Particularmente não gostei, as atuações são ótimas, tem atores que admiro aí, mas o filme em si e especialmente o protagonista me irritaram muito, talvez seja essa a intenção do roteiro, mas o que mais me irrita é ver mais um filme que trata a bisexualidade com personagem confuso, que trai, que não consegue ficar sem sexo, que não tem responsabilidade afetiva, tá todo o esteriótipo negativo aí que usam pra atacar bisexuais, eu sendo bi, olho pra esse filme e fico triste de ver mais uma vez a sexualidade retratada dessa forma rasa e má.
Entendo a importância do filme no cenário do cinema nacional, é um filme que mergulha no universo de seu tempo, quando o mundo tava em uma constante mudança de paradigmas e ideologias, com a edição e narração frenética do cinema experimental que também acontecia em outras partes do mundo. Porém, apesar de todo o contexto, e de eu gostar desse universo experimental, eu não curti muito o filme, não, achei tão cansativo, por ser frenético sempre, com 30 minutos já sentia que tinham passado mais de uma hora e ainda nem tava na metade, tive que ver em duas partes e lutei pra finalizar. Mesmo assim, valorizo a fotografia belíssima, algumas frases de efeito maravilhosas e algumas cenas que usarei como referência, com certeza. É importante assisti-lo.
Achei um filme muito bom, que capta bem o ano de 1968, a loucura que acontecia no mundo todo e ainda assim a experiências revolucionarias internas que o Matthew tava vivendo (e os irmão também). A sexualidade não tá jogada, afinal era anos 60, tudo estava mudando rápido e o sexo era parte disso.
No geral, vejo como uma história que revela dois irmãos que sonham em mudar o mundo, mas não conseguem ver a realidade das coisas, são de classe média, tem família estruturada, universitários, mas que acreditam que seus ideais e sonhos podem mudar o mundo e bem... Não muda assim tãoo simplesmente, eles preferem morrer que encarar a realidade do mundo, preferem desligar as televisões a entender a complexidade do turbilhão de informações ao redor. No final, são alienados, hipócritas, sonhadores, como todos nós um dia provavelmente já fomos quando bem jovens. Uma hora eles vão ter que crescer e vão perceber que nem eles sabiam o que queriam e que, infelizmente, a vida real não é um filme. (bem, no caso deles é. kkk)
Esse filme é de uma sensibilidade monstra que destroi tudo. É lindo, é bem feito, causa múltiplas sensações, desde boas a ruins, brinca com nosso psicológico, faz a gente duvidar até do que a gente vê, é impressionante como ele mexe com nosso senso de justiça, empatia e indignação. É um excelente filme com tantas camadas, tantos temas importantes mas que não se perde, apenas se complementa.
Pela temática, ele me lembrou Closer, mas nesse caso ele não cai em atalhos emocionais, não que Closer seja ruim, mas Monster consegue se mais sensível e complexo.
Assisti o filme sem muita informação, só tinha ouvido falar do hype na internet, mas honestamente também não sabia por quê, vim depois que a Isabela Boscov indicou. E a verdade é que fiquei impressionado, a nudez e as cenas se sexo explícito não me chocaram, o que me chocou foi o diretor usar a metalinguagem e as viradas no roteiro que me pegou to-tal-men-te de surpresa, não esperava nada do que ia acontecer e eu gostei, principalmente porque deu luz e vez pra outros personagens que eu pensava que iriam ficar ali como secundários ou terciários. Gostei de como o filme é filmado e o clima de obra constante, de caos constante, de gente falando toda hora, é agoniante, é irritante, não que eu goste disso, mas entendi que era a sensação do personagem que o filme queria passar e achei muito bem feito. A atriz que fez a Vero, fiquei impressionado, que interpretação detalhista, sensível, dá pra ver tudo que ela sente e tenta esconder do jeito dela. Achei um filme excelente e bem construído, creio que foi feito pra incomodar mesmo e deu certo.
Achei o filme impressionante pra algo produzido a mais de 90 anos e em pleno período de início do nazismo na Alemanha. A forma como ele foi feito, tanto no roteiro quanto na forma de ser filmado, faz parecer tão contemporâneo, não parece tão antigo, pois a qualidade técnica é muito boa, fiquei impressionado. Lógico que uma das partes que mais me chocou foi a naturalidade como a sexualidade lésbica é tratada, algo que parece estranho em filmes até nos dias atuais em grandes filmes. Eu achei um filme ousado e corajoso e muito bem feito, pelo menos pra forma como teve que ser feito, com recursos baixos e rápido (pesquisei sobre os bastidores da produção) e a história depois dele também é algo que daria um filme por si só, com o governo tentando queimar tudo depois de alterar e proibir, a diretora fugindo do país, o filme fazendo sucesso e o final trágico de algumas pessoas do elenco e equipe que sofreram com a perseguição nazista depois. Achei uma grande achado na MUBI, adorei conhecer.
Gostei como o filme foi feito. Gostei de ver a mudança de personalidade do personagem, não foi forçado, me pareceu bem natural. Gosto que esse filme parece mais maduro na linguagem, sem perder a escência dos originais. É uma nova história, mas com referências aos filmes (do futuro deles). Enfim, achei bem justo, não li o livro, mas gostei muito da experiência.
Que filme lindo! Singelo, simples, forte, amocionante. Terminei o filme em lágrimas, fazia tempo que um filme não me fazia chorar tanto, mas foi tanto que até depois de sair do cinema fui dirigindo e chorando, mas não de tristeza, era um sentimento como que de saudade, de felicidade por ter tido uma grande experiência no cinema. O cinema que eu fui em Belém é pequeno e eu vi na primeira fila, de frente pra tela, e pareceu que me senti ainda mais imerso no universo do filme, um universo realista, da vida de pessoas comuns. Tem um final que eu já esperava, mas mesmo assim, ainda me emocionou. Me sinto grato por ter decidido sair de casa pra assistir esse filme.
Esse filme, me foi uma grande surpresa boa. É um filme pesado, mas necessário, principalmente por parecer muito uma distopia, mas não é. É apenas um retratro da realidade da Argélia no final dos anos 90 e é a realidade de muitos lugares ainda hoje. Me impressionou a crueza das cenas de violência, da surpresa, me deixou em choque real, e imagino que assim seja em lugares como em situações extremas como esssa, é tudo muito rápido e gosto que o filme trabalha isso. Poderia escrever muito mais sobre o filme, mas dedico a parte final ao fato de eu terminar o filme e querer entender melhor sobre a guerra civil argelina e em especial esse período, fui correndo ver vídeos reais e histórias reais. Com certeza é um filme que ainda vou ficar digerindo por mais tempo, pensando nele ao longo da semana, descobrindo os detalhes. Valeu muito a pena ver.
Vi que não ele não prometeu ser um filme pretensioso, era isso mesmo, sabe? Cumpriu o que prometeu, ser um retrato da época. E sabendo bastante da história do tropicalismo (que é algo que muito me interessa), sabemos que a Gal não é a protagonista do movimento, mesmo sendo importante. Num filme onde ela se torna a protagonista, mesmo tendo uma vida discretíssima, até que o filme fez algo bem interessante, dá pra ver que existe a jornada do herói no filme inteiro. Ah e preciso comentar o quanto achei gostosinho o filme, cantei o filme inteiro minhas músicas preferidas (todas do filme) e vibrei com a aparição dos artistas que admiro. Vibrei principalmente com o show final que gerou um dos maiores e melhores albuns desse país (saí de lá escutando no carro). No geral, concluo que pra falar de tropicalismo, meus amigos, teria que ser uma série de 3 temporadas com episódios de 1h pra dar conta de tanta história e detalhes, mas o filme me deu um pouco dessa vibe, desses universo da época e eu adorei, principalemente poder adentrar no famoso ap do Caetano com a Dedé em SP.
Achei o filme uma delicinha de assistir e a qualidiade é tão boa que nem parece que tem quase 90 anos. Eu gostei de tudo, do roteiro, dos personagens, de ser um road movie, do arco da jornada dos personagens e de como tudo se resolveu no final. Destaco também a sensualidade do filme, interessante como eles mostraram não só a construção de afinidade deles como também mostraram essa tensão sexual que ia aumentando, seja nas trocas de olhares ou nas trocas de roupa, achei maravilhoso. No geral ele entrega o que se propõe, uma boa comédia romântica no qual a gente fica torcendo pelo casal até o final.
Não achei o filme ruim, eu gosto da experimentalidade dele, gosto da linguagem adotada, da fotografia, da temática que mostra um lado dos suburbios de Paris de forma bem diferente e naturalista. O que não gostei foram dos personagens no geral, entendi que eles são condicionados a serem assim impulsivos, reativos, mas tinha hora que me irritava profundamente as atitudes deles e o rumo que tomavam. Ainda assim, acredito que vale muito a pena assistir.
Eu assisti os dois anteriores no cinema e fiz questão de ir ver esse também. Eu particularmente não espero dos filmes algo inovador e disruptivo, eu vou querendo ver um filme de detetive clássico com direito a todos os seus clichês, e acredito que é isso que o filme propõe também, por isso acho que cumpre bem o seu papel e eu saí satisfeito do cinema. Preciso dar palmas pra fotografia, edição e produção de arte do filme, maravilhoso. Gostei muito desse flerte com o terror, deu um clima totalmente diferente dos dois primeiros filmes.
Estava de viagem a Salvador e vi que ia ter uma pré estreia lá com a presença do Kebler, fui lá então. Assisti o filme e fiquei encantado, o curioso é que dias depois também viajaria para Recife e ficaria hospedado em um prédio decadente bem no centro da cidade, exatamente onde boa parte do filme se passa e foi muito louca a sensação de ver o filme e logo depois conhecer a personagem dele de perto, caminhei muito ali no centro do Recife e identifiquei os cinemas, identifiquei os pontos de afeto dele, até as pessoas citadas no filme. Minha experiência por Recife aumentou ainda mais. O filme é pessoal, é de memórias e as memórias são pessoais pra cada pessoa, aqui pudemos entrar nas do Kleber, goste ou não da forma narrativa dele, ali é a mente DELE, não é um personagem fictício e isso achei bonito, achei de uma vulnerabilidade enorme. Senti uma nostalgia por ele e também por minha cidade, Belém, que também passou, e passa, pelos mesmos processos de desmemorialização e abandono do centro da cidade. Acho que vale muito a pena assistir com a mente aberta e se deixar levar pelas memórias afetivas do Kleber. Ah e adorei ver os bastidores e o processo de criação de alguns filmes dele.
Achei um filme bonito, muito complexo, que exige um conhecimento mínimo de física e história porque é tanto nome, tanta gente, tantas citações que é fácil se perder. Eu particularmente não gosto muito de filmes com tantos personagens e tenho uma opinião de que filmes que se propõem a ter mais de 2 horas de duração tem que se garantir muito bem no roteiro, porque segurar 3h de história é muito difícil. Acho que Oppenheimer não consegue, porque é muito assunto, muito tema, muita gente, muita física técnica que chega uma hora que não dá pra focar muito não. Achei as atuações maravilhosas, todas muito convicentes, tem momentos de tensão que amei também, acho que poderia ter mais, inclusive, a trilha ajudou muito, a fotografia é muito bem feita, bem técnica, mas nada que me deixasse com aquela sensação de extase, entretanto funciona muito bem. A edição é em narrativa desconstruida, acho válido, mas num filme de 3h é difícil manter ela boa também, chega um momento que pode ficar confuso e cansativo esse vai e vem.
Aposto na idicação pra muitos Oscars ano que vem, talvez Robert Downey Jr. possa levar de coadjuvante, design de som também pode levar, talvez Cillian por ator também. Mas vamos ver o que ainda temos pra ver ao longo do ano, ainda mais com a greve ainda em curso.
Demorei um tempo pra conseguir ver o filme, mas consegui e valeu a pena. O filme trata de temas muito importantes, especialmente pra nós, homens, por tratar de como formamos a nossa masculinidade, as vezes de forma problemática. Na pré-adolescência que a gente "descobre" que estamos nos tornando homens e, portanto, precisamos nos encaixar no que nos é dito "ser homem", nisso, acaba-se apagando parte do que até então não extranhávamos, como os carinhos ingênuos entre família e amigos, pois quando criança podemos chorar, quando nos tornamos homens, não, temos que aprender a suprimi os sentimentos e nos fazer forte porque é isso que a sociedade cobra.
Leo, tenta se encaixar nisso logo depois de sofrer agressão, mesmo sendo nítido o desconforto e o esforço absurdo que ele faz, ele continua, porque é isso que esperam dele. Aparentemente, Remi não havia chegado a essa "fase" ou talvez não ligasse pra isso, mas acaba que ele também sofre com a cobrança social em relação a masculinidade, já que quando ele mostra seus sentimentos também é reprimido na escola.
O filme trata de muitos temas importante, mas fala principalmente da construção e desconstrução da masculinidade que adoece tantos homens e de suas consequências futuras.
Fui ver esse filme em uma mostra gratuita de filmes na minha cidade, fui sem expectativas e saí de lá muito tocado com o filme. Sinceramente não entendo muito os comentários de "filme fofo", não me parece fofo, parece um filme pesado, fiquei agoniado, angustiado pela criança, pensei "a qualquer hora essa criança vai se matar". Senti raiva dos pais, principalmente, e no fim não queria mais nem que Ludovic os perdoasse, mas ela (Ludovic) perdoou e isso me deixou mais emocionado, mas entendo que esse "perdão" vai ser uma cobrança eterna em ser perfeito para não decepcionar os outros. Enfim, gostei muito do filme que jamais teria visto se não fosse essa mostra que decidi participar em cima da hora. Vale muito a pena ver.
O filme tinha tudo para ser excelente, mas não é. O trailer consegue ser mais empolgante e nem digo que ele precisava ser de ação nem nada, mas faltou tensão, faltou sentimento nas atuações, expressões... O silêncio pode ser usado de forma espetacular, mas aqui não deu certo. Achei apático, tudo.
Depois que assisti, pesquisei pra saber melhor sobre o elenco e descobri que todos os personagens utilizam o mesmo nome dos atores. Todos são, de fato, indígenas nascidos e criados em uma reserva e todo o roteiro é baseado em histórias reais, inclusive dos atores. A mãe do filme, por exemplo, sofre de alcolismo mesmo e sempre se mete em confusão e o John realmente tem vários irmãos de diferentes mães e mesmo pai. Em resumo é um filme neo realista, baseado no estilo italiano de utilizar atores não profissionais. O filme tem essa pegada de realismo documental, mas poético, com fotografia em luz natural na maior parte utilizando a "hora mágica" quase sempre e a lente aberta que me lembra a linguagem do Terrence Malick, que admiro muito sendo eu fotógrafo. Gostei de seguir os personagens e suas histórias e angustias, gostei de poder ver uma história de indígenas estadunidenses sem esteriotipização, sem maquiagem, e de ver eles citando massacre de Wounded Knee, um genocídio que mancha a história dos nativos nos EUA e muitas vezes apagada ou ignorada.
- É um filme que merece ser visto com calma e com atenção, é belo e dolorido.
Agoniante e divertido, meio contraditório, parece até uma fala da Wandinha, mas é que ele é tudo isso. O filme passa uma tensão, uma agonia torturante, mas ao mesmo tempo a gente ri dos absurdos que acontecem com a Danielle e dos diálogos maravilhosos do filme. Eu confesso que tava tão imerso no filme na agonia de saber no que ia dar essa confusão toda que foi se formando que quando acabou eu fiquei triste nem percebi o tempo passar e por ser um filme que é quase em tempo real dá essa sensação de que foi bem mais rápido.
Assisti no Festival Amazônia (Fi)Doc em Belém com a presença do diretor e produtores, fiquei impressionado com a alta qualidade do filme, sério. Não esperava muito e saí surpreso e emocionado, belo filme que merece todo o reconhecimento merecido.
Eu gostei e não gostei do filme. Gostei pelas atuações, pela fotografia, pela produção de arte no geral, impecável, mas achei o roteiro confuso. Gostei da premissa dele, mas parece que tinham tantos nomes e situações citados no meio que me perdia toda hora, era muita informação, como se a gente, público, estivesse vendo uma conversa na qual não conhecemos ninguém, mas todos os outros se conhecem. Inclusive fiquei surpreso por descobrir que o Emmanuel Lubezki (um dos meus diretores de fotografia favoritos) fez o filme, é muito diferente do que ele costuma fazer, tinha horas do filme que sentia como se estivesse sendo sufocado, muitos closes e muita informação num diálogo longo, me deixou um pouco cansado, confesso. Não achei um filme ruim, mas se pudesse faria umas mudanças, mantendo a energia caótica, mas mais flúido.
O filme é bonito mas excessivamente longo,poderia ter pegado o rítmo acelerado da música para compor a narrativa e inclusive incluir pequenos detalhes da letra no filme já que teve tanto tempo. Me decepcionei um pouco, não com as atuações, nem com a fotografia ou trilha sonora, mas com o roteiro mesmo.
Assim... O filme não é ruim, mas também não é excelente. Gosto do clima que o Eggers coloca nos filmes especialmente com o uso da trilha sonora no ponto certo e da fotografia que é muito bem trabalhada, mas o roteiro é simples, comum, é um arco de jornada do herói toda sem quase nada de surpreendente, quando a gente pensa que tá indo por um caminho diferente, pá! Volta pro comum. O personagem principal poderia mudar o final pra algo melhor, mas a testosterona de macho alfa que tá sempre em busca de uma briga é maior, entendo que o Eggers fez a pesquisa e deveria ser o mais comum pra época onde se passa o filme, mas achei meio merda a atitude dele. Outra coisa é que achei que ele conseguia as coisas muito rápido e narrativamente muito fácil, sem nenhuma explicação quase, do nada sempre aparece uma bruxa ou feiticeiro pra ajudar quando o personagem se encontra em enrascada, achei um pouco preguiçoso do roteiro.
Mas resumindo, vale a experiência sim. É o mais fraco do Eggers em roteiro, mas não é um filme de se jogar fora, e ele vale muito ver no cinema.
Passagens
3.4 79 Assista AgoraParticularmente não gostei, as atuações são ótimas, tem atores que admiro aí, mas o filme em si e especialmente o protagonista me irritaram muito, talvez seja essa a intenção do roteiro, mas o que mais me irrita é ver mais um filme que trata a bisexualidade com personagem confuso, que trai, que não consegue ficar sem sexo, que não tem responsabilidade afetiva, tá todo o esteriótipo negativo aí que usam pra atacar bisexuais, eu sendo bi, olho pra esse filme e fico triste de ver mais uma vez a sexualidade retratada dessa forma rasa e má.
O Bandido da Luz Vermelha
3.9 265 Assista AgoraEntendo a importância do filme no cenário do cinema nacional, é um filme que mergulha no universo de seu tempo, quando o mundo tava em uma constante mudança de paradigmas e ideologias, com a edição e narração frenética do cinema experimental que também acontecia em outras partes do mundo. Porém, apesar de todo o contexto, e de eu gostar desse universo experimental, eu não curti muito o filme, não, achei tão cansativo, por ser frenético sempre, com 30 minutos já sentia que tinham passado mais de uma hora e ainda nem tava na metade, tive que ver em duas partes e lutei pra finalizar. Mesmo assim, valorizo a fotografia belíssima, algumas frases de efeito maravilhosas e algumas cenas que usarei como referência, com certeza. É importante assisti-lo.
Os Sonhadores
4.1 1,9K Assista AgoraAchei um filme muito bom, que capta bem o ano de 1968, a loucura que acontecia no mundo todo e ainda assim a experiências revolucionarias internas que o Matthew tava vivendo (e os irmão também). A sexualidade não tá jogada, afinal era anos 60, tudo estava mudando rápido e o sexo era parte disso.
No geral, vejo como uma história que revela dois irmãos que sonham em mudar o mundo, mas não conseguem ver a realidade das coisas, são de classe média, tem família estruturada, universitários, mas que acreditam que seus ideais e sonhos podem mudar o mundo e bem... Não muda assim tãoo simplesmente, eles preferem morrer que encarar a realidade do mundo, preferem desligar as televisões a entender a complexidade do turbilhão de informações ao redor. No final, são alienados, hipócritas, sonhadores, como todos nós um dia provavelmente já fomos quando bem jovens. Uma hora eles vão ter que crescer e vão perceber que nem eles sabiam o que queriam e que, infelizmente, a vida real não é um filme. (bem, no caso deles é. kkk)
Monstro
4.3 270 Assista AgoraEsse filme é de uma sensibilidade monstra que destroi tudo. É lindo, é bem feito, causa múltiplas sensações, desde boas a ruins, brinca com nosso psicológico, faz a gente duvidar até do que a gente vê, é impressionante como ele mexe com nosso senso de justiça, empatia e indignação. É um excelente filme com tantas camadas, tantos temas importantes mas que não se perde, apenas se complementa.
Pela temática, ele me lembrou Closer, mas nesse caso ele não cai em atalhos emocionais, não que Closer seja ruim, mas Monster consegue se mais sensível e complexo.
Rotting in the Sun
3.5 84 Assista AgoraAssisti o filme sem muita informação, só tinha ouvido falar do hype na internet, mas honestamente também não sabia por quê, vim depois que a Isabela Boscov indicou. E a verdade é que fiquei impressionado, a nudez e as cenas se sexo explícito não me chocaram, o que me chocou foi o diretor usar a metalinguagem e as viradas no roteiro que me pegou to-tal-men-te de surpresa, não esperava nada do que ia acontecer e eu gostei, principalmente porque deu luz e vez pra outros personagens que eu pensava que iriam ficar ali como secundários ou terciários. Gostei de como o filme é filmado e o clima de obra constante, de caos constante, de gente falando toda hora, é agoniante, é irritante, não que eu goste disso, mas entendi que era a sensação do personagem que o filme queria passar e achei muito bem feito. A atriz que fez a Vero, fiquei impressionado, que interpretação detalhista, sensível, dá pra ver tudo que ela sente e tenta esconder do jeito dela. Achei um filme excelente e bem construído, creio que foi feito pra incomodar mesmo e deu certo.
Senhoritas em Uniforme
3.9 38 Assista AgoraAchei o filme impressionante pra algo produzido a mais de 90 anos e em pleno período de início do nazismo na Alemanha. A forma como ele foi feito, tanto no roteiro quanto na forma de ser filmado, faz parecer tão contemporâneo, não parece tão antigo, pois a qualidade técnica é muito boa, fiquei impressionado. Lógico que uma das partes que mais me chocou foi a naturalidade como a sexualidade lésbica é tratada, algo que parece estranho em filmes até nos dias atuais em grandes filmes. Eu achei um filme ousado e corajoso e muito bem feito, pelo menos pra forma como teve que ser feito, com recursos baixos e rápido (pesquisei sobre os bastidores da produção) e a história depois dele também é algo que daria um filme por si só, com o governo tentando queimar tudo depois de alterar e proibir, a diretora fugindo do país, o filme fazendo sucesso e o final trágico de algumas pessoas do elenco e equipe que sofreram com a perseguição nazista depois. Achei uma grande achado na MUBI, adorei conhecer.
Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
3.7 343 Assista AgoraGostei como o filme foi feito. Gostei de ver a mudança de personalidade do personagem, não foi forçado, me pareceu bem natural. Gosto que esse filme parece mais maduro na linguagem, sem perder a escência dos originais. É uma nova história, mas com referências aos filmes (do futuro deles). Enfim, achei bem justo, não li o livro, mas gostei muito da experiência.
Conduzindo Madeleine
4.2 12Que filme lindo! Singelo, simples, forte, amocionante. Terminei o filme em lágrimas, fazia tempo que um filme não me fazia chorar tanto, mas foi tanto que até depois de sair do cinema fui dirigindo e chorando, mas não de tristeza, era um sentimento como que de saudade, de felicidade por ter tido uma grande experiência no cinema. O cinema que eu fui em Belém é pequeno e eu vi na primeira fila, de frente pra tela, e pareceu que me senti ainda mais imerso no universo do filme, um universo realista, da vida de pessoas comuns. Tem um final que eu já esperava, mas mesmo assim, ainda me emocionou. Me sinto grato por ter decidido sair de casa pra assistir esse filme.
Papicha
4.2 40 Assista AgoraEsse filme, me foi uma grande surpresa boa. É um filme pesado, mas necessário, principalmente por parecer muito uma distopia, mas não é. É apenas um retratro da realidade da Argélia no final dos anos 90 e é a realidade de muitos lugares ainda hoje. Me impressionou a crueza das cenas de violência, da surpresa, me deixou em choque real, e imagino que assim seja em lugares como em situações extremas como esssa, é tudo muito rápido e gosto que o filme trabalha isso. Poderia escrever muito mais sobre o filme, mas dedico a parte final ao fato de eu terminar o filme e querer entender melhor sobre a guerra civil argelina e em especial esse período, fui correndo ver vídeos reais e histórias reais. Com certeza é um filme que ainda vou ficar digerindo por mais tempo, pensando nele ao longo da semana, descobrindo os detalhes. Valeu muito a pena ver.
Meu Nome é Gal
3.1 121 Assista AgoraVi que não ele não prometeu ser um filme pretensioso, era isso mesmo, sabe? Cumpriu o que prometeu, ser um retrato da época. E sabendo bastante da história do tropicalismo (que é algo que muito me interessa), sabemos que a Gal não é a protagonista do movimento, mesmo sendo importante. Num filme onde ela se torna a protagonista, mesmo tendo uma vida discretíssima, até que o filme fez algo bem interessante, dá pra ver que existe a jornada do herói no filme inteiro. Ah e preciso comentar o quanto achei gostosinho o filme, cantei o filme inteiro minhas músicas preferidas (todas do filme) e vibrei com a aparição dos artistas que admiro. Vibrei principalmente com o show final que gerou um dos maiores e melhores albuns desse país (saí de lá escutando no carro). No geral, concluo que pra falar de tropicalismo, meus amigos, teria que ser uma série de 3 temporadas com episódios de 1h pra dar conta de tanta história e detalhes, mas o filme me deu um pouco dessa vibe, desses universo da época e eu adorei, principalemente poder adentrar no famoso ap do Caetano com a Dedé em SP.
Aconteceu Naquela Noite
4.2 332 Assista AgoraAchei o filme uma delicinha de assistir e a qualidiade é tão boa que nem parece que tem quase 90 anos. Eu gostei de tudo, do roteiro, dos personagens, de ser um road movie, do arco da jornada dos personagens e de como tudo se resolveu no final. Destaco também a sensualidade do filme, interessante como eles mostraram não só a construção de afinidade deles como também mostraram essa tensão sexual que ia aumentando, seja nas trocas de olhares ou nas trocas de roupa, achei maravilhoso. No geral ele entrega o que se propõe, uma boa comédia romântica no qual a gente fica torcendo pelo casal até o final.
O Ódio
4.2 316Não achei o filme ruim, eu gosto da experimentalidade dele, gosto da linguagem adotada, da fotografia, da temática que mostra um lado dos suburbios de Paris de forma bem diferente e naturalista. O que não gostei foram dos personagens no geral, entendi que eles são condicionados a serem assim impulsivos, reativos, mas tinha hora que me irritava profundamente as atitudes deles e o rumo que tomavam. Ainda assim, acredito que vale muito a pena assistir.
A Noite das Bruxas
3.3 186Eu assisti os dois anteriores no cinema e fiz questão de ir ver esse também. Eu particularmente não espero dos filmes algo inovador e disruptivo, eu vou querendo ver um filme de detetive clássico com direito a todos os seus clichês, e acredito que é isso que o filme propõe também, por isso acho que cumpre bem o seu papel e eu saí satisfeito do cinema. Preciso dar palmas pra fotografia, edição e produção de arte do filme, maravilhoso. Gostei muito desse flerte com o terror, deu um clima totalmente diferente dos dois primeiros filmes.
Retratos Fantasmas
4.2 229 Assista AgoraEstava de viagem a Salvador e vi que ia ter uma pré estreia lá com a presença do Kebler, fui lá então. Assisti o filme e fiquei encantado, o curioso é que dias depois também viajaria para Recife e ficaria hospedado em um prédio decadente bem no centro da cidade, exatamente onde boa parte do filme se passa e foi muito louca a sensação de ver o filme e logo depois conhecer a personagem dele de perto, caminhei muito ali no centro do Recife e identifiquei os cinemas, identifiquei os pontos de afeto dele, até as pessoas citadas no filme. Minha experiência por Recife aumentou ainda mais. O filme é pessoal, é de memórias e as memórias são pessoais pra cada pessoa, aqui pudemos entrar nas do Kleber, goste ou não da forma narrativa dele, ali é a mente DELE, não é um personagem fictício e isso achei bonito, achei de uma vulnerabilidade enorme. Senti uma nostalgia por ele e também por minha cidade, Belém, que também passou, e passa, pelos mesmos processos de desmemorialização e abandono do centro da cidade. Acho que vale muito a pena assistir com a mente aberta e se deixar levar pelas memórias afetivas do Kleber. Ah e adorei ver os bastidores e o processo de criação de alguns filmes dele.
Oppenheimer
4.0 1,1KAchei um filme bonito, muito complexo, que exige um conhecimento mínimo de física e história porque é tanto nome, tanta gente, tantas citações que é fácil se perder. Eu particularmente não gosto muito de filmes com tantos personagens e tenho uma opinião de que filmes que se propõem a ter mais de 2 horas de duração tem que se garantir muito bem no roteiro, porque segurar 3h de história é muito difícil. Acho que Oppenheimer não consegue, porque é muito assunto, muito tema, muita gente, muita física técnica que chega uma hora que não dá pra focar muito não. Achei as atuações maravilhosas, todas muito convicentes, tem momentos de tensão que amei também, acho que poderia ter mais, inclusive, a trilha ajudou muito, a fotografia é muito bem feita, bem técnica, mas nada que me deixasse com aquela sensação de extase, entretanto funciona muito bem. A edição é em narrativa desconstruida, acho válido, mas num filme de 3h é difícil manter ela boa também, chega um momento que pode ficar confuso e cansativo esse vai e vem.
Aposto na idicação pra muitos Oscars ano que vem, talvez Robert Downey Jr. possa levar de coadjuvante, design de som também pode levar, talvez Cillian por ator também. Mas vamos ver o que ainda temos pra ver ao longo do ano, ainda mais com a greve ainda em curso.
Close
4.2 484 Assista AgoraDemorei um tempo pra conseguir ver o filme, mas consegui e valeu a pena. O filme trata de temas muito importantes, especialmente pra nós, homens, por tratar de como formamos a nossa masculinidade, as vezes de forma problemática. Na pré-adolescência que a gente "descobre" que estamos nos tornando homens e, portanto, precisamos nos encaixar no que nos é dito "ser homem", nisso, acaba-se apagando parte do que até então não extranhávamos, como os carinhos ingênuos entre família e amigos, pois quando criança podemos chorar, quando nos tornamos homens, não, temos que aprender a suprimi os sentimentos e nos fazer forte porque é isso que a sociedade cobra.
Leo, tenta se encaixar nisso logo depois de sofrer agressão, mesmo sendo nítido o desconforto e o esforço absurdo que ele faz, ele continua, porque é isso que esperam dele. Aparentemente, Remi não havia chegado a essa "fase" ou talvez não ligasse pra isso, mas acaba que ele também sofre com a cobrança social em relação a masculinidade, já que quando ele mostra seus sentimentos também é reprimido na escola.
O filme trata de muitos temas importante, mas fala principalmente da construção e desconstrução da masculinidade que adoece tantos homens e de suas consequências futuras.
Minha Vida em Cor-de-Rosa
4.3 394 Assista AgoraFui ver esse filme em uma mostra gratuita de filmes na minha cidade, fui sem expectativas e saí de lá muito tocado com o filme. Sinceramente não entendo muito os comentários de "filme fofo", não me parece fofo, parece um filme pesado, fiquei agoniado, angustiado pela criança, pensei "a qualquer hora essa criança vai se matar". Senti raiva dos pais, principalmente, e no fim não queria mais nem que Ludovic os perdoasse, mas ela (Ludovic) perdoou e isso me deixou mais emocionado, mas entendo que esse "perdão" vai ser uma cobrança eterna em ser perfeito para não decepcionar os outros. Enfim, gostei muito do filme que jamais teria visto se não fosse essa mostra que decidi participar em cima da hora. Vale muito a pena ver.
Cordeiro
3.3 553 Assista AgoraO filme tinha tudo para ser excelente, mas não é. O trailer consegue ser mais empolgante e nem digo que ele precisava ser de ação nem nada, mas faltou tensão, faltou sentimento nas atuações, expressões... O silêncio pode ser usado de forma espetacular, mas aqui não deu certo. Achei apático, tudo.
O personagem do cordeiro-homem poderia gerar uma tensão maior, pois é legal esse realismo fantástico, mas foi mal utilizado
-
Enfim, achei mal aproveitado, me decepcionei, infelizmente. Na minha opinião o erro esteve na direção mesmo.
Songs My Brothers Taught Me
3.7 11 Assista AgoraDepois que assisti, pesquisei pra saber melhor sobre o elenco e descobri que todos os personagens utilizam o mesmo nome dos atores. Todos são, de fato, indígenas nascidos e criados em uma reserva e todo o roteiro é baseado em histórias reais, inclusive dos atores. A mãe do filme, por exemplo, sofre de alcolismo mesmo e sempre se mete em confusão e o John realmente tem vários irmãos de diferentes mães e mesmo pai. Em resumo é um filme neo realista, baseado no estilo italiano de utilizar atores não profissionais. O filme tem essa pegada de realismo documental, mas poético, com fotografia em luz natural na maior parte utilizando a "hora mágica" quase sempre e a lente aberta que me lembra a linguagem do Terrence Malick, que admiro muito sendo eu fotógrafo. Gostei de seguir os personagens e suas histórias e angustias, gostei de poder ver uma história de indígenas estadunidenses sem esteriotipização, sem maquiagem, e de ver eles citando massacre de Wounded Knee, um genocídio que mancha a história dos nativos nos EUA e muitas vezes apagada ou ignorada.
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É um filme que merece ser visto com calma e com atenção, é belo e dolorido.
Shiva Baby
3.8 259 Assista AgoraAgoniante e divertido, meio contraditório, parece até uma fala da Wandinha, mas é que ele é tudo isso. O filme passa uma tensão, uma agonia torturante, mas ao mesmo tempo a gente ri dos absurdos que acontecem com a Danielle e dos diálogos maravilhosos do filme. Eu confesso que tava tão imerso no filme na agonia de saber no que ia dar essa confusão toda que foi se formando que quando acabou eu fiquei triste nem percebi o tempo passar e por ser um filme que é quase em tempo real dá essa sensação de que foi bem mais rápido.
Noites Alienígenas
3.4 56Assisti no Festival Amazônia (Fi)Doc em Belém com a presença do diretor e produtores, fiquei impressionado com a alta qualidade do filme, sério. Não esperava muito e saí surpreso e emocionado, belo filme que merece todo o reconhecimento merecido.
Amsterdã
3.0 158Eu gostei e não gostei do filme. Gostei pelas atuações, pela fotografia, pela produção de arte no geral, impecável, mas achei o roteiro confuso. Gostei da premissa dele, mas parece que tinham tantos nomes e situações citados no meio que me perdia toda hora, era muita informação, como se a gente, público, estivesse vendo uma conversa na qual não conhecemos ninguém, mas todos os outros se conhecem. Inclusive fiquei surpreso por descobrir que o Emmanuel Lubezki (um dos meus diretores de fotografia favoritos) fez o filme, é muito diferente do que ele costuma fazer, tinha horas do filme que sentia como se estivesse sendo sufocado, muitos closes e muita informação num diálogo longo, me deixou um pouco cansado, confesso. Não achei um filme ruim, mas se pudesse faria umas mudanças, mantendo a energia caótica, mas mais flúido.
Eduardo e Mônica
3.6 368O filme é bonito mas excessivamente longo,poderia ter pegado o rítmo acelerado da música para compor a narrativa e inclusive incluir pequenos detalhes da letra no filme já que teve tanto tempo. Me decepcionei um pouco, não com as atuações, nem com a fotografia ou trilha sonora, mas com o roteiro mesmo.
O Homem do Norte
3.7 944 Assista AgoraAssim... O filme não é ruim, mas também não é excelente. Gosto do clima que o Eggers coloca nos filmes especialmente com o uso da trilha sonora no ponto certo e da fotografia que é muito bem trabalhada, mas o roteiro é simples, comum, é um arco de jornada do herói toda sem quase nada de surpreendente, quando a gente pensa que tá indo por um caminho diferente, pá! Volta pro comum. O personagem principal poderia mudar o final pra algo melhor, mas a testosterona de macho alfa que tá sempre em busca de uma briga é maior, entendo que o Eggers fez a pesquisa e deveria ser o mais comum pra época onde se passa o filme, mas achei meio merda a atitude dele. Outra coisa é que achei que ele conseguia as coisas muito rápido e narrativamente muito fácil, sem nenhuma explicação quase, do nada sempre aparece uma bruxa ou feiticeiro pra ajudar quando o personagem se encontra em enrascada, achei um pouco preguiçoso do roteiro.
Mas resumindo, vale a experiência sim. É o mais fraco do Eggers em roteiro, mas não é um filme de se jogar fora, e ele vale muito ver no cinema.