O silêncio está muito presente no cinema, principalmente na Europa, é bem comum encontrarmos um filme onde os protagonistas são cercados de uma alma silenciosa para, enfim, desenvolver através de gestos e alguns artifícios técnicos - como fotografia, por exemplo - o que se passa, realmente, com as personagens. No caso de "Casa Vazia", filme de 2004, dirigido pelo excelente Kim Ki Duk, o silêncio é muito mais do que um artifício, passa a ser uma entidade, um personagem complexo, talvez, o maior personagem do filme.
O documentário se preocupa em, unicamente, registrar o ser humano Moacir que, assim como vários outros, possui uma habilidade de expressão artística incrível. Essa afirmação, evidentemente, não tira os méritos particulares de Moacir que, mesmo com suas dificuldades de comunicação e deficiência óssea, assim como a vida extremante simples que leva, consegue exprimir ideias enigmáticas em formas de desenhos, seja no papel, na parede da casa que vive ou em metais, afim de exibi-los para a comunidade em sua bicicleta. Ora, outrora, o mesmo criava sua arte enrolado em lençol, se escondendo do mundo para isolar seus pensamentos em prol ao registro da sua complexa visão.
Bem, eu já pensei em me matar diversas vezes, mas quando só se pensa, é uma coisa. O problema é quando o pensamento se torna um objetivo, aqui tento explicar, a ideia de se matar ultrapassa a sua intenção para com o futuro, você começa a analisar toda sua vida, o pensamento da morte acaba, consecutivamente, te matando. O que realmente deve ser a pior parte, há alguma coisa tampando a sua visão. A vida perde a graça, mas não é brincadeirinha, se cortar, se castigar, é não ver sentido algum, como se a vida fosse um show, do qual você não foi convidado e, se foi, foi por engano.
Woody Allen ultrapassa a linha, ao meu ver, de bom diretor, ator, ou gênio do cinema. Ele é um homem, um artista completo. Não possui fãs, ele possui seguidores, esses seguidores não só assistem como são ele. Precisam das ideias dele para se certificar que não estão loucos. Ou seja, se um seguidor do Woody se relaciona com uma seguidora, deve acontecer algum tipo de mágica. Para o bem ou mal mas, sem dúvida, deve render muita compreensão. E é exatamente essa a dificuldade de escrever sobre Woody Allen
Essa ideia é fantástica, lados opostos da guerra estão separados por quartos, cada um com a sua inocência em acreditar que, matar um ao outro, é interesse deles próprios quando, no fundo, são apenas seres humanos em busca de conforto.
Estava louco para assistir esse documentário, pelo fato de ter ganhado em Veneza, superando ótimos filmes como "Miss Violence". Então sabe quando você já vai ver um filme com expectativa alta? Então, aconteceu comigo! Quando vi que esse documentário tinha como proposta algo que adoro, ai fiquei mais feliz ainda. Conhecemos os personagens através de uma estrada de Roma, que dá nome ao Doc. não será desenvolvido nenhuma história com eles, apenas momentos mesmo. Então temos diálogos sobre enguia com um velhinho pescador, fofoca sobre vizinho, enfim, a ideia é dar voz a essas pessoas. Até ai beleza, mas a ideia é a única coisa interessante, pois a realização peca em não se aprofundar em nada. Ao término do filme, não dá para sentir a real intenção do negócio, extremamente monótono inclusive. O que é um pecado. É difícil julgar um documentário como esse pois mostra o real, momentos, então vai muito de cada pessoa. Mas infelizmente foi uma injustiça o que fizeram nessa premiação, o primeiro documentário a receber o prêmio não poderia ser pior. No final do filme, após três tentativas fracassada para chegar ao seu final, pensei comigo mesmo: "Tá vendo sr. Emerson? Não é só o Oscar que comete injustiças!"
"Como é lindo, um filme desse em plena década de setenta poderia cair naquela máxima de um filme polêmico e somente isso, mas nunca se transforma nisso. Pelo contrário, as discussões que surgem são sempre destinadas ao sentimento, isolando qualquer intenção sexual que possa existir e, quando indiretamente acontece, temos o personagem principal narrando os fatos de uma maneira tão doce quanto as meninas/mulheres com quem ele se envolve."
O que mais me impressiona, na verdade, é o potencial filosófico que vai se desabrochando aos poucos. Uma teia de significados, simples, divertidos e profundos que se unem para construir uma reflexão maior que seria o criador e criatura. Criamos constantemente sem, ao menos, entender a dimensão de criar.
"We are the Best" ou "Nós somos os Melhores", como ficou a tradução, pode ser muito bem entendido como uma experiência pura e simplista de aproveitar a inquietação de crescer. Buscamos incansavelmente todos os dias meios para nos assumir, qualquer que seja nosso segredo. O visual transgressor e a alma punk, são pequenas coisas perto de duas meninas ( Klara e Bobo ) que, no seu interior, tem tanto a gritar para o mundo. A música é a mãe delas, o que une ambas a um terceiro e, ao meu ver, mais importante ponto do filme: Hedvig. Ela se apresenta como uma entidade artística. Portanto aberta a novos pontos de vistas, preparada para passar adiante o que sabe e aprender aquilo que necessita tanto, a bendita atitude. Como conquistamos ela, senão, pela influência?
Esse é um filme de 1922, mudo, mais conhecido por ser um dos primeiros filmes em cores feitos na história do cinema. É uma experiencia bem diferente ver um longa de uma hora onde a proposta principal é uma mulher a espera do "marido" que claramente nunca o fora. Explorando uma contextualização muito grande, visto que sem ela a obra poderia se tornar cansativo para os nossos olhos ( 2014 ). Mas essa sensação de descobrir artes esquecidas é muito prazeroso. The Toll Of The Sea é tão esquecido que recuperaram tempos mais tarde e tiveram que restaurar as cenas finais, então não deixa de ser emocionante assistir. Vale mais pelas sensações que passa do que a história, já que mesmo para época é bem mais ou menos.
Com um começo meio bobinho, dando a entender ser um filme de comédia bem clichê, que retrata a vida desajeitada de um solteirão, que só quer saber de usar as mulheres, sem vinculo com ninguém, enfim, é aquilo. Ele conhece uma mulher em um trem e faz da pobre moça o seu alvo.
Eu diria que até o meio do filme o personagem principal é insuportável, é difícil acreditar que tantas mulheres - principalmente a tal moça do trem, super inteligente e linda - se interessariam por ele, de tão chato que ele se mostra. Faz besteiras, magoa as pessoas, credo!
Mas ao longo ele vai mudando, principalmente quando se depara com o novo sentimento, até então novo para ele, aliás, o relacionamento dos dois é legal, gostoso de ver, talvez eu estava aberto para um romance italiano, ou simplesmente é meigo mesmo. Não deixa de ser uma boa opção para um dia de chuva, sem estar fazendo nada. Enfim. O que atrapalha bastante é a duração.
Shunji Iwai é um diretor, no mínimo, intrigante. Há alguns anos assisti, por acaso, um filme dele chamado "Vampire" que mexeu tanto comigo a ponto de coloca-lo dentre os meus favoritos. A realidade do sangue, da sede, aliado a fotografia crua, oras perversa, me causou algum impacto, confesso. Depois fui ver "April Story", que é curtinho, história bem simples mas apaixonante. Ontem me peguei assistindo meu terceiro do diretor, "Picnic" fala sobre o fim. Não o fim do mundo, o fim no sentido limite. O olhar sobre a questão a ser tratada é confundida diversas vezes, claro, afinal, os enxergamos com os olhos dos protagonistas, que por sua vez não são nada normais, aliás, quem é mais normal? Eles ou o padre que entregou a bíblia? Só sei que a cena final é linda, na simplicidade ( recorrente na filmografia do diretor ) ele nos faz pensar que o fim é só nosso. E que a loucura é vida e vida é loucura. Resta-nos admirar o mundo em cima dos nossos muros, afinal, é só isso que sabemos fazer.
Fica claro, após terminar o filme, que não se trata de um terror para crianças, como estranhamente exposto na sinopse. Mas é possível sim enxergar um clima que beira a inocência do medo. Aliás, o medo do escuro é uma mescla de inocência. Então faz todo o sentido. O terror é o gênero que melhor pode ser explorado, ao meu ver. Se pegarmos a história do grande cinema americano, veremos que as grandes influências sempre foram os que pendiam para o terror e suas diversas sub-categorias, como o próprio trash. Algumas vezes existe terror no drama. O terror de perder, enfim, o terror do surrealismo. Eu me sinto apavorado com um filme do David Lynch, por exemplo. Então podemos observar que existe uma mistura de sentimentos quando falamos de terror, é literalmente uma viagem, algumas vezes estranha outras nem tanto. O que importa é que somos confrontados com o limite da imaginação. Por isso, essa série de curtas é interessante a ponto de levar a reflexão sobre o estranho. Afinal, todas as simples histórias apresentadas são bizarras e sem muita explicação, cabendo ao visual a capacidade de decifrar. O preto e o branco, como falam esses opostos. As cores mais enigmaticas que existe e, aqui, perfeitamente usada para compor uma falta de linearidade. Enfim, adorei. Obs: Assisti com minha irmã ( de 9 anos ) e ela também gostou bastante. Apesar de ter achado muito difícil.
Fui assistir em uma sessão lotada de meninas - inicialmente até me assustei. Parecia que os créditos iniciais já as emocionavam, claro que imaginei que eram todas fãs do livro, o qual eu não li e não quero ler, principalmente após ver o filme. Não por achá-lo ruim, mas por acreditar ser suficientemente bom.
A experiência do compartilhamento com essas pré-adolescentes me fez muito bem. Seria injusto analisar o filme em base ao meu olhar acostumado com esses filmes de doença. Isso se deve ao que temos como produto, hoje, para nossas jovens. Meninas suicidas, depressão, dependentes do amor etc. Aqui temos uma personagem que vive por viver até que, por acaso, encontra um rapaz, esse rapaz não é vampiro ou tem sua imagem exaltada, ele, pasmem, nem tem a perna. Mas é, como eu disse acima, suficiente bom para a menina. A trata como todas essas meninas que estavam assistindo merecem ser tratadas: Com carinho.
É bom perceber que a emoção que brota não é simplesmente vinculada a imagem dos protagonistas, está direcionado aos seus atos. Tratar bem se torna, então, viver um infinito dentro de um minuto. Aliás, são ensinamentos importantes para essa idade, pois o jovem vive com pressa para aproveitar tudo, mas "a vida é longa demais" e o mais importante de tudo é saber quem te faz bem. Não um príncipe ou vampiro, um cara imperfeito, cheio de dúvidas, que usa o humor para esquecer os seus próprios medos. Enfim, um jovem.
Jamie Uys, diretor desse tesouro perdido, fez um documentário chamado "Os Animais Também são Seres Humanos". Inclusive foi o ganhador do Globo de Ouro do ano de 1975. Uma informação relevante, ao meu ver, visto que em "Dirkie" o cachorrinho é muito ser humano. Digo isso pela sua força mesmo, destro da narrativa. O garoto não está sozinho em nenhum momento, digo mais, luta mais para salvar o cachorrinho do que a própria vida. Se revelando um verdadeiro herói. Outro ponto interessante é os milhões de bilhetes que o pai joga pelo deserto, desejando colocar dicas de sobrevivência, como encontrar água, comida etc ele ouve o seguinte "coloque que você o ama e que logo irá encontrá-lo". É muito gratificante assistir um filme que não é o mais sério possível, aliás, tem um clima bem gostoso e, ainda assim, consegue ser muito sério na mensagem. O filme fala sobre sobrevivência, aquela que vem do coração. Há muitos casos de pessoas perdidas em selvas e desertos, mas eu apostaria que todos aqueles que viveram para contar as suas histórias só o fizeram porque amam e se sentem amados. Encontraram forças para tentar começar novamente. Guia nenhum do mundo te mostra como sobreviver, esse saber vem da sua esperança.
Há! Difícil não gostar de um filme que tem a Rachel McAdams. Não por ser a mulher mais linda do mundo, tampouco por ser das melhores atrizes, mas ela tem olhos e sorriso perfeito. Do tipo que, aos poucos, somos levados a acreditar que está apaixonada pelos atores da qual contracena. Talvez seja paixão por atuar, quem sabe. Independente, "About Time" é um bom passatempo, do tipo que faz bem ao coração. Leve e divertido quando tem que ser, emocionante nos momentos certos e, como é de se esperar, trás consigo uma mensagem otimista sobre a rotina. E, convenhamos, todos nós precisamos delas, uma vez ou outra.
Então, eu estou muito acostumado com filmes ultra polêmicos e o diabo. Já assisti coisa que, se eu contasse para algumas pessoas, elas duvidariam da minha sanidade. Mas uma lição boa que pude tirar do choque é que, por trás dele, sempre existirá um diretor ( louco, pervertido, maniaco, artista etc ) que quer contar a sua história. Dane-se os religiosos e conservadores, existe milhões de pessoas para assistir o mesmo, então eu aplaudo aqueles que se atrevem pensar. Independente do quão agressivo seja a obra escolhida. "Subconscious Cruelty" não existe em troca de nada, é claro que não é uma obra máxima, comparado a Godard, aliás, foda-se Godard. Ele tem um propósito, uma ideia que é moldada e, depois, se apresenta ao espectador do jeito que é, que existe no nosso dia a dia. A realidade não é uma coisa bonita, pelo menos na sua maioria. Esperei assistir uma obra vazia e me deparei com reflexões belíssimas, agradeço mais uma vez ao cinema extremo.
"Acho errado quando um pai fala pro filho que a sua vida é fácil. Seus problemas são inúteis, que só se preocupam em estudar. Assim como acho errado o pai que fala que o filho não tem infância. Pois acaba criando dúvidas sobre o seu presente e desiludindo-o para enfrentar o seu futuro."
Casa Vazia
4.2 409O silêncio está muito presente no cinema, principalmente na Europa, é bem comum encontrarmos um filme onde os protagonistas são cercados de uma alma silenciosa para, enfim, desenvolver através de gestos e alguns artifícios técnicos - como fotografia, por exemplo - o que se passa, realmente, com as personagens. No caso de "Casa Vazia", filme de 2004, dirigido pelo excelente Kim Ki Duk, o silêncio é muito mais do que um artifício, passa a ser uma entidade, um personagem complexo, talvez, o maior personagem do filme.
http://cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2015/01/casa-vazia-2004.html
Moacir Arte Bruta
4.1 6 Assista AgoraO documentário se preocupa em, unicamente, registrar o ser humano Moacir que, assim como vários outros, possui uma habilidade de expressão artística incrível. Essa afirmação, evidentemente, não tira os méritos particulares de Moacir que, mesmo com suas dificuldades de comunicação e deficiência óssea, assim como a vida extremante simples que leva, consegue exprimir ideias enigmáticas em formas de desenhos, seja no papel, na parede da casa que vive ou em metais, afim de exibi-los para a comunidade em sua bicicleta. Ora, outrora, o mesmo criava sua arte enrolado em lençol, se escondendo do mundo para isolar seus pensamentos em prol ao registro da sua complexa visão.
http://cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2015/01/moacir-arte-bruta-2006.html
A Ponte
4.0 301 Assista AgoraBem, eu já pensei em me matar diversas vezes, mas quando só se pensa, é uma coisa. O problema é quando o pensamento se torna um objetivo, aqui tento explicar, a ideia de se matar ultrapassa a sua intenção para com o futuro, você começa a analisar toda sua vida, o pensamento da morte acaba, consecutivamente, te matando. O que realmente deve ser a pior parte, há alguma coisa tampando a sua visão. A vida perde a graça, mas não é brincadeirinha, se cortar, se castigar, é não ver sentido algum, como se a vida fosse um show, do qual você não foi convidado e, se foi, foi por engano.
http://cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2015/02/a-ponte-2006-uma-reflexao-sobre-suicidio.html
Manhattan
4.1 595 Assista AgoraWoody Allen ultrapassa a linha, ao meu ver, de bom diretor, ator, ou gênio do cinema. Ele é um homem, um artista completo. Não possui fãs, ele possui seguidores, esses seguidores não só assistem como são ele. Precisam das ideias dele para se certificar que não estão loucos. Ou seja, se um seguidor do Woody se relaciona com uma seguidora, deve acontecer algum tipo de mágica. Para o bem ou mal mas, sem dúvida, deve render muita compreensão. E é exatamente essa a dificuldade de escrever sobre Woody Allen
http://cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2015/01/manhattan-1979.html
Tangerinas
4.3 243Essa ideia é fantástica, lados opostos da guerra estão separados por quartos, cada um com a sua inocência em acreditar que, matar um ao outro, é interesse deles próprios quando, no fundo, são apenas seres humanos em busca de conforto.
http://cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2015/01/tangerines-2013.html
Mary Está Feliz, Mary Está Feliz
3.9 9Nawarat Techarathanaprasert é a atriz. O diretor é Nawapol Thamrongrattanarit.
Russian Lolita
2.0 16http://cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2014/12/russian-lolita-2007-18.html
Sacro Gra
2.6 7Estava louco para assistir esse documentário, pelo fato de ter ganhado em Veneza, superando ótimos filmes como "Miss Violence". Então sabe quando você já vai ver um filme com expectativa alta? Então, aconteceu comigo!
Quando vi que esse documentário tinha como proposta algo que adoro, ai fiquei mais feliz ainda. Conhecemos os personagens através de uma estrada de Roma, que dá nome ao Doc. não será desenvolvido nenhuma história com eles, apenas momentos mesmo. Então temos diálogos sobre enguia com um velhinho pescador, fofoca sobre vizinho, enfim, a ideia é dar voz a essas pessoas. Até ai beleza, mas a ideia é a única coisa interessante, pois a realização peca em não se aprofundar em nada. Ao término do filme, não dá para sentir a real intenção do negócio, extremamente monótono inclusive. O que é um pecado. É difícil julgar um documentário como esse pois mostra o real, momentos, então vai muito de cada pessoa. Mas infelizmente foi uma injustiça o que fizeram nessa premiação, o primeiro documentário a receber o prêmio não poderia ser pior. No final do filme, após três tentativas fracassada para chegar ao seu final, pensei comigo mesmo: "Tá vendo sr. Emerson? Não é só o Oscar que comete injustiças!"
O Joelho de Claire
3.9 77 Assista Agora"Como é lindo, um filme desse em plena década de setenta poderia cair naquela máxima de um filme polêmico e somente isso, mas nunca se transforma nisso. Pelo contrário, as discussões que surgem são sempre destinadas ao sentimento, isolando qualquer intenção sexual que possa existir e, quando indiretamente acontece, temos o personagem principal narrando os fatos de uma maneira tão doce quanto as meninas/mulheres com quem ele se envolve."
http://cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2014/09/o-joelho-de-claire-1971.html
Ruby Sparks - A Namorada Perfeita
3.8 1,4KO que mais me impressiona, na verdade, é o potencial filosófico que vai se desabrochando aos poucos. Uma teia de significados, simples, divertidos e profundos que se unem para construir uma reflexão maior que seria o criador e criatura. Criamos constantemente sem, ao menos, entender a dimensão de criar.
http://cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2014/08/ruby-sparks-2012.html
Nós Somos as Melhores!
4.1 112"We are the Best" ou "Nós somos os Melhores", como ficou a tradução, pode ser muito bem entendido como uma experiência pura e simplista de aproveitar a inquietação de crescer. Buscamos incansavelmente todos os dias meios para nos assumir, qualquer que seja nosso segredo. O visual transgressor e a alma punk, são pequenas coisas perto de duas meninas ( Klara e Bobo ) que, no seu interior, tem tanto a gritar para o mundo. A música é a mãe delas, o que une ambas a um terceiro e, ao meu ver, mais importante ponto do filme: Hedvig. Ela se apresenta como uma entidade artística. Portanto aberta a novos pontos de vistas, preparada para passar adiante o que sabe e aprender aquilo que necessita tanto, a bendita atitude. Como conquistamos ela, senão, pela influência?
http://cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2014/08/we-are-best-2013.html
The Toll Of The Sea
3.5 3Esse é um filme de 1922, mudo, mais conhecido por ser um dos primeiros filmes em cores feitos na história do cinema. É uma experiencia bem diferente ver um longa de uma hora onde a proposta principal é uma mulher a espera do "marido" que claramente nunca o fora. Explorando uma contextualização muito grande, visto que sem ela a obra poderia se tornar cansativo para os nossos olhos ( 2014 ). Mas essa sensação de descobrir artes esquecidas é muito prazeroso. The Toll Of The Sea é tão esquecido que recuperaram tempos mais tarde e tiveram que restaurar as cenas finais, então não deixa de ser emocionante assistir.
Vale mais pelas sensações que passa do que a história, já que mesmo para época é bem mais ou menos.
Mais um Dia
3.2 1Com um começo meio bobinho, dando a entender ser um filme de comédia bem clichê, que retrata a vida desajeitada de um solteirão, que só quer saber de usar as mulheres, sem vinculo com ninguém, enfim, é aquilo. Ele conhece uma mulher em um trem e faz da pobre moça o seu alvo.
Eu diria que até o meio do filme o personagem principal é insuportável, é difícil acreditar que tantas mulheres - principalmente a tal moça do trem, super inteligente e linda - se interessariam por ele, de tão chato que ele se mostra. Faz besteiras, magoa as pessoas, credo!
Mas ao longo ele vai mudando, principalmente quando se depara com o novo sentimento, até então novo para ele, aliás, o relacionamento dos dois é legal, gostoso de ver, talvez eu estava aberto para um romance italiano, ou simplesmente é meigo mesmo. Não deixa de ser uma boa opção para um dia de chuva, sem estar fazendo nada. Enfim. O que atrapalha bastante é a duração.
Picnic
3.8 13Shunji Iwai é um diretor, no mínimo, intrigante. Há alguns anos assisti, por acaso, um filme dele chamado "Vampire" que mexeu tanto comigo a ponto de coloca-lo dentre os meus favoritos. A realidade do sangue, da sede, aliado a fotografia crua, oras perversa, me causou algum impacto, confesso. Depois fui ver "April Story", que é curtinho, história bem simples mas apaixonante.
Ontem me peguei assistindo meu terceiro do diretor, "Picnic" fala sobre o fim. Não o fim do mundo, o fim no sentido limite. O olhar sobre a questão a ser tratada é confundida diversas vezes, claro, afinal, os enxergamos com os olhos dos protagonistas, que por sua vez não são nada normais, aliás, quem é mais normal? Eles ou o padre que entregou a bíblia? Só sei que a cena final é linda, na simplicidade ( recorrente na filmografia do diretor ) ele nos faz pensar que o fim é só nosso. E que a loucura é vida e vida é loucura. Resta-nos admirar o mundo em cima dos nossos muros, afinal, é só isso que sabemos fazer.
Medo de Escuro
4.0 23Fica claro, após terminar o filme, que não se trata de um terror para crianças, como estranhamente exposto na sinopse. Mas é possível sim enxergar um clima que beira a inocência do medo. Aliás, o medo do escuro é uma mescla de inocência. Então faz todo o sentido.
O terror é o gênero que melhor pode ser explorado, ao meu ver. Se pegarmos a história do grande cinema americano, veremos que as grandes influências sempre foram os que pendiam para o terror e suas diversas sub-categorias, como o próprio trash. Algumas vezes existe terror no drama. O terror de perder, enfim, o terror do surrealismo. Eu me sinto apavorado com um filme do David Lynch, por exemplo.
Então podemos observar que existe uma mistura de sentimentos quando falamos de terror, é literalmente uma viagem, algumas vezes estranha outras nem tanto. O que importa é que somos confrontados com o limite da imaginação. Por isso, essa série de curtas é interessante a ponto de levar a reflexão sobre o estranho. Afinal, todas as simples histórias apresentadas são bizarras e sem muita explicação, cabendo ao visual a capacidade de decifrar. O preto e o branco, como falam esses opostos. As cores mais enigmaticas que existe e, aqui, perfeitamente usada para compor uma falta de linearidade.
Enfim, adorei.
Obs: Assisti com minha irmã ( de 9 anos ) e ela também gostou bastante. Apesar de ter achado muito difícil.
A Culpa é das Estrelas
3.7 4,0K Assista AgoraFui assistir em uma sessão lotada de meninas - inicialmente até me assustei. Parecia que os créditos iniciais já as emocionavam, claro que imaginei que eram todas fãs do livro, o qual eu não li e não quero ler, principalmente após ver o filme. Não por achá-lo ruim, mas por acreditar ser suficientemente bom.
A experiência do compartilhamento com essas pré-adolescentes me fez muito bem. Seria injusto analisar o filme em base ao meu olhar acostumado com esses filmes de doença. Isso se deve ao que temos como produto, hoje, para nossas jovens. Meninas suicidas, depressão, dependentes do amor etc. Aqui temos uma personagem que vive por viver até que, por acaso, encontra um rapaz, esse rapaz não é vampiro ou tem sua imagem exaltada, ele, pasmem, nem tem a perna. Mas é, como eu disse acima, suficiente bom para a menina. A trata como todas essas meninas que estavam assistindo merecem ser tratadas: Com carinho.
É bom perceber que a emoção que brota não é simplesmente vinculada a imagem dos protagonistas, está direcionado aos seus atos. Tratar bem se torna, então, viver um infinito dentro de um minuto. Aliás, são ensinamentos importantes para essa idade, pois o jovem vive com pressa para aproveitar tudo, mas "a vida é longa demais" e o mais importante de tudo é saber quem te faz bem. Não um príncipe ou vampiro, um cara imperfeito, cheio de dúvidas, que usa o humor para esquecer os seus próprios medos. Enfim, um jovem.
A Busca
3.4 714 Assista Agora"- Eu tô procurando meu filho.
- Tá cheio de filho por aqui."
Perdidos No Deserto
3.6 13Jamie Uys, diretor desse tesouro perdido, fez um documentário chamado "Os Animais Também são Seres Humanos". Inclusive foi o ganhador do Globo de Ouro do ano de 1975. Uma informação relevante, ao meu ver, visto que em "Dirkie" o cachorrinho é muito ser humano. Digo isso pela sua força mesmo, destro da narrativa. O garoto não está sozinho em nenhum momento, digo mais, luta mais para salvar o cachorrinho do que a própria vida. Se revelando um verdadeiro herói.
Outro ponto interessante é os milhões de bilhetes que o pai joga pelo deserto, desejando colocar dicas de sobrevivência, como encontrar água, comida etc ele ouve o seguinte "coloque que você o ama e que logo irá encontrá-lo". É muito gratificante assistir um filme que não é o mais sério possível, aliás, tem um clima bem gostoso e, ainda assim, consegue ser muito sério na mensagem. O filme fala sobre sobrevivência, aquela que vem do coração. Há muitos casos de pessoas perdidas em selvas e desertos, mas eu apostaria que todos aqueles que viveram para contar as suas histórias só o fizeram porque amam e se sentem amados. Encontraram forças para tentar começar novamente. Guia nenhum do mundo te mostra como sobreviver, esse saber vem da sua esperança.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraHá! Difícil não gostar de um filme que tem a Rachel McAdams. Não por ser a mulher mais linda do mundo, tampouco por ser das melhores atrizes, mas ela tem olhos e sorriso perfeito. Do tipo que, aos poucos, somos levados a acreditar que está apaixonada pelos atores da qual contracena. Talvez seja paixão por atuar, quem sabe. Independente, "About Time" é um bom passatempo, do tipo que faz bem ao coração. Leve e divertido quando tem que ser, emocionante nos momentos certos e, como é de se esperar, trás consigo uma mensagem otimista sobre a rotina. E, convenhamos, todos nós precisamos delas, uma vez ou outra.
Subconscious Cruelty
3.0 243Então, eu estou muito acostumado com filmes ultra polêmicos e o diabo. Já assisti coisa que, se eu contasse para algumas pessoas, elas duvidariam da minha sanidade. Mas uma lição boa que pude tirar do choque é que, por trás dele, sempre existirá um diretor ( louco, pervertido, maniaco, artista etc ) que quer contar a sua história. Dane-se os religiosos e conservadores, existe milhões de pessoas para assistir o mesmo, então eu aplaudo aqueles que se atrevem pensar. Independente do quão agressivo seja a obra escolhida.
"Subconscious Cruelty" não existe em troca de nada, é claro que não é uma obra máxima, comparado a Godard, aliás, foda-se Godard. Ele tem um propósito, uma ideia que é moldada e, depois, se apresenta ao espectador do jeito que é, que existe no nosso dia a dia. A realidade não é uma coisa bonita, pelo menos na sua maioria.
Esperei assistir uma obra vazia e me deparei com reflexões belíssimas, agradeço mais uma vez ao cinema extremo.
Clube dos Cinco
4.2 2,6K Assista Agorahttp://cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2014/04/clube-dos-cinco-parte-2.html
"Acho errado quando um pai fala pro filho que a sua vida é fácil. Seus problemas são inúteis, que só se preocupam em estudar. Assim como acho errado o pai que fala que o filho não tem infância. Pois acaba criando dúvidas sobre o seu presente e desiludindo-o para enfrentar o seu futuro."
Lilika
3.9 6http://www.cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2014/03/lilika-1970.html
Tudo Que Quiseres
4.2 39http://cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2014/03/todo-lo-que-tu-quieras-2010.html
Um Estranho no Lago
3.3 465 Assista Agorahttp://cronologiadoacaso.blogspot.com.br/2014/02/um-estranho-no-lago-2013.html