Marte Um é daqueles filmes que a gente só consegue sentir. É arte pura, uma pérola no meio do deserto. Retrata a vida cotidiana de um jeito singelo e belo, consegue com muita destreza transmitir uma mensagem política sem maniqueísmo e priorizando a estética. O diálogo final do filme é uma demonstração de sua beleza:
Quando o filho de Wellington lhe diz que quer participar de uma missão espacial se inicia o diálogo: “E quanto custa isso Deivinho? - Milhões de dólares, pai… - Uai… Nóis dá um jeito!”
Foram 139 minutos em que me senti em uma sessão de tortura. Essa película não foge do lugar-comum, cai na banalidade achando que está entregando genialidade. Os cortes temporais são muito confusos, o roteiro é entediante, os temas são pouco interessantes, não apresenta nenhuma novidade estética e ainda entrega cenas de ação rocambolescas que cairiam bem para um episódio de Os trapalhões.
Os deuses condenaram Sísifo a rolar incessantemente uma rocha até o alto de uma montanha, de onde tornava a cair por seu próprio peso. Pensaram, com certa razão, que não há castigo mais terrível que o trabalho inútil e sem esperança. (...) Esse mito só é trágico porque seu herói é consciente. O que seria sua pena se a esperança de triunfar o sustentasse a cada passo? O operário de hoje trabalha todos os dias de sua vida nas mesmas tarefas, e esse destino não é menos absurdo. Mas só é trágico nos raros momentos em que se torna consciente. Sísifo, proletário dos deuses, impotente e revoltado, conhece toda a extensão de sua miserável condição: pensa nela durante a descida. A clarividência que deveria ser o seu tormento consuma, ao mesmo tempo, sua vitória. Não há destino que não possa ser superado com o desprezo.
Ali sorriu, olhou para Zahra e teceu a promessa, lhe daria sapatos novos, enquanto isso, corriam pelos becos iranianos, sem a mínima perspectiva, desviando dos obstáculos e fingindo para seus pais que estava tudo legal.
Uma massa de esperança em ambientes tomados pela gélida opressão, Sembene e sua genialidade nos levam ao espaço micro para nos trazer o problemático espaço macro, uma pérola.
O pragmatismo que toma conta da existência contemporânea e nos transforma em máquinas movidas pelo dinheiro, a diferença é que espirramos sangue e nosso prazo de validade não é determinado pela obsolescência programada e sim pela podridão dos nossos órgãos. O sangue é o que nos une.
Esfaqueamento da alma, uma seleção de informações sensoriais que levam à angústia. Uma obra prima do cinema nacional para corações ensanguentados. Depois de assistir, as lágrimas são inevitáveis.
Uma ode às manifestações culturais afro-brasileiras, o filme é uma pérola estética com fotografia extremamente bela e trilha sonora perfeita. O roteiro é aspecto secundário diante das belezas mostradas, é movimento sem importância perto da qualidade estética do filme. Um colírio para os olhos.
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Marte Um
4.1 303 Assista AgoraMarte Um é daqueles filmes que a gente só consegue sentir. É arte pura, uma pérola no meio do deserto. Retrata a vida cotidiana de um jeito singelo e belo, consegue com muita destreza transmitir uma mensagem política sem maniqueísmo e priorizando a estética. O diálogo final do filme é uma demonstração de sua beleza:
Quando o filho de Wellington lhe diz que quer participar de uma missão espacial se inicia o diálogo:
“E quanto custa isso Deivinho?
- Milhões de dólares, pai…
- Uai… Nóis dá um jeito!”
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraForam 139 minutos em que me senti em uma sessão de tortura. Essa película não foge do lugar-comum, cai na banalidade achando que está entregando genialidade. Os cortes temporais são muito confusos, o roteiro é entediante, os temas são pouco interessantes, não apresenta nenhuma novidade estética e ainda entrega cenas de ação rocambolescas que cairiam bem para um episódio de Os trapalhões.
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4.2 167 Assista AgoraComo Albert Camus escreveu em O Mito de Sísifo:
Os deuses condenaram Sísifo a rolar incessantemente uma rocha até o alto de uma montanha, de onde tornava a cair por seu próprio peso. Pensaram, com certa razão, que não há castigo mais terrível que o trabalho inútil e sem esperança.
(...)
Esse mito só é trágico porque seu herói é consciente. O que seria sua pena se a esperança de triunfar o sustentasse a cada passo? O operário de hoje trabalha todos os dias de sua vida nas mesmas tarefas, e esse destino não é menos absurdo. Mas só é trágico nos raros momentos em que se torna consciente. Sísifo, proletário dos deuses, impotente e revoltado, conhece toda a extensão de sua miserável condição: pensa nela durante a descida. A clarividência que deveria ser o seu tormento consuma, ao mesmo tempo, sua vitória. Não há destino que não possa ser superado com o desprezo.
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4.4 344 Assista AgoraAli sorriu, olhou para Zahra e teceu a promessa, lhe daria sapatos novos, enquanto isso, corriam pelos becos iranianos, sem a mínima perspectiva, desviando dos obstáculos e fingindo para seus pais que estava tudo legal.
Moolaadé
4.4 43Uma massa de esperança em ambientes tomados pela gélida opressão, Sembene e sua genialidade nos levam ao espaço micro para nos trazer o problemático espaço macro, uma pérola.
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4.4 1,8K Assista AgoraO pragmatismo que toma conta da existência contemporânea e nos transforma em máquinas movidas pelo dinheiro, a diferença é que espirramos sangue e nosso prazo de validade não é determinado pela obsolescência programada e sim pela podridão dos nossos órgãos. O sangue é o que nos une.
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4.0 409Esfaqueamento da alma, uma seleção de informações sensoriais que levam à angústia. Uma obra prima do cinema nacional para corações ensanguentados. Depois de assistir, as lágrimas são inevitáveis.
Atabaque Nzinga
3.3 8Uma ode às manifestações culturais afro-brasileiras, o filme é uma pérola estética com fotografia extremamente bela e trilha sonora perfeita. O roteiro é aspecto secundário diante das belezas mostradas, é movimento sem importância perto da qualidade estética do filme. Um colírio para os olhos.