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  • Emílio

    Filme nacional que estreia nesta quinta (7) nos cinemas tinha tudo para dar certo, porém tropeça ao incorrer em uma série de equívocos que vão da desinformação à transfobia. Listamos 10 erros grosseiros do filme; confira!

    O novo longa dirigido por Glauber Filho, o mesmo diretor de “Bezerra de Menezes” e “As mães de Chico Xavier”, mantém o pé na espiritualidade e embora seja bem intencionado, comete graves erros em sua execução. Aos quais iremos nos aprofundar mais pra frente.

    Na trama, Sandro é um conquistador cheio de preconceitos, que sofre um ataque de coração em plena noite de Réveillon. Para escapar da morte, precisa de um transplante de urgência. E a salvação vem de onde ele menos espera. Isadora, travesti dona de um salão de beleza da periferia, é vítima de um acidente e se torna a doadora do coração de Sandro.
    Após o transplante, Isadora, em espírito, passa a seguir os passos do publicitário. Enquanto isso, Sandro começa a perceber mudanças de comportamento e passa a enxergar o mundo de uma maneira diferente.

    Uma vez estabelecida essa grande ironia onde um cara machista e homofóbico recebe uma segunda chance graças ao coração de uma travesti, o filme da a entender que teremos pela frente uma história maravilhosa de desconstrução de preconceito, porém não é exatamente isso que o público encontra. Pelo contrário, a comédia acaba reforçando uma série de esteriótipos negativos das travestis.

    São tantos equívocos, que resolvemos listar 10 erros grosseiros de “Bate Coração”; confira:

    1- Atores cis interpretam travestis

    Fica nítido ao ver o filme, que não houve uma preocupação em ouvir as travestis e procurar saber o que as ofende ao serem representadas. Se houvessem travestis com poder de fala envolvidas no projeto, certamente o filme não cometeria tantas gafes que reforçam o preconceito que essa população já sofre.

    2 – Confusão entre homofobia e transfobia

    Momentos antes de sofrer o acidente que irá culminar em sua morte, a personagem Isadora se vê envolvida em um ataque onde dois motoqueiros intimidam duas travestis. Na cena, ela grita “Homofóbicos!”, contudo se eram travestis sendo atacas, o correto seria usar o termo “Transfobicos”. Parece bobagem, mas essas nomenclaturas importam para não invisibilizar o seguimento das travestis e transexuais que são as mais visadas quando o assunto é agressão e assassinatos motivados por LGBTfobia.

    3 – Reforço do esteriótipo de promiscuidade e safadeza

    Após o transplante, o espírito de Isadora passa a acompanhar Sandro e na sequência é criada uma cena onde o transplantado esta tomando banho enquanto a travesti assiste o “boy magia” em seu momento íntimo. Reforçando a ideia de que travesti é um ser estritamente sexualizado e comprometendo a mensagem principal do filme de quebrar com o preconceito. Se de um lado a comédia mostra a importância da doação de órgãos, do outro lado ela cria uma situação para que os homens que possuem a sua masculinidade frágil queiram recusar o coração de travestis e homossexuais. Afinal, já pensou que horrível ter o dono do coração que você herdou te assistindo durante o banho?

    4 – Afetação como alívio cômico

    Ao receber o coração da travesti, o personagem de Sandro passa a sofrer influência e apresentar uma série de comportamentos atípicos: como achar homem gostoso, assistir novela, comédia romântica, reparar no cabelo e nas roupas das mulheres e chega ao extremo de passar batom em sua própria boca. Cena esta que é concluída com os figurantes rindo ao fundo como se ser ou estar afeminado fosse motivo de riso. Infelizmente a influência de Isadora fica limitada aos trejeitos e gostos do personagem, numa camada tão superficial que não chega a contribuir para que ele mude a sua visão de mundo.

    5 – Asco ao beijo em travesti

    Sandro tem um sonho onde é beijado por Isadora. Ao acordar ele coloca a língua pra fora como se fosse vomitar, reagindo com nojo a ideia de beijar uma travesti. Detalhe: essa cena acontece no terceiro ato do filme, quando o personagem já deveria estar desconstruindo de seus preconceitos. Na prática, o que faz o personagem tomar uma nova postura de vida, não tem nada a ver com a travesti, e sim com a interferência de uma criança cis que precisa de um novo coração. Ou seja, da travesti o personagem pegou os trejeitos cômicos, mas foi só com a criança que ele aprendeu algo de valor.

    6 – O Não reconhecimento da travesti como mulher

    Uma das cenas mais bizarras do filme, é o momento onde uma criança que consegue enxergar o espírito de Isadora conversa com Sandro. A criança reconhece a figura de Isadora como mulher, inclusive à confunde como namorada de Sandro. Ao perceber que a guria consegue enxergar o espírito, Sandro pergunta: “Mas é homem ou mulher?”. E a resposta de Isadora não poderia ser pior: ela faz com a mão o gesto de “mais ou menos”, como se não fosse nem homem e nem mulher, ou meio homem e meio mulher. Prestando assim um grande desserviço para as travestis e transexuais da vida real que lutam diariamente para serem reconhecidas como mulheres pela sociedade.

    7 – A “montagem” da trans

    Isadora acorda toda produzida e se surpreende soltando o comentário “Acordei montada”., se referindo ao fato de já estar maquiada. Contudo é importante salientar que travesti e mulher trans são mulheres 24hs por dia, elas não se “montam” como se fosse uma fantasia. Quem se monta e se desmonta é drag queen, que faz isso como forma de arte, que é totalmente diferente de identidade de gênero. Logo, a expressão “montada” poderia ter sido evitado para evitar confusão desnecessária.

    8 – Travestis como associação negativa

    O melhor amigo de Sandro também é a personificação do hétero escroto e em determinado momento do filme duas travesti resolvem se vingar dele invadindo o trabalho do rapaz e produzindo gemidos para que todos que estivessem do lado de fora da sala pudessem pensar que ele estaria fazendo sexo com elas. “Viemos aqui para acabar com a sua reputação”, diz a travesti antes de emitir os gemidos. Após chantagearem o rapaz e conseguirem o que queriam, elas começam a sair da sala, mas não sem antes ouvir do hétero “saiam com discrição”. Reforçando uma ideia errada de que se relacionar com travesti é algo vergonhoso e digno de ser escondido.

    9 – Confusão entre identidade de gênero e orientação sexual

    O filme não deixa claro a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual. Gerando muita desinformação sobre o assunto que eles optaram por se apropriar.

    10 – Machismo

    Como se não bastasse as gafes com a comunidade LGBT, o filme também incorre em machismo. Em uma das cenas duas médicas conversam sobre o bonitão transplantado:

    – Conheço muito bem o tipo, é o Don Juan metido a garanhão
    – Isso é mesmo, não tem jeito, a gente tenta, mas a gente gosta de um cafajeste sincero.

    E corta para outra cena qualquer, sem nenhum tipo de oposição a ideia retrógrada de que mulher gosta mesmo é de homem cafajeste.

    Em meio a tantos equívocos que colaboram para o reforço do preconceito e a desinformação, fica o questionamento de como uma obra como essa conseguiu ser aprovada pela ANCINE (Agência Nacional do Cinema).

    Enquanto as travestis são usadas como alívio cômico por atores e diretores cis, o homem que matou uma travesti e arrancou o seu coração foi absolvido. Poderia ter sido uma história incrível, mas infelizmente foi apenas um grande desserviço que beira a irresponsabilidade. A gente espera que essa crítica chegue aos envolvidos no projeto (que não são poucos) e torce para que eles leiam os apontamentos feitos de peito aberto e que busquem evoluir com eles. Porque um trabalho como esse que poderia contribuir para a quebra do preconceito, apenas colabora para a perpetuação do mesmo. Um erro rude que poderia ter sido evitado se eles estudassem mais sobre o tipo de personagem que eles se dispuseram a trabalhar.

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  • Emílio

    O melhor momento da saga até aqui

    Chega aos cinemas do Brasil mais um capitulo do fenômeno mundial Jogos Vorazes. Com a polêmica divisão do filme em duas partes, “A Esperança – Parte I” tinha tudo para ser aquele filme arrastado do tipo que o povo enche de lingüiça pra sobrar alguma cena decente para a parte II. Mas a boa notícia é que o filme não chega a ser monótono e surpreende por mostrar o melhor momento de Jennifer Lawrence no papel da personagem Katniss Everdeen.

    Se nos dois primeiros filmes a ação predomina por conta dos Jogos Vorazes, neste filme onde não existe jogos o que predomina é o drama, dando assim a abertura necessária para que a atriz Jennifer Lawrence sambasse na cara da sociedade com uma atuação digna de alguém que já ganhou um Oscar.

    Aliás, este é um dos grandes diferencias dessa franquia. Pense por um momento nos protagonistas de Harry Potter (Harry), Crepúsculo (Bella) e O Senhor do Anéis (Frodo), por mais carismáticos que alguns pudessem ser (leia-se: estou excluindo a Bella), eles tinham pouca ou quase nenhuma expressão.

    Em “A Esperança” temos menos confronto físico e mais confronto psicológico, o que torna o filme mais maduro e menos “Missão Impossível”. Encontramos Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) no Distrito 13, após ela literalmente destruir os jogos para sempre. Sob a liderança da Presidente Coin (Julianne Moore) e o aconselhamento de seus amigos, Katniss mais uma vez abre suas asas para salvar Peeta (Josh Hutcherson) e uma nação movida por sua coragem.

    Existem muitos pontos altos nessa história adaptada, tais como os efeitos especiais, a direção de arte, a trilha sonora (Tem “Lorde” ao subir dos créditos! Isso quer dizer que ela pode concorrer ao Oscar na categoria melhor canção ) e a produção que é grandiosa. Destaque para os cenários pós apocalíptico que impressionam com suas ruínas repletas cinzas e esqueletos.

    Mas o que mais se destaca em “A Esperança – Parte I”, é a própria história, que faz uma analogia crítica ao modelo da nossa sociedade que sucumbe frente às exigências de um sistema capitalista, sistema este que visa apenas o próprio interesse e o poder acima de qualquer coisa.

    Dessa vez mais do que assimilar o sistema e colocá-lo em crise, Katniss irá usar das próprias ferramentas dominadoras do sistema (TV e Publicidade) para lutar contra o mesmo. Impossível não associar a história da revolução do filme (salva as suas devidas proporções), com os protestos que tivemos aqui no Brasil ano passado. Pena que não tivemos um “Tordo” para dar seqüência e inspirar a tal revolução na época. [...]

    Como estou escrevendo a crítica dedicado a não soltar muitos spoiler´s, vou dizer apenas que existem cenas choráveis (a que segue após o bombardeio de um hospital <3) e cenas cômicas também, a maioria advindas dos tutores de Katniss que garantem a leveza do filme.

    Precisava dividir o filme em duas partes? Não, não precisavam... Só queriam tirar mais dinheiro da galera mesmo.

    O filme é ruim por conta disso? Não, não é, vai tranqüilo que você vai gostar. Aliás, é o melhor dos 3 já lançados.

    Agora de tudo o que mais incomoda no filme, foi o final que eles escolheram. Se eles tivessem parado 10 minutos antes, na cena em que Katness e Peeta se reencontram seria simplesmente genial. (Haja vista o que se segue deste reencontro).

    Mas não, resolveram continuar e explicar uma cena mega intrigante ao invés de deixar o povo voltar curioso pra casa imaginando ou até mesmo pesquisando o que segue daquela cena “WTF?!”.

    De qualquer forma, “A Esperança – Parte I” corresponde às expectativas e consegue deixar nós reles mortais curiosos para ver o grande desfecho.

    Vou terminar a crítica com uma frase do próprio filme, porque achei digna de reflexão: “São as coisas que mais amamos que nos destroem”.

    #Reflitam
    Vlw, flw!

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  • Emílio

    Nolan mais uma vez mostra porque é um dos melhores diretores da atualidade dando um nó na cabeça do telespectador.

    Chega hoje aos cinemas “Interestelar”, o mais novo filme do diretor Christopher Nolan, famoso por dirigir a “trilogia Batman” e filmes como “Amnésia” e “A Origem”, Nolan se destaca por ter uma carreira curta, porém muito expressiva, conseguindo aplicar ideias conceituais em filmes que também agradam o grande público. É o tipo de diretor que agente pode dizer que agrada a gregos e troianos, e isso se deve as várias camadas que seus filmes costumam ter.

    Em Interestelar não é diferente, mas a coisa mais importante que você precisa saber sobre Interestelar é: quanto menos você souber sobre a história melhor. A grande sacada deste filme esta em seu roteiro e na edição, é o tipo de filme que você termina de ver com vontade de ver de novo justamente para pegar os detalhes que talvez você não tenha reparado na primeira vez .

    De qualquer forma, segue a sinopse comentada da trama para você não chegar tão perdido no cinema: Interestelar se passa em um futuro em que a Terra se torna um lugar inabitável. Destaque para a construção dessa atmosfera, repleta de suspense que muito se assemelha aos filmes de M. Night Shyamalan (O sexto sentido, Sinais, A Vila). Aliás o que não falta no filme são boas referências, que vão desde Kubrick (2001 uma Odisséia no Espaço) à Spilberg (pela forma como o diretor trabalha com a luz).

    Com a promessa de encontrar um jeito de solucionar o problema, um grupo de exploradores descobrem um buraco negro capaz de proporcionar viagens pelo espaço e pelo tempo, além de outras dimensões, com a qual os humanos nunca tinham sonhado. Junto desses exploradores está Cooper (Matthew McConaughey), o grande vencedor do Oscar do ano passado que deu vida ao cowboy homofóbico em “Clube de compras Dallas” agora faz um ex-piloto que precisa deixar sua família para seguir rumo ao espaço.

    Poderia ser apenas mais uma ficção cientifica que nos enche os olhos com belas imagens e nos entretém com uma história mirabolante, mas o filme vai muito além disso quando explora a relação entre pai e filha e consegue emocionar o público (leia-se: eu chorei vendo o filme) quando adicionam em meio a essa relação a questão da viagem no tempo. É de fazer o público parar e pensar: “O que eu tenho feito mesmo com o meu tempo?”.

    Matthew McConaughey brilha mais uma vez e consegue dar as nuâncias que o seu personagem precisa, é uma boa atuação e talvez ele possa sim ser lembrado no Oscar por ela. Já Anne Hathaway (vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante em (Os Miseráveis), esta um tanto quanto inexpressiva na trama e funciona mais para levantar as bolas que McConaughey irá cortar.

    Além de nos deixar tensos e no emocionar, o filme reserva espaço para risadas, a maior parte advindas dos diálogos entre o personagem de Matthew McConaughey e o robô TARS, que consegue ter um carisma acima do normal para um robô. Os diálogo sobre os dois embora engraçados, são profundos e remetem aos limites existentes entre o homem e a máquina.

    Nome certo no Oscar 2015, Interestelar terá fortes chances na categorias técnicas, são elas: melhor edição, melhor mixagem de som, efeitos especiais, direção de arte, fotografia e trilha sonora (aliás Hans Zimmer, estava muito inspirado quando fez essa trilha sonora, que de tão presente no filme acaba quase sendo um personagem da história). É claro que todas essas indicações, se tratam apenas de um palpite deste que vos escreve.

    O filme ainda conta com a excelente atuação dabela Jessica Chastain (Hitórias cruzadas / A Hora mais Escura) que faz o papel da filha do piloto na fase adulta e da participação especial do vencedor do Oscar Matt Damon (Gênio Indomável) que aparece no meio da trama para por um tempero especial na história.

    Vai soar piegas, mas não deixa de ser verdade: Interestelar é um filme que agrada os olhos, preenche o cérebro e de quebra ainda mexe com as nossas emoções. É o tipo de filme imperdível, tanto para quem gosta de filmes com explosões e efeitos especiais, quanto para quem curte um filme mais cabeça.

    PS: Soube no final da sessão que o filme durou cerca de 3 horas. São 3 horas tão bem aproveitadas que eu nem havia reparado! Vale muito apena conferir, sem dúvida um dos melhores filmes do ano.

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  • Filmow
    Filmow

    Emílio,

    Como o filme Maria e João: O Conto das Bruxas (http://filmow.com/maria-e-joao-o-conto-das-bruxas-t265382/) ainda não está sendo exibido comercialmente, o sistema removeu a sua indicação “já vi”. Caso você tenha assistido à obra em alguma mostra ou festival, por favor, confirme data e local no formulário abaixo para reabilitar a sua marcação.

    Esta medida está sendo tomada para zelar pela veracidade e credibilidade do conteúdo publicado no Filmow, reforçando a relação de confiança entre o site e seus usuários.

    Obrigado pela colaboração.
    Equipe Filmow

  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Camila Fernanda
    Camila Fernanda

    aehhhhhhhh o// uahuahau te amo amigoo <3 continue assim sempre escrevendo críticas encantadoras e prazerosas de ler *O*

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