Este comentário foi dividido em cinco partes, uma vez que o documentário foi assistido como foi levado ao ar pela ESPN. Como são textos sobre os acontecimentos de cada capítulo, pode ser que em algumas partes eu acabe repetindo a mesma opinião (sobre o veredito, a reação da comunidade negra ao julgamento e etc). Não acho que seja necessário, mas é bom avisar que, obviamente, os textos possuem informações sobre o conteúdo deste grande documentário.
Part 1: Obsessed with Fame Durante toda essa primeira parte do documentário, é enfatizada as palavras de O.J. Simpson sobre si mesmo: “Eu não sou negro. Eu sou O.J.”. Sempre disposto e determinado a se distanciar da própria raça. Nunca foi um militante, nunca respondeu pela causa que era predominante (e ainda é até hoje) entre os negros contra o racismo e a violência, brutalidade policial. O que podemos entender é que, mesmo com esse tom de pele, O.J. gostava de se enxergar como uma pessoa branca.
Isso torna a coisa bastante curiosa, levando em conta os eventos futuros e o julgamento que definiu a vida dele (e sabemos muito bem a razão por trás do veredito, mas chegaremos lá).
Essa primeira parte mostra a trajetória de O.J. Simpson rumo ao estrelato. Como suas habilidades no jogo o levaram a um patamar diferente, talvez mais longe do que qualquer outro negro tinha conseguido chegar nos EUA, tendo grande influência, uma popularidade absurda. E é inegável que era um jogador e tanto. Muito interessante as imagens reunidas e a construção da narrativa para apresentar todos estes fatos, realmente incluindo o público dentro daquele que era o “universo O.J.”.
Part 2: The Split America É de ficar realmente horrorizado com os fatos mostrados nesta segunda parte. Como a LAPD era covarde e como a justiça era algo “privilegiado” e que só funcionava em determinados casos (hoje em dia ainda é assim, se você prestar bastante atenção, mas naquela época a coisa era mais gritante e frustrante).
Eu mesmo fiquei perplexo com o rumo que tomou o caso dos policiais que agrediram covardemente o rapaz só por ele ser negro – e foi igualmente frustrante, além de irritante, ver pessoas brancas dando entrevistas aplaudindo a decisão do tribunal e agradecendo a polícia por fazerem-nas sentirem seguras nas ruas (como se o problema da segurança fosse causado apenas por pessoas negras, as brancas são todas santas).
Mas pior do que isso, foi realmente o caso da Latasha Harlins. Assassinada cruelmente, friamente e a troco de nada. No vídeo, dá pra ver claramente que ela: 1) não tinha arma; 2) não tinha intenção de roubar; 3) estava saindo sem reagir a NADA. Foi assassinada pela coreana porque aquela maldita era racista. E o fato de não ter ido pra cadeia é o que torna tudo ainda mais nojento e desumano. “Você pode pegar 30 anos (se for negro) se for encontrado com posse de crack ou maconha, mas se você mata, você sai livre (se for branco)”. Muita verdade.
BTW: gostaria de dizer, também, que fiquei muito, mas muito irritado com os depoimentos de um cara de óculos, enaltecendo o trabalho da polícia. O que a comunidade negra fez em retaliação à negligência da justiça em LA não se justifica, mas vê-lo dizer que foi “repugnante”, quando momentos antes disse que os policiais acusados de agressão não mereciam nem ao menos o julgamento, foi patético.
Já em relação ao O.J.: meu ódio e nojo por essa criatura conseguiram ser elevados em 1000% após estes novos fatos. Por ele querer controlar a Nicole, o que ela vestia, o que ela fazia. Pelas agressões. Pelo medo na voz dela ao ligar diversas vezes para a polícia pedindo auxílio contra os abusos dele. Egocêntrico, manipulador. Só não via quem não queria abrir os olhos.
Part 3: The Murder Agora, minha ânsia por O.J. Simpson, por sua equipe de defesa e como eles manipularam e praticamente riram da cara de todo mundo durante o julgamento, vai se intensificar – principalmente porque estaremos acompanhando imagens reais do circo midiático que se tornou tudo isso.
É frustrante de diversas maneiras. As evidências contra esse assassino frio, egocêntrico e calculista eram incontestáveis desde o início. Ver o advogado pedindo “justiça” quando ele mesmo está impedindo que a mesma seja feita, é revoltante demais. Só o fato de terem mexido na casa do O.J. já era passível de punição, no meu ponto de vista, uma vez que o fizeram na tentativa clara de manipular o júri. O juíz Lance Ito também se deixou levar.
Mas pior que isso, é ver a reação das pessoas nas ruas. O povo usando camisetas com “Liberte O.J.”? Pessoas dizendo que “apenas sabem” que ele não fez isso? PIOR: mulheres direcionando ódio a Nicole Brown, VÍTIMA, por O.J. Simpson ter se casado com ela e não com uma afro-americana (sendo que ele era casado com uma, quando começou a namorar a branca e loira Nicolle).
É certo que a polícia de LA, em suma, era corrupta. É certo que a justiça não era eficaz na maioria dos casos onde pessoas negras eram vítimas. Mas é irritante e irônico ver a comunidade afro-americana abraçando O.J. Simpson simplesmente por conta da raça, sendo que o mesmo desde sempre fez questão de rejeitar suas raízes. Nunca foi um militante. Nunca se enxergou como negro. Enxergava-se como “O.J.”. O povo decidiu fechar os olhos para todas as evidências, TODAS, e defenderam a inocência dele com unhas e dentes pela RAÇA. Ninguém estava se lembrando da morte BRUTAL de Nicole Brown e Ronald Goldman (talvez por serem vítimas brancas? Não sei). Eles clamavam inocência do O.J., mas não se preocupavam em saber quem, então, estava por trás de algo tão hediondo.
Por fim, gostaria de comentar sobre esse momento em que O.J. vai ao velório de Nicole: pra mim, evidência clara de seu comportamento psicopata, frio e calculista. Tirou a vida da mulher e foi lá fazer companhia para os filhos, órfãos, e para a família que estava em luto. Nojo.
Part 4: Trial of the Century “Nunca pareceu um julgamento, e sim um circo midiático.”
Eis a mais pura verdade sobre todo esse caso do O.J. Simpson. Se a série American Crime Story já tinha me causado uma repulsa imensa em relação a como os advogados de defesa construíram tudo isso, o documentário mostrando imagens reais, além de aumentar o nojo e desgosto, também me deixa com uma raiva incontrolável.
Patético como Johnny Cochran ignorou que O.J. estava sendo acusado de assassinato, pra transformar tudo aquilo em um julgamento da LAPD e do Mark Fuhrman. E eles usaram, sim, a carta da “raça” para dar uma reviravolta nos eventos. Se aproveitaram da revolta da comunidade negra à falta de justiça. Tiveram sorte em alguns pontos, inventaram situações em outras... Lance Ito, no meu ponto de vista, foi irresponsável demais! Acho que permitir que aquelas fitas do Fuhrman fossem reproduzidas foi um de seus maiores erros porque elas nada tinham a ver com O.J. Simpson e os assassinatos de Nicole e Ron.
Não sei dizer sobre o Mark Fuhrman, se ele realmente mudou como diz nos depoimentos. Que foram comentários feios, racistas, imorais, é verdade. Mas aquilo não provava e não servia como evidência de que ele tinha plantado a luva. Essa é uma das questões mais ridículas que foram levantadas. Não faz o mínimo sentido! E é engraçado como hoje, os próprios advogados de defesa caçoam disso e levantam questões que vão contra esse argumento (como aquele de que Mark não tinha como saber se O.J. tinha ou não um álibe; a revelação de que O.J. tinha deixado de tomar remédios para artrite e no dia que colocou a luva, não conseguia dobrar os dedos por isso).
Além disso, o comportamento de toda a comunidade é algo inacreditável. Os vídeos mostram o povo levantando placas pedindo “justiça” e “libertação do O.J.” e acho isso tão irônico. Eles estavam tão cegos de ódio contra o sistema que esqueceram que enquanto pediam justiça ao assassino, a mesma justiça falhava para as duas pessoas brutalmente mortas naquela noite. Fico irritado quando aparece gente dizendo “eu apenas sei que ele não fez isso” ou “a justiça não é justa com pessoas negras”, porque isso é ser ignorante demais em relação aos fatos.
E o mais importante: os fatos. É bem verdade que a promotoria cometeu alguns erros. Que a investigação tomou decisões erradas na coleta de provas (onde já se viu recolher peças importantes sem luvas?). Mas pra mim, Marcia Clark PROVOU que O.J. era o culpado. O sangue dele pelo caminho até onde o carro estava estacionado. O sangue da Nicole dentro do carro dele! Como contestar isso?
Por fim: foi muito, mas muito chocante quando enfatizaram a forma como Nicole e Ron foram assassinados. Eu já tinha dado uma pesquisada e sabia mais ou menos como tinha sido, mas ouvir a narração, ver as fotos e ilustrações de onde eles foram atingidos. Cruel demais. Demais mesmo.
Part 5: The Verdict Por mais que eu entenda a frustração da comunidade negra pela falta de justiça direcionada a eles, pela impunidade dos atos criminosos da LAPD e etc, eu NUNCA vou conseguir aceitar, apoiar e/ou justificar o alarde que foi feito durante todo o julgamento de O.J. Simpson. Cartazes pedindo a libertação de O.J. Cartazes pedindo justiça por O.J. Pessoas dizendo que sabiam da inocência dele porque “simplesmente sabiam”, enquanto os corpos brutalmente mutilados de Nicole Brown e Ron Goldman estavam apodrecendo sob a terra.
Em determinado momento, a jurada número 6 (se não me engano) diz que a culpa do veredito foi da protomoria e que eles “ferraram tudo”. Outra coisa que não aceito e não concordo. A execução da apresentação do caso não foi perfeita. Vimos isso na série American Crime Story e o documentário também mostrou isso. Mas as provas, as evidências, foram todas apresentadas. Argumentos como “a luva não serviu” eram facilmente derrubados com a lógica de que, no tempo que havia passado congelada para preservar o sangue e as digitais, tinha encolhido. Os argumentos da Marcia Clark na conclusão do caso evidenciaram a culpa do O.J. Ele não foi inocentado porque a promotoria errou. Ele foi inocentado porque a população e o júri decidiu abraçá-lo por ser negro e pra mostrarem que ali, o sistema iria agir de modo diferente.
E não: não acho que ficar 9 meses em um hotel sem falar ou ver ninguém da sua família seja justificativa pra tomar a decisão errada. A explicação é simples: eles decidiram fechar os olhos para as evidências e pronto, acabou. Tiveram uma grande ajuda da manipulação horrenda realizada pelos advogados de defesa, principalmente pelos argumentos amorais do Johnny Cochran que conduziu tudo em base da raça, inclusive tentando virar a acusação contra Mark Fuhrman, transformando o People vs. O.J. Simpson em People vs. Fuhrman.
De qualquer forma, ao menos esses jurados, a maioria das pessoas que deram os depoimentos e grande parte da população começou a ver que O.J. não era tão gente boa como aparentava – a mídia debochando das “tentativas” de ele encontrar o verdadeiro assassinado da sua tão “amada” Nicole: jogando golfe e dando festas. Achei pouco o declínio que ele sofreu quando se livrou das acusações, levando em conta que tirou a vida de duas pessoas e destruiu duas famílias nesse percurso. Já sobre o outro crime cometido pelo qual foi condenado: Karma. Pode não ter sido ético levar em consideração outro crime pelo qual não foi punido para dar a sentença pelo sequestro e roubo à mão armada, mas ele teve o que merecia.
Enfim, “O.J.: Made in America” foi uma grande surpresa. Quase 8 horas de duração que são totalmente justificadas (e nem parece ter sido tudo isso, levando em conta a quantidade de informações e fatos apresentados). Sem dúvida o meu favorito para o Oscar e um dos mais bem produzidos que já assisti. No geral é intrigante, frustrante e nojento acompanhar esse caso, mas a construção foi impecável. Grande Ezra Edelman!
“It’s the oldest story in the world. One day you’re 17 and planning for someday. And then quietly and without you ever really noticing, someday is today. And then someday is yesterday. And this is your life.”
“If you had a friend you knew you’d never see again, what would you say? If you could do one last thing for someone you love, what would it be? Say it, do it, don’t wait. Nothing lasts forever.”
“Make a wish and place it in your heart. Anything you want, everything you want. Do you have it? Good. Now believe it can come true. You never know where the next miracle is going to come from. The next smile, the next wish come true. But if you believe that it’s right around the corner, and you open up your heart and mind to the possibility of it, to the certainty of it, you just might get the thing you’re wishing for. The world is full of magic. You just have to believe in it. So make your wish. Do you have it? Good. Now believe in it, with all of your heart.”
É triste ver que os roteiristas decidiram focar em um relacionamento CHATO, quando personagens como Dom, Doris, e até mesmo Agustín (que estava bem mais suportável) foram, praticamente, deixados de lado.
A construção da relação de Patrick e Kevin foi absolutamente irregular e me afastou da série. Patrick tornou-se um chato, egoísta, e Kevin mostrou-se um homem racista e mesquinho.
Eu gostava muito da série, mas infelizmente essa 2ª temporada não me permite ficar chateado pelo cancelamento. É esperar pra que tenha um desfecho melhor no telefilme que vão fazer...
Episódios destaque: todos são ÓTIMOS, incríveis, mas o destaque primoroso vai para o 1x06: “Condemned”, e, obviamente, o 1x13: “Daredevil”. Menções honrosas para o 1, 2, 8, 9, 10, 11 e 12.
Marvel’s Daredevil já se firma como uma das minhas séries preferidas, e a MELHOR série de herói já lançada até agora. Palmas para a Netflix pela excelente iniciativa, e pela Marvel por ter dado carta branca: tom sombrio, violento e realista que, inclusive, me lembrou muito os sensacionais filmes de Christopher Nolan para o “Batman”. Um selo maravilhoso de qualidade.
Roteiro sempre muito bem afiado e com diálogos bem construídos, fodas, significativos. Direção EXPLÊNDIDA que me deixou impressionado a cada instante, soube extrair o melhor desse elenco maravilhoso encabeçado por Charlie Cox. E claro, a fotografia, que foi um show à parte. TUDO me deixou satisfeito e foi bem além do que eu poderia esperar. <3
Já podem anunciar a season 2. E pra ontem, por favor.
Rebecca ser a mãe delas talvez não tenha sido uma surpresa. Tava meio óbvio. E eu tenho certeza que o Tedd é o pai mesmo. WTF? Sutton e Rebecca aliadas eu não esperava.
Eu pensando que ia bater no iceberg lá pelo fim do Segundo episódio/início do terceiro, e é logo no primeiro. Foi complicado de entender algumas coisas... Foi interessante ver a história com outros personagens, outro ponto de vista. Mas nossa!
Que pressa é essa? Gente, são 04 capítulos! O navio afunda no segundo, se continuar nessa velocidade. Cortam muita coisa. A gente mal percebe e o navio já está em alto mar, rumo ao seu destino. Que horror. Muito ruim essa parte da direção e do roteiro.
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O.J.: Made in America
4.7 122Este comentário foi dividido em cinco partes, uma vez que o documentário foi assistido como foi levado ao ar pela ESPN. Como são textos sobre os acontecimentos de cada capítulo, pode ser que em algumas partes eu acabe repetindo a mesma opinião (sobre o veredito, a reação da comunidade negra ao julgamento e etc). Não acho que seja necessário, mas é bom avisar que, obviamente, os textos possuem informações sobre o conteúdo deste grande documentário.
Part 1: Obsessed with Fame
Durante toda essa primeira parte do documentário, é enfatizada as palavras de O.J. Simpson sobre si mesmo: “Eu não sou negro. Eu sou O.J.”. Sempre disposto e determinado a se distanciar da própria raça. Nunca foi um militante, nunca respondeu pela causa que era predominante (e ainda é até hoje) entre os negros contra o racismo e a violência, brutalidade policial. O que podemos entender é que, mesmo com esse tom de pele, O.J. gostava de se enxergar como uma pessoa branca.
Isso torna a coisa bastante curiosa, levando em conta os eventos futuros e o julgamento que definiu a vida dele (e sabemos muito bem a razão por trás do veredito, mas chegaremos lá).
Essa primeira parte mostra a trajetória de O.J. Simpson rumo ao estrelato. Como suas habilidades no jogo o levaram a um patamar diferente, talvez mais longe do que qualquer outro negro tinha conseguido chegar nos EUA, tendo grande influência, uma popularidade absurda. E é inegável que era um jogador e tanto. Muito interessante as imagens reunidas e a construção da narrativa para apresentar todos estes fatos, realmente incluindo o público dentro daquele que era o “universo O.J.”.
Part 2: The Split America
É de ficar realmente horrorizado com os fatos mostrados nesta segunda parte. Como a LAPD era covarde e como a justiça era algo “privilegiado” e que só funcionava em determinados casos (hoje em dia ainda é assim, se você prestar bastante atenção, mas naquela época a coisa era mais gritante e frustrante).
Eu mesmo fiquei perplexo com o rumo que tomou o caso dos policiais que agrediram covardemente o rapaz só por ele ser negro – e foi igualmente frustrante, além de irritante, ver pessoas brancas dando entrevistas aplaudindo a decisão do tribunal e agradecendo a polícia por fazerem-nas sentirem seguras nas ruas (como se o problema da segurança fosse causado apenas por pessoas negras, as brancas são todas santas).
Mas pior do que isso, foi realmente o caso da Latasha Harlins. Assassinada cruelmente, friamente e a troco de nada. No vídeo, dá pra ver claramente que ela: 1) não tinha arma; 2) não tinha intenção de roubar; 3) estava saindo sem reagir a NADA. Foi assassinada pela coreana porque aquela maldita era racista. E o fato de não ter ido pra cadeia é o que torna tudo ainda mais nojento e desumano. “Você pode pegar 30 anos (se for negro) se for encontrado com posse de crack ou maconha, mas se você mata, você sai livre (se for branco)”. Muita verdade.
BTW: gostaria de dizer, também, que fiquei muito, mas muito irritado com os depoimentos de um cara de óculos, enaltecendo o trabalho da polícia. O que a comunidade negra fez em retaliação à negligência da justiça em LA não se justifica, mas vê-lo dizer que foi “repugnante”, quando momentos antes disse que os policiais acusados de agressão não mereciam nem ao menos o julgamento, foi patético.
Já em relação ao O.J.: meu ódio e nojo por essa criatura conseguiram ser elevados em 1000% após estes novos fatos. Por ele querer controlar a Nicole, o que ela vestia, o que ela fazia. Pelas agressões. Pelo medo na voz dela ao ligar diversas vezes para a polícia pedindo auxílio contra os abusos dele. Egocêntrico, manipulador. Só não via quem não queria abrir os olhos.
Part 3: The Murder
Agora, minha ânsia por O.J. Simpson, por sua equipe de defesa e como eles manipularam e praticamente riram da cara de todo mundo durante o julgamento, vai se intensificar – principalmente porque estaremos acompanhando imagens reais do circo midiático que se tornou tudo isso.
É frustrante de diversas maneiras. As evidências contra esse assassino frio, egocêntrico e calculista eram incontestáveis desde o início. Ver o advogado pedindo “justiça” quando ele mesmo está impedindo que a mesma seja feita, é revoltante demais. Só o fato de terem mexido na casa do O.J. já era passível de punição, no meu ponto de vista, uma vez que o fizeram na tentativa clara de manipular o júri. O juíz Lance Ito também se deixou levar.
Mas pior que isso, é ver a reação das pessoas nas ruas. O povo usando camisetas com “Liberte O.J.”? Pessoas dizendo que “apenas sabem” que ele não fez isso? PIOR: mulheres direcionando ódio a Nicole Brown, VÍTIMA, por O.J. Simpson ter se casado com ela e não com uma afro-americana (sendo que ele era casado com uma, quando começou a namorar a branca e loira Nicolle).
É certo que a polícia de LA, em suma, era corrupta. É certo que a justiça não era eficaz na maioria dos casos onde pessoas negras eram vítimas. Mas é irritante e irônico ver a comunidade afro-americana abraçando O.J. Simpson simplesmente por conta da raça, sendo que o mesmo desde sempre fez questão de rejeitar suas raízes. Nunca foi um militante. Nunca se enxergou como negro. Enxergava-se como “O.J.”. O povo decidiu fechar os olhos para todas as evidências, TODAS, e defenderam a inocência dele com unhas e dentes pela RAÇA. Ninguém estava se lembrando da morte BRUTAL de Nicole Brown e Ronald Goldman (talvez por serem vítimas brancas? Não sei). Eles clamavam inocência do O.J., mas não se preocupavam em saber quem, então, estava por trás de algo tão hediondo.
Por fim, gostaria de comentar sobre esse momento em que O.J. vai ao velório de Nicole: pra mim, evidência clara de seu comportamento psicopata, frio e calculista. Tirou a vida da mulher e foi lá fazer companhia para os filhos, órfãos, e para a família que estava em luto. Nojo.
Part 4: Trial of the Century
“Nunca pareceu um julgamento, e sim um circo midiático.”
Eis a mais pura verdade sobre todo esse caso do O.J. Simpson. Se a série American Crime Story já tinha me causado uma repulsa imensa em relação a como os advogados de defesa construíram tudo isso, o documentário mostrando imagens reais, além de aumentar o nojo e desgosto, também me deixa com uma raiva incontrolável.
Patético como Johnny Cochran ignorou que O.J. estava sendo acusado de assassinato, pra transformar tudo aquilo em um julgamento da LAPD e do Mark Fuhrman. E eles usaram, sim, a carta da “raça” para dar uma reviravolta nos eventos. Se aproveitaram da revolta da comunidade negra à falta de justiça. Tiveram sorte em alguns pontos, inventaram situações em outras... Lance Ito, no meu ponto de vista, foi irresponsável demais! Acho que permitir que aquelas fitas do Fuhrman fossem reproduzidas foi um de seus maiores erros porque elas nada tinham a ver com O.J. Simpson e os assassinatos de Nicole e Ron.
Não sei dizer sobre o Mark Fuhrman, se ele realmente mudou como diz nos depoimentos. Que foram comentários feios, racistas, imorais, é verdade. Mas aquilo não provava e não servia como evidência de que ele tinha plantado a luva. Essa é uma das questões mais ridículas que foram levantadas. Não faz o mínimo sentido! E é engraçado como hoje, os próprios advogados de defesa caçoam disso e levantam questões que vão contra esse argumento (como aquele de que Mark não tinha como saber se O.J. tinha ou não um álibe; a revelação de que O.J. tinha deixado de tomar remédios para artrite e no dia que colocou a luva, não conseguia dobrar os dedos por isso).
Além disso, o comportamento de toda a comunidade é algo inacreditável. Os vídeos mostram o povo levantando placas pedindo “justiça” e “libertação do O.J.” e acho isso tão irônico. Eles estavam tão cegos de ódio contra o sistema que esqueceram que enquanto pediam justiça ao assassino, a mesma justiça falhava para as duas pessoas brutalmente mortas naquela noite. Fico irritado quando aparece gente dizendo “eu apenas sei que ele não fez isso” ou “a justiça não é justa com pessoas negras”, porque isso é ser ignorante demais em relação aos fatos.
E o mais importante: os fatos. É bem verdade que a promotoria cometeu alguns erros. Que a investigação tomou decisões erradas na coleta de provas (onde já se viu recolher peças importantes sem luvas?). Mas pra mim, Marcia Clark PROVOU que O.J. era o culpado. O sangue dele pelo caminho até onde o carro estava estacionado. O sangue da Nicole dentro do carro dele! Como contestar isso?
Por fim: foi muito, mas muito chocante quando enfatizaram a forma como Nicole e Ron foram assassinados. Eu já tinha dado uma pesquisada e sabia mais ou menos como tinha sido, mas ouvir a narração, ver as fotos e ilustrações de onde eles foram atingidos. Cruel demais. Demais mesmo.
Part 5: The Verdict
Por mais que eu entenda a frustração da comunidade negra pela falta de justiça direcionada a eles, pela impunidade dos atos criminosos da LAPD e etc, eu NUNCA vou conseguir aceitar, apoiar e/ou justificar o alarde que foi feito durante todo o julgamento de O.J. Simpson. Cartazes pedindo a libertação de O.J. Cartazes pedindo justiça por O.J. Pessoas dizendo que sabiam da inocência dele porque “simplesmente sabiam”, enquanto os corpos brutalmente mutilados de Nicole Brown e Ron Goldman estavam apodrecendo sob a terra.
Em determinado momento, a jurada número 6 (se não me engano) diz que a culpa do veredito foi da protomoria e que eles “ferraram tudo”. Outra coisa que não aceito e não concordo. A execução da apresentação do caso não foi perfeita. Vimos isso na série American Crime Story e o documentário também mostrou isso. Mas as provas, as evidências, foram todas apresentadas. Argumentos como “a luva não serviu” eram facilmente derrubados com a lógica de que, no tempo que havia passado congelada para preservar o sangue e as digitais, tinha encolhido. Os argumentos da Marcia Clark na conclusão do caso evidenciaram a culpa do O.J. Ele não foi inocentado porque a promotoria errou. Ele foi inocentado porque a população e o júri decidiu abraçá-lo por ser negro e pra mostrarem que ali, o sistema iria agir de modo diferente.
E não: não acho que ficar 9 meses em um hotel sem falar ou ver ninguém da sua família seja justificativa pra tomar a decisão errada. A explicação é simples: eles decidiram fechar os olhos para as evidências e pronto, acabou. Tiveram uma grande ajuda da manipulação horrenda realizada pelos advogados de defesa, principalmente pelos argumentos amorais do Johnny Cochran que conduziu tudo em base da raça, inclusive tentando virar a acusação contra Mark Fuhrman, transformando o People vs. O.J. Simpson em People vs. Fuhrman.
De qualquer forma, ao menos esses jurados, a maioria das pessoas que deram os depoimentos e grande parte da população começou a ver que O.J. não era tão gente boa como aparentava – a mídia debochando das “tentativas” de ele encontrar o verdadeiro assassinado da sua tão “amada” Nicole: jogando golfe e dando festas. Achei pouco o declínio que ele sofreu quando se livrou das acusações, levando em conta que tirou a vida de duas pessoas e destruiu duas famílias nesse percurso. Já sobre o outro crime cometido pelo qual foi condenado: Karma. Pode não ter sido ético levar em consideração outro crime pelo qual não foi punido para dar a sentença pelo sequestro e roubo à mão armada, mas ele teve o que merecia.
Enfim, “O.J.: Made in America” foi uma grande surpresa. Quase 8 horas de duração que são totalmente justificadas (e nem parece ter sido tudo isso, levando em conta a quantidade de informações e fatos apresentados). Sem dúvida o meu favorito para o Oscar e um dos mais bem produzidos que já assisti. No geral é intrigante, frustrante e nojento acompanhar esse caso, mas a construção foi impecável. Grande Ezra Edelman!
Lances da Vida (9ª Temporada)
4.5 317 Assista Agora“It’s the oldest story in the world. One day you’re 17 and planning for someday. And then quietly and without you ever really noticing, someday is today. And then someday is yesterday. And this is your life.”
“If you had a friend you knew you’d never see again, what would you say? If you could do one last thing for someone you love, what would it be? Say it, do it, don’t wait. Nothing lasts forever.”
“Make a wish and place it in your heart. Anything you want, everything you want. Do you have it? Good. Now believe it can come true. You never know where the next miracle is going to come from. The next smile, the next wish come true. But if you believe that it’s right around the corner, and you open up your heart and mind to the possibility of it, to the certainty of it, you just might get the thing you’re wishing for. The world is full of magic. You just have to believe in it. So make your wish. Do you have it? Good. Now believe in it, with all of your heart.”
#GoodNightTreeHill
Looking (2ª Temporada)
4.0 238 Assista AgoraO único episódio bom mesmo dessa temporada é o 7: “Looking for a Plot”, que deu destaque a Doris... O restante.
É triste ver que os roteiristas decidiram focar em um relacionamento CHATO, quando personagens como Dom, Doris, e até mesmo Agustín (que estava bem mais suportável) foram, praticamente, deixados de lado.
A construção da relação de Patrick e Kevin foi absolutamente irregular e me afastou da série. Patrick tornou-se um chato, egoísta, e Kevin mostrou-se um homem racista e mesquinho.
Eu gostava muito da série, mas infelizmente essa 2ª temporada não me permite ficar chateado pelo cancelamento. É esperar pra que tenha um desfecho melhor no telefilme que vão fazer...
Demolidor (1ª Temporada)
4.4 1,5K Assista AgoraDaredevil foi uma surpresa do primeiro ao último minuto. PQP!
Episódios destaque: todos são ÓTIMOS, incríveis, mas o destaque primoroso vai para o 1x06: “Condemned”, e, obviamente, o 1x13: “Daredevil”. Menções honrosas para o 1, 2, 8, 9, 10, 11 e 12.
Marvel’s Daredevil já se firma como uma das minhas séries preferidas, e a MELHOR série de herói já lançada até agora. Palmas para a Netflix pela excelente iniciativa, e pela Marvel por ter dado carta branca: tom sombrio, violento e realista que, inclusive, me lembrou muito os sensacionais filmes de Christopher Nolan para o “Batman”. Um selo maravilhoso de qualidade.
Roteiro sempre muito bem afiado e com diálogos bem construídos, fodas, significativos. Direção EXPLÊNDIDA que me deixou impressionado a cada instante, soube extrair o melhor desse elenco maravilhoso encabeçado por Charlie Cox. E claro, a fotografia, que foi um show à parte. TUDO me deixou satisfeito e foi bem além do que eu poderia esperar. <3
Já podem anunciar a season 2. E pra ontem, por favor.
Lances da Vida (9ª Temporada)
4.5 317 Assista AgoraAlways and Forever.
Jogo de Mentiras (1ª Temporada)
4.0 106Ótima. Eu sempre gostei de histórias com gêmeas! kkkkk
Rebecca ser a mãe delas talvez não tenha sido uma surpresa. Tava meio óbvio. E eu tenho certeza que o Tedd é o pai mesmo. WTF? Sutton e Rebecca aliadas eu não esperava.
Titanic
3.5 46Eu pensando que ia bater no iceberg lá pelo fim do Segundo episódio/início do terceiro, e é logo no primeiro. Foi complicado de entender algumas coisas... Foi interessante ver a história com outros personagens, outro ponto de vista. Mas nossa!
Que pressa é essa? Gente, são 04 capítulos! O navio afunda no segundo, se continuar nessa velocidade. Cortam muita coisa. A gente mal percebe e o navio já está em alto mar, rumo ao seu destino. Que horror. Muito ruim essa parte da direção e do roteiro.