Em muitos casos, boas atuações salvam produções ruins e/ou medianas. Aqui, definitivamente não é o caso. A despeito da atuação brilhante de Barry Keoghan, é gentileza dizer que o longa é, em todos os aspectos, apenas juvenil. Em alguns momentos, tive a impressão de estar assistindo à novela Malhação. A trilha sonora, se não fosse pelo roteiro desengonçado, preguiçoso, previsível, portanto nada inovador, seria o que existe de pior no longa. A direção de arte tem seu valor, mas acaba entrando em liquidação pela falta de conteúdo, tornando-se apenas vazia e barata.
Para quem realmente está acostumado com produções verdadeiramente impactantes, Saltburn sequer provoca um leve arrepio no antebraço. Sinceramente, não consigo compreender o motivo de tanto alarde em torno desta produção.
O real privilégio reside na posse de um orçamento imponente, um elenco de excelência e, ainda assim, conceber algo tão desprovido de qualidade.
Lamento saber que muitos profissionais talentosos, criativos e inventivos, portadores de histórias verdadeiramente intrigantes e comoventes, munidos de habilidade técnica e intelectual para trazer críticas sociais importantes através de produções audiovisuais, raramente terão acesso aos recursos humanos e materiais que foram concedidos à diretora de Saltburn para dar vida às suas obras.
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Saltburn
3.5 856Em muitos casos, boas atuações salvam produções ruins e/ou medianas. Aqui, definitivamente não é o caso. A despeito da atuação brilhante de Barry Keoghan, é gentileza dizer que o longa é, em todos os aspectos, apenas juvenil. Em alguns momentos, tive a impressão de estar assistindo à novela Malhação. A trilha sonora, se não fosse pelo roteiro desengonçado, preguiçoso, previsível, portanto nada inovador, seria o que existe de pior no longa. A direção de arte tem seu valor, mas acaba entrando em liquidação pela falta de conteúdo, tornando-se apenas vazia e barata.
Para quem realmente está acostumado com produções verdadeiramente impactantes, Saltburn sequer provoca um leve arrepio no antebraço. Sinceramente, não consigo compreender o motivo de tanto alarde em torno desta produção.
O real privilégio reside na posse de um orçamento imponente, um elenco de excelência e, ainda assim, conceber algo tão desprovido de qualidade.
Lamento saber que muitos profissionais talentosos, criativos e inventivos, portadores de histórias verdadeiramente intrigantes e comoventes, munidos de habilidade técnica e intelectual para trazer críticas sociais importantes através de produções audiovisuais, raramente terão acesso aos recursos humanos e materiais que foram concedidos à diretora de Saltburn para dar vida às suas obras.