A hora passou que nem vi! Tava meio borocoxô e até me alegrei!
Apesar de ser também um presente para o público, senti esse documentário mais como uma homenagem carinhosa ao elenco. O público também se sente acarinhado, claro, em grande parte pela nostalgia, mas muito, também, pelo sentimento de empatia em relação ao elenco.
Uma das coisas que mais me chamou a atenção (e que mais me irritou também) foi que a exploração da mão de obra, as condições precárias de trabalho e até os desastres que muitas vezes resultam em mortes, são vistos pelas grandes empresas, que se beneficiam grandemente de toda essa situação degradante, como um ato de benevolência, afinal de contas, aquelas pessoas poderiam estar em situação ainda pior se não estivessem sendo exploradas por elas. Nada mais que uma narrativa oportunista, construída a base da situação precária de pessoas que estão sem grandes alternativas e perspectivas.
Coisas que eu aprendi com o documentário:
1) A indústria da moda, desde os processos de produção da matéria prima até o descarte prematuro de roupas pelo consumidor final, é a segunda mais poluidora do meio ambiente, só perdendo para a indústria do petróleo. Eu já tinha ouvido falar sobre isso, mas não me aprofundei pra saber como isso era possível. Com o documentário ficou mais claro;
2) O fundo do poço tem porão: eu tinha certo conhecimento da exploração da mão de obra nas indústrias têxteis, mas não havia parado pra pensar ainda no que as pessoas que produzem a matéria prima para essas indústrias também passam. A taxa de suicídios de fazendeiros na Índia me chocou, bem como a forma com que a Monsanto conseguiu criar um monopólio sobre a produção de algodão;
3) No sistema econômico em que vivemos, os problemas apontados pelo documentário só vão se agravar, por mais que existam pessoas dedicadas em diminuir impactos ambientais e corrigir injustiças sociais. Ou repensamos o sistema econômico ou vai ser só ladeira abaixo.
Aos 13 anos, muito antes de se tornar diretor de cinema, Cameron Crowe começou a escrever sobre música para uma revista da sua cidade. Não demorou muito para que Crowe fosse descoberto e a partir daí começasse a descobrir o mundo. Talvez não o "mundo real", mas o mundo das bandas de rock da época.
Crowe criou William Miller (Patrick Fugit) para nos mostrar não só sua jornada com as bandas de rock daquela época (fim dos anos 60 e começo dos 70), mas também como a indústria funcionava e como tudo foi se transformando.
Me incomoda a atuação de Patrick Fugit, sempre com as mesmas expressões, deixando até transparecer, em alguns momentos, que o texto foi devidamente decorado. Penny Lane (Kate Hudson), a personagem mais complexa da trama, forja uma persona extremamente auto-confiante, mas que logo percebemos ter grande tendência ao escapismo. A cena em que ela é confrontada com a realidade é digna de aplausos, Kate Hudson brilha!
Outra personagem que merece destaque é Elaine (Frances McDormand). Poderia ser uma personagem que servisse apenas de alívio cômico ao enredo, mas Frances faz com que ela ganhe força dramática e vemos uma personagem que tenta lutar contra seu instinto super-protetor para deixar os filhos terem autonomia, crescerem e aprenderem com os próprios erros.
Um filme que fala sobre música, paixão, amizade, amadurecimento e concessão. Embalado por uma trilha sonora deliciosa (com nomes como Simon & Garfunkel, The Who, Lynyrd Skynyrd, Led Zeppelin, Elton John e David Bowie, além da banda fictícia Stillwater), Almost Famous é um road-movie adolescente divertido, gostoso de acompanhar e nem por isso raso.
Travis perdeu o que tinha de mais valioso e se perdeu com isso. Mesmo sem saber que caminho tomar, ele sai em busca de algo, de um espaço vazio que poderia ser sua chance de recomeçar. A viagem é também interior, e vai tão a fundo que Travis precisa ser resgatado e readaptado à realidade.
A trilha sonora do Ry Cooder, que remete aos filmes de faroeste, os lindos planos abertos que evidenciam a solidão das personagens (que estão sempre tentando se conectar ou temendo perder a conexão com alguém, reparem), o uso inteligente das cores como elemento narrativo e a multiplicidade de temas dissolvidos na história, ajudaram a fazer deste, um dos filmes da minha vida.
A escolha de ângulos, o uso das cores, os planos sequência, Al Pacino ainda mais bonito do que de costume e interpretando uma personagem bastante complexa, um romance ~~levemente~~ piegas, mas que não atrapalha nem um pouco a narrativa (muito pelo contrário) e tensão, muita tensão, principalmente na última meia hora de longa. Filmaço!
"Ninguém é inocente! Há muito tempo se perdeu a esperança nos homens. O castigo urge e grita aos sete cantos. Os humanistas de beira de púlpito se apiedam. Pois que se apiedem de suas próprias almas, pois é justamente no orgulho da bondade que reside o maior de todos os pecados. O homem morre, o mundo se extingue e as chamas se consomem, mas a soberba acompanha o vácuo."
Gabriel diz que é impossível aprender, então Léo diz que é fácil e começa a passar os dedos sobre o alto relevo, dizendo o que está escrito. Então, Gabriel pergunta "como é que eu vou saber que o que você tá falando é verdade?" e Léo diz "vai ter que confiar". Quando Gabriel resiste e diz novamente que pra ele aquilo é impossível, Léo responde "impossível é eu andar de bicicleta, Gabriel".
Aí, lá na frente, na última cena, vemos Léo andando de bicicleta com Gabriel na garupa, o guiando pelas ruas do bairro. "Vai ter confiar"
Pânico VI
3.5 799 Assista AgoraO filme tem vários furos de roteiro e abusa da suspensão de descrença do espectador? Sim!
Eu deixei de gostar do filme por causa disso? Não!
Friends: A Reunião
4.2 329 Assista AgoraA hora passou que nem vi! Tava meio borocoxô e até me alegrei!
Apesar de ser também um presente para o público, senti esse documentário mais como uma homenagem carinhosa ao elenco. O público também se sente acarinhado, claro, em grande parte pela nostalgia, mas muito, também, pelo sentimento de empatia em relação ao elenco.
Enfim, adorei! ❤️
O Verdadeiro Custo
4.5 132 Assista AgoraUma das coisas que mais me chamou a atenção (e que mais me irritou também) foi que a exploração da mão de obra, as condições precárias de trabalho e até os desastres que muitas vezes resultam em mortes, são vistos pelas grandes empresas, que se beneficiam grandemente de toda essa situação degradante, como um ato de benevolência, afinal de contas, aquelas pessoas poderiam estar em situação ainda pior se não estivessem sendo exploradas por elas. Nada mais que uma narrativa oportunista, construída a base da situação precária de pessoas que estão sem grandes alternativas e perspectivas.
Coisas que eu aprendi com o documentário:
1) A indústria da moda, desde os processos de produção da matéria prima até o descarte prematuro de roupas pelo consumidor final, é a segunda mais poluidora do meio ambiente, só perdendo para a indústria do petróleo. Eu já tinha ouvido falar sobre isso, mas não me aprofundei pra saber como isso era possível. Com o documentário ficou mais claro;
2) O fundo do poço tem porão: eu tinha certo conhecimento da exploração da mão de obra nas indústrias têxteis, mas não havia parado pra pensar ainda no que as pessoas que produzem a matéria prima para essas indústrias também passam. A taxa de suicídios de fazendeiros na Índia me chocou, bem como a forma com que a Monsanto conseguiu criar um monopólio sobre a produção de algodão;
3) No sistema econômico em que vivemos, os problemas apontados pelo documentário só vão se agravar, por mais que existam pessoas dedicadas em diminuir impactos ambientais e corrigir injustiças sociais. Ou repensamos o sistema econômico ou vai ser só ladeira abaixo.
Titanic
4.0 4,6K Assista AgoraMe emociona muito!
Eu Ainda Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado
2.6 610 Assista AgoraCerta foi minha gata que deitou no sofá e dormiu o filme inteiro.
Quase Famosos
4.1 1,4K Assista AgoraAos 13 anos, muito antes de se tornar diretor de cinema, Cameron Crowe começou a escrever sobre música para uma revista da sua cidade. Não demorou muito para que Crowe fosse descoberto e a partir daí começasse a descobrir o mundo. Talvez não o "mundo real", mas o mundo das bandas de rock da época.
Crowe criou William Miller (Patrick Fugit) para nos mostrar não só sua jornada com as bandas de rock daquela época (fim dos anos 60 e começo dos 70), mas também como a indústria funcionava e como tudo foi se transformando.
Me incomoda a atuação de Patrick Fugit, sempre com as mesmas expressões, deixando até transparecer, em alguns momentos, que o texto foi devidamente decorado. Penny Lane (Kate Hudson), a personagem mais complexa da trama, forja uma persona extremamente auto-confiante, mas que logo percebemos ter grande tendência ao escapismo. A cena em que ela é confrontada com a realidade é digna de aplausos, Kate Hudson brilha!
Outra personagem que merece destaque é Elaine (Frances McDormand). Poderia ser uma personagem que servisse apenas de alívio cômico ao enredo, mas Frances faz com que ela ganhe força dramática e vemos uma personagem que tenta lutar contra seu instinto super-protetor para deixar os filhos terem autonomia, crescerem e aprenderem com os próprios erros.
Um filme que fala sobre música, paixão, amizade, amadurecimento e concessão. Embalado por uma trilha sonora deliciosa (com nomes como Simon & Garfunkel, The Who, Lynyrd Skynyrd, Led Zeppelin, Elton John e David Bowie, além da banda fictícia Stillwater), Almost Famous é um road-movie adolescente divertido, gostoso de acompanhar e nem por isso raso.
Paris, Texas
4.3 698 Assista AgoraTravis perdeu o que tinha de mais valioso e se perdeu com isso. Mesmo sem saber que caminho tomar, ele sai em busca de algo, de um espaço vazio que poderia ser sua chance de recomeçar. A viagem é também interior, e vai tão a fundo que Travis precisa ser resgatado e readaptado à realidade.
A trilha sonora do Ry Cooder, que remete aos filmes de faroeste, os lindos planos abertos que evidenciam a solidão das personagens (que estão sempre tentando se conectar ou temendo perder a conexão com alguém, reparem), o uso inteligente das cores como elemento narrativo e a multiplicidade de temas dissolvidos na história, ajudaram a fazer deste, um dos filmes da minha vida.
O Pagamento Final
4.2 375 Assista AgoraA escolha de ângulos, o uso das cores, os planos sequência, Al Pacino ainda mais bonito do que de costume e interpretando uma personagem bastante complexa, um romance ~~levemente~~ piegas, mas que não atrapalha nem um pouco a narrativa (muito pelo contrário) e tensão, muita tensão, principalmente na última meia hora de longa. Filmaço!
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraOs primatas tocando o monólito com uma mistura de medo e fascinação sou eu assistindo este filme. O bebê sou eu depois deste filme.
Amarelo Manga
3.8 543 Assista Agora"Ninguém é inocente! Há muito tempo se perdeu a esperança nos homens. O castigo urge e grita aos sete cantos. Os humanistas de beira de púlpito se apiedam. Pois que se apiedem de suas próprias almas, pois é justamente no orgulho da bondade que reside o maior de todos os pecados. O homem morre, o mundo se extingue e as chamas se consomem, mas a soberba acompanha o vácuo."
Orações para Bobby
4.4 1,4KFilme importantíssimo!
A Bela e a Fera
4.1 1,1K Assista AgoraSíndrome de Estocolmo.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraAchei linda a cena final e percebi uma forte conexão a cena em que Gabriel e Léo estão no quarto e Léo tenta ensina-lo a ler em braile.
Gabriel diz que é impossível aprender, então Léo diz que é fácil e começa a passar os dedos sobre o alto relevo, dizendo o que está escrito. Então, Gabriel pergunta "como é que eu vou saber que o que você tá falando é verdade?" e Léo diz "vai ter que confiar". Quando Gabriel resiste e diz novamente que pra ele aquilo é impossível, Léo responde "impossível é eu andar de bicicleta, Gabriel".
Aí, lá na frente, na última cena, vemos Léo andando de bicicleta com Gabriel na garupa, o guiando pelas ruas do bairro. "Vai ter confiar"