O primeiro filme que vi no cinema, então pode haver um pouco de favoritismo por causa disso.
"Furiosa" é um filme que foca exclusivamente no desenvolvimento da personagem que dá nome à produção, além de clarear melhor o entendimento do universo de Mad Max. O filme nos leva a diferentes momentos, mostrando como os diversos integrantes de diferentes grupos convivem, negociam e rivalizam entre si.
É um filme visualmente deslumbrante, oferecendo cenários épicos, mesmo no contexto vazio e árido de um deserto extremamente selvagem. As cenas de ação com carros continuam impecáveis, e os efeitos práticos são muito bem elaborados. No entanto, o CGI é perceptível e não tão bem integrado em alguns momentos, porém não é algo que vai atrapalhar, pois não existe abuso desta ferramenta. Os personagens são carismáticos e bem escritos, sendo fundamentais para o funcionamento da trama. Chris Hemsworth se junta à série com um papel convincente, embora o tom de comédia que ele traz quebre um pouco o ar dramático do filme, tornando a trama mais leve – uma escolha que talvez não tenha sido a melhor.
Em suma, é um filme inegavelmente épico, apesar de seus pequenos problemas. Ainda assim, não considero que esses defeitos o tornem um filme mediano, nem de longe. Anya Taylor-Joy entrega uma ótima performance, e creio que seja o melhor trabalho dela que já tive contato.
Um filme que possui muitos personagens, mas não consegue desenvolver nenhum com sucesso, tornando tudo muito maçante.
É uma pena, pois achei bem interessante o contexto dos zumbis que possuem consciência e vivem em uma sociedade, além do CGI que é bem decente. Porém, o real problema desse filme é a história muito mal escrita e o fato de não ser possível criar apreço por nenhum integrante do grupo liderado pelo personagem de Dave Bautista (que nem mesmo ele consegue se destacar). Zack Snyder não consegue dirigir um filme e focar nos arcos que realmente importam, ou que pelo menos deveriam ter mais atenção, resultando em algo bagunçado e por muitas vezes sem sal.
É um filme de ação clichê e bem fraquinho. Dá para se divertir, mas, por boa parte, é bem desinteressante.
Não é nada bom quanto o primeiro, mas consegue ter seus momentos.
Desta vez, o filme tem uma pegada mais voltada para a aventura e ação, perdendo um pouco da carga dramática e da tensão, embora ainda mantenha esses elementos em pequenas doses.
O desenvolvimento é meio demorado e desbalanceado; passamos muito tempo sem nada de muito interessante acontecendo, mas, mais para o final, ele fica mais intenso novamente. Os personagens não são tão bons e caem bastante nos velhos clichês, com apenas uns três se destacando.
O CGI não é tão convincente e acaba deixando o filme meio bobo, especialmente nas cenas com carros, que muitas vezes são inteiramente feitos por computação gráfica.
Enfim, é um filme que, ao meu ver, é cheio de problemas e não performou tão bem quanto o primeiro. Faltou identidade e um pouco mais de carga dramática para torná-lo mais atrativo.
Não sei muito bem como explicar... comecei odiando e terminei amando. De longe, este é o filme mais brutal e erotizado da franquia Alien. Ele traz conceitos que não foram tão explorados nos filmes anteriores, abusa da violência e entrega momentos impactantes, crus e até estarrecedores.
Apesar de eu ter gostado bastante, não posso deixar de achar horrível a decisão de trazer Ripley de volta à vida através de um clone. Na minha opinião, isso foi um erro, pois a personagem teve um fim definitivo que não deveria ser alterado. Dito isso, é claro que é bom ver Ripley novamente, mas a ideia em si não me agradou.
Os personagens apresentados são cativantes. Alguns são engraçados, outros odiáveis, profundos e enigmáticos, mas todos são rapidamente eliminados sem piedade. Jean-Pierre Jeunet transformou o filme em um verdadeiro parque em chamas, pois, apesar de seus problemas, ele é audacioso e inexplicavelmente atraente.
O CGI, embora não perfeito, está muito melhor em comparação ao filme anterior. Os efeitos práticos e a ambientação continuam impecáveis, bem detalhados e produzidos com capricho.
Não sei se este filme merece 4 estrelas, mas meu coração não conseguiria dar outra nota além dessa. Só assistindo para cada um tirar suas próprias conclusões.
Christabel é uma verdadeira cobra de duas cabeças. À primeira vista, parece uma mulher doce e inocente, mas aos poucos revela sua verdadeira natureza: manipuladora, desprezível e narcisista.
Embora o filme tenha problemas relacionados à sua época, ele é interessante e traz uma boa história. Os personagens, com exceção de alguns, são bem originais e cativantes. Christabel, sem dúvida, se destaca, sendo totalmente odiável do começo ao fim. Ela faz tudo para seu próprio benefício, sem se importar com quem prejudica no caminho.
O filme cumpre sua missão e entrega uma narrativa decente.
Esta é a primeira decepção significativa desta franquia. A única coisa que se salva em "Jeepers Creepers 3" é o The Creeper, que ainda mantém seu padrão, e a cena final, que traz de volta uma personagem marcante dos filmes anteriores.
Os personagens em "Jeepers Creepers 3" são extremamente fracos. Nenhum deles é interessante o suficiente para fazer o espectador se preocupar minimamente com seu destino. Além disso, o CGI é de PS2 pra baixo; uma qualidade péssima.
É triste ver um personagem tão interessante como The Creeper ser desperdiçado em um filme tão ruim. Ele tem muito potencial, mas nas mãos de Victor Salva, a franquia só piorou. Salva conseguiu afundar a própria criação e claramente não tem a competência de antes para entregar uma boa história.
Este foi o meu primeiro contato com o talento do ator Daniel Day-Lewis. Sempre tive curiosidade de assistir a uma de suas performances, pois ele parece ser um artista extremamente dedicado, que mergulha profundamente nos personagens que interpreta; e de fato ele é.
"Phantom Thread" narra a história de Reynolds Woodcock, um renomado estilista cuja vida é transformada ao conhecer Alma, uma jovem que estabelece com ele uma relação complexa e dual. Os dois desejam coisas diferentes, o que cria um vínculo instável e ambíguo, tornando a relação imprevisível. É um jogo de poder onde um sempre busca sobrepujar o outro.
O filme é tecnicamente perfeito, na minha visão. Meticulosamente trabalhado em todos os aspectos técnicos. A trama é envolvente, profunda e repleta de reviravoltas. As performances são incríveis, com destaque para Daniel Day-Lewis e a atriz Vicky Krieps. O personagem Reynolds é retratado como um homem calmo, metódico e, por vezes, intimidador, mas sempre mantendo sua elegância. Alma, por sua vez, é uma mulher doce, curiosa, enérgica e, às vezes, manipuladora.
A produção coloca esses dois personagens em um jogo de poder onde é difícil distinguir quem está certo ou errado. É uma história de romance fora da caixinha e extremamente interessante. Um filme verdadeiramente excepcional.
Desde o começo, este filme se vende como um típico filme de terror, mas acaba entregando muito mais do que isso.
"House" conta a história de Roger Cobb, um escritor de sucesso e veterano de guerra, que decide se mudar para a antiga casa de sua falecida tia após o trágico acontecimento. Embora diga que é para trabalhar em seu próximo livro, é evidente que ele tem motivos mais profundos para retornar à casa de sua infância, principalmente relacionados ao misterioso desaparecimento de seu filho.
O filme tenta abordar várias histórias ao mesmo tempo: o mistério da casa, os traumas de Roger do Vietnã e o desaparecimento de seu filho. Mas, às vezes, parece que algumas dessas histórias não são bem desenvolvidas, o que acaba afetando um pouco o final.
No entanto, a grande surpresa do filme é o seu tom de comédia. Começa como um filme de terror, mas aos poucos vai se transformando em uma comédia cheia de monstros e situações absurdas dentro da casa. Os vizinhos de Roger também acrescentam uma boa dose de humor à trama, nunca deixando-o em paz.
Apesar de ser um filme curto, muita coisa acontece e, no final das contas, é bem divertido. William Katt faz um ótimo trabalho aqui e realmente se destaca na produção.
O tema do abandono é um gatilho fortíssimo que provavelmente cutuca muita gente. Neste filme, temos uma trama que gira em torno de 4 irmãos que são abandonados pela mãe. O irmão mais velho (12 anos), chamado Akira, acaba sendo o responsável por cuidar dos demais.
À medida que o tempo passa, a situação das crianças vai ficando cada vez mais crítica. A água e a luz são cortadas, o dinheiro começa a acabar e a sujeira vai tomando conta do pequeno apartamento onde estão alojados. O mais bizarro disso tudo é a maneira como ninguém se dá conta do que está acontecendo ali, e quando percebem, não fazem nada para ajudar a sair daquela situação.
O filme é baseado em fatos reais e nos mostra o peso que é colocar vidas neste mundo sem qualquer tipo de planejamento, acompanhado da irresponsabilidade de pais/mães que não possuem maturidade para lidar com a realidade e entregam os filhos ao mundo sem qualquer tipo de preocupação com o que será de seus futuros.
Cometi um erro gravíssimo ao assistir esse filme sem saber da existência do anime. Só percebi que fazia parte de um quando já estava na metade do filme e ainda bastante perdido quanto a alguns detalhes da trama. Pesquisei um pouco para me contextualizar melhor, mas não foi o suficiente para me instigar, pois claramente era necessário conhecer e ter um pouco de afeição pelos personagens, o que infelizmente não consegui desenvolver.
O filme apresenta conceitos de viagem no tempo e fantasia muito interessantes. Inicialmente, parece ser apenas mais um anime escolar, mas revela-se muito mais do que isso. Porém, da metade para o final, a experiência ficou um tanto vaga devido à falta de envolvimento prévio com os personagens. Bem decepcionante ter minha experiência comprometida dessa forma.
Talvez um dia eu assista ao anime e depois reveja este filme, para então poder oferecer uma visão mais clara e concisa sobre ele.
Até então, a franquia Alien já passou pelas mãos de três grandes diretores, mas este filme, de David Fincher, é o que menos faz jus ao restante da série.
O filme começa bem, na minha opinião. A nave em que Ripley foge no filme anterior acaba parando acidentalmente em um planeta habitado apenas por alguns prisioneiros com a síndrome do duplo Y. Ali, ela encontra novos aliados para enfrentar novamente um Xenomorfo, agora ainda mais forte e ágil que os anteriores. Os novos personagens apresentados são interessantes, e Fincher consegue desenvolvê-los muito bem. Além disso, a ambientação na prisão é bastante intrigante e mantém o nível de qualidade da série.
No entanto, o que realmente prejudica o filme é o uso de CGI, que para a época era algo novo e arriscado, e que não envelheceu bem. O Xenomorfo fica estranho e destoa completamente do restante do cenário, tornando-se uma verdadeira falha nas cenas. Além disso, aqui temos a despedida de Ripley da franquia (pelo menos é isso que o final sugere). Não acho que tenha sido um encerramento grandioso e expressivo para uma personagem tão querida, mesmo que tenha sido por um motivo heroico.
Com isso, diria que Alien 3 tem seus momentos bons, mas peca nos aspectos mencionados. Ripley fará falta na franquia, e os próximos filmes terão que se esforçar para preencher esse vazio.
"The China Syndrome" nos apresenta a repórter Kimberly Wells, que junto com sua equipe, testemunha um acidente dentro de uma usina nuclear. Ela então se empenha em descobrir a verdade e evitar uma terrível tragédia.
O filme é bastante realista em sua história e narrativa. As cenas de reportagem muitas vezes parecem reais, transmitindo a tensão e imprevisibilidade que são características do jornalismo investigativo. As atuações são fantásticas, principalmente as de Jane Fonda e Jack Lemmon.
É um ótimo filme que certamente manterá o espectador tenso do início ao fim. Além disso, deixa uma grande reflexão: quantos desastres ao longo da história humana poderiam ter sido evitados se o ego e a ganância não tivessem prevalecido?
"Dr. Phibes Rises Again" é uma continuação que, na minha opinião, supera o primeiro filme. Os planos assassinos exagerados e extravagantes, os personagens carismáticos e o toque de humor leve tornam este filme muito divertido e atraente.
A história continua diretamente do primeiro filme. Desta vez, Dr. Phibes viaja para o Egito acompanhado de uma "phibegirl" bastante emblemática para a duologia. Sua missão é encontrar um portal que o permitirá ressuscitar sua amada esposa. Temos o retorno de personagens queridos, como o grande e inútil Inspetor Trout e seu chefe Warvely (sempre alguns passos atrás de Phibes), Ambrose com seu sotaque marcante e, é claro, Dr. Phibes.
É um filme excelente, na minha opinião. Curti demais e dei muitas risadas.
Alta fantasia com cenários e seres místicos criativos, mas com uma história um tanto clichê.
Este filme se destaca pela qualidade dos fantoches e dos seres místicos e fantasiosos apresentados, evidenciando mais uma vez o talento criativo de Frank Oz para elaborar designs interessantes, assim como para ambientar os cenários. No entanto, a história do filme segue uma estrutura bastante clichê, sendo essencialmente a típica jornada do herói: um personagem principal, um companheiro que o acompanha e auxilia em sua jornada, uma missão de grande importância e vilões, é claro.
Infelizmente, devido ao fato de todos os personagens serem fantoches, muitas cenas e momentos intensos são limitados. A expressão das emoções dos personagens torna-se difícil, o que prejudica a conexão com eles.
Apesar desses aspectos, o filme consegue ser divertido e entrega um universo fantasioso vibrante e cheio de vida. Depois de "Labirinto", este é o segundo melhor filme de Jim Henson, na minha opinião.
O filme tem uma história marcante e conta com boas atuações, mas não consegui me envolver totalmente com ele.
Uma respeitada comissária do Exército Vermelho descobre que está grávida e vê isso como uma fraqueza, algo que não desejava para si. Ao ir morar com uma família judia, Vavilova gradualmente começa a apreciar a vida de mãe.
O filme se destaca, ao meu ver, pela sua fotografia e pela qualidade do trabalho de câmera, especialmente considerando a época em que foi produzido. Talvez seja o filme russo mais impressionante nesse aspecto que já vi. No entanto, a história não conseguiu me cativar totalmente. Mesmo com as boas atuações, não consegui me conectar muito com os personagens.
Gostaria sinceramente de ter apreciado mais este filme, mas acho que não é exatamente o meu estilo.
Um escritor é contratado para escrever uma série sobre antissemitismo e, para isso, decide se passar por judeu para experimentar de perto o que é ser discriminado.
O filme apresenta momentos poderosos que nos levam a refletir sobre a fragilidade da mentalidade humana quando se trata de enxergar o próximo como igual. Produzido pouco após a Segunda Guerra Mundial, o filme ainda está imerso nessa discussão, com referências indiretas às ditaduras da época, o que contextualiza muito bem a narrativa.
O ritmo da produção é um pouco lento, o que pode não agradar a todos, e há algumas inconsistências lógicas em certos momentos. Por exemplo, o personagem principal se passa por judeu, mas não adota nenhum costume ou ritual judaico, limitando-se apenas a afirmar sua identidade.
No geral, é uma boa produção. Oferece momentos de reflexão e aborda temas que ainda são relevantes nos dias de hoje.
Desenvolvimento um pouco fraco, mas um bom desfecho.
Este filme explora os eventos que ocorrem após o final da quarta temporada da série, servindo como uma explicação para a cena final de Prison Break.
Infelizmente, o filme sofre do problema comum encontrado em longas derivados de séries, que é a dificuldade em desenvolver alguns arcos de maneira satisfatória. Como estamos acostumados com o ritmo das tramas da série, aqui as coisas precisam ser iniciadas e concluídas rapidamente, o que resulta em um ritmo acelerado demais.
Apesar desse problema, é possível se envolver com o filme e aproveitar mais um pouco da mente genial de Scofield. Sem dúvida, é sempre interessante ver seus planos e sua equipe em ação. No entanto, pessoalmente também preferiria que o final fosse aqui. A história parece estar bem encerrada e o desfecho é realista e satisfatório. Após quatro temporadas de muita tensão, só queremos ver os personagens felizes e livres de qualquer ameaça.
Agora só me resta assistir à quinta (e desnecessária) temporada. Prison Break se tornou uma das minhas séries favoritas, e espero não me decepcionar.
"Train to Busan" nos apresenta a história de um pai que embarca em uma viagem de trem para levar sua filha à cidade de Busan, onde sua ex-esposa aguarda para ficar com ela. Seok-Woo é um pai distante devido ao trabalho, e sua relação com sua filha é frágil. Quando um surto zumbi irrompe, todas as suas diferenças com sua filha são postas à prova, e ele precisa deixar de lado seu orgulho e status social para garantir a sobrevivência.
O filme aborda temas sociais profundos, como confiança, discriminação e empatia, em um contexto em que o senso de comunidade é fragilizado pelo vírus que transforma as pessoas em seres irracionais sedentos por violência. Os personagens são muito humanos, e é interessante observar como eles se adaptam à situação. Temos diversas pessoas de diferentes classes sociais e estilos de vida juntas em um trem, onde sobreviver poderá ser uma escolha coletiva ou individual.
Este é um excelente filme coreano que, mesmo com um orçamento modesto, consegue criar uma atmosfera tensa e uma história envolvente.
Desta vez, o filme se concentra em dois arcos: um envolvendo um time de basquete e outro uma família que teve seu caçula capturado pelo The Creeper. Na minha opinião, se o filme tivesse dado mais destaque à história do pai e do filho, teria se saído melhor. O enredo do time de basquete é um tanto 'sem sal".
Em termos técnicos, a produção oferece momentos interessantes e utiliza bem os efeitos práticos para criar a atmosfera estranha e destrutiva que o monstro representa. O CGI não envelheceu tão bem, mas não chega a ser algo que incomode ou pareça engraçado. As atuações não são de alto nível; são um tanto amadoras, como é de se esperar em filmes desse gênero, com atores iniciantes. No entanto, como mencionei antes, o pai e o filho que perseguem o The Creeper realmente se destacam, assim como o próprio monstro.
Sinto que este filme tem mais carisma que o primeiro e me surpreendeu ao ser melhor em vários aspectos. Estou ansioso para ver como será o próximo!
"Your Name." oferece um enredo incrível em todos os sentidos, acompanhado de uma das melhores animações que já vi em um anime.
Na minha opinião, a história deste filme pode ser interpretada de várias maneiras. Apesar de tentar transmitir uma mensagem única no final, é evidente que seu tom fantasioso permite ao espectador uma experiência única ao tentar compreender os detalhes sutis deixados ao longo da trama.
Os cenários do filme são simplesmente deslumbrantes. Nunca vi um trabalho tão bem elaborado como este. As animações são fluidas e certamente agradarão a todos, até mesmo aqueles que não estão familiarizados com animações japonesas.
Uma história bonita e bem escrita, protagonistas talvez não tão originais, mas com um grande desenvolvimento, aliados a um excelente trabalho técnico, tornam "Your Name." um filme verdadeiramente fantástico.
"O Abominável Dr. Phibes" é um filme verdadeiramente original, cheio de personalidade.
A trama segue um médico determinado a vingar a morte de sua esposa, após nove médicos falharem em salvá-la durante uma cirurgia. O filme combina humor e elementos de terror, embora este último não seja tão proeminente. O baixo orçamento da produção contribui para criar momentos engraçados em certas cenas, mas é admirável como ainda conseguiram criar sequências interessantes e bem executadas. Além disso, o elenco é muito bom, entregando atuações convincentes e carismáticas.
Phibes apresenta características semelhantes ao Jigsaw de "Jogos Mortais", especialmente evidente na cena final, onde é apresentado um mecanismo que poderia ter sido elaborado por ele, assim como a motivação por trás.
"O Abominável Dr. Phibes" prova que um baixo orçamento não determina a qualidade de um filme. Ele cumpre o que promete e deixa uma impressão positiva no geral.
É um filme sólido que retrata um homem com transtorno fetichista.
Um escritor se envolve com uma modelo, mas seus desejos vão além do que ela pode aceitar, resultando em um relacionamento marcado por amor e ódio.
A direção e a fotografia são boas. A abordagem criativa da câmera, embora às vezes pareça amadora, adiciona um charme. A estética remete aos anos 60/70 e aproveita a tendência dos filmes eróticos/românticos da época, mas se destaca por não ser apenas mais um do gênero, oferecendo momentos reflexivos e um desenvolvimento de personagens convincente.
É uma boa obra, embora a trilha sonora repetitiva possa cansar em alguns momentos. No geral, me surpreendeu.
O filme mais fraquinho da Natalie Portman que já vi até hoje.
É bonito visualmente, tem uma mensagem interessante e consegue ter bons momentos, mas é bem cansativo e monótono.
A produção pecou muito no ritmo; ficamos meio que 1h sem nada de interessante acontecendo (o filme tem 2h de duração) e só nos resta ir acompanhando as cenas e ver onde tudo vai dar. "Quando você olha para o abismo, o abismo te olha de volta" é uma frase que cabe aqui. A personagem, após voltar do espaço em uma missão da NASA, começa a entrar em crises existências, enxergando a vida na terra com 'pouco sal', desenvolvendo um fascínio tremendo por voltar a ver a vastidão do universo lá de cima novamente.
É interessante em alguns momentos. Tem seu charme mas não foi o bastante para ser um filme bom.
Este é o segundo filme dirigido e estrelado por Woody Allen que assisto. O primeiro foi "Zelig", mas achei este muito mais interessante e cativante.
O filme apresenta uma história simples, com personagens enfrentando conflitos em seus relacionamentos. São quatro casais de amigos, onde um par observa o casamento desmoronar do outro, o que os leva a repensar suas próprias situações.
A produção oferece boas atuações, uma história envolvente, um bom desenvolvimento de personagens e diálogos excelentes. Woody Allen, além de ser um excelente roteirista e diretor, se destaca também como ator, ao lado de Mia Farrow e do grande Liam Neeson, que me surpreendeu.
Furiosa: Uma Saga Mad Max
3.9 215O primeiro filme que vi no cinema, então pode haver um pouco de favoritismo por causa disso.
"Furiosa" é um filme que foca exclusivamente no desenvolvimento da personagem que dá nome à produção, além de clarear melhor o entendimento do universo de Mad Max. O filme nos leva a diferentes momentos, mostrando como os diversos integrantes de diferentes grupos convivem, negociam e rivalizam entre si.
É um filme visualmente deslumbrante, oferecendo cenários épicos, mesmo no contexto vazio e árido de um deserto extremamente selvagem. As cenas de ação com carros continuam impecáveis, e os efeitos práticos são muito bem elaborados. No entanto, o CGI é perceptível e não tão bem integrado em alguns momentos, porém não é algo que vai atrapalhar, pois não existe abuso desta ferramenta. Os personagens são carismáticos e bem escritos, sendo fundamentais para o funcionamento da trama. Chris Hemsworth se junta à série com um papel convincente, embora o tom de comédia que ele traz quebre um pouco o ar dramático do filme, tornando a trama mais leve – uma escolha que talvez não tenha sido a melhor.
Em suma, é um filme inegavelmente épico, apesar de seus pequenos problemas. Ainda assim, não considero que esses defeitos o tornem um filme mediano, nem de longe. Anya Taylor-Joy entrega uma ótima performance, e creio que seja o melhor trabalho dela que já tive contato.
Army of the Dead: Invasão em Las Vegas
2.8 957Um filme que possui muitos personagens, mas não consegue desenvolver nenhum com sucesso, tornando tudo muito maçante.
É uma pena, pois achei bem interessante o contexto dos zumbis que possuem consciência e vivem em uma sociedade, além do CGI que é bem decente. Porém, o real problema desse filme é a história muito mal escrita e o fato de não ser possível criar apreço por nenhum integrante do grupo liderado pelo personagem de Dave Bautista (que nem mesmo ele consegue se destacar). Zack Snyder não consegue dirigir um filme e focar nos arcos que realmente importam, ou que pelo menos deveriam ter mais atenção, resultando em algo bagunçado e por muitas vezes sem sal.
É um filme de ação clichê e bem fraquinho. Dá para se divertir, mas, por boa parte, é bem desinteressante.
Invasão Zumbi 2: Península
2.4 392 Assista AgoraNão é nada bom quanto o primeiro, mas consegue ter seus momentos.
Desta vez, o filme tem uma pegada mais voltada para a aventura e ação, perdendo um pouco da carga dramática e da tensão, embora ainda mantenha esses elementos em pequenas doses.
O desenvolvimento é meio demorado e desbalanceado; passamos muito tempo sem nada de muito interessante acontecendo, mas, mais para o final, ele fica mais intenso novamente. Os personagens não são tão bons e caem bastante nos velhos clichês, com apenas uns três se destacando.
O CGI não é tão convincente e acaba deixando o filme meio bobo, especialmente nas cenas com carros, que muitas vezes são inteiramente feitos por computação gráfica.
Enfim, é um filme que, ao meu ver, é cheio de problemas e não performou tão bem quanto o primeiro. Faltou identidade e um pouco mais de carga dramática para torná-lo mais atrativo.
Alien: A Ressurreição
3.1 488 Assista AgoraNão sei muito bem como explicar... comecei odiando e terminei amando. De longe, este é o filme mais brutal e erotizado da franquia Alien. Ele traz conceitos que não foram tão explorados nos filmes anteriores, abusa da violência e entrega momentos impactantes, crus e até estarrecedores.
Apesar de eu ter gostado bastante, não posso deixar de achar horrível a decisão de trazer Ripley de volta à vida através de um clone. Na minha opinião, isso foi um erro, pois a personagem teve um fim definitivo que não deveria ser alterado. Dito isso, é claro que é bom ver Ripley novamente, mas a ideia em si não me agradou.
Os personagens apresentados são cativantes. Alguns são engraçados, outros odiáveis, profundos e enigmáticos, mas todos são rapidamente eliminados sem piedade. Jean-Pierre Jeunet transformou o filme em um verdadeiro parque em chamas, pois, apesar de seus problemas, ele é audacioso e inexplicavelmente atraente.
O CGI, embora não perfeito, está muito melhor em comparação ao filme anterior. Os efeitos práticos e a ambientação continuam impecáveis, bem detalhados e produzidos com capricho.
Não sei se este filme merece 4 estrelas, mas meu coração não conseguiria dar outra nota além dessa. Só assistindo para cada um tirar suas próprias conclusões.
O híbrido de Xenomorfo com Humano é assustador.
Alma Sem Pudor
3.6 6Christabel é uma verdadeira cobra de duas cabeças. À primeira vista, parece uma mulher doce e inocente, mas aos poucos revela sua verdadeira natureza: manipuladora, desprezível e narcisista.
Embora o filme tenha problemas relacionados à sua época, ele é interessante e traz uma boa história. Os personagens, com exceção de alguns, são bem originais e cativantes. Christabel, sem dúvida, se destaca, sendo totalmente odiável do começo ao fim. Ela faz tudo para seu próprio benefício, sem se importar com quem prejudica no caminho.
O filme cumpre sua missão e entrega uma narrativa decente.
Olhos Famintos 3
1.4 956 Assista AgoraEsta é a primeira decepção significativa desta franquia. A única coisa que se salva em "Jeepers Creepers 3" é o The Creeper, que ainda mantém seu padrão, e a cena final, que traz de volta uma personagem marcante dos filmes anteriores.
Os personagens em "Jeepers Creepers 3" são extremamente fracos. Nenhum deles é interessante o suficiente para fazer o espectador se preocupar minimamente com seu destino. Além disso, o CGI é de PS2 pra baixo; uma qualidade péssima.
É triste ver um personagem tão interessante como The Creeper ser desperdiçado em um filme tão ruim. Ele tem muito potencial, mas nas mãos de Victor Salva, a franquia só piorou. Salva conseguiu afundar a própria criação e claramente não tem a competência de antes para entregar uma boa história.
Trama Fantasma
3.7 805 Assista AgoraEste foi o meu primeiro contato com o talento do ator Daniel Day-Lewis. Sempre tive curiosidade de assistir a uma de suas performances, pois ele parece ser um artista extremamente dedicado, que mergulha profundamente nos personagens que interpreta; e de fato ele é.
"Phantom Thread" narra a história de Reynolds Woodcock, um renomado estilista cuja vida é transformada ao conhecer Alma, uma jovem que estabelece com ele uma relação complexa e dual. Os dois desejam coisas diferentes, o que cria um vínculo instável e ambíguo, tornando a relação imprevisível. É um jogo de poder onde um sempre busca sobrepujar o outro.
O filme é tecnicamente perfeito, na minha visão. Meticulosamente trabalhado em todos os aspectos técnicos. A trama é envolvente, profunda e repleta de reviravoltas. As performances são incríveis, com destaque para Daniel Day-Lewis e a atriz Vicky Krieps. O personagem Reynolds é retratado como um homem calmo, metódico e, por vezes, intimidador, mas sempre mantendo sua elegância. Alma, por sua vez, é uma mulher doce, curiosa, enérgica e, às vezes, manipuladora.
A produção coloca esses dois personagens em um jogo de poder onde é difícil distinguir quem está certo ou errado. É uma história de romance fora da caixinha e extremamente interessante. Um filme verdadeiramente excepcional.
A Casa do Espanto
3.1 186 Assista AgoraDesde o começo, este filme se vende como um típico filme de terror, mas acaba entregando muito mais do que isso.
"House" conta a história de Roger Cobb, um escritor de sucesso e veterano de guerra, que decide se mudar para a antiga casa de sua falecida tia após o trágico acontecimento. Embora diga que é para trabalhar em seu próximo livro, é evidente que ele tem motivos mais profundos para retornar à casa de sua infância, principalmente relacionados ao misterioso desaparecimento de seu filho.
O filme tenta abordar várias histórias ao mesmo tempo: o mistério da casa, os traumas de Roger do Vietnã e o desaparecimento de seu filho. Mas, às vezes, parece que algumas dessas histórias não são bem desenvolvidas, o que acaba afetando um pouco o final.
No entanto, a grande surpresa do filme é o seu tom de comédia. Começa como um filme de terror, mas aos poucos vai se transformando em uma comédia cheia de monstros e situações absurdas dentro da casa. Os vizinhos de Roger também acrescentam uma boa dose de humor à trama, nunca deixando-o em paz.
Apesar de ser um filme curto, muita coisa acontece e, no final das contas, é bem divertido. William Katt faz um ótimo trabalho aqui e realmente se destaca na produção.
Ninguém Pode Saber
4.3 228Filme difícil de engolir.
O tema do abandono é um gatilho fortíssimo que provavelmente cutuca muita gente. Neste filme, temos uma trama que gira em torno de 4 irmãos que são abandonados pela mãe. O irmão mais velho (12 anos), chamado Akira, acaba sendo o responsável por cuidar dos demais.
À medida que o tempo passa, a situação das crianças vai ficando cada vez mais crítica. A água e a luz são cortadas, o dinheiro começa a acabar e a sujeira vai tomando conta do pequeno apartamento onde estão alojados. O mais bizarro disso tudo é a maneira como ninguém se dá conta do que está acontecendo ali, e quando percebem, não fazem nada para ajudar a sair daquela situação.
O filme é baseado em fatos reais e nos mostra o peso que é colocar vidas neste mundo sem qualquer tipo de planejamento, acompanhado da irresponsabilidade de pais/mães que não possuem maturidade para lidar com a realidade e entregam os filhos ao mundo sem qualquer tipo de preocupação com o que será de seus futuros.
Suzumiya Haruhi no Shoushitsu
4.3 43 Assista AgoraCometi um erro gravíssimo ao assistir esse filme sem saber da existência do anime. Só percebi que fazia parte de um quando já estava na metade do filme e ainda bastante perdido quanto a alguns detalhes da trama. Pesquisei um pouco para me contextualizar melhor, mas não foi o suficiente para me instigar, pois claramente era necessário conhecer e ter um pouco de afeição pelos personagens, o que infelizmente não consegui desenvolver.
O filme apresenta conceitos de viagem no tempo e fantasia muito interessantes. Inicialmente, parece ser apenas mais um anime escolar, mas revela-se muito mais do que isso. Porém, da metade para o final, a experiência ficou um tanto vaga devido à falta de envolvimento prévio com os personagens. Bem decepcionante ter minha experiência comprometida dessa forma.
Talvez um dia eu assista ao anime e depois reveja este filme, para então poder oferecer uma visão mais clara e concisa sobre ele.
Alien 3
3.2 540 Assista AgoraO mais fraco até agora.
Até então, a franquia Alien já passou pelas mãos de três grandes diretores, mas este filme, de David Fincher, é o que menos faz jus ao restante da série.
O filme começa bem, na minha opinião. A nave em que Ripley foge no filme anterior acaba parando acidentalmente em um planeta habitado apenas por alguns prisioneiros com a síndrome do duplo Y. Ali, ela encontra novos aliados para enfrentar novamente um Xenomorfo, agora ainda mais forte e ágil que os anteriores. Os novos personagens apresentados são interessantes, e Fincher consegue desenvolvê-los muito bem. Além disso, a ambientação na prisão é bastante intrigante e mantém o nível de qualidade da série.
No entanto, o que realmente prejudica o filme é o uso de CGI, que para a época era algo novo e arriscado, e que não envelheceu bem. O Xenomorfo fica estranho e destoa completamente do restante do cenário, tornando-se uma verdadeira falha nas cenas. Além disso, aqui temos a despedida de Ripley da franquia (pelo menos é isso que o final sugere). Não acho que tenha sido um encerramento grandioso e expressivo para uma personagem tão querida, mesmo que tenha sido por um motivo heroico.
Com isso, diria que Alien 3 tem seus momentos bons, mas peca nos aspectos mencionados. Ripley fará falta na franquia, e os próximos filmes terão que se esforçar para preencher esse vazio.
Síndrome da China
3.7 39 Assista AgoraExcelente filme.
"The China Syndrome" nos apresenta a repórter Kimberly Wells, que junto com sua equipe, testemunha um acidente dentro de uma usina nuclear. Ela então se empenha em descobrir a verdade e evitar uma terrível tragédia.
O filme é bastante realista em sua história e narrativa. As cenas de reportagem muitas vezes parecem reais, transmitindo a tensão e imprevisibilidade que são características do jornalismo investigativo. As atuações são fantásticas, principalmente as de Jane Fonda e Jack Lemmon.
É um ótimo filme que certamente manterá o espectador tenso do início ao fim. Além disso, deixa uma grande reflexão: quantos desastres ao longo da história humana poderiam ter sido evitados se o ego e a ganância não tivessem prevalecido?
A Volta do Dr. Phibes
3.6 42Consolidação de grandes personagens.
"Dr. Phibes Rises Again" é uma continuação que, na minha opinião, supera o primeiro filme. Os planos assassinos exagerados e extravagantes, os personagens carismáticos e o toque de humor leve tornam este filme muito divertido e atraente.
A história continua diretamente do primeiro filme. Desta vez, Dr. Phibes viaja para o Egito acompanhado de uma "phibegirl" bastante emblemática para a duologia. Sua missão é encontrar um portal que o permitirá ressuscitar sua amada esposa. Temos o retorno de personagens queridos, como o grande e inútil Inspetor Trout e seu chefe Warvely (sempre alguns passos atrás de Phibes), Ambrose com seu sotaque marcante e, é claro, Dr. Phibes.
É um filme excelente, na minha opinião. Curti demais e dei muitas risadas.
O Cristal Encantado
3.6 91 Assista AgoraAlta fantasia com cenários e seres místicos criativos, mas com uma história um tanto clichê.
Este filme se destaca pela qualidade dos fantoches e dos seres místicos e fantasiosos apresentados, evidenciando mais uma vez o talento criativo de Frank Oz para elaborar designs interessantes, assim como para ambientar os cenários. No entanto, a história do filme segue uma estrutura bastante clichê, sendo essencialmente a típica jornada do herói: um personagem principal, um companheiro que o acompanha e auxilia em sua jornada, uma missão de grande importância e vilões, é claro.
Infelizmente, devido ao fato de todos os personagens serem fantoches, muitas cenas e momentos intensos são limitados. A expressão das emoções dos personagens torna-se difícil, o que prejudica a conexão com eles.
Apesar desses aspectos, o filme consegue ser divertido e entrega um universo fantasioso vibrante e cheio de vida. Depois de "Labirinto", este é o segundo melhor filme de Jim Henson, na minha opinião.
A Comissária
3.7 3O filme tem uma história marcante e conta com boas atuações, mas não consegui me envolver totalmente com ele.
Uma respeitada comissária do Exército Vermelho descobre que está grávida e vê isso como uma fraqueza, algo que não desejava para si. Ao ir morar com uma família judia, Vavilova gradualmente começa a apreciar a vida de mãe.
O filme se destaca, ao meu ver, pela sua fotografia e pela qualidade do trabalho de câmera, especialmente considerando a época em que foi produzido. Talvez seja o filme russo mais impressionante nesse aspecto que já vi. No entanto, a história não conseguiu me cativar totalmente. Mesmo com as boas atuações, não consegui me conectar muito com os personagens.
Gostaria sinceramente de ter apreciado mais este filme, mas acho que não é exatamente o meu estilo.
A Luz é para Todos
3.8 62 Assista AgoraBom, com temas ainda relevantes.
Um escritor é contratado para escrever uma série sobre antissemitismo e, para isso, decide se passar por judeu para experimentar de perto o que é ser discriminado.
O filme apresenta momentos poderosos que nos levam a refletir sobre a fragilidade da mentalidade humana quando se trata de enxergar o próximo como igual. Produzido pouco após a Segunda Guerra Mundial, o filme ainda está imerso nessa discussão, com referências indiretas às ditaduras da época, o que contextualiza muito bem a narrativa.
O ritmo da produção é um pouco lento, o que pode não agradar a todos, e há algumas inconsistências lógicas em certos momentos. Por exemplo, o personagem principal se passa por judeu, mas não adota nenhum costume ou ritual judaico, limitando-se apenas a afirmar sua identidade.
No geral, é uma boa produção. Oferece momentos de reflexão e aborda temas que ainda são relevantes nos dias de hoje.
Prison Break - O Resgate Final
4.0 334Desenvolvimento um pouco fraco, mas um bom desfecho.
Este filme explora os eventos que ocorrem após o final da quarta temporada da série, servindo como uma explicação para a cena final de Prison Break.
Infelizmente, o filme sofre do problema comum encontrado em longas derivados de séries, que é a dificuldade em desenvolver alguns arcos de maneira satisfatória. Como estamos acostumados com o ritmo das tramas da série, aqui as coisas precisam ser iniciadas e concluídas rapidamente, o que resulta em um ritmo acelerado demais.
Apesar desse problema, é possível se envolver com o filme e aproveitar mais um pouco da mente genial de Scofield. Sem dúvida, é sempre interessante ver seus planos e sua equipe em ação. No entanto, pessoalmente também preferiria que o final fosse aqui. A história parece estar bem encerrada e o desfecho é realista e satisfatório. Após quatro temporadas de muita tensão, só queremos ver os personagens felizes e livres de qualquer ameaça.
Agora só me resta assistir à quinta (e desnecessária) temporada. Prison Break se tornou uma das minhas séries favoritas, e espero não me decepcionar.
Invasão Zumbi
4.0 2,1K Assista AgoraMuito além de um simples filme de zumbis.
"Train to Busan" nos apresenta a história de um pai que embarca em uma viagem de trem para levar sua filha à cidade de Busan, onde sua ex-esposa aguarda para ficar com ela. Seok-Woo é um pai distante devido ao trabalho, e sua relação com sua filha é frágil. Quando um surto zumbi irrompe, todas as suas diferenças com sua filha são postas à prova, e ele precisa deixar de lado seu orgulho e status social para garantir a sobrevivência.
O filme aborda temas sociais profundos, como confiança, discriminação e empatia, em um contexto em que o senso de comunidade é fragilizado pelo vírus que transforma as pessoas em seres irracionais sedentos por violência. Os personagens são muito humanos, e é interessante observar como eles se adaptam à situação. Temos diversas pessoas de diferentes classes sociais e estilos de vida juntas em um trem, onde sobreviver poderá ser uma escolha coletiva ou individual.
Este é um excelente filme coreano que, mesmo com um orçamento modesto, consegue criar uma atmosfera tensa e uma história envolvente.
Olhos Famintos 2
2.9 616Um pouco melhor e mais intenso que o primeiro.
Desta vez, o filme se concentra em dois arcos: um envolvendo um time de basquete e outro uma família que teve seu caçula capturado pelo The Creeper. Na minha opinião, se o filme tivesse dado mais destaque à história do pai e do filho, teria se saído melhor. O enredo do time de basquete é um tanto 'sem sal".
Em termos técnicos, a produção oferece momentos interessantes e utiliza bem os efeitos práticos para criar a atmosfera estranha e destrutiva que o monstro representa. O CGI não envelheceu tão bem, mas não chega a ser algo que incomode ou pareça engraçado. As atuações não são de alto nível; são um tanto amadoras, como é de se esperar em filmes desse gênero, com atores iniciantes. No entanto, como mencionei antes, o pai e o filho que perseguem o The Creeper realmente se destacam, assim como o próprio monstro.
Sinto que este filme tem mais carisma que o primeiro e me surpreendeu ao ser melhor em vários aspectos. Estou ansioso para ver como será o próximo!
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraAnimação espetacular.
"Your Name." oferece um enredo incrível em todos os sentidos, acompanhado de uma das melhores animações que já vi em um anime.
Na minha opinião, a história deste filme pode ser interpretada de várias maneiras. Apesar de tentar transmitir uma mensagem única no final, é evidente que seu tom fantasioso permite ao espectador uma experiência única ao tentar compreender os detalhes sutis deixados ao longo da trama.
Os cenários do filme são simplesmente deslumbrantes. Nunca vi um trabalho tão bem elaborado como este. As animações são fluidas e certamente agradarão a todos, até mesmo aqueles que não estão familiarizados com animações japonesas.
Uma história bonita e bem escrita, protagonistas talvez não tão originais, mas com um grande desenvolvimento, aliados a um excelente trabalho técnico, tornam "Your Name." um filme verdadeiramente fantástico.
O Abominável Dr. Phibes
4.0 126Divertido e bastante interessante.
"O Abominável Dr. Phibes" é um filme verdadeiramente original, cheio de personalidade.
A trama segue um médico determinado a vingar a morte de sua esposa, após nove médicos falharem em salvá-la durante uma cirurgia. O filme combina humor e elementos de terror, embora este último não seja tão proeminente. O baixo orçamento da produção contribui para criar momentos engraçados em certas cenas, mas é admirável como ainda conseguiram criar sequências interessantes e bem executadas. Além disso, o elenco é muito bom, entregando atuações convincentes e carismáticas.
Phibes apresenta características semelhantes ao Jigsaw de "Jogos Mortais", especialmente evidente na cena final, onde é apresentado um mecanismo que poderia ter sido elaborado por ele, assim como a motivação por trás.
"O Abominável Dr. Phibes" prova que um baixo orçamento não determina a qualidade de um filme. Ele cumpre o que promete e deixa uma impressão positiva no geral.
Vênus em Fúria
3.6 12Do gênero, o mais conciso.
É um filme sólido que retrata um homem com transtorno fetichista.
Um escritor se envolve com uma modelo, mas seus desejos vão além do que ela pode aceitar, resultando em um relacionamento marcado por amor e ódio.
A direção e a fotografia são boas. A abordagem criativa da câmera, embora às vezes pareça amadora, adiciona um charme. A estética remete aos anos 60/70 e aproveita a tendência dos filmes eróticos/românticos da época, mas se destaca por não ser apenas mais um do gênero, oferecendo momentos reflexivos e um desenvolvimento de personagens convincente.
É uma boa obra, embora a trilha sonora repetitiva possa cansar em alguns momentos. No geral, me surpreendeu.
Lucy In The Sky: Uma Lágrima na Imensidão
2.6 56 Assista AgoraO filme mais fraquinho da Natalie Portman que já vi até hoje.
É bonito visualmente, tem uma mensagem interessante e consegue ter bons momentos, mas é bem cansativo e monótono.
A produção pecou muito no ritmo; ficamos meio que 1h sem nada de interessante acontecendo (o filme tem 2h de duração) e só nos resta ir acompanhando as cenas e ver onde tudo vai dar.
"Quando você olha para o abismo, o abismo te olha de volta" é uma frase que cabe aqui. A personagem, após voltar do espaço em uma missão da NASA, começa a entrar em crises existências, enxergando a vida na terra com 'pouco sal', desenvolvendo um fascínio tremendo por voltar a ver a vastidão do universo lá de cima novamente.
É interessante em alguns momentos. Tem seu charme mas não foi o bastante para ser um filme bom.
Maridos e Esposas
3.9 108 Assista AgoraUm excelente mockumentary.
Este é o segundo filme dirigido e estrelado por Woody Allen que assisto. O primeiro foi "Zelig", mas achei este muito mais interessante e cativante.
O filme apresenta uma história simples, com personagens enfrentando conflitos em seus relacionamentos. São quatro casais de amigos, onde um par observa o casamento desmoronar do outro, o que os leva a repensar suas próprias situações.
A produção oferece boas atuações, uma história envolvente, um bom desenvolvimento de personagens e diálogos excelentes. Woody Allen, além de ser um excelente roteirista e diretor, se destaca também como ator, ao lado de Mia Farrow e do grande Liam Neeson, que me surpreendeu.
Um filme ótimo.