Passei meu 2017 inteiro procurando esse filme. Foi só eu esquecer completamente da existência dele que encontro ele dando bobeira na internet logo no primeiro dia de 2018. Fiz questão de transformá-lo no primeiro filme que assisti no ano. Não minto que já tinha escutado muitas críticas e partes cortadas do filme pelo youtube, mas nada que me entregasse a história mastigada, tanto é que assisti-lo foi uma surpresa.
Fui assistir cheia de expectativa, já sabia o que esperar, até por ter criado uma grande admiração pela Anna depois de "que horas ela volta?", mas em uns 7 minutos de filme grande parte dessa expectativa já tava no lixo. O personagem principal, Pierre, já começa o filme pegando geral em festa, menino sarrando nele, transando com menina no banheiro, usando calcinha. Ou seja: O principezinho da desconstrução paulista. Até aí show, até a cena onde ele começa a empurrar e xingar uma menina que ele tinha uma relação, tudo isso na frente de todos os amigos por ele ter colocado o trabalho dele acima da presença dela de uma maneira humilhante e má educada demais. Nessa hora eu só consegui sentir repulsa pelo personagem por um bom tempo do filme.
Essa repulsa é quebrada quando, como já diz a sinopse, ele descobre que foi roubado, a mãe é presa, ele conhece a nova família e as coisas começam a ficar estranhas, mas ninguém nunca fala sobre o quão estranhas elas estão. Tá todo mundo muito feliz que o Felipe voltou, a casa é incrível, uma família de classe média toda branca, reunida e estruturada, isso o que ele tá passando é uma fase adolescente. Por mais que essas frases não estejam estampadas nem na cara dos pais biológicos dele é essa imagem que os pais estão sempre tentando empurrar com a barriga. Essa forçação fica sufocante num nível que alguém sempre estoura na frente de outras pessoas, seja em lojas, boliches, ou tendo que contactar o porteiro pra literalmente trancar o menino dentro de casa. É sempre uma parada passiva-agressiva (no limite do real) onde todos mantem uma tortura psicológica entre si, até alguém estourar e tudo acabar aí, até esperar o ciclo se repetir. Nesse momento, pra além do ranço inicial do personagem eu me peguei muito reflexiva sobre: eu conseguiria amar alguém que me separou pra sempre e causou um sofrimento terrível na pessoa que eu mais amo? É óbvio que é muito doloroso ter seu filho roubado, mas não consigo idealizar um mundo onde me separassem da minha mãe, prendessem ela e eu ficasse tranquila com isso, em hipótese alguma.
Juntando toda a exposição da família, um conflito psicológico que não consigo nem mensurar, a incapacidade do Pierre de perdoar a família ainda junta aí nessa soma a família estranhar a sexualidade do Pierre. Na casa antiga o jeito dele parecia ser "ok, mas nem tanto", principalmente por ele sempre se maquiar escondido no banheiro, mas ele foi pra uma casa onde passou a ser "absolutamente não" e ele viu na própria sexualidade uma estratégia que servia tanto quanto ataque quanto defesa pra ele dentro desse novo círculo familiar.
Isso tudo você junta num pacote e percebe também que só tem uma personagem negra, a empregada. O que não causa estranhamento em momento nenhum no Pierre porque, por mais na merda que ele esteja, no antigo ciclo dele também só haviam branco, ê laiá. Na verdade nem sei se isso foi proposital no roteiro, mas foi algo que me incomodou muito. Se foi proposital sim: fica aí o pensamento vamos refletir migos; se não: melhore, Anna.
Mais resenhas, pensamentos soltos e listas de filmes no moviely . tumblr . com
É incrível como sempre conseguem trabalhar um personagem babaca, que só faz besteira, como a vítima boazinha que só queria fazer o bem do filme. Não gostei do filme, mas não posso negar que ele em alguns momentos foi como um espelho muito infeliz da realidade.
A Aimee sendo trouxa cada segundo que passa, como euzinha na vida, correndo atrás de homem que CLARAMENTE NÃO VALE A PENA e o Sutter sendo o cara cool que de repente se deu conta que o mundo não girava em torno dele, que as pessoas seguem com a vida e não dava pra ele ficar culpando a mãe por tudo (mesmo ele não pedindo desculpas pra ela em momento algum, que eu me lembre).
Pra mim, o grande ponto fraco do filme foi terminar naturalizando essas questões de um relacionamento que era claramente auto destrutivo como algo natural e bonitinho. Não é, a dependência emocional que a personagem da Shailene tinha não era legal e o jeito que tudo acabou foi escroto da parte dele.
Acho que o ruim desse filme foi que eu queria ver uma história de romance super idealizada na minha cabeça e terminei dando de cara com um filme que retrata bem mais a vida real e como levamos nossas relações, ainda mais na adolescência.
Tem os brancos racistas, os negros que reproduzem racismo, os negros militantes, o garoto negro que não-estava-nem-aí-pra-causa-até-ver-sua-real-importância e as pessoas que comandavam a faculdade que, apesar de ser um branquinho racista do caralho, não pensou duas vezes em botar a cara do próprio filho a tapa só por causa do dinheiro.
Entrei pra faculdade vai fazer um ano e posso dizer que por trás de muitos cult bacaninhas fazendo festas de funk, hip hop ou “homenageando a cultura negra” tem um monte de racistas enrustidos. Esse mundão é cruel e a gente precisa matar um leão por dia pra conseguir viver nele, como a Sam (<3) fez.
No final algumas questões ficaram em aberto, mas acredito que isso tenha sido até proposital. Esse filme me prendeu e chocou tanto que foram 5 estrelas merecidas. Todo o sofrimento de Ale e ela sempre aguentando tudo, tão triste e angustiante, passei metade do filme querendo gritar "MEU DEUS, NÃO EXISTEM ADULTOS NESSA ESCOLA?????".
Um filme interessante. Ao mesmo tempo que cumpre o bê a bá dos contos de fadas, com tudo aquilo da busca pelo amor verdadeiro, a principal ser uma princesa e ter aquele quê gostoso dos musicais da disney ele também mostra uma nova cara da animação e ao mesmo tempo chega a satirizar um pouco das histórias antigas, quem não morreu de rir com o Kristoff dizendo "você conheceu e ficou noiva do cara no mesmo dia?? Seus pais não te alertaram sobre estranhos?". Tiveram uns furos na história, por isso não dei nota máxima ao filme. Como a Elsa ganhou poderes? Como os pais delas morreram? Por que a luva da Elsa não congelava (essa é uma dúvida besta, mas eu realmente me perguntei isso)? Reconheço que esse não foi o primeiro filme da disney onde as mulheres são fortes e não são diretamente estereotipadas como indefesas, está ai mulan pra confirmar isso. Mas já que esse tipo de filme não aparece com tanta frequencia, ainda mais no mundo dos contos de fadas acho que é importante ele ser reconhecido com tal importância. E também tem o Olaf, que é o personagem mais engraçado e prende o público de uma maneira bem divertida.
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Tangerina
4.0 278 Assista Agoratem pra assistir em algum streaming?
Mãe Só Há Uma
3.5 407 Assista AgoraPassei meu 2017 inteiro procurando esse filme. Foi só eu esquecer completamente da existência dele que encontro ele dando bobeira na internet logo no primeiro dia de 2018. Fiz questão de transformá-lo no primeiro filme que assisti no ano. Não minto que já tinha escutado muitas críticas e partes cortadas do filme pelo youtube, mas nada que me entregasse a história mastigada, tanto é que assisti-lo foi uma surpresa.
Fui assistir cheia de expectativa, já sabia o que esperar, até por ter criado uma grande admiração pela Anna depois de "que horas ela volta?", mas em uns 7 minutos de filme grande parte dessa expectativa já tava no lixo. O personagem principal, Pierre, já começa o filme pegando geral em festa, menino sarrando nele, transando com menina no banheiro, usando calcinha. Ou seja: O principezinho da desconstrução paulista. Até aí show, até a cena onde ele começa a empurrar e xingar uma menina que ele tinha uma relação, tudo isso na frente de todos os amigos por ele ter colocado o trabalho dele acima da presença dela de uma maneira humilhante e má educada demais. Nessa hora eu só consegui sentir repulsa pelo personagem por um bom tempo do filme.
Essa repulsa é quebrada quando, como já diz a sinopse, ele descobre que foi roubado, a mãe é presa, ele conhece a nova família e as coisas começam a ficar estranhas, mas ninguém nunca fala sobre o quão estranhas elas estão. Tá todo mundo muito feliz que o Felipe voltou, a casa é incrível, uma família de classe média toda branca, reunida e estruturada, isso o que ele tá passando é uma fase adolescente. Por mais que essas frases não estejam estampadas nem na cara dos pais biológicos dele é essa imagem que os pais estão sempre tentando empurrar com a barriga. Essa forçação fica sufocante num nível que alguém sempre estoura na frente de outras pessoas, seja em lojas, boliches, ou tendo que contactar o porteiro pra literalmente trancar o menino dentro de casa. É sempre uma parada passiva-agressiva (no limite do real) onde todos mantem uma tortura psicológica entre si, até alguém estourar e tudo acabar aí, até esperar o ciclo se repetir. Nesse momento, pra além do ranço inicial do personagem eu me peguei muito reflexiva sobre: eu conseguiria amar alguém que me separou pra sempre e causou um sofrimento terrível na pessoa que eu mais amo? É óbvio que é muito doloroso ter seu filho roubado, mas não consigo idealizar um mundo onde me separassem da minha mãe, prendessem ela e eu ficasse tranquila com isso, em hipótese alguma.
Juntando toda a exposição da família, um conflito psicológico que não consigo nem mensurar, a incapacidade do Pierre de perdoar a família ainda junta aí nessa soma a família estranhar a sexualidade do Pierre. Na casa antiga o jeito dele parecia ser "ok, mas nem tanto", principalmente por ele sempre se maquiar escondido no banheiro, mas ele foi pra uma casa onde passou a ser "absolutamente não" e ele viu na própria sexualidade uma estratégia que servia tanto quanto ataque quanto defesa pra ele dentro desse novo círculo familiar.
Isso tudo você junta num pacote e percebe também que só tem uma personagem negra, a empregada. O que não causa estranhamento em momento nenhum no Pierre porque, por mais na merda que ele esteja, no antigo ciclo dele também só haviam branco, ê laiá. Na verdade nem sei se isso foi proposital no roteiro, mas foi algo que me incomodou muito. Se foi proposital sim: fica aí o pensamento vamos refletir migos; se não: melhore, Anna.
Mais resenhas, pensamentos soltos e listas de filmes no moviely . tumblr . com
É Fada!
2.0 314Um filme que trata com tanta modernidade e leveza sobre ausência parental, transtornos psicológicos, luta de classes e suicídio não tem como ser ruim.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraTem em algum site streaming?
O Maravilhoso Agora
3.2 808 Assista AgoraÉ incrível como sempre conseguem trabalhar um personagem babaca, que só faz besteira, como a vítima boazinha que só queria fazer o bem do filme. Não gostei do filme, mas não posso negar que ele em alguns momentos foi como um espelho muito infeliz da realidade.
A Aimee sendo trouxa cada segundo que passa, como euzinha na vida, correndo atrás de homem que CLARAMENTE NÃO VALE A PENA e o Sutter sendo o cara cool que de repente se deu conta que o mundo não girava em torno dele, que as pessoas seguem com a vida e não dava pra ele ficar culpando a mãe por tudo (mesmo ele não pedindo desculpas pra ela em momento algum, que eu me lembre).
Pra mim, o grande ponto fraco do filme foi terminar naturalizando essas questões de um relacionamento que era claramente auto destrutivo como algo natural e bonitinho. Não é, a dependência emocional que a personagem da Shailene tinha não era legal e o jeito que tudo acabou foi escroto da parte dele.
Acho que o ruim desse filme foi que eu queria ver uma história de romance super idealizada na minha cabeça e terminei dando de cara com um filme que retrata bem mais a vida real e como levamos nossas relações, ainda mais na adolescência.
Cara Gente Branca
3.8 175 Assista AgoraOs personagens me pareceram muito reais.
Tem os brancos racistas, os negros que reproduzem racismo, os negros militantes, o garoto negro que não-estava-nem-aí-pra-causa-até-ver-sua-real-importância e as pessoas que comandavam a faculdade que, apesar de ser um branquinho racista do caralho, não pensou duas vezes em botar a cara do próprio filho a tapa só por causa do dinheiro.
Entrei pra faculdade vai fazer um ano e posso dizer que por trás de muitos cult bacaninhas fazendo festas de funk, hip hop ou “homenageando a cultura negra” tem um monte de racistas enrustidos. Esse mundão é cruel e a gente precisa matar um leão por dia pra conseguir viver nele, como a Sam (<3) fez.
Homens, Mulheres & Filhos
3.6 670 Assista AgoraTem esse filme no popcorn time? Não consigo encontrar ):
Casa Grande
3.5 576 Assista AgoraA irmã é a grande protagonista incompreendida do filme
Como Não Perder Essa Mulher
3.0 1,4K Assista AgoraEu tinha dado uma estrela. Descobri que dava pra dar meia e voltei só pra isso.
Depois de Lúcia
3.8 1,1K Assista AgoraNo final algumas questões ficaram em aberto, mas acredito que isso tenha sido até proposital. Esse filme me prendeu e chocou tanto que foram 5 estrelas merecidas. Todo o sofrimento de Ale e ela sempre aguentando tudo, tão triste e angustiante, passei metade do filme querendo gritar "MEU DEUS, NÃO EXISTEM ADULTOS NESSA ESCOLA?????".
Tatuagem
4.2 923vai ter utopia do cu sim!!!!!!!!
7 Caixas
3.9 189 Assista AgoraUm filme que você não tem vontade nem de piscar pra não perder qualquer informação. Foi uma bela entrada ao cinema paraguaio :D
Pink Flamingos
3.4 878que filme horrível........amei!
Reflexões de um Liquidificador
3.8 583 Assista AgoraQue filme ótimo. Simples, leve, bonito e com um roteiro muito bem feito. "pensar é um vício, sentir é uma cachaça."
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraUm filme interessante. Ao mesmo tempo que cumpre o bê a bá dos contos de fadas, com tudo aquilo da busca pelo amor verdadeiro, a principal ser uma princesa e ter aquele quê gostoso dos musicais da disney ele também mostra uma nova cara da animação e ao mesmo tempo chega a satirizar um pouco das histórias antigas, quem não morreu de rir com o Kristoff dizendo "você conheceu e ficou noiva do cara no mesmo dia?? Seus pais não te alertaram sobre estranhos?".
Tiveram uns furos na história, por isso não dei nota máxima ao filme. Como a Elsa ganhou poderes? Como os pais delas morreram? Por que a luva da Elsa não congelava (essa é uma dúvida besta, mas eu realmente me perguntei isso)?
Reconheço que esse não foi o primeiro filme da disney onde as mulheres são fortes e não são diretamente estereotipadas como indefesas, está ai mulan pra confirmar isso. Mas já que esse tipo de filme não aparece com tanta frequencia, ainda mais no mundo dos contos de fadas acho que é importante ele ser reconhecido com tal importância.
E também tem o Olaf, que é o personagem mais engraçado e prende o público de uma maneira bem divertida.
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