Aparentemente um filme sobre câncer abordado pela temática ''Tribunal'', porém justamente outra coisa. É cheio de pitadas de sensibilidade em meio à frase ''Como lidar?'' que permeia toda a película e que tristemente só é entendida em seu término.
O presente do filme é a dúvida em que ele nos põe durante seu decorrer. Uma fotografia muito bem pensada e que deu um ar incrivelmente elegante e imaginativo que fez um ótimo contraponto à história que aparentemente é comum. A edição funciona muito bem em conjunto com a trilha sonora incidental. Podemos enxergar claramente em O Presente o conjunto básico de ''como se fazer um filme'' realizado da sua melhor maneira por um estreante, Joel Edgerton mostra-se promissor.
Dennis Villeneuve prova a cada filme que têm uma mão forte como diretor e mostra em tela que sabe o que faz. Com um roteiro adaptado de um livro extremamente complexo, apresenta sua característica mais marcante que é a capacidade de contar histórias sem a cansativa utilização de diálogos e com uma abordagem imagética sempre muito bem proposta. As direções de fotografia dos seus filmes são sempre um colírio para os olhos e em especial em Sicário, a trilha sonora merece ser lembrada por imbuir ao filme um ar de apreensão durante toda a sua extensão. Só nos resta esperar que Villeneuve mantenha-se assim, focado e com os pés no chão e nos entregar sempre ótimas obras cinematográficas.
O filme me lembrou em certos pontos Cisne Negro, muito pelo fato da existência de um conflito interno envolvendo a carreira profissional. Porém só neste quesito, já que trata justamente da paranóia em si e como ela afeta o modo de vida de quem não tem uma mente bem constituída. Perfect Blue trabalha com uma edição precisa, um roteiro genial que se explica completamente no final e que te deixa o filme inteiro na mesma situação que sua protagonista Mima. A sucessão de acontecimentos foi selecionada com uma qualidade inacreditável pra quem estava debutando no cinema em 1997. Uma pena que Satoshi Kon tenha nos deixado tão cedo.
O filme caminha no ritmo de uma composição musical. Like Sunday, Like Rain é sensível ao abordar dois músicos como protagonistas, normalmente feito por personagens que encontram-se em igualdade etária e não utilizando de tanta diferença. Esta sendo realmente de idade, já que o personagem Reggie têm, como podemos dizer, uma ''alma velha'' e consegue compreender como caminha a vida de Barbara desde muito cedo após conhecê-la. A fotografia transformou um filme que poderia ser considerado como sessão da tarde em uma obra alheia aos filmes mais conhecidos, sendo único em sua própria maneira. Suave, melancólico e consistente.
Vi esse filme esperando algo completamente diferente. Esperava uma exaltação de nova york e dois personagens aproveitando o que a cidade teria de melhor. Pelo contrário, com uma narrativa por vezes Lynchiana aborda temas obscuros do sonho americano, tratado desta vez internamente, onde o personagem de Joe Buck foge de sua terra natal, o tal ''adorado'' Texas. Nova York, mais uma vez tema de filme, neste é abordado à la Taxi Driver. De forma suja, putrificante e melancólica. Por várias vezes me peguei sentindo uma tristeza inexplicável ao assistir, ao nos mostrar uma química perfeita entre Dustin Hoffman (em início de carreira e mostrando ser fenomenal desde cedo) e Jon Voight, que pra mim até então além de ser o pai da Angelina Jolie era o cara de Anaconda e Ray Donovan, neste filme me fez engolir toda a ignorância que eu tinha para com sua carreira. Com uma trilha sonora pontual e de encaixe lírico perfeito para o tema do filme, Perdidos na Noite é uma das obras primas da New Wave do cinema hollywoodiano.
Para fugir do submerso é preciso antes ter caído na água. Uma declaração de amor à saudade, memórias e sentimentos de quem carrega o peso de alguém. Lírico. Único.
Um primeiro ato incrivelmente interessante que poderia ser tremendamente melhor construído. Desenvolvimento fraco e inconsistente que leva a um final satisfatório porém sem novidades.
Uma análise social de como a intolerância gera consequências catastróficas no psicológico do ser humano. Seja o intolerante ou a vítima. Um belo retrato de um dos piores momentos do Canadá.
Richard Ayoade é praticamente um Wes Anderson britânico, porém, diferente deste, trabalha com uma edição dinâmica e um diálogo muito bem interpretado pelos seus personagens em tela, principalmente por Craig Roberts, que mesmo quando não fala nada, diz muito.
Muitos filmes mostram como a guerra pode modificar as pessoas para o mal, em A Lista de Schindler porém vemos o contrário. Oskar Schindler era arrogante, fechado em sua bolha de riqueza e poder, se vê em um dilema moral ao vivenciar os terrores do nazismo. Uma ótima escolha de papel ao colocar Liam Neeson como Oskar. Em planos abertos, Schindler mostra-se imponente em sua altura frente a todos, em especial nas cenas finais onde fala na frente de todos os judeus que salvou. Uma verdadeira obra prima por parte de Spielberg.
Prezo muito por filmes feitos com o coração, e aqui está um belo exemplo disso. Filhos do Paraíso é lindo, simples e escrito de forma sublime. O entendimento da situação complicada da família pelos dois irmãos é tão sincero que me enche os olhos, não somente por serem crianças, mas por utilizar do olhar como forma de expressar os sentimentos.
Violência e pesar encontram-se para juntos enfrentarem o que é supera-los. Olivia Colman se entrega de corpo e alma para o papel, me deixou de boca aberta como a sensação de medo e impotência pode ser transmitida por uma atriz com tanta veracidade. Um ótimo filme.
Uma forma inteligente de mostrar como a aceitação de um pequeno grupo é muito mais importante do que a fama em grande escala. O personagem de Domhall Gleeson era aquele rapaz que sempre quis ser famoso, porém precisava de algo que pudesse levá-lo ao estrelato. Ao conhecer a excentricidade de Frank, ele começa a perceber que o que realmente importa é se sentir acolhido de forma verdadeira, mesmo que por pouco tempo. Atuação sensível e por muito corporal de Michael Fassbender, que imprime um caráter extremamente carismático ao seu personagem.
Asa Butterfield apresenta uma atuação sólida e crível de um jovem autista sinestésico. O roteiro te leva a pensar que o filme se trata de algo relacionado com a superação mental de um garoto prodígio, porém percebe-se que não se trata bem disso, mas sim de uma bonita história de como lidar com a perda. Possuindo uma trilha sonora incrível, composta somente de instrumentos de corda e com uma fotografia impecável, o filme cativa como poucos.
Um roteiro simplista com uma ideia arrasadora por trás. Faz do do cachorro o personagem mais bem construído da trama. Esteticamente impecável, possui um jogo de câmeras muito inteligente e perspicaz. Tem um plano final de encher os olhos de lágrimas.
Ok, preciso de um pouco de tempo pra digerir esse filme. Mads Mikkelsen está sensacional no papel, que acontece de ser uma história real. Nunca imaginei que tivessem feito um filme sobre o ocorrido, que consegue reproduzir o clima com perfeição. A crítica do filme é feita ao modo como mentiras, quando não questionadas e repetidas muitas vezes, acabam por ser tomadas como verdades. O caso Michael Jackson foi incrivelmente parecido, que me faz sentir vergonha por ter um dia pensado na probabilidade de que algo realmente tivesse acontecido. Lukas enfrenta toda a situação como um homem que não deve nada a ninguém, passando a aura de serenidade durante grande parte do filme. Belo trabalho de atuação, direção por parte de Thomas Vinterberg, que com essa obra nos mostra que desde seu dogma 95, continua virtuoso como sempre.
Diferentemente de Os Sonhadores, os personagens não possuem qualquer tipo de sinergia, não se enxerga cumplicidade entre eles, não sei afirmar se é pela falta de talento ou por qualquer outro motivo. Não me pegou.
Manhattan
4.1 595 Assista AgoraTermina com um sorriso que sintetiza todo o filme.
Uma Prova de Amor
4.2 2,9K Assista AgoraAparentemente um filme sobre câncer abordado pela temática ''Tribunal'', porém justamente outra coisa. É cheio de pitadas de sensibilidade em meio à frase ''Como lidar?'' que permeia toda a película e que tristemente só é entendida em seu término.
O Presente
3.4 832 Assista AgoraO presente do filme é a dúvida em que ele nos põe durante seu decorrer. Uma fotografia muito bem pensada e que deu um ar incrivelmente elegante e imaginativo que fez um ótimo contraponto à história que aparentemente é comum. A edição funciona muito bem em conjunto com a trilha sonora incidental. Podemos enxergar claramente em O Presente o conjunto básico de ''como se fazer um filme'' realizado da sua melhor maneira por um estreante, Joel Edgerton mostra-se promissor.
Sicario: Terra de Ninguém
3.7 944 Assista AgoraDennis Villeneuve prova a cada filme que têm uma mão forte como diretor e mostra em tela que sabe o que faz. Com um roteiro adaptado de um livro extremamente complexo, apresenta sua característica mais marcante que é a capacidade de contar histórias sem a cansativa utilização de diálogos e com uma abordagem imagética sempre muito bem proposta. As direções de fotografia dos seus filmes são sempre um colírio para os olhos e em especial em Sicário, a trilha sonora merece ser lembrada por imbuir ao filme um ar de apreensão durante toda a sua extensão. Só nos resta esperar que Villeneuve mantenha-se assim, focado e com os pés no chão e nos entregar sempre ótimas obras cinematográficas.
Perfect Blue
4.3 815O filme me lembrou em certos pontos Cisne Negro, muito pelo fato da existência de um conflito interno envolvendo a carreira profissional. Porém só neste quesito, já que trata justamente da paranóia em si e como ela afeta o modo de vida de quem não tem uma mente bem constituída. Perfect Blue trabalha com uma edição precisa, um roteiro genial que se explica completamente no final e que te deixa o filme inteiro na mesma situação que sua protagonista Mima. A sucessão de acontecimentos foi selecionada com uma qualidade inacreditável pra quem estava debutando no cinema em 1997. Uma pena que Satoshi Kon tenha nos deixado tão cedo.
Um Domingo de Chuva
3.5 67O filme caminha no ritmo de uma composição musical. Like Sunday, Like Rain é sensível ao abordar dois músicos como protagonistas, normalmente feito por personagens que encontram-se em igualdade etária e não utilizando de tanta diferença. Esta sendo realmente de idade, já que o personagem Reggie têm, como podemos dizer, uma ''alma velha'' e consegue compreender como caminha a vida de Barbara desde muito cedo após conhecê-la. A fotografia transformou um filme que poderia ser considerado como sessão da tarde em uma obra alheia aos filmes mais conhecidos, sendo único em sua própria maneira. Suave, melancólico e consistente.
Perdidos na Noite
4.2 323 Assista AgoraVi esse filme esperando algo completamente diferente. Esperava uma exaltação de nova york e dois personagens aproveitando o que a cidade teria de melhor. Pelo contrário, com uma narrativa por vezes Lynchiana aborda temas obscuros do sonho americano, tratado desta vez internamente, onde o personagem de Joe Buck foge de sua terra natal, o tal ''adorado'' Texas. Nova York, mais uma vez tema de filme, neste é abordado à la Taxi Driver. De forma suja, putrificante e melancólica. Por várias vezes me peguei sentindo uma tristeza inexplicável ao assistir, ao nos mostrar uma química perfeita entre Dustin Hoffman (em início de carreira e mostrando ser fenomenal desde cedo) e Jon Voight, que pra mim até então além de ser o pai da Angelina Jolie era o cara de Anaconda e Ray Donovan, neste filme me fez engolir toda a ignorância que eu tinha para com sua carreira. Com uma trilha sonora pontual e de encaixe lírico perfeito para o tema do filme, Perdidos na Noite é uma das obras primas da New Wave do cinema hollywoodiano.
Garotos
3.8 604 Assista AgoraUma trilha sonora impecável que faz um filme leve e despretensioso. Tocante e profundo sem aparentar superficialmente. Ótimo filme.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraPara fugir do submerso é preciso antes ter caído na água. Uma declaração de amor à saudade, memórias e sentimentos de quem carrega o peso de alguém. Lírico. Único.
Lugares Escuros
3.1 411 Assista AgoraUm primeiro ato incrivelmente interessante que poderia ser tremendamente melhor construído. Desenvolvimento fraco e inconsistente que leva a um final satisfatório porém sem novidades.
Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer
4.0 888 Assista AgoraFlerta com o independente e o mainstream, não sendo nem um e nem outro. Real. Forte.
Politécnica
4.0 197Uma análise social de como a intolerância gera consequências catastróficas no psicológico do ser humano. Seja o intolerante ou a vítima. Um belo retrato de um dos piores momentos do Canadá.
Submarine
4.0 1,6KRichard Ayoade é praticamente um Wes Anderson britânico, porém, diferente deste, trabalha com uma edição dinâmica e um diálogo muito bem interpretado pelos seus personagens em tela, principalmente por Craig Roberts, que mesmo quando não fala nada, diz muito.
A Lista de Schindler
4.6 2,3K Assista AgoraMuitos filmes mostram como a guerra pode modificar as pessoas para o mal, em A Lista de Schindler porém vemos o contrário. Oskar Schindler era arrogante, fechado em sua bolha de riqueza e poder, se vê em um dilema moral ao vivenciar os terrores do nazismo. Uma ótima escolha de papel ao colocar Liam Neeson como Oskar. Em planos abertos, Schindler mostra-se imponente em sua altura frente a todos, em especial nas cenas finais onde fala na frente de todos os judeus que salvou. Uma verdadeira obra prima por parte de Spielberg.
Filhos do Paraíso
4.4 344 Assista AgoraPrezo muito por filmes feitos com o coração, e aqui está um belo exemplo disso. Filhos do Paraíso é lindo, simples e escrito de forma sublime. O entendimento da situação complicada da família pelos dois irmãos é tão sincero que me enche os olhos, não somente por serem crianças, mas por utilizar do olhar como forma de expressar os sentimentos.
Tiranossauro
4.0 236 Assista AgoraViolência e pesar encontram-se para juntos enfrentarem o que é supera-los. Olivia Colman se entrega de corpo e alma para o papel, me deixou de boca aberta como a sensação de medo e impotência pode ser transmitida por uma atriz com tanta veracidade. Um ótimo filme.
Frank
3.7 599 Assista AgoraUma forma inteligente de mostrar como a aceitação de um pequeno grupo é muito mais importante do que a fama em grande escala. O personagem de Domhall Gleeson era aquele rapaz que sempre quis ser famoso, porém precisava de algo que pudesse levá-lo ao estrelato. Ao conhecer a excentricidade de Frank, ele começa a perceber que o que realmente importa é se sentir acolhido de forma verdadeira, mesmo que por pouco tempo. Atuação sensível e por muito corporal de Michael Fassbender, que imprime um caráter extremamente carismático ao seu personagem.
X + Y
4.0 105Asa Butterfield apresenta uma atuação sólida e crível de um jovem autista sinestésico. O roteiro te leva a pensar que o filme se trata de algo relacionado com a superação mental de um garoto prodígio, porém percebe-se que não se trata bem disso, mas sim de uma bonita história de como lidar com a perda. Possuindo uma trilha sonora incrível, composta somente de instrumentos de corda e com uma fotografia impecável, o filme cativa como poucos.
Hacker
2.5 283 Assista AgoraCenas de ação bem realizadas, ótima fotografia. Somente. Atuações medíocres e uma história incoerente que deixam um filme de 2 horas parecer ter 5.
Deus Branco
3.7 178Um roteiro simplista com uma ideia arrasadora por trás. Faz do do cachorro o personagem mais bem construído da trama. Esteticamente impecável, possui um jogo de câmeras muito inteligente e perspicaz. Tem um plano final de encher os olhos de lágrimas.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraOk, preciso de um pouco de tempo pra digerir esse filme. Mads Mikkelsen está sensacional no papel, que acontece de ser uma história real. Nunca imaginei que tivessem feito um filme sobre o ocorrido, que consegue reproduzir o clima com perfeição. A crítica do filme é feita ao modo como mentiras, quando não questionadas e repetidas muitas vezes, acabam por ser tomadas como verdades. O caso Michael Jackson foi incrivelmente parecido, que me faz sentir vergonha por ter um dia pensado na probabilidade de que algo realmente tivesse acontecido. Lukas enfrenta toda a situação como um homem que não deve nada a ninguém, passando a aura de serenidade durante grande parte do filme. Belo trabalho de atuação, direção por parte de Thomas Vinterberg, que com essa obra nos mostra que desde seu dogma 95, continua virtuoso como sempre.
Amores Imaginários
3.8 1,5KDiferentemente de Os Sonhadores, os personagens não possuem qualquer tipo de sinergia, não se enxerga cumplicidade entre eles, não sei afirmar se é pela falta de talento ou por qualquer outro motivo. Não me pegou.
Educação
3.8 1,2K Assista AgoraMensagem poderosa, atuações sinceras em uma realização simples.
Não Matarás
4.1 131A realidade quando bate, fica em poucos. Necessita ser sentido.