Jogador nº 1 - Easter eggs e a celebração da cultura pop
Antes de falar do mais recente filme do diretor Steven Spielberg – Jogador Nº 1 – se faz necessário falar primeiramente da importância do seu diretor. Para qualquer pessoa que cresceu na década de 1980 e 1990, principalmente os que hoje são deslumbrados com o cinema, o nome do americano Steven Spielberg é sempre recorrente nas lembranças fílmicas. Spielberg foi responsável pela direção de diversos filmes clássicos que habitam as memórias de vários cinéfilos e admiradores da sétima arte: Tubarão (1975), Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981), E.T. - O Extraterrestre (1982) e Jurassic Park (1993). Isto sem falar dos filmes que anunciavam Spielberg como roteirista, Poltergeist (1982) e Goonies (1985), ou como produtor executivo Gremlins (1984), De Volta para o Futuro (1985), Uma cilada para Roger Rabbit (1988) e Aracnofobia (1990). Enfim, qualquer menção ao nome de Steven Spielberg nas chamadas da sessão da tarde era sinônimo de um bom filme, mesmo quando estes filmes eram reprisados diversas vezes. O legado do diretor Steven Spielberg o coloca como um dos cineastas mais populares e influentes não apenas da história do cinema, mas também da própria cultura pop. Neste ano, ele confirma sua popularidade com o filme Jogador Nº 1, em um filme repleto de referências da cultura pop de diversas décadas. O filme Jogador Nº 1 é baseado no livro homônimo de Ernest Cline, que também assina o roteiro juntamente com Zak Penn, sobre uma sociedade distópica, na qual a população busca o espaço virtual chamado OASIS para fugir de sua realidade deprimente. Na utopia virtual de OASIS os usuários podem ser quem eles desejam ser, os desejos da conturbada realidade são realizados nas infinitas possibilidades do virtual. O fundador da OASIS, James Halliday (Mark Rylance), antes de morrer, deixa escondido neste mundo virtual um tesouro (os easter eggs) que dará ao jogador que resolver todos os enigmas um grande prêmio e fortuna. Wade Watts (Tye Sheridan) é um destes usuários que parte nesta corrida em busca de uma mudança brusca da sua realidade através da sua vitória no mundo virtual. Porém, uma megacorporação almejando o controle (e o lucro) total do OASIS, também está em busca do tesouro deixado por Halliday. O longa metragem combina ambientes e personagens tanto de ação ao vivo quanto os de imagens geradas por computador, o que mostra a versatilidade do diretor Spielberg. Assim percebemos que a vasta experiência com filmes de aventuras em live-action, assim como a direção da surpreendente animação “As Aventuras de Tintin” (2011), possibilitaram a competente direção desta aventura moderna que unifica cenários e atores, reais e animados. Além disso, Jogador Nº 1 também se destaca pelos outros elementos que compõem o filme: bom roteiro, apesar de previsível; fotografia satisfatória, que consegue definir a realidade saturada e fantasia colorida do virtual; com competentes atuações. Só é lamentável o fato que os personagens secundários não tenham sido tão bem desenvolvidos quanto o protagonista. Assim, como os princípios que motivam o antagonista engravatado Sorrento (Ben Mendelsohn) que na realidade é a representação de uma grande corporação capitalista, que pretende monetizar o OASIS elevando os lucros, através de cobranças de mensalidades dos usuários e disponibilização de espaços para publicidades. Entretanto, particularmente acredito que o principal destaque do filme é a chuva de referências da cultura pop, que funcionam como um verdadeiro easter eggs para o espectador. Para quem não sabe os easter eggs, ovos de páscoa em tradução literal, são brincadeiras presente em diversos meios virtuais (filmes, jogos, páginas da internet) que contém alguma surpresa (ou não) para aqueles que encontrarem os segredos deixados pelos desenvolvedores. No filme Jogador Nº 1, da mesma forma que os personagens buscam os easter eggs dentro do Oasis para tentar encontrar o tesouro deixado por Halliday, o espectador busca as diversas referências da cultura pop presentes praticamente em cada enquadramento que compõem o filme. São tantas referências a filmes, a games, seriados e animes, de diferentes épocas que fica até difícil enumerar todos aqui: o carro DeLorean do filme De Volta para o Futuro, os lutadores Ryu e Chun-li de Street Fighter, a roupa usada por Michael Jackson no videoclipe e Thriller, os vilões clássicos da década de 1980 Freddy Krueger e Jason, as músicas Take on me do A-há e Stayin Alive do Bee Gees, as diversas citações de “Rosebud” referência ao clássico Cidadão Kane de Orson Welles de 1941, e é claro, não poderia faltar o Batman. Se em alguns destes casos são referências da cultura pop que aparecem em pequenos detalhes ou momentos da narrativa, outros são verdadeiras homenagens aos criadores destes ícones que ultrapassaram as barreiras das suas mídias e se eternizaram na nossa cultura: a participação do King Kong e a sua cena clássica no alto do prédio, o Gigante de Ferro com sua bondade e todo potencial bélico, o boneco assassino Chucky em uma boa cena cômica e a fantástica reconstrução do Hotel Overlook de “O Iluminado” que possibilita uma das mais divertidas sequências do filme, aproveitando os elementos criados na narrativa de Stanley Kubrick. Em seu último ato o filme ainda consegue fazer uma ligeira crítica ao fascínio do ser humano com as mídias (e outros meios) que suspostamente podem te tirar da sua realidade. Dessa forma, o filme nos coloca a (re)pensar sobre a nossa interação com os meios tecnológicos. Neste sentido, e trazendo para nosso momento, os games, as redes sociais e até mesmo o cinema podem funcionar como possíveis escapes da nossa realidade, mas jamais devemos confundir estes dois parâmetros. A realidade por mais dura que seja, é a realidade, devemos procurar formas de tentar mudar esta situação e não procurar alternativas que funcionem como válvulas de escape. Por fim, Jogador Nº 1 é um filme que diverte, que celebra a nostalgia e principalmente resgata a popularidade de Steven Spielberg de outras eras.
Na verdade, Leslie abominava toda organização religiosa. Para ela, são as mais perigosas fábulas jamais inventadas. Projetadas para induzir obediência cega e incutir medo nos corações de inocentes e desinformados.
O mais fabuloso de tudo é a maneira que Hitchcock nos envolve na suposta paranoia dos personagens. Da mesma maneira que o personagem é um voyuer dos diversos acontecimentos daquela vizinhança, nós espectadores também somos voyuer das diversas tramas. Excelente! Gênio.
A Representatividade de “Procurando Dory” e a Necessidade de Reabilitação Biopsicossocial
Quando tive a oportunidade de assistir "Procurando Nemo" em 2003, me encantou a peixinha Dory, a qual mesmo com todas as suas limitações e baixo rendimento cognitivo conseguia ser otimista, divertida e bastante tocante. Claro, o discurso sobre a importância da família contribuiu para a afeição ao filme. Em outras oportunidades de rever o filme, desta vez com um olhar sobre o antropomorfismo, percebi que "Procurando Nemo" era extremamente sensível, emocionante e representativo. No filme, com direção de Andrew Stanton, era possível encontrar a representação do deficiente físico (Nemo, com sua nadadeira), do deficiente mental (Dory, com sua perda de memória recente), dos que procuram ajuda através de grupos de reabilitação (os tubarões, que tentava ser amigos dos peixes) e até mesmo de pacientes com transtorno mentais institucionalizados em manicômios (os peixes no aquário do dentista, com déficits cognitivos). Se antes tinha achado o filme estupendo, depois de perceber essa riqueza de detalhes, analogias e metáforas, a narrativa fílmica de “Nemo” se tornou memorável e extremamente importante para a representatividade das minorias, nesse caso os portadores de deficiências mentais e físicas. Contudo, eu queria ainda mais dessa representação sensível, verdadeira e principalmente de fácil assimilação para as crianças. Era necessário ter uma maior visibilidade para essas minorias sociais, as quais muitas vezes são rejeitadas pela própria família. Eis que, 13 anos depois, a Pixar nos presenteia com essa notabilidade em “Procurando Dory” com a direção de Andrew Stanton e Angus MacLane. “Procurando Dory” se passa exatamente um ano após Marlin e Dory percorrerem o oceano para salvar Nemo. Dessa vez, Dory consegue ter pequenos lampejos de lembranças da família. Movida pela saudade, ela decide fazer de tudo para reencontrar o pai e a mãe, com a ajuda de Marlin e Nemo. Em meio a essa busca desenfreada temos a oportunidades de rever alguns personagens cativantes de “Procurando Nemo” e somos apresentados a outros, repletos de apelo (o carisma dos personagens de animação), com grandes significações e representatividade. Se em “Procurando Nemo” tínhamos o aquário representando o hospício com seus pacientes com transtornos mentais, angustiados pelo cárcere que estavam submetidos, em “Procurando Dory” temos o Instituto de Vida Marinha, o qual pode ser visto como um grande centro de atenção biopsicossocial, que trata da saúde física e mental dos animais. Se no primeiro momento a narrativa demonstra ser repetitiva, vai ser exatamente a partir do Instituto que ela ganha sua tentativa de originalidade e representatividade, ao demonstrar personagens com transtornos físicos, psíquicos ou sociais que incentivados por Dory começam a enfrentar suas limitações. Primeiramente, não posso deixar de falar de Dory, que deixa o posto de personagem secundária para ser protagonista. Em alguns momentos de flashback vemos a pequena Dory, inocente e divertida, mas devido sua limitação é excluída pelos demais peixes. É comovente e angustiante estas cenas que a personagem é desprezada, tão quanto as cenas na qual Dory se desespera por causa da sua memória faltosa. Por outro lado, é gratificante e nós enche de orgulho assistir Dory determinada a vencer suas limitações e “continuar a nadar” em busca de sua família, sempre espontânea e sem planejamento. No Instituto de Vida Marinha cujo o lema é “resgatar, reabilitar e devolver os animais aos oceanos” encontramos a diversa gama de personagens distintos e representativos que apresentam algum tipo de transtorno e/ou deficiência. O polvo Hank, que além de sua deficiência física (ele tem apenas 7 tentáculos) sofre de estresse pós-traumático devido a sua mutilação e com fobia de espaços abertos; o beluga Bailey, que demonstra sérios problemas de autoestima; o tubarão-baleia Destiny, míope e sem senso de direção; a mobelha Beca, que é uma ave bastante distinta e que não segue os padrões de socialização; e o leão-marinho Geraldo, que também apresenta algum déficit cognitivo e é um excelente alívio cômico da narrativa. Ainda sobre Geraldo e sua função cômica na trama, alguns podem interpretar sobre sua colocação ser destoante com as ideias de aceitação presente no filme. Contudo, é importante observar que Geraldo, mesmo com seu transtorno mental, também é o personagem que busca aceitação. Geraldo quer se espreguiçar e dormir na pedra, assim como os outros Leões-marinhos Rudder e Fluke. Portanto, Geraldo, mesmo sendo engraçado e bastante cômico, também é um personagem que condiz com o discurso do filme sobre a aceitação do diferente e da inclusão do deficiente. A narrativa de “Procurando Dory” pode sim soar repetitiva e não ter a mesma originalidade de seu antecessor, mas traz imensa nostalgia e alegria ao retornarmos àquele ambiente marinho. Se destaca principalmente devido a representatividade dos personagens com transtornos mentais. A Pixar consegue, mais uma vez, atingir crianças e adultos, ao discutir temas tabus através de personagens que representam as minorias sociais. Quem sabe a Pixar não comece a desenvolver mais personagens que representem outras minorias sociais como protagonistas de seus filmes.
Além dos personagens repletos de apelo (carisma), o roteiro é incrível, abordando muito bem sobre preconceitos, diferenças e aceitação! Genndy Tartakovsky novamente faz uma direção "monstruosa".
Os filmes da Tinker Bell são sempre muito graciosos e delicados, retratando diversas temáticas de forma bem sútil e interessante. Neste especificamente a narrativa aborda principalmente sobre "a beleza está nos olhos de quem vê", mas o que se destacou para mim, foi a delicadeza que associaram a hibernação à morte. A delicadeza nesse momento da narrativa é fascinante, emocionante e entristecedora. Isso sem contar a trilha sonora que é sempre exuberante e condizentes com cada momento do filme. Que continuem com essa qualidade nos outros filmes que devem vir da fadinha! Mas ainda me questiono, estes filmes da Tinker Bell se passam antes do encontro dela com o Peter Pan?
Que filme gracioso em todos aspectos desde ao visual dos personagens, os cenários e os elementos técnicos e a própria narrativa. Adorei a forma que o filme trabalha as metáforas referentes as castas sociais. A que mais me chamou atenção foi a forma que colocaram os produtos derivados de lacticínios para evidenciar alguns degraus sociais: os nobres queijos degustado pela elite social e a (rua) coalhada para representar a parte pobre da cidade. Outro aspecto da narrativa interessante, mesmo que abordado sutilmente, foi o caso sobre adoção e os verdadeiros pais. Acredito que exatamente por estas temáticas distintas da história que o filme tem o seu charme e até mesmo sua indicação ao Oscar.
"Queijo, chapéus, caixas, eles não definem quem você é. Você define você mesmo."
O trailer não me cativou, mas gostei do filme! Achei bacana a formas como os acontecimentos históricos foram abordados, mas o que mais me chamou a atenção foi a relação adotiva entre os personagens principais! O sr. Peabody que mesmo apresentando a personalidade antropomórfica de um cachorro, mostrou-se um verdadeiro pai, e como os dois personagens constituíam uma bonita e admirável família.
Nossa, nossa e nossa, como descrever o que estou sentindo após assistir esse fabuloso filme! É um misto de alegria por encontrar uma obra tão emocionante e surpreendente, com uma tristeza profunda por não esperar por essa situação tão delicada. Não Aceitamos Devoluções é um filme que fala sobre a vida, o medo e as situações adversas que podem surgir e te surpreender na vida. Nunca esperei que um simples trailer que me cativou numa sessão qualquer, me levasse a chorar feito criança com o desfecho final da sua narrativa. Uma obra que se destaca não somente pelo roteiro surpreendente, mas pela direção e as atuações incríveis. Fico extremamente feliz em saber que um filme mexicano possa ter me emocionado dessa forma. Uma narrativa que trabalha com a comédia e o drama de forma equilibrada e muito eficiente, numa história singela e delicada.
"E que 10 dólares para um táxi pode acabar sendo o melhor investimento de sua vida."
Simplesmente imaginário o filme, assim como as próprias pecinhas de montar Lego!
E o mais interessante é o fato de assim como as peças Legos permitirem uma inúmera criação de elementos baseados na realidade do mundo, o filme utilizou as mesmas peças para retratar metaforicamente vários elementos do ser humano, inclusive a sua violência e a unicidade de cada um de nós!
Quando anunciaram que Malévola iria ganhar uma versão em live action e que contaria a história da fantástica vilã, fiquei empolgado. Pois essa versão poderia ser o início de um novo nicho na qual a Disney iria aproveitar para grandes filmes: as histórias dos seus vilões de clássicos da animação. Imaginei logo narrativas que abordassem a origem do Capitão Gancho, Ursula, Cruela, Jafar e tantos outros vilões que marcaram minha infância e a paixão pela animação.
Contudo, Malévola tenta mostrar um outro lado da vilã, dando um ar benevolente a ela. E até uma tentativa, diria frustrada de amor maternal, mas que abre enfase também para outras análises polêmicas. Em sumo, particularmente a adaptação não funcionou, Malévola é uma das piores (leia-se melhores) vilã do estúdio. Tanto que a personagem e a sua malevolência dela é usada como referência em Encantada. Por isso não adianta tentar mudar a origem da Malévola. Em a Bela Adormecida, diria que a vilã é mais marcante que a própria protagonista, e por isso tem seu destaque e fama merecidos. E no sue próprio filme, nem mesmo presença e atuação marcante de Angelina consegue que ela seja reconhecida como sua personagem animada. Entenda que vilão é sempre vilão, por mais que adoramos odiar essas personalidades maléficas, elas são necessárias para a completa diegese do espectador com a narrativa. Precisamos ter medo, odiar, ou até mesmo amar esses personagens tão essenciais.
Por isso Disney, por favor não tente mais adaptar a história de outros grandes vilões de suas animações. Prefiro ter a lembrança de suas maldades nos filmes animados do que o esquecimento ou lembrança vaga e passageira das suas versões live action.
Comédia é o gênero que mais tenho preguiça para assistir, quando assisto é porque me recomendaram bastante. E Anjos da Lei não foi diferente, depois de um breve comentário positivo do filme fiquei curioso em conferir. E não é que não me decepcionei, o filme tem um roteiro engraçado e nada forçado, me lembrando bastante Nunca fui Beijada numa versão masculina! E o mais interessante é que o filme faz uma crítica bem explicita sobre os jovens americanos, o consumo de drogas e a própria cultura que vivenciam nesta década. Adorei quando citam Justin Bieber e Miley Cyrus, pois são exemplos concretos de parte deste modelo de juventude retratado no filme e que andam tendo destaque na mídia pelo consumo (excessivo) de drogas . E a participação, mesmo que rápida, de Johnny Deep dá um charme a mais no filme. Pois o ator foi um dos protagonistas principais da série na qual o filme é baseado. Anjos da Lei é uma boa adaptação fílmica de série de TV, mesmo com alguns clichês dos filmes de comédia e ação o filme se sobressai, principalmente pela interação dos atores principais.
Gosto dessa tendência dos filmes de terror que abandonam os monstros e espíritos sobrenaturais e colocam o ser humano como o maior vilão da história. E detalhe, ele age agora sem máscaras (O que retrata bem as máscaras que caem durante o filme). É graças a raiva do ser humano que temos genocídios, massacres e guerras que ilustram a história mundial. O tema, a proposta do filme, são super interessantes e retrata um pouco do que Jogos Mortais trabalhavam, o ser humano é violento por natureza, e sim, todos nos em uma situação de perigo ou raiva pode exterminar com uma vida alheia, independente da classe social. Contudo, essa temática no filme é trabalhada superficialmente sem maiores aprofundamento, deixando o desfecho final a desejar. É interessante que todos personagens nos filmes (protagonistas e antagonistas, se é que podemos definir dessa maneira) acabam tendo seu expurgo, a ação da violência, em algum momento do filme, numa tentativa banal de extravasar a sua raiva. Um filme bem violento que tenta retratar a natural violência humana, seja ela por seu próprio punho, armas brancas ou a arma de fogo!
1 estrela, para não receber meia! Além de roteiro, diálogos, planos e enquadramentos bem sórdidos, a trilha sonora é intragável e nada convincente! Vai do suspense ao drama na mesma cena atropelando os diálogos! O filme tenta ir no embalo do sucesso de outros filmes que abordam a favela como cenário de fundo (Tropa de Elite e Cidade de Deus) mas tá longe de alcançar o devido mérito. O filme Alemão também tenta repassar um discurso, principalmente pela proximidade da estreia com a Copa do Mundo, mostrando que o Brasil é um país com seus morros (favelas) totalmente pacificados, sem traficantes e violência, pronto para receber de o aclamado evento esportivo!
"Qualquer pessoa que se apaixone é uma aberração. É uma forma totalmente aceitável de insanidade!"
As relações humanas, sejam elas "reais" ou "virtuais" sempre serão problemáticas. Mas o mais interessante do filme é a crítica no seu discurso sobre o nosso contato cada vez mais intimo e realístico com as máquinas! Da forma que estamos evoluindo (ou desinvoluído para alguns) o tempo retratado no filme não está longe da nossa realidade!
Enfim, depois de muitas recomendações de amigos, eu assisti uma continuação Home Vídeo da Disney! Que para mim o intuito maior dessas historinhas é apenas uma tentativa de pegar o sucesso do filme original e ganhar dinheiro com isso. Mas, De Volta á Terra do Nunca, conseguiu me surpreender, mas confesso que mesmo que o filme tenha trabalhado com elementos da realidade histórica (guerra) e a fantasia (Terra do Nunca). Eu achei o roteiro muito mais bem desenvolvido na realidade, com excelentes elementos dramáticos dos personagens. Enquanto a fantasia foi extremamente voltada para as gags, beirando a infantilidade! Contudo, é um filme bem delicado ao retratar uma criança que precisa resgatar elementos da sua infância (como acreditar em contos de fadas) que foram retirados devido as responsabilidades que foram repassadas devido a guerra. E se melhorado alguns detalhes do roteiro daria um excelente longa metragem em live action.
Jogador Nº 1
3.9 1,4K Assista AgoraJogador nº 1 - Easter eggs e a celebração da cultura pop
Antes de falar do mais recente filme do diretor Steven Spielberg – Jogador Nº 1 – se faz necessário falar primeiramente da importância do seu diretor. Para qualquer pessoa que cresceu na década de 1980 e 1990, principalmente os que hoje são deslumbrados com o cinema, o nome do americano Steven Spielberg é sempre recorrente nas lembranças fílmicas. Spielberg foi responsável pela direção de diversos filmes clássicos que habitam as memórias de vários cinéfilos e admiradores da sétima arte: Tubarão (1975), Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981), E.T. - O Extraterrestre (1982) e Jurassic Park (1993). Isto sem falar dos filmes que anunciavam Spielberg como roteirista, Poltergeist (1982) e Goonies (1985), ou como produtor executivo Gremlins (1984), De Volta para o Futuro (1985), Uma cilada para Roger Rabbit (1988) e Aracnofobia (1990). Enfim, qualquer menção ao nome de Steven Spielberg nas chamadas da sessão da tarde era sinônimo de um bom filme, mesmo quando estes filmes eram reprisados diversas vezes. O legado do diretor Steven Spielberg o coloca como um dos cineastas mais populares e influentes não apenas da história do cinema, mas também da própria cultura pop. Neste ano, ele confirma sua popularidade com o filme Jogador Nº 1, em um filme repleto de referências da cultura pop de diversas décadas.
O filme Jogador Nº 1 é baseado no livro homônimo de Ernest Cline, que também assina o roteiro juntamente com Zak Penn, sobre uma sociedade distópica, na qual a população busca o espaço virtual chamado OASIS para fugir de sua realidade deprimente. Na utopia virtual de OASIS os usuários podem ser quem eles desejam ser, os desejos da conturbada realidade são realizados nas infinitas possibilidades do virtual. O fundador da OASIS, James Halliday (Mark Rylance), antes de morrer, deixa escondido neste mundo virtual um tesouro (os easter eggs) que dará ao jogador que resolver todos os enigmas um grande prêmio e fortuna. Wade Watts (Tye Sheridan) é um destes usuários que parte nesta corrida em busca de uma mudança brusca da sua realidade através da sua vitória no mundo virtual. Porém, uma megacorporação almejando o controle (e o lucro) total do OASIS, também está em busca do tesouro deixado por Halliday.
O longa metragem combina ambientes e personagens tanto de ação ao vivo quanto os de imagens geradas por computador, o que mostra a versatilidade do diretor Spielberg. Assim percebemos que a vasta experiência com filmes de aventuras em live-action, assim como a direção da surpreendente animação “As Aventuras de Tintin” (2011), possibilitaram a competente direção desta aventura moderna que unifica cenários e atores, reais e animados. Além disso, Jogador Nº 1 também se destaca pelos outros elementos que compõem o filme: bom roteiro, apesar de previsível; fotografia satisfatória, que consegue definir a realidade saturada e fantasia colorida do virtual; com competentes atuações. Só é lamentável o fato que os personagens secundários não tenham sido tão bem desenvolvidos quanto o protagonista. Assim, como os princípios que motivam o antagonista engravatado Sorrento (Ben Mendelsohn) que na realidade é a representação de uma grande corporação capitalista, que pretende monetizar o OASIS elevando os lucros, através de cobranças de mensalidades dos usuários e disponibilização de espaços para publicidades.
Entretanto, particularmente acredito que o principal destaque do filme é a chuva de referências da cultura pop, que funcionam como um verdadeiro easter eggs para o espectador. Para quem não sabe os easter eggs, ovos de páscoa em tradução literal, são brincadeiras presente em diversos meios virtuais (filmes, jogos, páginas da internet) que contém alguma surpresa (ou não) para aqueles que encontrarem os segredos deixados pelos desenvolvedores. No filme Jogador Nº 1, da mesma forma que os personagens buscam os easter eggs dentro do Oasis para tentar encontrar o tesouro deixado por Halliday, o espectador busca as diversas referências da cultura pop presentes praticamente em cada enquadramento que compõem o filme. São tantas referências a filmes, a games, seriados e animes, de diferentes épocas que fica até difícil enumerar todos aqui: o carro DeLorean do filme De Volta para o Futuro, os lutadores Ryu e Chun-li de Street Fighter, a roupa usada por Michael Jackson no videoclipe e Thriller, os vilões clássicos da década de 1980 Freddy Krueger e Jason, as músicas Take on me do A-há e Stayin Alive do Bee Gees, as diversas citações de “Rosebud” referência ao clássico Cidadão Kane de Orson Welles de 1941, e é claro, não poderia faltar o Batman.
Se em alguns destes casos são referências da cultura pop que aparecem em pequenos detalhes ou momentos da narrativa, outros são verdadeiras homenagens aos criadores destes ícones que ultrapassaram as barreiras das suas mídias e se eternizaram na nossa cultura: a participação do King Kong e a sua cena clássica no alto do prédio, o Gigante de Ferro com sua bondade e todo potencial bélico, o boneco assassino Chucky em uma boa cena cômica e a fantástica reconstrução do Hotel Overlook de “O Iluminado” que possibilita uma das mais divertidas sequências do filme, aproveitando os elementos criados na narrativa de Stanley Kubrick.
Em seu último ato o filme ainda consegue fazer uma ligeira crítica ao fascínio do ser humano com as mídias (e outros meios) que suspostamente podem te tirar da sua realidade. Dessa forma, o filme nos coloca a (re)pensar sobre a nossa interação com os meios tecnológicos. Neste sentido, e trazendo para nosso momento, os games, as redes sociais e até mesmo o cinema podem funcionar como possíveis escapes da nossa realidade, mas jamais devemos confundir estes dois parâmetros. A realidade por mais dura que seja, é a realidade, devemos procurar formas de tentar mudar esta situação e não procurar alternativas que funcionem como válvulas de escape. Por fim, Jogador Nº 1 é um filme que diverte, que celebra a nostalgia e principalmente resgata a popularidade de Steven Spielberg de outras eras.
Emoji: O Filme
2.7 263 Assista AgoraUm filme com a ideia boa, mas foi mal aproveitada, passando a impressão que o roteiro poderia ser melhor trabalhado.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraNa verdade, Leslie abominava toda organização religiosa. Para ela, são as mais perigosas fábulas jamais inventadas. Projetadas para induzir obediência cega e incutir medo nos corações de inocentes e desinformados.
Janela Indiscreta
4.3 1,2K Assista AgoraO mais fabuloso de tudo é a maneira que Hitchcock nos envolve na suposta paranoia dos personagens. Da mesma maneira que o personagem é um voyuer dos diversos acontecimentos daquela vizinhança, nós espectadores também somos voyuer das diversas tramas. Excelente! Gênio.
Procurando Dory
4.0 1,8K Assista AgoraA Representatividade de “Procurando Dory” e a Necessidade de Reabilitação Biopsicossocial
Quando tive a oportunidade de assistir "Procurando Nemo" em 2003, me encantou a peixinha Dory, a qual mesmo com todas as suas limitações e baixo rendimento cognitivo conseguia ser otimista, divertida e bastante tocante. Claro, o discurso sobre a importância da família contribuiu para a afeição ao filme. Em outras oportunidades de rever o filme, desta vez com um olhar sobre o antropomorfismo, percebi que "Procurando Nemo" era extremamente sensível, emocionante e representativo.
No filme, com direção de Andrew Stanton, era possível encontrar a representação do deficiente físico (Nemo, com sua nadadeira), do deficiente mental (Dory, com sua perda de memória recente), dos que procuram ajuda através de grupos de reabilitação (os tubarões, que tentava ser amigos dos peixes) e até mesmo de pacientes com transtorno mentais institucionalizados em manicômios (os peixes no aquário do dentista, com déficits cognitivos).
Se antes tinha achado o filme estupendo, depois de perceber essa riqueza de detalhes, analogias e metáforas, a narrativa fílmica de “Nemo” se tornou memorável e extremamente importante para a representatividade das minorias, nesse caso os portadores de deficiências mentais e físicas. Contudo, eu queria ainda mais dessa representação sensível, verdadeira e principalmente de fácil assimilação para as crianças. Era necessário ter uma maior visibilidade para essas minorias sociais, as quais muitas vezes são rejeitadas pela própria família. Eis que, 13 anos depois, a Pixar nos presenteia com essa notabilidade em “Procurando Dory” com a direção de Andrew Stanton e Angus MacLane.
“Procurando Dory” se passa exatamente um ano após Marlin e Dory percorrerem o oceano para salvar Nemo. Dessa vez, Dory consegue ter pequenos lampejos de lembranças da família. Movida pela saudade, ela decide fazer de tudo para reencontrar o pai e a mãe, com a ajuda de Marlin e Nemo. Em meio a essa busca desenfreada temos a oportunidades de rever alguns personagens cativantes de “Procurando Nemo” e somos apresentados a outros, repletos de apelo (o carisma dos personagens de animação), com grandes significações e representatividade.
Se em “Procurando Nemo” tínhamos o aquário representando o hospício com seus pacientes com transtornos mentais, angustiados pelo cárcere que estavam submetidos, em “Procurando Dory” temos o Instituto de Vida Marinha, o qual pode ser visto como um grande centro de atenção biopsicossocial, que trata da saúde física e mental dos animais. Se no primeiro momento a narrativa demonstra ser repetitiva, vai ser exatamente a partir do Instituto que ela ganha sua tentativa de originalidade e representatividade, ao demonstrar personagens com transtornos físicos, psíquicos ou sociais que incentivados por Dory começam a enfrentar suas limitações.
Primeiramente, não posso deixar de falar de Dory, que deixa o posto de personagem secundária para ser protagonista. Em alguns momentos de flashback vemos a pequena Dory, inocente e divertida, mas devido sua limitação é excluída pelos demais peixes. É comovente e angustiante estas cenas que a personagem é desprezada, tão quanto as cenas na qual Dory se desespera por causa da sua memória faltosa. Por outro lado, é gratificante e nós enche de orgulho assistir Dory determinada a vencer suas limitações e “continuar a nadar” em busca de sua família, sempre espontânea e sem planejamento.
No Instituto de Vida Marinha cujo o lema é “resgatar, reabilitar e devolver os animais aos oceanos” encontramos a diversa gama de personagens distintos e representativos que apresentam algum tipo de transtorno e/ou deficiência. O polvo Hank, que além de sua deficiência física (ele tem apenas 7 tentáculos) sofre de estresse pós-traumático devido a sua mutilação e com fobia de espaços abertos; o beluga Bailey, que demonstra sérios problemas de autoestima; o tubarão-baleia Destiny, míope e sem senso de direção; a mobelha Beca, que é uma ave bastante distinta e que não segue os padrões de socialização; e o leão-marinho Geraldo, que também apresenta algum déficit cognitivo e é um excelente alívio cômico da narrativa.
Ainda sobre Geraldo e sua função cômica na trama, alguns podem interpretar sobre sua colocação ser destoante com as ideias de aceitação presente no filme. Contudo, é importante observar que Geraldo, mesmo com seu transtorno mental, também é o personagem que busca aceitação. Geraldo quer se espreguiçar e dormir na pedra, assim como os outros Leões-marinhos Rudder e Fluke. Portanto, Geraldo, mesmo sendo engraçado e bastante cômico, também é um personagem que condiz com o discurso do filme sobre a aceitação do diferente e da inclusão do deficiente.
A narrativa de “Procurando Dory” pode sim soar repetitiva e não ter a mesma originalidade de seu antecessor, mas traz imensa nostalgia e alegria ao retornarmos àquele ambiente marinho. Se destaca principalmente devido a representatividade dos personagens com transtornos mentais. A Pixar consegue, mais uma vez, atingir crianças e adultos, ao discutir temas tabus através de personagens que representam as minorias sociais. Quem sabe a Pixar não comece a desenvolver mais personagens que representem outras minorias sociais como protagonistas de seus filmes.
Hotel Transilvânia 2
3.6 427 Assista AgoraAlém dos personagens repletos de apelo (carisma), o roteiro é incrível, abordando muito bem sobre preconceitos, diferenças e aceitação! Genndy Tartakovsky novamente faz uma direção "monstruosa".
Terror Nos Bastidores
3.4 449 Assista AgoraMetalinguagem <3 <3 <3
Minions
3.3 996 Assista AgoraPor favor, deixem os Minions apenas como coadjuvantes!
Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca
4.0 92 Assista AgoraOs filmes da Tinker Bell são sempre muito graciosos e delicados, retratando diversas temáticas de forma bem sútil e interessante. Neste especificamente a narrativa aborda principalmente sobre "a beleza está nos olhos de quem vê", mas o que se destacou para mim, foi a delicadeza que associaram a hibernação à morte. A delicadeza nesse momento da narrativa é fascinante, emocionante e entristecedora. Isso sem contar a trilha sonora que é sempre exuberante e condizentes com cada momento do filme. Que continuem com essa qualidade nos outros filmes que devem vir da fadinha! Mas ainda me questiono, estes filmes da Tinker Bell se passam antes do encontro dela com o Peter Pan?
Os Boxtrolls
3.6 296 Assista AgoraQue filme gracioso em todos aspectos desde ao visual dos personagens, os cenários e os elementos técnicos e a própria narrativa. Adorei a forma que o filme trabalha as metáforas referentes as castas sociais. A que mais me chamou atenção foi a forma que colocaram os produtos derivados de lacticínios para evidenciar alguns degraus sociais: os nobres queijos degustado pela elite social e a (rua) coalhada para representar a parte pobre da cidade. Outro aspecto da narrativa interessante, mesmo que abordado sutilmente, foi o caso sobre adoção e os verdadeiros pais. Acredito que exatamente por estas temáticas distintas da história que o filme tem o seu charme e até mesmo sua indicação ao Oscar.
"Queijo, chapéus, caixas, eles não definem quem você é. Você define você mesmo."
Assim na Terra Como no Inferno
3.2 1,0K Assista AgoraOlha, tinha um bom tempo que não ficava tão tenso e com medo num filme de terror! E que final foi esse? Até agora me questionando a respeito!
Se Eu Ficar
3.5 1,9K Assista AgoraÀs vezes, você faz escolhas na vida e, às vezes, escolhas fazem você.
As Aventuras de Peabody e Sherman
3.6 223 Assista AgoraO trailer não me cativou, mas gostei do filme! Achei bacana a formas como os acontecimentos históricos foram abordados, mas o que mais me chamou a atenção foi a relação adotiva entre os personagens principais! O sr. Peabody que mesmo apresentando a personalidade antropomórfica de um cachorro, mostrou-se um verdadeiro pai, e como os dois personagens constituíam uma bonita e admirável família.
Não Aceitamos Devoluções
4.2 363 Assista AgoraNossa, nossa e nossa, como descrever o que estou sentindo após assistir esse fabuloso filme! É um misto de alegria por encontrar uma obra tão emocionante e surpreendente, com uma tristeza profunda por não esperar por essa situação tão delicada.
Não Aceitamos Devoluções é um filme que fala sobre a vida, o medo e as situações adversas que podem surgir e te surpreender na vida. Nunca esperei que um simples trailer que me cativou numa sessão qualquer, me levasse a chorar feito criança com o desfecho final da sua narrativa. Uma obra que se destaca não somente pelo roteiro surpreendente, mas pela direção e as atuações incríveis. Fico extremamente feliz em saber que um filme mexicano possa ter me emocionado dessa forma. Uma narrativa que trabalha com a comédia e o drama de forma equilibrada e muito eficiente, numa história singela e delicada.
"E que 10 dólares para um táxi pode acabar sendo o melhor investimento de sua vida."
Uma Aventura LEGO
3.8 907 Assista AgoraSimplesmente imaginário o filme, assim como as próprias pecinhas de montar Lego!
E o mais interessante é o fato de assim como as peças Legos permitirem uma inúmera criação de elementos baseados na realidade do mundo, o filme utilizou as mesmas peças para retratar metaforicamente vários elementos do ser humano, inclusive a sua violência e a unicidade de cada um de nós!
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraQuando anunciaram que Malévola iria ganhar uma versão em live action e que contaria a história da fantástica vilã, fiquei empolgado. Pois essa versão poderia ser o início de um novo nicho na qual a Disney iria aproveitar para grandes filmes: as histórias dos seus vilões de clássicos da animação. Imaginei logo narrativas que abordassem a origem do Capitão Gancho, Ursula, Cruela, Jafar e tantos outros vilões que marcaram minha infância e a paixão pela animação.
Contudo, Malévola tenta mostrar um outro lado da vilã, dando um ar benevolente a ela. E até uma tentativa, diria frustrada de amor maternal, mas que abre enfase também para outras análises polêmicas. Em sumo, particularmente a adaptação não funcionou, Malévola é uma das piores (leia-se melhores) vilã do estúdio. Tanto que a personagem e a sua malevolência dela é usada como referência em Encantada. Por isso não adianta tentar mudar a origem da Malévola. Em a Bela Adormecida, diria que a vilã é mais marcante que a própria protagonista, e por isso tem seu destaque e fama merecidos. E no sue próprio filme, nem mesmo presença e atuação marcante de Angelina consegue que ela seja reconhecida como sua personagem animada. Entenda que vilão é sempre vilão, por mais que adoramos odiar essas personalidades maléficas, elas são necessárias para a completa diegese do espectador com a narrativa. Precisamos ter medo, odiar, ou até mesmo amar esses personagens tão essenciais.
Por isso Disney, por favor não tente mais adaptar a história de outros grandes vilões de suas animações. Prefiro ter a lembrança de suas maldades nos filmes animados do que o esquecimento ou lembrança vaga e passageira das suas versões live action.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraQue delicadeza e quanta riqueza de detalhes que só ampliam a magnitude dessa obra!
Buzz Lightyear do Comando Estelar: A Aventura Começa
3.1 25O melhor é a encenação do Rex no início do filme, todo dramático!
Adoro o Rex!
Anjos da Lei
3.6 1,4K Assista AgoraComédia é o gênero que mais tenho preguiça para assistir, quando assisto é porque me recomendaram bastante. E Anjos da Lei não foi diferente, depois de um breve comentário positivo do filme fiquei curioso em conferir. E não é que não me decepcionei, o filme tem um roteiro engraçado e nada forçado, me lembrando bastante Nunca fui Beijada numa versão masculina! E o mais interessante é que o filme faz uma crítica bem explicita sobre os jovens americanos, o consumo de drogas e a própria cultura que vivenciam nesta década. Adorei quando citam Justin Bieber e Miley Cyrus, pois são exemplos concretos de parte deste modelo de juventude retratado no filme e que andam tendo destaque na mídia pelo consumo (excessivo) de drogas . E a participação, mesmo que rápida, de Johnny Deep dá um charme a mais no filme. Pois o ator foi um dos protagonistas principais da série na qual o filme é baseado. Anjos da Lei é uma boa adaptação fílmica de série de TV, mesmo com alguns clichês dos filmes de comédia e ação o filme se sobressai, principalmente pela interação dos atores principais.
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista AgoraGosto dessa tendência dos filmes de terror que abandonam os monstros e espíritos sobrenaturais e colocam o ser humano como o maior vilão da história. E detalhe, ele age agora sem máscaras (O que retrata bem as máscaras que caem durante o filme). É graças a raiva do ser humano que temos genocídios, massacres e guerras que ilustram a história mundial. O tema, a proposta do filme, são super interessantes e retrata um pouco do que Jogos Mortais trabalhavam, o ser humano é violento por natureza, e sim, todos nos em uma situação de perigo ou raiva pode exterminar com uma vida alheia, independente da classe social. Contudo, essa temática no filme é trabalhada superficialmente sem maiores aprofundamento, deixando o desfecho final a desejar. É interessante que todos personagens nos filmes (protagonistas e antagonistas, se é que podemos definir dessa maneira) acabam tendo seu expurgo, a ação da violência, em algum momento do filme, numa tentativa banal de extravasar a sua raiva. Um filme bem violento que tenta retratar a natural violência humana, seja ela por seu próprio punho, armas brancas ou a arma de fogo!
Alemão
2.8 3801 estrela, para não receber meia! Além de roteiro, diálogos, planos e enquadramentos bem sórdidos, a trilha sonora é intragável e nada convincente! Vai do suspense ao drama na mesma cena atropelando os diálogos! O filme tenta ir no embalo do sucesso de outros filmes que abordam a favela como cenário de fundo (Tropa de Elite e Cidade de Deus) mas tá longe de alcançar o devido mérito. O filme Alemão também tenta repassar um discurso, principalmente pela proximidade da estreia com a Copa do Mundo, mostrando que o Brasil é um país com seus morros (favelas) totalmente pacificados, sem traficantes e violência, pronto para receber de o aclamado evento esportivo!
Ela
4.2 5,8K Assista Agora"Qualquer pessoa que se apaixone é uma aberração. É uma forma totalmente aceitável de insanidade!"
As relações humanas, sejam elas "reais" ou "virtuais" sempre serão problemáticas. Mas o mais interessante do filme é a crítica no seu discurso sobre o nosso contato cada vez mais intimo e realístico com as máquinas! Da forma que estamos evoluindo (ou desinvoluído para alguns) o tempo retratado no filme não está longe da nossa realidade!
Peter Pan: De Volta à Terra do Nunca
3.3 58 Assista AgoraEnfim, depois de muitas recomendações de amigos, eu assisti uma continuação Home Vídeo da Disney! Que para mim o intuito maior dessas historinhas é apenas uma tentativa de pegar o sucesso do filme original e ganhar dinheiro com isso. Mas, De Volta á Terra do Nunca, conseguiu me surpreender, mas confesso que mesmo que o filme tenha trabalhado com elementos da realidade histórica (guerra) e a fantasia (Terra do Nunca). Eu achei o roteiro muito mais bem desenvolvido na realidade, com excelentes elementos dramáticos dos personagens. Enquanto a fantasia foi extremamente voltada para as gags, beirando a infantilidade! Contudo, é um filme bem delicado ao retratar uma criança que precisa resgatar elementos da sua infância (como acreditar em contos de fadas) que foram retirados devido as responsabilidades que foram repassadas devido a guerra. E se melhorado alguns detalhes do roteiro daria um excelente longa metragem em live action.
O Gigante de Ferro
4.1 508 Assista Agora“Você é o que você escolhe ser.”