar no intrincado cenário político-religioso do background.
O que se salva é a montagem com sua escolha de intercalar as histórias.
Lucy
3.3 3,4K Assista AgoraQuanta inconsistência cabe em um filme só? Péssimas atuações, direção irregular, personagens sobrando, cgi tosco, mas o pior de tudo é o roteiro. Falta de coerência no enredo, falta desenvolvimento de personagem, falta embasamento científico (um monte de frases sem sentido aleatórias não te tornam um gênio), falta uma análise profunda do "ser humano" como toda ficção científica que se preze deve fazer. Esperava mais de Luc Besson
Sing Street - Música e Sonho
4.1 714 Assista AgoraUm filme com uma trama simples, conhecida, mas muito bem dirigida, com ótimas atuações e uma trilha sonora impecável. Além disso, o roteiro não floreia as situações tornando todo o drama mais pé no chão com uma mensagem otimista no final.
É o seu clássico cheesy feel good coming-of-age film.
Busca Sem Limites
2.9 123 Assista AgoraEu teria me divertido mais se não fossem os incontáveis furos no roteiro
xXx: Reativado
2.6 377 Assista AgoraNão sei nem por onde começar a avaliar esse filme. Tudo é errado: roteiro (tanto os diálogos quanto a trama), atuações, direção... Isso que dá quando um cara decide viajar o mundo com os amigos e usa a produção de um filme como desculpa. De quebra ainda dá aquela inflada no ego de Vin Diesel.
No final, achei que Nick Fury fosse recrutar Xander pra iniciativa Vingadores
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraÉ um filme forte, impactante, sem dúvidas. Eu nunca fui ao cinema pra assistir nada parecido com isso numa produção dessa escala. Existem os pseudo-intelectuais como Nolan, os melancólicos como von Trier, os surrealistas como Bunuel, os gênios dos gêneros como Hitchcock e Kubrick... e existe Aronofsky.
mãe! é um filme "econômico" e grandioso. Através das alegorias e metáforas, ele fala sobre uma infinidade incrível de temas em uma história coesa de duas horas. É um filme sobre amor, solidão, vida a dois, religião, fama, fanatismo, medo, criação e tudo o mais. Isso tudo dentro de uma alegoria maior, que, no meu entendimento, se você for sabendo sobre o que a história realmente é, vai perder parte do maravilhamento. Além disso, esse filme consegue ser semelhante a tantos outros, mas sem perder sua originalidade. Ele parece transcender o que se conhece como narratividade cinematográfica. Possivelmente, um dos clássicos da nossa geração.
É um filme que foi concebido a partir de um sentimento de "raiva", então não vá esperando sutilezas. Ele joga na sua cara várias metáforas em todas as cenas e não esconde o grotesco. Desde direção de arte a atuações, passando por fotografia, tudo foi pensado para causar desconforto e angústia.
Então, dá pra entender a razão de alguns odiarem. Geralmente, os motivos são os mesmos de quem amou, é só questão de preferência. Mas não é um filme de difícil leitura, pedante. Ele é expositivo na medida correta, não subestima o espectador, mas demanda atenção e paciência.
Death Note
1.8 1,5K Assista AgoraAntes, Original Netflix era sinônimo de qualidade. Parece que agora quantidade virou mais importante.
Não li o mangá, mas assisti ao anime. Acho a ideia original fantástica e a maneira como o assunto é trabalhado, porém tenho algumas ressalvas com a série porque não consegui comprar a ideia de crianças superdotadas, com um poder de dedução fora do comum, e adultos que simplesmente as seguem sem questionamentos.
Não esperava também do filme uma cópia do que veio antes, porque se é pra fazer igual, melhor nem fazer. Principalmente por ter uma duração estupidamente menor. Mas daí até optarem pela "idiotização" da trama é um longo caminho. Destruíram as relações de Light com L, com o pai e com Ryuk em favor de um romance desnecessário. Light deixou de ser inteligente e cauteloso, L passou a ser histérico e impulsivo, Ryuk nada mais é do que uma sombra na história. As atuações são terríveis, o elenco não podia ser pior. O primeiro encontro de Light com Ryuk deixa isso claro. A direção optou por fazer uma espécie de Premonição, um terror teen, deixando de lado todo o questionamento sobre ética e justiça.
Okja
4.0 1,3K Assista AgoraDepois de tanto alardearem esse filme, fui assistir com muita expectativa. Para mim, a Netflix com frequência acertas nas séries, mas ainda está patinando nos filmes. Com roteiro frágil, simplista e previsível, personagens caricatos e unidimensionais (principalmente os vilões de Tilda Swinton e Jake Gyllenhaal), direção sem foco que não se decide entre fazer um filme leve ou mais sério, o único departamento que se salva é a direção de arte. Não sei como alguém conseguiu se identificar/emocionar com esse filme (e olhe que eu tenho a tendência de me emocionar mais quando há animais envolvidos)
Máquina de Guerra
2.7 150 Assista AgoraUm filme que chegou atrasado (o tema já foi discutido através de todos os prismas em Hollywood), com atuações caricatas e uma história que vai de canto nenhum pra lugar algum. Mas o pior defeito que qualquer filme pode cometer é não criar empatia dos espectadores com os personagens.
A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell
3.2 1,0K Assista AgoraVisualmente muito bonito e conseguiram encaixar várias sequências clássicas no filme. A essência do anime está lá, mas falta a complexidade da história. Pegaram o tema e recriaram algo mais simples para a aceitação do grande público.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista AgoraFILMAÇO!!!!
Não acho que seja melhor que os dois primeiros do Raimi, mas isso é muito pessoal e diz respeito a motivos que vão além do filme (a idade que eu tinha quando assisti aos primeiros e o período no qual o cinema hollywoodiano se encontrava - sem essa overdose de filmes de super-herói). Dito isso, segue a minha opinião em relação ao filme. Vou marcar tudo como spoiler pra poder falar livremente.
Começando pelo Tom Holland, ele faz, definitivamente, a melhor interpretação de Peter Parker/Homem-aranha. Eu realmente gosto do Tobey Maguire, mas Holland está muito mais confortável e consegue, ao mesmo tempo, ser o nerd, esquisito, desengonçado como Peter e o descolado, amigão como Aranha. Sem contar que ele está sempre pensando no bem do próximo e quando se vê forçado a decidir entre a vida pessoal e lutar como o Homem-Aranha, ele não hesita. E em alguns momentos, o diretor fez escolhas que fizeram ele, literalmente, parecer uma aranha como quando ele está escalando o monumento e a câmera se afasta. Isso foi incrível. Além dele, todo o resto do elenco está ótimo. Ned é incrível! Engraçado na medida certa e não parece nunca forçado, como se quisessem fazer uma representação do espectador/fã. As únicas que eu não gostei muito (mas entendo perfeitamente e fazem sentido nesse universo) são a Tia May gostosona e a nova MJ (!!!). Em relação ao roteiro, aplaudo a "coragem" de fazer um reboot sem contar a história de origem, não consigo lembrar um herói que não teve um filme de origem clássico agora. Aqui o Aranha já tem os poderes, mas precisa aprender a usá-los. Isso é genial e rende ótimos momentos. Outro ponto positivo é o vilão. Finalmente a Marvel acertou nesse aspecto. O cara tem as motivações plausíveis e bem colocadas na história e não é megalomaníaco. Nem podia ser para não ficar estranho o amigão da vizinhança lutando sem a presença de, pelo menos, Homem de Ferro. Tony Stark, por sinal, aparece no filme em momentos cruciais e não ofusca nunca o brilho de Peter.
A relação pai-e-filho que existe entre eles é ótima e "substitui" o tio Ben. Outra questão interessante do vilão é o plot-twist e como ele entra na vida de Peter Parker. Mais uma vez, não é forçado uma vez que o cara passa o filme todo falando da família dele. A luta final não é mais do mesmo e a solução que o roteiro encontrou foi bem interessante.
Outro acerto foi fazer o homem-aranha ser um herói de verdade ao ajudar as pessoas na rua e não só combater uma ameaça. Essa é, inclusive, uma das essências do aracnídeo. Além disso, toda a história na escola e os dilemas de Peter Parker como adolescente só ajudam a torná-lo um personagem mais relacionável.
Muito bom também é como esse filme, apesar de estar dentro do MCU e fazer referências a ele o tempo todo, ser fechado em si. Não deixa pontas soltas. E a Marvel finalmente acertou na medida das piadas. Elas não sobram ou ficam parecendo fora de momento ou forçadas. Inclusive, os melhores momentos cômicos são aqueles que não tem piadas, mas que a comicidade vem da situação em si (a cena do carro é um bom exemplo).
Esse filme não tenta, como O Espetacular, recriar a clássica cena do beijo (até brinca com isso), mas tenta fazer uma cena igual a do trem e falha completamente!
Como ponto negativo, eu falaria da roupa do homem-aranha que mais parece uma armadura, uma versão da que o Homem de Ferro usa.
Apesar de ser um filme super divertido, leve e bem amarrado, eu não saí do cinema achando que vi o melhor filme de super-herói (como aconteceu com O Cavaleiro das Trevas ou Guardiões da Galáxia). Mas eu não acho que o Homecoming tinha essa pretensão. Watts entrega um filme honesto, o filme do Aranha que a gente precisava! O que me deixa dividido é que, por mais que eu quisesse ver o Aranha no MCU, talvez fosse mais interessante ele no universo dele, cuidando das coisas dele... Quem sabe num próximo filme.
O Círculo
2.6 587 Assista AgoraRoteiro fraco, personagens rasos. Qual é a do Ty? Os dois sócios da empresa não podiam ser mais vilanescos. A relação de Mae com Mercer também não podia ser mais fria. As coisas vão acontecendo e o roteiro só pincela. Por exemplo, a questão governamental, a morte do menino sem ninguém realmente entrar em luto e ninguém ser responsabilizado... Parece que o roteirista vive em uma bolha e não sabe como o mundo funciona. Digo mais, não sabe a quantas andam os avanços tecnológicos. Essa questão de privacidade já foi discutido a exaustão, pesquisas com carros com sensores e sistemas de segurança conectados já estão bem avançadas...
Mas o pior de tudo é que, no final, nada tem sentido. Qual é a moral da história? O filme acaba exatamente como começou. Qual foi a lição que Mae deu nos donos da empresa?
Isso tudo sem contar com as atuações no automático e a fotografia de série de tv de baixo orçamento.
Meu Malvado Favorito 3
3.4 404 Assista AgoraUma animação genuinamente para o público infantil. Não existe arco do herói: todos os personagens começam e terminam o filme praticamente sem sofrerem alterações ou evoluírem. Vilão com motivações clássicas e sem surpresas. Enfim, a película não inova, não surpreende, mas diverte. Com boas piadas, bem animado e cheio de subtramas, o filme não é enfadonho ficando, assim, na média. O que me irritou foi a grande quantidade de ótimas músicas que eram cortadas quando começavam a empolgar hahaha
Ao Cair da Noite
3.1 977 Assista AgoraExcelente filme. O que eu percebo é que o grande público não quer ver terror psicológico e os distribuidores e salas de cinema quando vendem o filme como "terror" terminam criando uma expectativa para o filme que não é correspondida ao final da película. Na minha sessão, as pessoas gargalharam quando o filme acabou passando a impressão que não entenderam a real proposta.
A ambientação, a construção da tensão, a fotografia e o roteiro que não sente a necessidade de explicar tudo são os pontos positivos do filme. Existe ambiguidade até nas atuações, o que dá panos pras mangas para longas discussões. Esse filme segue a vida real e não nos apresenta lados bons e maus (como acontece em The Walking Dead, por exemplo). Ali estão todos querendo sobreviver e devem viver com as escolhas que fazem para o resto da vida. O drama é muito bem elaborado.
Mais um filme para compor a ótima safra de terror psicológico que começou ano passado: A Bruxa, Fragmentado, Corra!
Vida
3.4 1,2K Assista AgoraComo entretenimento puro, é ótimo. Mas se for buscar algo mais rebuscado, filosófico, existencial (como toda sci-fi que se preze deveria ser), é fraquíssimo. Roteiro previsível (todas as reviravoltas, até a final, estavam bem claras bem antes de acontecerem), premissa conhecida, alien que começa bem conceitualmente e depois cai no senso comum e uma necessidade incrivelmente irritante de explicar o óbvio são os pontos fracos do filme. Mesmo assim, me prendeu na cadeira e me fez torcer até o fim. Ou seja, a direção foi decente. Assim como a fotografia.
Por isso, é um bom filme pra passar o tempo e assistir sem muitas pretensões de estar vendo o próximo Alien.
Eu fico me perguntando... É necessário mesmo criar uma criatura tão absurdamente forte? Além da força física ser maior que a dos homens, sua taxa de crescimento é ridícula, inteligência extrema, capacidade de "prever" as ações dos outros, sem contar que é praticamente indestrutível. Pesaram a mão. Fico imaginando como seria a vida em Marte com vários bichos dessa espécie.
A ideia inicial de um ser todo músculos, cérebro e olhos era ótima. Não sei porque largaram em prol de uma mistura de polvo com asas e cabeça de Alien.
E o final... Desde que Jake Gyllenhaal falou o plano, eu fiquei imaginando que a sonda dele iria pra Terra e ela que ia terminar no espaço. Mas me recusava a acreditar que realmente o roteiro optaria por esse final cretino
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraInfelizmente, dizer que esse é o melhor filme do universo expandido da DC não é grande coisa. Mas, de fato, é o melhor.
O problema é que o gênero de super-herói remonta há décadas e se popularizou mais recentemente depois dos X-Men. Esse filme chegou bem atrasado. Principalmente se levarmos em conta Deadpool e Logan que já perceberam um certo desgaste no gênero e tentam se reinventar. O primeiro fazendo sátira de si mesmo e o segundo autoconsciente, visceral e, parcialmente, desmistifica a visão do herói.
E agora vem a Mulher-Maravilha bebendo da fonte do Superman de 1978 com uma ingenuidade genuína e bonita de se ver no começo. De certo modo, refrescante. Porém, tal ingenuidade vai se tornando infantilidade ao longo do filme e a Mulher-Maravilha de verdade está longe disso. Um maniqueísmo ultrapassado, uma história de origem batida, um vilão cartunesco
que acha por bem contar para Diana quem ela é
Arrastado em vários momentos (e aqui não me refiro aos inúmeros slow-motions que deve ter o dedo de Snyder), desleixado em outros (
o que diabos aconteceu naquela cena que ela mata o general, deixa a espada, Ares aparece, ela volta para pegar a espada e só aí começa a batalha? Uma falha amadora de continuidade visto que o objeto de cena em questão era importante e uma solução pra corrigir o problema pior ainda
Dito isto, não considero Mulher-Maravilha um filme ruim. Como falei no começo, é muito superior aos 3 anteriores da DC. Ele só foi lançado com um timing errado. É importante na medida que fortalece a representatividade feminina
apesar de ter me deixado um tanto quanto frustrado da necessidade de dar a Diana um par romântico e, pior ainda,
de ter colocado ele para fazer o "grande sacrifício" e salvar milhares de vidas
Uma última questão:
Que terceiro ato foi aquele?? Estava na cara que o General não era Ares, mas será que era realmente necessária toda aquela pirotecnia? Destoou do resto do filme e me fez lembrar ~bastante, diga-se de passagem~ com um certo filme que a crítica detestou justamente por ter um final destoante cof Quarteto Fantástico cof
É óbvio que Ares iria (e teria que) aparecer porque ele foi o motivador da história toda. E também é óbvio que seria uma luta entre dois deuses, mas será que não houve um complexo de Michael Bay? Acredito que sim.
O Roubo da Taça
3.2 98Excelente comédia nacional com uma pitada de filme de assalto a la Ocean's Eleven. Fotografia e, principalmente, design de produção muito bons! As atuações também não deixam a desejar. É uma comédia leve, com um humor mais inteligente do que a maioria dos filmes que estão saindo hoje. Não se deixa levar pelo vulgar nem faz piadas prontas e datadas. O único ponto fraco é o roteiro que faltou um pouco de dramaticidade na "adaptação" pra prender a atenção após a negociação da taça. Faltou também algum elemento para criar empatia com os protagonistas e o espectador realmente se importar com aquelas histórias de vida.