O roteiro não é muito original mas tem bons momentos, inclusive os finais, que surpreendem pela não-obviedade. Um retrato de como quem defende o bem na frente de todos, pode ser um monstro em sua privacidade.
A princípio, Hereditário é apenas um filme comum, arrastado e moroso. Mas basta uma reflexão após seu fim para perceber que todos os detalhes e minúcias revelam um roteiro cuidadosamente escrito e funcional. Eu amo e odeio Ari Aster por me ter feito ver algo que eu não queria ver, por ver algo que claramente não era para ser visto por mim. E para piorar, ele me fez participar de algo profano e traumatizador. E não é qualquer filme que tem esse impacto e imersão. E quanto mais você relembra das passagens, dos detalhes e nota como tudo é "blasfemicamente" intrincado, você fica mais chocado e incomodado. O hype é real, é uma pena parte do publico ainda associar "terror" a "sustos e gritos", o que coloca Hereditário na mesma categoria de filmes como A Bruxa: ou você ama ou odeia. Mas tente não odiar Hereditário sem dar uma chance de compreender o belo roteiro, isso não tem como negar. Até mesmo o barulho que um dos personagens faz no filme tem uma explicação! Toni Collette deu um show como atriz, talvez sua melhor atuação até então.
Muito interessante o filme ter uma abertura para duas interpretações principais: a do viés sobrenatural e a de sofrimento mental. Recentemente, pesquisas apontaram que doenças como Esquizofrenia por exemplo, podem estar ligadas ao fator hereditário. Analisando desta forma, percebemos que a família da personagem de Toni Collette era acometida por estas questões: o pai morreu de fome devido à doença mental que tinha, o irmão suicidou, a mãe sofria de transtorno de identidade dissociativa e a própria Annie tinha suas crises de sonambulismo e comportamentos inadequados.
Eu me simpatizo bastante pela Azealia Banks. Enquanto mulher negra, que veio da periferia, inserida em um contexto machista como a indústria da música, e misógino nas vertentes do rap/hip hop em muitas vezes, Banks não se deixa calar. Ainda que repleta de polêmicas de uma língua afiada e discursos preconceituosos e agressivos, que percebo como uma maneira de revidar todo o preconceito e racismo que sofre (logicamente não é a maneira ideal de fazê-lo), ninguém pode negar o talento incrível que Banks tem pela música. Vê-la mandando um rap me deixa perplexo, todas as vezes.
Na Batida do Amor (se ela souber que aqui no Brasil o filme teve esse título ela vai ficar possessa hahaha) tem uma ideia similar à filmes como Step Up (que traz o entrave entre Hip Hop e Ballet/música clássica): mostra que as diferenças entre Rap e Poesia na verdade são os pontos que os tornam tão parecidos. A atuação de Azealia é bem o que esperamos de uma cantora (desculpe a brincadeira) mas ela é muito esforçada e convenceu em seu papel. Que cada experiência vivida por Banks, até mesmo os escândalos onde homens brancos ricos de Hollywood a humilham e agridem, sejam mais força para que sua voz não se cale.
É curioso como esse filme consegue retratar sentimentos genuínos sem precisar apelar visualmente para tal... a sensação de solidão mesmo vivendo em uma casa cheia de pessoas, o amor parental que sufoca e também faz mal, a prisão de uma rotina e de uma estrutura familiar já consolidada e sem a menor brecha para respirar algo novo... muitas reflexões... A relação da família chega a apresentar questões problemáticas e patológicas inclusive.
A princípio, esse filme assusta. Mas depois você lembra que no posto de saúde ou clínica que você vai perto de casa acontece igual ou pior, dai você sorri e fala "Nossa, ainda bem que é só um filme" -Q [HAHAHAHAHA eu tô rindo mas é de nervoso]
Com tantos filmes nessa temática ou você se sobressai ou é medíocre. Continue Assistindo é beyond medíocre. Não foi a toa que enrolaram tanto pra lançar.
Dica: os pôsteres dos filmes 2 e 3 se encaixam, achei o máximo isso ahahah É clichê? Sim. Genérico? Que seja. Mas me divertiu e, como fã da franquia, estou feliz com mais um pedaço dessa costura incrível. Visualmente é um filme muito bonito. Eu acho incrível a ideia de universo expandido pois desta forma cada filme pode ter sua história própria sem ficar preso a elementos ou a mesma receita de um filme anterior. Achei genial a sacada que tiveram em certo momento do filme explicando a possível não-linearidade da linha do tempo entre os filmes. É um filme bem legal sim, talvez só não tenha suprido as expectativas de pessoas mais exigentes querendo algo super mirabolante. Quem quer ver filme de monstro gigante, melhor ver Godzilla.
Encantador. A sutileza da atuação de Sally Hawkins dá o tom ao filme. Maquiagem genial, o que é bem peculiar de Del Toro. A forte crítica em vários níveis é perceptível quando temos um homossexual, uma negra e uma muda sendo perseguidos por um homem, branco e heterossexual, tentando acabar com aquilo que ele não considera "normal". Minha única ressalva é com a previsibilidade do roteiro. Uma graça de filme, merece muito as indicações que recebeu.
Ok, é uma produção de baixo orçamento e sem Doug Bradley. O filme tem até uns probleminhas na edição em algumas tomadas. Mas senti que os produtores trouxeram muito mais do universo criado por Clive Barker se comparado a alguns filmes anteriores. Achei digno o esforço, ainda que sofrido (o roteiro é muito pobre). Aos que conhecem a franquia perceberão muitas referências. Já quem não é familiarizado ou terá seu primeiro contato, possivelmente não gostará muito.
Entretém, é engraçado e singelo. Eu realmente não faço nenhuma questão em ficar criticando tecnicamente. Ele me diverte e é eficiente nisto. Loucamente apaixonante, deliciosamente nostálgico.
A Noite das Gaivotas parece ter apostado em ser menos explícito e mais poético. Apesar de Ossorio cometer os mesmos erros dos filmes anteriores (de não saber explorar o roteiro, de parecer não desenvolver muito ao longo dos filmes e de continuar reutilizando cenas que vimos no primeiro e segundo filmes) as cenas dos mortos vivos cavalgando no clássico slow-motion pela praia são lindas de morrer (ou de viver?) hahaha
Em algum (ns) momento (s) de nossas vidas, fomos/somos Charlie. Em algum (ns) momento (s) de nossas vidas, fomos/somos Sarah. Respire é um memorando, de como perceber as consequências de nossas atitudes, da importância da honestidade nas relações interpessoais e no cuidado ao se entregar a outrem. Respire é um memorando de que você precisa respirar mas também precisa deixar com que o outro respire. O desequilíbrio disso é o sufoco. Sufoco é o que senti na progressão deste filme que, em seu ápice, me deixou sem ar. Respire é um memorando de respirar/refletir meus relacionamentos. Sejamos leves como o ar.
Queria saber como ele conseguiu filmar aquela cena da personagem chorando sangue sem computação gráfica (é óbvio né? rs) O roteiro é uma bagunça, boas ideias apresentadas e que são totalmente desperdiçadas. Mas o medo conseguiu ser instaurado, a atmosfera do terror de Fulci é incrível. E a bizarra trilha sonora em todos os filmes complementam a experiência.
É sério que querem que eu leve esse filme a sério? Esse tempo todo e voltam com esse roteiro? Vergonhoso. Sete Dias para o roteirista e para o diretor, que Samara leve vocês para o poço com ela hahaha
Nem a premissa interessante, os bons efeitos e a atmosfera claustrofóbica, ou o papel meia-boca do Fishburne conseguiram ofuscar a infeliz romantização de um relacionamento abusivo.
Que injusta essa pontuação baixa! O filme não é ruim, confesso que a narrativa ora soa apatica, ora instigante. Mas tudo vai se encaixando, e construindo um pano de fundo incômodo e sinistro.
Eu não vou criticar os personagens caricatos, atitudes incabíveis e os longos minutos de personagens gritando sem necessidade alguma (quando na verdade a primeira coisa que tu faria seria correr). Relevando isto, a ideia até que não é ruim, mas foi pessimamente executada. O embate entre Sadako e Kayako poderia ter sido melhor trabalhado, com cenas mais interessantes. Enfim, que pena, um projeto tão bacana tendo uma execução medíocre.
Muita expectativa para pouca coisa. Tentei até o fim manter a positividade, até mesmo compreender por uma perspectiva psicológica (como foi em Babadook) mas não rolou. Não curti.
O Assassino de Clovehitch
3.2 262 Assista AgoraO roteiro não é muito original mas tem bons momentos, inclusive os finais, que surpreendem pela não-obviedade. Um retrato de como quem defende o bem na frente de todos, pode ser um monstro em sua privacidade.
Ecos na Escuridão
2.4 53Você fica os 90 minutos esperando algo acontecer. Mas só fica esperando mesmo...
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraA princípio, Hereditário é apenas um filme comum, arrastado e moroso. Mas basta uma reflexão após seu fim para perceber que todos os detalhes e minúcias revelam um roteiro cuidadosamente escrito e funcional. Eu amo e odeio Ari Aster por me ter feito ver algo que eu não queria ver, por ver algo que claramente não era para ser visto por mim. E para piorar, ele me fez participar de algo profano e traumatizador. E não é qualquer filme que tem esse impacto e imersão. E quanto mais você relembra das passagens, dos detalhes e nota como tudo é "blasfemicamente" intrincado, você fica mais chocado e incomodado. O hype é real, é uma pena parte do publico ainda associar "terror" a "sustos e gritos", o que coloca Hereditário na mesma categoria de filmes como A Bruxa: ou você ama ou odeia. Mas tente não odiar Hereditário sem dar uma chance de compreender o belo roteiro, isso não tem como negar. Até mesmo o barulho que um dos personagens faz no filme tem uma explicação! Toni Collette deu um show como atriz, talvez sua melhor atuação até então.
Muito interessante o filme ter uma abertura para duas interpretações principais: a do viés sobrenatural e a de sofrimento mental. Recentemente, pesquisas apontaram que doenças como Esquizofrenia por exemplo, podem estar ligadas ao fator hereditário. Analisando desta forma, percebemos que a família da personagem de Toni Collette era acometida por estas questões: o pai morreu de fome devido à doença mental que tinha, o irmão suicidou, a mãe sofria de transtorno de identidade dissociativa e a própria Annie tinha suas crises de sonambulismo e comportamentos inadequados.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraQUE TIRO (com silenciador) FOI ESSE?
Na Batida do Amor
3.0 36 Assista AgoraEu me simpatizo bastante pela Azealia Banks. Enquanto mulher negra, que veio da periferia, inserida em um contexto machista como a indústria da música, e misógino nas vertentes do rap/hip hop em muitas vezes, Banks não se deixa calar. Ainda que repleta de polêmicas de uma língua afiada e discursos preconceituosos e agressivos, que percebo como uma maneira de revidar todo o preconceito e racismo que sofre (logicamente não é a maneira ideal de fazê-lo), ninguém pode negar o talento incrível que Banks tem pela música. Vê-la mandando um rap me deixa perplexo, todas as vezes.
Na Batida do Amor (se ela souber que aqui no Brasil o filme teve esse título ela vai ficar possessa hahaha) tem uma ideia similar à filmes como Step Up (que traz o entrave entre Hip Hop e Ballet/música clássica): mostra que as diferenças entre Rap e Poesia na verdade são os pontos que os tornam tão parecidos. A atuação de Azealia é bem o que esperamos de uma cantora (desculpe a brincadeira) mas ela é muito esforçada e convenceu em seu papel. Que cada experiência vivida por Banks, até mesmo os escândalos onde homens brancos ricos de Hollywood a humilham e agridem, sejam mais força para que sua voz não se cale.
Encarando Meu Prato
3.1 6 Assista AgoraÉ curioso como esse filme consegue retratar sentimentos genuínos sem precisar apelar visualmente para tal... a sensação de solidão mesmo vivendo em uma casa cheia de pessoas, o amor parental que sufoca e também faz mal, a prisão de uma rotina e de uma estrutura familiar já consolidada e sem a menor brecha para respirar algo novo... muitas reflexões... A relação da família chega a apresentar questões problemáticas e patológicas inclusive.
Canibal Vegetariano
3.3 17A princípio, esse filme assusta. Mas depois você lembra que no posto de saúde ou clínica que você vai perto de casa acontece igual ou pior, dai você sorri e fala "Nossa, ainda bem que é só um filme" -Q [HAHAHAHAHA eu tô rindo mas é de nervoso]
Continue Assistindo
2.1 115 Assista AgoraCom tantos filmes nessa temática ou você se sobressai ou é medíocre. Continue Assistindo é beyond medíocre. Não foi a toa que enrolaram tanto pra lançar.
O Paradoxo Cloverfield
2.7 780 Assista AgoraDica: os pôsteres dos filmes 2 e 3 se encaixam, achei o máximo isso ahahah
É clichê? Sim. Genérico? Que seja. Mas me divertiu e, como fã da franquia, estou feliz com mais um pedaço dessa costura incrível. Visualmente é um filme muito bonito. Eu acho incrível a ideia de universo expandido pois desta forma cada filme pode ter sua história própria sem ficar preso a elementos ou a mesma receita de um filme anterior.
Achei genial a sacada que tiveram em certo momento do filme explicando a possível não-linearidade da linha do tempo entre os filmes. É um filme bem legal sim, talvez só não tenha suprido as expectativas de pessoas mais exigentes querendo algo super mirabolante. Quem quer ver filme de monstro gigante, melhor ver Godzilla.
A Forma da Água
3.9 2,7KEncantador. A sutileza da atuação de Sally Hawkins dá o tom ao filme. Maquiagem genial, o que é bem peculiar de Del Toro. A forte crítica em vários níveis é perceptível quando temos um homossexual, uma negra e uma muda sendo perseguidos por um homem, branco e heterossexual, tentando acabar com aquilo que ele não considera "normal".
Minha única ressalva é com a previsibilidade do roteiro. Uma graça de filme, merece muito as indicações que recebeu.
Hellraiser: Julgamento
2.1 106Ok, é uma produção de baixo orçamento e sem Doug Bradley. O filme tem até uns probleminhas na edição em algumas tomadas. Mas senti que os produtores trouxeram muito mais do universo criado por Clive Barker se comparado a alguns filmes anteriores. Achei digno o esforço, ainda que sofrido (o roteiro é muito pobre).
Aos que conhecem a franquia perceberão muitas referências. Já quem não é familiarizado ou terá seu primeiro contato, possivelmente não gostará muito.
O Anjo Exterminador
4.3 376 Assista AgoraHisteria coletiva. É possível uma analogia com fatos que estamos vivendo na atualidade. Pertinente e magnífico.
Quem é Essa Garota?
3.0 194 Assista AgoraEntretém, é engraçado e singelo. Eu realmente não faço nenhuma questão em ficar criticando tecnicamente. Ele me diverte e é eficiente nisto. Loucamente apaixonante, deliciosamente nostálgico.
A Noite das Gaivotas
3.4 25A Noite das Gaivotas parece ter apostado em ser menos explícito e mais poético. Apesar de Ossorio cometer os mesmos erros dos filmes anteriores (de não saber explorar o roteiro, de parecer não desenvolver muito ao longo dos filmes e de continuar reutilizando cenas que vimos no primeiro e segundo filmes) as cenas dos mortos vivos cavalgando no clássico slow-motion pela praia são lindas de morrer (ou de viver?) hahaha
Ciganos da Ciambra
3.8 21 Assista AgoraA sensação que tive ao terminar o filme: levei um soco na cara.
Respire
3.8 290 Assista AgoraEm algum (ns) momento (s) de nossas vidas, fomos/somos Charlie.
Em algum (ns) momento (s) de nossas vidas, fomos/somos Sarah.
Respire é um memorando, de como perceber as consequências de nossas atitudes, da importância da honestidade nas relações interpessoais e no cuidado ao se entregar a outrem. Respire é um memorando de que você precisa respirar mas também precisa deixar com que o outro respire. O desequilíbrio disso é o sufoco. Sufoco é o que senti na progressão deste filme que, em seu ápice, me deixou sem ar. Respire é um memorando de respirar/refletir meus relacionamentos. Sejamos leves como o ar.
Pavor na Cidade dos Zumbis
3.5 105Queria saber como ele conseguiu filmar aquela cena da personagem chorando sangue sem computação gráfica (é óbvio né? rs)
O roteiro é uma bagunça, boas ideias apresentadas e que são totalmente desperdiçadas. Mas o medo conseguiu ser instaurado, a atmosfera do terror de Fulci é incrível. E a bizarra trilha sonora em todos os filmes complementam a experiência.
O Chamado 3
2.3 1,2K Assista AgoraÉ sério que querem que eu leve esse filme a sério? Esse tempo todo e voltam com esse roteiro? Vergonhoso. Sete Dias para o roteirista e para o diretor, que Samara leve vocês para o poço com ela hahaha
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraNem a premissa interessante, os bons efeitos e a atmosfera claustrofóbica, ou o papel meia-boca do Fishburne conseguiram ofuscar a infeliz romantização de um relacionamento abusivo.
A Enviada do Mal
3.0 284 Assista AgoraQue injusta essa pontuação baixa! O filme não é ruim, confesso que a narrativa ora soa apatica, ora instigante. Mas tudo vai se encaixando, e construindo um pano de fundo incômodo e sinistro.
O Chamado vs. O Grito
2.2 147Eu não vou criticar os personagens caricatos, atitudes incabíveis e os longos minutos de personagens gritando sem necessidade alguma (quando na verdade a primeira coisa que tu faria seria correr). Relevando isto, a ideia até que não é ruim, mas foi pessimamente executada. O embate entre Sadako e Kayako poderia ter sido melhor trabalhado, com cenas mais interessantes. Enfim, que pena, um projeto tão bacana tendo uma execução medíocre.
Não entendi o motivo de terem mudado o "Seven Days" da Sadako para 2 dias. Fiquei sem entender essa mudança rs
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraMagnífico. Medo do meu comentário estragar a grandiosidade (em diversos aspectos) dessa produção. Favoritado pra sempre!
Um Monstro no Caminho
2.6 178 Assista AgoraMuita expectativa para pouca coisa.
Tentei até o fim manter a positividade, até mesmo compreender por uma perspectiva psicológica (como foi em Babadook) mas não rolou.
Não curti.
A Casa do Silêncio
2.0 62Quero meus 90 minutos de volta HAHAHAHA