Fraco: feminismo por feminismo que não mostra todo o valor da mulher, que ao mesmo tempo que deprecia os homens, coloca a felicidade da mulher em função do mesmo homem.
Em dois momentos a protagonista Bea é dita como inteligente, mas o que convence o espectador disso? Não digo que a personagem não deveria ter abandonado a faculdade ou que deveria ter se formado para um diploma justificar sua inteligência, mas em nenhum momento é mostrado que ela é sábia, empática, resolve seus problemas de frente, tem autocontrole, habilidade social para negociar com os pais, ou seja, características que me convenceriam de sua inteligência.
O diálogo expositivo do padrasto da Claudia/Pete dizendo que sua geração é a culpada por todos os males atuais tem verdades e mentiras. A geração dele, X, possui erros e acertos. A geração Y basicamente conta apenas com o Ben (e um parêntese, qual o problema em falar sua idade?!) e talvez o casal Claudia/Halle. A protagonista B, membro da geração Z, traz todos os problemas de sua geração como dificuldades em lidar com a frustração, ansiedade, depressão... mas nada disso é explorado profundamente, ao contrário, a lição no ato final do filme nos diz que a salvação da personagem é se apaixonar pelo Ben e depender de um homem para ter as rédeas de sua felicidade.
Outro ponto: por que Ben é forçado a admitir que foi machista e supostamente teve o "ego machista" ferido quando falou mal da Bea para o Pete no início do filme? Se ele houvesse falado que a Bea era fútil, maluca, "apenas um contatinho" diretamente para ela independente de saber o motivo pelo qual ela fugiu, aí sim ele seria um brutamontes. O que ele deveria ter falado: "nossa, ela é incrível, mas fugiu, não sei o porquê, que pena, mas ela está certa e não posso ficar magoado se não estarei ferindo a bandeira do feminismo". A Bea estava passando por um momento complicado, mas ninguém é obrigado a adivinhar se ela não contar, o Ben nem teve a oportunidade de tentar ser empático.
Enfim, dou nota 6/10 pelas boas atuações, carisma dos personagens e algumas boas piadas. "Todos Menos Você" tenta acertar em "10 Coisas que Eu Odeio em Você", mas acerta em cheio em "Debi & Loide" com situações fantasiosas na tentativa de criar humor. O roteiro de Llana Wolpert traz os delírios de uma adulta com adolescência frustrada que ainda escuta Unwritten, canção de Natasha Bedingfield, de 2004.
Eu gostei, porém tinha potencial para ser melhor ainda.
Não é um filme com muito terror, mas me assustei com uma cena. É um filme de suspense com um elemento sobrenatural. Sobre a narrativa, todos os casos antigos do Sequestrador serviram para o protagonista (Finn) ganhar experiência e planejar seu plano de fuga. As atuações dos atores (experientes e jovens) são ótimas. No mais, também gostei das referências à O massacre da serra elétrica, It - a coisa e Fragmentado.
1. A explicação do elemento sobrenatural. Apesar de que em "Invocação do Mal" a premissa é a mesma e ela nunca foi esmiuçada. 2. As agressões do pai do protagonista no final do filme não fizeram sentido na história. Há um paralelo com as agressões também de cinto do Sequestrador mas ficou super jogado. 3. O sequestrador parece ter duas personalidades, e isso DEVERIA ter sido explicado, assim como o uso das diferentes máscaras que devem remeter às diferentes personalidades.
O visual do filme é bacana, gostei das referências à Física para explicar os "problemas" enfrentados pelo Buzz, e o gato Sox é muito carismático.
Até achei a personalidade do Buzz pertinente, mas os coadjuvantes são muito forçados, as piadas na década de 90 eram mais inteligentes. O Zurg foi muito mal aproveitado. Mas, para mim, o pior foi a mudança de mentalidade do Buzz, e explico o porquê abaixo.
No começo do filme, na penúltima tentativa de vôo, o Buzz retorna e vê o vídeo gravado da Alisha com a neta, porém ele não se emociona e tenta uma última tentativa de atingir a hipervelocidade. Então, várias cenas depois, o Buzz vê uma nova gravação da Alisha desejando ser patrulheira espacial com o Buzz novamente, então instantes depois o Buzz nega ajudar o Zurg em seu plano. Por que falei isso? Eu acredito que as gravações da Alisha não deram match com as ações do Buzz. Caso o filme não quisesse ir para esse lado (e realmente não foi), deveria ter criado laços bem mais fortes entre o Buzz e sua nova equipe para provar que realmente ele aceitou a realidade de viver naquele novo planeta, ficou tudo forçado, as únicas relações do Buzz que realmente me tocaram foram com a Alisha e com o Sox.
O Zurg viajou anos no futuro para uma civilização mega desenvolvida e mesmo assim não conseguiu combustível (cristais de energia) suficiente para voltar no tempo aonde ele queria ir??? Será que o Sox não teve tempo suficiente para chegar na fórmula novamente??? A explicação que o filme deu foi que o Buzz acidentalmente quebrou o dispositivo onde o Sox havia desenvolvido a fórmula do combustível. No fim do filme, depois que o Zurg foi derrotado, o Buzz e sua nova equipe atingem a hipervelocidade tão facilmente que fica difícil de passar a mão na cabeça do roteiro.
Vamos lá, sempre um prazer assistir novos epis. Love, death + robots! Admito que a 2ª temporada me frustou um pouco, mas essa 3ª temporada está incrível no nível da 1ª. Vou dar minha opinião em relação aos episódios:
Viagem ruim: nesse episódio, vemos como o ser humano pode ser descastar sua integridade e bondade em troca da própria sobrevivência. Libertar o Thanapod na ilha habitada seria provocar uma onde de mortes em troca da vida de poucos. Outro ponto frande do episódio, foi a estratégia utilizada pelo comandante Torrin para escapar das armadilhas e eliminar um a um aqueles que não concordavam com sua missão heróica.
O mesmo pulso da máquina: episódio esteticamente lindo; o tema flui bem no conceito de "um é o todo, o todo é um". Sinceramente, acredito que tudo aquilo tenha acontecido na cabeça da astronauta Kivelson (principalmente pela citação "Eu era o mundo no qual eu andava. E o que vi, ouvi ou senti não veio senão de mim mesmo"), o que não tira a qualidade do episódio, mas me fez pensar nas razões de isso ter acontecido: o efeito psicótico da morfina, a alta concentração/foco num objetivo (algo similar à meditação). Dessa forma, já perto do fim do epi, quando a Kivelson junta todas as peças do quebra-cabeça, eu entendi que ela havia entrado numa fase mental de total introspecção e criatividade para chegar à solução que era compreender IO. Então, o fim do epi fecha com chave de ouro a história: Kivelson perderá o corpo mas sua configuração mental será mantida, ela se unirá ao todo, nem morte e vida (da forma como racionalmente pensamos). IO diz que sua função é conhecê-la (o que eu entendi como a função da Terra ou até do universo que é nos conhecer através da conexão). Na última cena, vemos como a Kivelson se conecta com o todo, o que foi representado pelo novo contato com a base.
Enxame: episódio onde a arrogância humana coloca nos coloca num pedestal sem razão alguma, o que nos dá um falso direito de poder explorar sem permissão e escravizar aqueles que achamos inferiores. Vemos como a ciência, se usada sem controle, pode afetar o meio e outros seres, e trazer efeitos colaterais piores (nascimento da nova espécie racional extraterrente) do que o atingimento do objetivo inicial (mapeamento genético de um ovo da rainha). Então, somos questionados se nossa inteligência é realmente a melhor qualidade para nossa sobrevivência, pois a colônia extraterreste sobrevive a milhares de anos através da cooperação: cada um ocupa uma função no sistema e há um propósito maior de bem comum. Mesmo com as chances que o Enxame deu ao cientista Afriel (representando a raça humana), seu orgulho não lhe permitiu a certeza de continuidade da raça humana (a reprodução com aquele extraterreste comedor de vômito haha e provavelmente a perda da racionalidade), e ele preferiu apostar no conflito entre os seres humanos e o Enxame. Ponto negativo: Galina sucumbiu muito facilmente e rapidamente aos objetivos do Afriel, apesar de inicialmente ser contra.
Fazendeiro: um episódio lindo lindo lindo esteticamente. Admito que tive pena da sereia. Como um ser mitológico, não acredito ser tão necessário compreender suas motivações em assassinar dezenas de guerreiros, mas poderia ter ficado mais claro (apesar de que em lendas as sereiasserviram para personificar aspectos do mar desde sua beleza até os perigos que ele representa). Porém, talvez tudo que a sereia quisesse era ser ela mesma ao mesmo tempo que alguém a compreendia e lhe amava. Percebendo que o cavaleiro surdo não sofria sua influência, ela se apaixonou. Então vemos duas dificuldades para o casal: o cavaleiro, como um mortal, se machuca ao tocar a sereia; e a própria índole do cavaleiro, que já dava sinais de ser avarento e apegado às riquezas, pois ele não teve escrúpulos para usar a paixão da sereia a seu favor e enganá-la. Pensando ter a assassinado, ele roubou todo o seu ouro e fugiu. A sereia, como um ser mitológico, provavelmente ressuscitou (ou talvez ela realmente não tinha morrido mesmo), sua tristeza e vergonha por ter perdido seu ouro - motivo de orgulho - causou uma turbulência no mar que se cobriu do seu sangue. Descobrimos que seu sangue é milagroso e possui poderes de cura, quando o cavaleiro lava o rosto acidentalmente com a água contendo o sangue da sereia, ele passa a ouvir normalmente. Pior hora para isso acontecer, uma vez que ele se torna alvo fácil para o canto da sereia e morre afogado. Terminamos com nossa bela sereia sem seu amor e sem seu ouro.
Bons:
Os três robôs: sinceramente, eu curto os episódios mais "dark", e mesmo assim gostei desse epi. mais voltado para a comédia, porém com altas doses de reflexão. Nele, vemos como a sociedade é separada por níveis de riqueza e o mais rico, por causa de sentimentos de ganância e autogratificação (como citado no próprio epi), prefere se isolar do que trabalhar em prol do bem comum. PS: Adorei a piada final com o Elon Musk!
Noite dos minimortos: um curtinha simples e engraçado cujos pontos fortes são o início e o fim. No início, a transa profana dá início ao despertar dos zumbis. No fim, vemos que todo o caos na Terra não é nada perante à infinitude do universo. Somos somente um pontinho, poeira estelar, até um peido (apesar de o som não se propagar no espaço devido ao vácuo) a anos-luz de distância teve mais impacto no universo.
Ratos de Mason: nesse episódio, vemos um composto transgênico (geneticamente modificado) sem controle algum de segurança, causar impactos graves (na natureza e animais) como a alteração do código genético dos ratos. Felizmente, vemos como o senhor Mason traz à tona sua empatia. O robozão TT-15 começou a provocar uma chacina sem precedentes e misercódia, a qual não poupava nem ratos que desistiram da guerra. Um ato de bondade, como o do senhor Mason, e ramente visto nos episódios de Love, Death + Robots, conseguiu unir até rivais, e foi possível que ambos pudessem beber e rir juntos. Um episódio fofo!
Razoáveis:
Matança em grupo: mais um episódio em que o impacto/efeitos colaterais das ações do homem sem tomar riscos controlados pode se tornar uma ameaça, nesse caso, a criação de máquinas que podem se voltar contra o próprio criador. Pelo que entendi, a motivação inicial veio da CIA após os ataques afegãos em 2002, mas eu gostaria que isso tivesse sido melhor abordado, pois ficou muito jogado. Como destaques, cito a frieza em mandar soldados em missões secretas, nas quais nem eles mesmos sabem o escopo e dificuldade da missão. E, nesse episódio, vimos que como a missão era secreta e não podia vazar, mesmo que os soldados tenham cumprido com sucesso a missão, eles foram sacrificados com a explosão da bomba.
Fracos:
Sepultados na caverna: para mim, o episódio mais fraco da temporada e com queda de qualidade abismal entre os demais. O templo alienígina e a presença do alien ali são um mistério: não sabemos se ele chegou há muito tempo e aquela caverna nunca foi visitada por pessoas, ou se o alien chegou há pouco tempo. Além disso, quem construiu e prendeu o alien no templo? Passada essa contextualização faltante, passamos pela matança expositiva e chegamos ao final do episódio. O comandante ficou facilmente influenciado pelo poder psiquíco do alien, mas a soldada foi mais resistente (novamente, gostaria de saber o motivo pelo qual ela mais forte mentalmente). No fim do epi, temos uma transição de cena brusca e vemos que a soldada perfurou seus olhos e ouvidos a fim de não ser afetada pelo alien e fugir daquelas visões que representavam uma tortura mental. Mas como ela saiu da caverna sem ver e ouvir? Havia saída no templo? Caso não tenha, como ela voltou pelo caminho da entrada que já estava infestado por aquelas aranhas?
O filme tem seus problemas? Até que tem alguns. Mas é nota 6/5 porque meu fan service foi entregue!!!
Não vou dar spoilers, mas sobre o Duenda Verde eu posso falar porque ele aparece no trailler. Ele rouba a cena. É o melhor vilão do Aranha em todos os filmes!
Que filme ruim, pelo amor de Deus. Tirando o exterior (cenários, iluminação e trilha sonora), o que salva? Uma metáfora chula seria "uma linda caixa de presentes com fezes dentro".
PS: As atuações das duas protagonistas (apenas) também salvam.
Mas a história não tem pé nem cabeça, o roteiro é HORROROSO e cheio de frases clichês como "Londres pode ser demais" e "Londres é um lugar perigoso" como explicação para tudo. O saudosismo pela década de 60 também nos quis lembrar dos clichês ruins ao longo do filme.
É muita conveniência de roteiro (digna das HQs do século XX) colocar o idoso, supostamente o personagem Jack, para encontrar a menina com um dom paranormal que a fazia encontrar logo a Eloise.
Então, temos a última cena da Eloise com esse velho que é na verdade o detetive. Qualquer pessoa normal iria questionar como a Eloise sabia toda a história (principalmente quando ela mencionou dos sonhos) e tentar ajudar. Mas não foi o que aconteceu, o diretor fez o personagem se comportar como vilão até ser atropelado. Sim, atropelado, um fim idiota.
Sobre os "fantasmas", nos foi contado que a Sandie passou por casos de estupro que o namorado/agente/cafetão a forçou no passado. Então, a Eloise começou a ter visões(?) do passado com dos abusadores graças ao seu dom.
PS1: Não eram visões, eram visões distorcidas. Ao longo do filme, os fantasmas contribuíam para os sonhos errados e atrapalharam a Eloise durante TODO o filme. Alguém ainda pode falar: "ok, são fantasmas, eles só estavam pedindo ajuda", mas porque apenas um fantasma era lúcido e ajudou no fim? Por que a lógica foi quebrada?
PS2: O filme também deixou a desejar no visual dos fantasmas: totalmente meia boca. Sobre o dom paranormal, eu nem preciso explicar, né? Porque o roteirista/diretor também não quiseram.
E finalmente a vilã(?). Agora sabemos quem é a idosa na verdade! Uma cena clichê de bofetada na cara da Eloise para o cigarro cair na caixa e fazer a casa pegar fogo. A vilã ser quem é ainda não explica os sonhos distorcidos da Eloise (ao invés de ela ver a Sandie assassinar os homens, ela viu uma passado deturpado onde a Sandie era estuprada). A existência dos sonhos já é questionável, agora a existência de sonhos deturpados é um buraco mais embaixo. Outro ponto lamentável foi a redenção da idosa Sandie em em alguns segundos, que milagre, que bem trabalhado, que emocionante.
Como cereja do bolo, as falsianes que não gostavam dela viraram suas amigas no fim
Se esse filme fosse invocação do mal e a Eloise fosse a Lorraine Warren, teria 100% de sentido, visto o contexto de mundo apresentado e explicado.
Diferente de Midssomar, outra obra recente do estúdio A24, em Lamb não somos apresentados às regras do mundo. Para a conclusão apresentada, o roteiro foi muito lento. Tirando os minutos finais, eu diria que é um filme de drama no sense.
Bom filme com mais suspense e terror psicológico que cenas tensas e eventos paranormais (tirando os últimos minutos).
O ideia do filme me lembrou Premonição. Enquanto que em Premonição a morte parece um fenômeno de atração natural; aqui a morte ganha consciência (e talvez seja até algo a mais).
Visto a analogia ao ocultismo e sabendo que humanos somos animais que buscam conexões com outro para buscar sentimento de pertencimento e fugir do vazio, não seria loucura dizer que o "vazio" de The night house seja o verdadeiro purgatório controlado por uma entidade macabra.
Outro ponto interessante é que, na maioria das cenas, era o Owen que cometia os crimes e era a Beth que alucinava sobre estar sendo agredida. A tal entidade maligna não agia diretamente mas instigava através da pressão psicológica, ou seja, no fim, Beth ainda conseguiu escolher o livre arbítrio.
Vim com baixas expectativas mas me surpreendi. Ainda quero assistir novamente e participar de fóruns para refletir sobre metáforas que passaram batidas. Além disso, cabe destacar tanto a fotografia do filme, quanto a atuação de Dev Patel, que foi perfeita para a personalidade do protagonista (desde o começo ele não é perfeito, nem termina perfeito, porém erra e aprende com seus erros).
Mas vou compartilhar o que peguei de primeira (contém spoilers):
1. Não há nada que justifique a trapaça que Scavenger fez com Gawain, mas é marcante a pergunta "Minha ajuda não vale nada para você?". Scavenger dá orientações sobre o caminho que Gawain deve fazer, mas não recebe nenhuma empatia em troca. Será que um ato de amizade não teria mudado a futura ação de Scavenger?!
2. Algo similar acontece quando Winfred - a moça sem cabeça - pede ajuda a Gawain para ter sua cabeça de volta, Gawain ainda pergunta o que ele ganhará em troca pela ajuda, mas reflete e se propõe a ajudar sem garantias. Ao ter sua cabeça, Winfred diz: "E te machucarei com todo cuidado que tenho por ti", ou seja, gentileza gera gentileza.
3. Alicia Vikander também está muito bem no filme como a plebeia e a nobre Essel. Ela também é importante para o protagonista evoluir. Quando ela lhe oferece aquele lenço encantado que faz o protagonista não ser mais atingido, ele aceita, mas recebe a desaprovação de que ele não é um cavalheiro de verdade. (ainda tem o lado B que é trair a confiança do lorde que lhe deu comida e abrigo).
4, O cavalheiro verde não é o vilão. Apesar de ele sofrer um golpe mortal no pescoço, ele perdoa Gawain e permite sua volta à casa, ou seja, não precisamos retribuir a violência com mais violência. Ao contrário da raposa que instigou Gawain a viver com a vergonha e na zona de conforto.
5. Juntando os últimos dois apontamos, vemos Gawain encarar seu desafio de frente, sem trapaças e com integridade. Suas virtude e coragem mostram um novo Gawain que entende o que é ser um cavalheiro e o que é ter honra: a honra está dentro de nós e como agimos e não é algo que pode ser "comprado".
Pela menor quantidade de episódios, esperava que todos fossem memoráveis, mas, diferente da primeira temporada, temos aqui poucos episódios marcantes no todo. Destacaria esses:
*CONTÉM MUITOS SPOILERS!!!
a) Ótimos
- Esquadrão de extermínio: traz a tona o debate imortalidade vs. natalidade. Será que cada vida individual é tão importante para superar o ciclo nascer/crescer/reproduzir/morrer? Será que não é egoísmo negar o ciclo natural da vida e negar que novas vidas tenham esse direito?
- Gigante Afogado: interessantes reflexões sobre o que é estar vivo/morto e como o ser humano pode ser acostumar com o incrível e torná-lo crível (até o banalizando).
b) Bons
- Gaiola de Sobrevivência: talvez eu tivesse me impactado mais se esse episódio tivesse vindo antes de "Atendimento Automático ao Cliente" porque o tema central é basicamente o mesmo: humanos vs. robôs e o quanto uma máquina pode ameaçar a vida caso sua programação tenha falhas. Além disso, temos basicamente um episódio de ação e sobrevivência.
- Pela Casa: não esperava muito desse episódio, mas gostei da forma como abordaram a aparência do "Papai Noel". Todos esperamos que seja um velhinho fofo e bondoso, mas e se ele fosse um monstro bondoso?! Episódio curto e direto ao ponto.
- Snow no Deserto: coloco esse episódio aqui principalmente pela computação gráfica e animação acima da média. O roteiro tem início, meio e fim, mas deixa a sensação de que poderia ter sido mais desenvolvido. Esse episódio lembra um pouco de Blade Runner com Mad Max, então não faltou ação. Mas como o tema principal é imortalidade, havia brecha para fazer mais! O protagonista é imortal mas, no começo do episódio, opta por morangos naturais ao invés de sintéticos (um belo paradoxo em comparação com sua imortalidade), porém, ao fim do episódio, somos informados de que sua esposa morreu (e ele ter continuado vivo foi um baque que lhe trouxe solidão) e ele encontra um novo amor justamente em uma humana modificada (com partes do corpo sintéticas que lhe garantem imortalidade).
- Atendimento Automático ao Cliente: novamente o embate humanos vs. robôs. É uma boa abertura e garante a diversão.
c) Ficaram devendo
- Gelo: Episódio esteticamente bonito. Novamente temos uma temática de humanos modificados (exceto pelo nosso protagonista). Esse motivo, aliás, prejudica sua interação social com outras pessoas. O irmão do protagonista é um humano modificado e o apresenta aos seus amigos que zombam do irmão (principalmente em razão dos atributos físicos que um humano normal não possui). Como bons jovens, todos vão literalmente "fazer M" e colocar suas vidas em risco em um teste de coragem. O ponto forte desse episódio é, novamente, a parte visual e a relação entre os irmãos: eu acredito que o irmão tenha simulado uma lesão durante o desafio para que o protagonista pudesse sair "por cima" (ter cumprido o desafio e ainda ter salvo alguém). Eu gostaria de saber o que acarretou essa modificação dos humanos e porque o protagonista (acredito que o pai dele também) não são modificados, visto que, provavelmente, eles são minoria/casos raros.
- Grama Alta: À primeira vista, os traços causam estranheza, mas, aos poucos, além de me acostumar, os considerei elegantes. Este é um episódio que começa com suspense mas se encaminha para o terror. Ao final do episódio, temos mais perguntas abertas (e pouquíssima base para formularmos teorias) do que conclusões. Por exemplo, por que humanos perdidos se tornaram monstros? Por que seres de outras dimensão só atacam ali?
É uma boa série, mas não é incrível. Diferente do que muita gente tem dito, é uma série até fácil de ser entendida. Não tem nada a ver com Dark (só se for o slice of life adolescente), em alguns momentos me lembrou Midsommar. Recomendo ler resumidamente o mito de Ostara antes de assistir (eu fiz isso e a experiência fez muito mais sentido).
Apesar de até caber uma segunda temporada caso a produção busque um final clichê, o final o final foi fechado e a maioria das perguntas foram respondidas.
enredo arrastado; policiais trapalhões (tirando a mulher policial, o restante parecia comprado pelo chantagista, aquele policial principal parecia o próprio culpado pela certeza em culpar o protagonista, aliás, como não ouviram a filha gritar que o cara perto so carro era o culpado?!); e falta de explicação do porquê o protagonista foi preso (por ter atropelado policiais, deixado o filho sangrar e violar leis de trânsito ou pela má conduta no trabalho?!).
Um filme de suspense e terror que me atraiu bastante, fiquei extremamente tenso e vidrado, não conseguia me distrair. Ótima atuação da Elisabeth Moss como Cecilia Kass. Acredito que com mais 30 min de tela o filme teria sido mais incrível abordando a relação dos irmãos; a inteligência do Adrian e como ele desenvolveu o traje invisível; e como a protagonista irá usar esse uniforme: seja para o bem, seja o queimando para que ninguém nunca mais o use.
Creio que a trama deveria ter sido mais próxima a Ifigénia: Kim poderia ter se realmente se sacrificado (ou tentado). Então, Martin, como Artémis, poderia reconhecer a punição e salvá-la e torná-la sua companheira.
Por fim, gostei da trilha sonora arrastada, a qual causou mais tensão nos momentos cruciais da trama. A atuação foi muito boa, com destaque para Nicole Kidman impecável e Barry Keoghan sempre com uma atmosfera inerte sobre ele. Mas senti falta do que foi mencionado acima no spoiler; da explicação para os poderes sobrenaturais do Martin (creio que seja importante contextualizar em casos de releitura como esse), da falta da personagem da Alicia Silverstone ao não procurar o Martin após seu sumiço, da falta de punição ao Steven por ter matado seu filho (Uma criança some e fica por aí mesmo?!), e do jogo ''batata quente'' entre Steven e o anestesista culpando um ao outro, apesar de ter ficado implícito que Steven realmente estava alterado e influenciou a morte do pai do Martin. Essa última frase não é spoiler, já acontece na primeira cena do filme :
PS: Uma diferença é que na mitologia grega, o cervo sagrado pertence à Artémis e é o ponto de partida da trama, aqui o cervo sagrado é o Bob, personagem mais inocente, no ponto final no clímax.
Mais uma bola dentro da parceria Disney-Pixar: um filme que ficará na mente de crianças e adultos nos próximos anos como Toy Story, Monstros S.A., Os Incríveis... Mas voltando a falar sobre Coco, o filme nos mostra que através da perseverança e da fé é possível unir valores e sonhos: nunca esquecer quem nos criou, quem nos amou e quem fez tudo para nos proteger, mas também seguir nossos próprios rumos, além de força suficiente e lábia para convencê-los a nos apoiar. A trilha sonora é maravilhosa e letras como "Remember Me'' ganham sentido ao longo do filme; o design de personagens e ambientes torna o Dia de los muertos fantasioso e glamouroso, o roteiro é repleto de reviravoltas e tensão; mixagem, efeitos gráficos e filtros também exemplares. Coco tem tudo para retirar risos, lágrimas e aplausos. E, talvez, até estatuetas de Oscar para Melhor Animação e Melhor Canção Original.
Uma boa surpresa para quem não conhecia o trabalho do diretor. A trilha sonora foi bem ajustada ao conceito do filme, os movimentos de câmera e iluminação deixaram a fotografia impecável, o elenco caiu como uma luva na característica dos personagens, além do meu lado pessoal ter simpatizado com o casal principal. Mas lá vem minhas críticas negativas:
[/spoiler] - A Deborah deveria ter sido melhor construída. Fica ao léu o porquê ela largar sua vida pelo sonho de fugir com um rapaz que acabou de conhecer. Ela menciona que sua vida é complicada, mas o quanto realmente é?! - Baby teve uma chance de abandonar a quadrilha com o consentimento de Doc, porém continuou e não ficou explicito seu motivo - o dinheiro, se livrar de Bats - ele poderia ter fugido com seu pai adotivo e Deborah durante o assalto. Seria uma alternativa mais óbvia, porém deveria estar mais claro porque Baby não a escolheu. - O Doc parecia um personagem calculista, visionário e sem apego aos seus funcionários, porém se derreter pelo romance dos protagonistas a ponto de se sacrificar por eles só contribuiu para arrastar a trama, o que mencionarei abaixo. - O arco conclusivo que focou no embate entre o Baby vs. Buddy me fez olhar o relógio pela primeira vez durante a sessão. Foram algumas "quase mortes" do Buddy que poderiam ter sido apenas uma com um desfecho melhor trabalhado e mais inteligente.
Portanto, Baby driver ainda é um filme muito positivo com uma primeira metade impecável, bastante underground e encantadora. Porém, se perde no arco final e se assemelha a um genérico blockbuster deixando a sensação de que poderia ter entregue algo mais elaborado utilizando mais a cabeça e com um filme mais enxuto. Nota: 8/10
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Todos Menos Você
3.1 374 Assista AgoraFraco: feminismo por feminismo que não mostra todo o valor da mulher, que ao mesmo tempo que deprecia os homens, coloca a felicidade da mulher em função do mesmo homem.
Em dois momentos a protagonista Bea é dita como inteligente, mas o que convence o espectador disso? Não digo que a personagem não deveria ter abandonado a faculdade ou que deveria ter se formado para um diploma justificar sua inteligência, mas em nenhum momento é mostrado que ela é sábia, empática, resolve seus problemas de frente, tem autocontrole, habilidade social para negociar com os pais, ou seja, características que me convenceriam de sua inteligência.
O diálogo expositivo do padrasto da Claudia/Pete dizendo que sua geração é a culpada por todos os males atuais tem verdades e mentiras. A geração dele, X, possui erros e acertos. A geração Y basicamente conta apenas com o Ben (e um parêntese, qual o problema em falar sua idade?!) e talvez o casal Claudia/Halle. A protagonista B, membro da geração Z, traz todos os problemas de sua geração como dificuldades em lidar com a frustração, ansiedade, depressão... mas nada disso é explorado profundamente, ao contrário, a lição no ato final do filme nos diz que a salvação da personagem é se apaixonar pelo Ben e depender de um homem para ter as rédeas de sua felicidade.
Outro ponto: por que Ben é forçado a admitir que foi machista e supostamente teve o "ego machista" ferido quando falou mal da Bea para o Pete no início do filme? Se ele houvesse falado que a Bea era fútil, maluca, "apenas um contatinho" diretamente para ela independente de saber o motivo pelo qual ela fugiu, aí sim ele seria um brutamontes. O que ele deveria ter falado: "nossa, ela é incrível, mas fugiu, não sei o porquê, que pena, mas ela está certa e não posso ficar magoado se não estarei ferindo a bandeira do feminismo". A Bea estava passando por um momento complicado, mas ninguém é obrigado a adivinhar se ela não contar, o Ben nem teve a oportunidade de tentar ser empático.
Enfim, dou nota 6/10 pelas boas atuações, carisma dos personagens e algumas boas piadas. "Todos Menos Você" tenta acertar em "10 Coisas que Eu Odeio em Você", mas acerta em cheio em "Debi & Loide" com situações fantasiosas na tentativa de criar humor. O roteiro de Llana Wolpert traz os delírios de uma adulta com adolescência frustrada que ainda escuta Unwritten, canção de Natasha Bedingfield, de 2004.
O Telefone Preto
3.5 1,0K Assista AgoraEu gostei, porém tinha potencial para ser melhor ainda.
Não é um filme com muito terror, mas me assustei com uma cena. É um filme de suspense com um elemento sobrenatural. Sobre a narrativa, todos os casos antigos do Sequestrador serviram para o protagonista (Finn) ganhar experiência e planejar seu plano de fuga. As atuações dos atores (experientes e jovens) são ótimas. No mais, também gostei das referências à O massacre da serra elétrica, It - a coisa e Fragmentado.
O que poderia melhorar?
1. A explicação do elemento sobrenatural. Apesar de que em "Invocação do Mal" a premissa é a mesma e ela nunca foi esmiuçada.
2. As agressões do pai do protagonista no final do filme não fizeram sentido na história. Há um paralelo com as agressões também de cinto do Sequestrador mas ficou super jogado.
3. O sequestrador parece ter duas personalidades, e isso DEVERIA ter sido explicado, assim como o uso das diferentes máscaras que devem remeter às diferentes personalidades.
Lightyear
3.2 391 Assista AgoraO visual do filme é bacana, gostei das referências à Física para explicar os "problemas" enfrentados pelo Buzz, e o gato Sox é muito carismático.
Até achei a personalidade do Buzz pertinente, mas os coadjuvantes são muito forçados, as piadas na década de 90 eram mais inteligentes. O Zurg foi muito mal aproveitado. Mas, para mim, o pior foi a mudança de mentalidade do Buzz, e explico o porquê abaixo.
No começo do filme, na penúltima tentativa de vôo, o Buzz retorna e vê o vídeo gravado da Alisha com a neta, porém ele não se emociona e tenta uma última tentativa de atingir a hipervelocidade. Então, várias cenas depois, o Buzz vê uma nova gravação da Alisha desejando ser patrulheira espacial com o Buzz novamente, então instantes depois o Buzz nega ajudar o Zurg em seu plano. Por que falei isso? Eu acredito que as gravações da Alisha não deram match com as ações do Buzz. Caso o filme não quisesse ir para esse lado (e realmente não foi), deveria ter criado laços bem mais fortes entre o Buzz e sua nova equipe para provar que realmente ele aceitou a realidade de viver naquele novo planeta, ficou tudo forçado, as únicas relações do Buzz que realmente me tocaram foram com a Alisha e com o Sox.
E mais um problema, agora com o Zurg:
O Zurg viajou anos no futuro para uma civilização mega desenvolvida e mesmo assim não conseguiu combustível (cristais de energia) suficiente para voltar no tempo aonde ele queria ir??? Será que o Sox não teve tempo suficiente para chegar na fórmula novamente??? A explicação que o filme deu foi que o Buzz acidentalmente quebrou o dispositivo onde o Sox havia desenvolvido a fórmula do combustível. No fim do filme, depois que o Zurg foi derrotado, o Buzz e sua nova equipe atingem a hipervelocidade tão facilmente que fica difícil de passar a mão na cabeça do roteiro.
Amor, Morte e Robôs (Volume 3)
4.1 344 Assista AgoraVamos lá, sempre um prazer assistir novos epis. Love, death + robots!
Admito que a 2ª temporada me frustou um pouco, mas essa 3ª temporada está incrível no nível da 1ª. Vou dar minha opinião em relação aos episódios:
Ótimos:
Viagem ruim: nesse episódio, vemos como o ser humano pode ser descastar sua integridade e bondade em troca da própria sobrevivência. Libertar o Thanapod na ilha habitada seria provocar uma onde de mortes em troca da vida de poucos. Outro ponto frande do episódio, foi a estratégia utilizada pelo comandante Torrin para escapar das armadilhas e eliminar um a um aqueles que não concordavam com sua missão heróica.
O mesmo pulso da máquina: episódio esteticamente lindo; o tema flui bem no conceito de "um é o todo, o todo é um". Sinceramente, acredito que tudo aquilo tenha acontecido na cabeça da astronauta Kivelson (principalmente pela citação "Eu era o mundo no qual eu andava. E o que vi, ouvi ou senti não veio senão de mim mesmo"), o que não tira a qualidade do episódio, mas me fez pensar nas razões de isso ter acontecido: o efeito psicótico da morfina, a alta concentração/foco num objetivo (algo similar à meditação). Dessa forma, já perto do fim do epi, quando a Kivelson junta todas as peças do quebra-cabeça, eu entendi que ela havia entrado numa fase mental de total introspecção e criatividade para chegar à solução que era compreender IO. Então, o fim do epi fecha com chave de ouro a história: Kivelson perderá o corpo mas sua configuração mental será mantida, ela se unirá ao todo, nem morte e vida (da forma como racionalmente pensamos). IO diz que sua função é conhecê-la (o que eu entendi como a função da Terra ou até do universo que é nos conhecer através da conexão). Na última cena, vemos como a Kivelson se conecta com o todo, o que foi representado pelo novo contato com a base.
Enxame: episódio onde a arrogância humana coloca nos coloca num pedestal sem razão alguma, o que nos dá um falso direito de poder explorar sem permissão e escravizar aqueles que achamos inferiores. Vemos como a ciência, se usada sem controle, pode afetar o meio e outros seres, e trazer efeitos colaterais piores (nascimento da nova espécie racional extraterrente) do que o atingimento do objetivo inicial (mapeamento genético de um ovo da rainha). Então, somos questionados se nossa inteligência é realmente a melhor qualidade para nossa sobrevivência, pois a colônia extraterreste sobrevive a milhares de anos através da cooperação: cada um ocupa uma função no sistema e há um propósito maior de bem comum. Mesmo com as chances que o Enxame deu ao cientista Afriel (representando a raça humana), seu orgulho não lhe permitiu a certeza de continuidade da raça humana (a reprodução com aquele extraterreste comedor de vômito haha e provavelmente a perda da racionalidade), e ele preferiu apostar no conflito entre os seres humanos e o Enxame. Ponto negativo: Galina sucumbiu muito facilmente e rapidamente aos objetivos do Afriel, apesar de inicialmente ser contra.
Fazendeiro: um episódio lindo lindo lindo esteticamente. Admito que tive pena da sereia. Como um ser mitológico, não acredito ser tão necessário compreender suas motivações em assassinar dezenas de guerreiros, mas poderia ter ficado mais claro (apesar de que em lendas as sereiasserviram para personificar aspectos do mar desde sua beleza até os perigos que ele representa). Porém, talvez tudo que a sereia quisesse era ser ela mesma ao mesmo tempo que alguém a compreendia e lhe amava. Percebendo que o cavaleiro surdo não sofria sua influência, ela se apaixonou. Então vemos duas dificuldades para o casal: o cavaleiro, como um mortal, se machuca ao tocar a sereia; e a própria índole do cavaleiro, que já dava sinais de ser avarento e apegado às riquezas, pois ele não teve escrúpulos para usar a paixão da sereia a seu favor e enganá-la. Pensando ter a assassinado, ele roubou todo o seu ouro e fugiu. A sereia, como um ser mitológico, provavelmente ressuscitou (ou talvez ela realmente não tinha morrido mesmo), sua tristeza e vergonha por ter perdido seu ouro - motivo de orgulho - causou uma turbulência no mar que se cobriu do seu sangue. Descobrimos que seu sangue é milagroso e possui poderes de cura, quando o cavaleiro lava o rosto acidentalmente com a água contendo o sangue da sereia, ele passa a ouvir normalmente. Pior hora para isso acontecer, uma vez que ele se torna alvo fácil para o canto da sereia e morre afogado. Terminamos com nossa bela sereia sem seu amor e sem seu ouro.
Bons:
Os três robôs: sinceramente, eu curto os episódios mais "dark", e mesmo assim gostei desse epi. mais voltado para a comédia, porém com altas doses de reflexão. Nele, vemos como a sociedade é separada por níveis de riqueza e o mais rico, por causa de sentimentos de ganância e autogratificação (como citado no próprio epi), prefere se isolar do que trabalhar em prol do bem comum. PS: Adorei a piada final com o Elon Musk!
Noite dos minimortos: um curtinha simples e engraçado cujos pontos fortes são o início e o fim. No início, a transa profana dá início ao despertar dos zumbis. No fim, vemos que todo o caos na Terra não é nada perante à infinitude do universo. Somos somente um pontinho, poeira estelar, até um peido (apesar de o som não se propagar no espaço devido ao vácuo) a anos-luz de distância teve mais impacto no universo.
Ratos de Mason: nesse episódio, vemos um composto transgênico (geneticamente modificado) sem controle algum de segurança, causar impactos graves (na natureza e animais) como a alteração do código genético dos ratos. Felizmente, vemos como o senhor Mason traz à tona sua empatia. O robozão TT-15 começou a provocar uma chacina sem precedentes e misercódia, a qual não poupava nem ratos que desistiram da guerra. Um ato de bondade, como o do senhor Mason, e ramente visto nos episódios de Love, Death + Robots, conseguiu unir até rivais, e foi possível que ambos pudessem beber e rir juntos. Um episódio fofo!
Razoáveis:
Matança em grupo: mais um episódio em que o impacto/efeitos colaterais das ações do homem sem tomar riscos controlados pode se tornar uma ameaça, nesse caso, a criação de máquinas que podem se voltar contra o próprio criador. Pelo que entendi, a motivação inicial veio da CIA após os ataques afegãos em 2002, mas eu gostaria que isso tivesse sido melhor abordado, pois ficou muito jogado. Como destaques, cito a frieza em mandar soldados em missões secretas, nas quais nem eles mesmos sabem o escopo e dificuldade da missão. E, nesse episódio, vimos que como a missão era secreta e não podia vazar, mesmo que os soldados tenham cumprido com sucesso a missão, eles foram sacrificados com a explosão da bomba.
Fracos:
Sepultados na caverna: para mim, o episódio mais fraco da temporada e com queda de qualidade abismal entre os demais. O templo alienígina e a presença do alien ali são um mistério: não sabemos se ele chegou há muito tempo e aquela caverna nunca foi visitada por pessoas, ou se o alien chegou há pouco tempo. Além disso, quem construiu e prendeu o alien no templo? Passada essa contextualização faltante, passamos pela matança expositiva e chegamos ao final do episódio. O comandante ficou facilmente influenciado pelo poder psiquíco do alien, mas a soldada foi mais resistente (novamente, gostaria de saber o motivo pelo qual ela mais forte mentalmente). No fim do epi, temos uma transição de cena brusca e vemos que a soldada perfurou seus olhos e ouvidos a fim de não ser afetada pelo alien e fugir daquelas visões que representavam uma tortura mental. Mas como ela saiu da caverna sem ver e ouvir? Havia saída no templo? Caso não tenha, como ela voltou pelo caminho da entrada que já estava infestado por aquelas aranhas?
É... ficou enorme hehe
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraO filme tem seus problemas? Até que tem alguns.
Mas é nota 6/5 porque meu fan service foi entregue!!!
Não vou dar spoilers, mas sobre o Duenda Verde eu posso falar porque ele aparece no trailler. Ele rouba a cena. É o melhor vilão do Aranha em todos os filmes!
Noite Passada em Soho
3.5 745 Assista AgoraQue filme ruim, pelo amor de Deus. Tirando o exterior (cenários, iluminação e trilha sonora), o que salva? Uma metáfora chula seria "uma linda caixa de presentes com fezes dentro".
PS: As atuações das duas protagonistas (apenas) também salvam.
Mas a história não tem pé nem cabeça, o roteiro é HORROROSO e cheio de frases clichês como "Londres pode ser demais" e "Londres é um lugar perigoso" como explicação para tudo. O saudosismo pela década de 60 também nos quis lembrar dos clichês ruins ao longo do filme.
É muita conveniência de roteiro (digna das HQs do século XX) colocar o idoso, supostamente o personagem Jack, para encontrar a menina com um dom paranormal que a fazia encontrar logo a Eloise.
Então, temos a última cena da Eloise com esse velho que é na verdade o detetive. Qualquer pessoa normal iria questionar como a Eloise sabia toda a história (principalmente quando ela mencionou dos sonhos) e tentar ajudar. Mas não foi o que aconteceu, o diretor fez o personagem se comportar como vilão até ser atropelado. Sim, atropelado, um fim idiota.
Sobre os "fantasmas", nos foi contado que a Sandie passou por casos de estupro que o namorado/agente/cafetão a forçou no passado. Então, a Eloise começou a ter visões(?) do passado com dos abusadores graças ao seu dom.
PS1: Não eram visões, eram visões distorcidas. Ao longo do filme, os fantasmas contribuíam para os sonhos errados e atrapalharam a Eloise durante TODO o filme. Alguém ainda pode falar: "ok, são fantasmas, eles só estavam pedindo ajuda", mas porque apenas um fantasma era lúcido e ajudou no fim? Por que a lógica foi quebrada?
PS2: O filme também deixou a desejar no visual dos fantasmas: totalmente meia boca.
Sobre o dom paranormal, eu nem preciso explicar, né? Porque o roteirista/diretor também não quiseram.
E finalmente a vilã(?). Agora sabemos quem é a idosa na verdade! Uma cena clichê de bofetada na cara da Eloise para o cigarro cair na caixa e fazer a casa pegar fogo. A vilã ser quem é ainda não explica os sonhos distorcidos da Eloise (ao invés de ela ver a Sandie assassinar os homens, ela viu uma passado deturpado onde a Sandie era estuprada). A existência dos sonhos já é questionável, agora a existência de sonhos deturpados é um buraco mais embaixo. Outro ponto lamentável foi a redenção da idosa Sandie em em alguns segundos, que milagre, que bem trabalhado, que emocionante.
Como cereja do bolo, as falsianes que não gostavam dela viraram suas amigas no fim
Se esse filme fosse invocação do mal e a Eloise fosse a Lorraine Warren, teria 100% de sentido, visto o contexto de mundo apresentado e explicado.
Cordeiro
3.3 555 Assista AgoraVersão "A senhora do destino" versão cordeiro,
mas a mãe biológica morre
Diferente de Midssomar, outra obra recente do estúdio A24, em Lamb não somos apresentados às regras do mundo. Para a conclusão apresentada, o roteiro foi muito lento. Tirando os minutos finais, eu diria que é um filme de drama no sense.
A Casa Sombria
3.3 394 Assista AgoraBom filme com mais suspense e terror psicológico que cenas tensas e eventos paranormais (tirando os últimos minutos).
O ideia do filme me lembrou Premonição. Enquanto que em Premonição a morte parece um fenômeno de atração natural; aqui a morte ganha consciência (e talvez seja até algo a mais).
Visto a analogia ao ocultismo e sabendo que humanos somos animais que buscam conexões com outro para buscar sentimento de pertencimento e fugir do vazio, não seria loucura dizer que o "vazio" de The night house seja o verdadeiro purgatório controlado por uma entidade macabra.
Outro ponto interessante é que, na maioria das cenas, era o Owen que cometia os crimes e era a Beth que alucinava sobre estar sendo agredida. A tal entidade maligna não agia diretamente mas instigava através da pressão psicológica, ou seja, no fim, Beth ainda conseguiu escolher o livre arbítrio.
A Lenda do Cavaleiro Verde
3.6 475 Assista AgoraVim com baixas expectativas mas me surpreendi. Ainda quero assistir novamente e participar de fóruns para refletir sobre metáforas que passaram batidas. Além disso, cabe destacar tanto a fotografia do filme, quanto a atuação de Dev Patel, que foi perfeita para a personalidade do protagonista (desde o começo ele não é perfeito, nem termina perfeito, porém erra e aprende com seus erros).
Mas vou compartilhar o que peguei de primeira (contém spoilers):
1. Não há nada que justifique a trapaça que Scavenger fez com Gawain, mas é marcante a pergunta "Minha ajuda não vale nada para você?". Scavenger dá orientações sobre o caminho que Gawain deve fazer, mas não recebe nenhuma empatia em troca. Será que um ato de amizade não teria mudado a futura ação de Scavenger?!
2. Algo similar acontece quando Winfred - a moça sem cabeça - pede ajuda a Gawain para ter sua cabeça de volta, Gawain ainda pergunta o que ele ganhará em troca pela ajuda, mas reflete e se propõe a ajudar sem garantias. Ao ter sua cabeça, Winfred diz: "E te machucarei com todo cuidado que tenho por ti", ou seja, gentileza gera gentileza.
3. Alicia Vikander também está muito bem no filme como a plebeia e a nobre Essel. Ela também é importante para o protagonista evoluir. Quando ela lhe oferece aquele lenço encantado que faz o protagonista não ser mais atingido, ele aceita, mas recebe a desaprovação de que ele não é um cavalheiro de verdade. (ainda tem o lado B que é trair a confiança do lorde que lhe deu comida e abrigo).
4, O cavalheiro verde não é o vilão. Apesar de ele sofrer um golpe mortal no pescoço, ele perdoa Gawain e permite sua volta à casa, ou seja, não precisamos retribuir a violência com mais violência. Ao contrário da raposa que instigou Gawain a viver com a vergonha e na zona de conforto.
5. Juntando os últimos dois apontamos, vemos Gawain encarar seu desafio de frente, sem trapaças e com integridade. Suas virtude e coragem mostram um novo Gawain que entende o que é ser um cavalheiro e o que é ter honra: a honra está dentro de nós e como agimos e não é algo que pode ser "comprado".
Amor, Morte e Robôs (Volume 2)
3.8 371Nota 4/5 (enquanto avaliei a primeira como 5/5)
Pela menor quantidade de episódios, esperava que todos fossem memoráveis, mas, diferente da primeira temporada, temos aqui poucos episódios marcantes no todo. Destacaria esses:
*CONTÉM MUITOS SPOILERS!!!
a) Ótimos
- Esquadrão de extermínio: traz a tona o debate imortalidade vs. natalidade. Será que cada vida individual é tão importante para superar o ciclo nascer/crescer/reproduzir/morrer? Será que não é egoísmo negar o ciclo natural da vida e negar que novas vidas tenham esse direito?
- Gigante Afogado: interessantes reflexões sobre o que é estar vivo/morto e como o ser humano pode ser acostumar com o incrível e torná-lo crível (até o banalizando).
b) Bons
- Gaiola de Sobrevivência: talvez eu tivesse me impactado mais se esse episódio tivesse vindo antes de "Atendimento Automático ao Cliente" porque o tema central é basicamente o mesmo: humanos vs. robôs e o quanto uma máquina pode ameaçar a vida caso sua programação tenha falhas. Além disso, temos basicamente um episódio de ação e sobrevivência.
- Pela Casa: não esperava muito desse episódio, mas gostei da forma como abordaram a aparência do "Papai Noel". Todos esperamos que seja um velhinho fofo e bondoso, mas e se ele fosse um monstro bondoso?! Episódio curto e direto ao ponto.
- Snow no Deserto: coloco esse episódio aqui principalmente pela computação gráfica e animação acima da média. O roteiro tem início, meio e fim, mas deixa a sensação de que poderia ter sido mais desenvolvido. Esse episódio lembra um pouco de Blade Runner com Mad Max, então não faltou ação. Mas como o tema principal é imortalidade, havia brecha para fazer mais! O protagonista é imortal mas, no começo do episódio, opta por morangos naturais ao invés de sintéticos (um belo paradoxo em comparação com sua imortalidade), porém, ao fim do episódio, somos informados de que sua esposa morreu (e ele ter continuado vivo foi um baque que lhe trouxe solidão) e ele encontra um novo amor justamente em uma humana modificada (com partes do corpo sintéticas que lhe garantem imortalidade).
- Atendimento Automático ao Cliente: novamente o embate humanos vs. robôs. É uma boa abertura e garante a diversão.
c) Ficaram devendo
- Gelo: Episódio esteticamente bonito. Novamente temos uma temática de humanos modificados (exceto pelo nosso protagonista). Esse motivo, aliás, prejudica sua interação social com outras pessoas. O irmão do protagonista é um humano modificado e o apresenta aos seus amigos que zombam do irmão (principalmente em razão dos atributos físicos que um humano normal não possui). Como bons jovens, todos vão literalmente "fazer M" e colocar suas vidas em risco em um teste de coragem. O ponto forte desse episódio é, novamente, a parte visual e a relação entre os irmãos: eu acredito que o irmão tenha simulado uma lesão durante o desafio para que o protagonista pudesse sair "por cima" (ter cumprido o desafio e ainda ter salvo alguém). Eu gostaria de saber o que acarretou essa modificação dos humanos e porque o protagonista (acredito que o pai dele também) não são modificados, visto que, provavelmente, eles são minoria/casos raros.
- Grama Alta: À primeira vista, os traços causam estranheza, mas, aos poucos, além de me acostumar, os considerei elegantes. Este é um episódio que começa com suspense mas se encaminha para o terror. Ao final do episódio, temos mais perguntas abertas (e pouquíssima base para formularmos teorias) do que conclusões. Por exemplo, por que humanos perdidos se tornaram monstros? Por que seres de outras dimensão só atacam ali?
Equinox
2.9 70Até que gostei: nota 3,5/5.
É uma boa série, mas não é incrível. Diferente do que muita gente tem dito, é uma série até fácil de ser entendida. Não tem nada a ver com Dark (só se for o slice of life adolescente), em alguns momentos me lembrou Midsommar. Recomendo ler resumidamente o mito de Ostara antes de assistir (eu fiz isso e a experiência fez muito mais sentido).
Apesar de até caber uma segunda temporada caso a produção busque um final clichê, o final o final foi fechado e a maioria das perguntas foram respondidas.
PS: Não é uma série para se assustar.
Achei chocante e incrível a cena do ritual.
Talvez as únicas perguntas que tenham restado sejam:
1. Quem é o pai da Astrid?
2. Como o mundo vai reagir à volta dos jovens desaparecidos há 21 anos?
Direção Explosiva
3.1 64Nota 7/10 porque gostei da premissa, das atuações e porque o suspense me prendeu. Mas alguns pontos negativos como:
enredo arrastado; policiais trapalhões (tirando a mulher policial, o restante parecia comprado pelo chantagista, aquele policial principal parecia o próprio culpado pela certeza em culpar o protagonista, aliás, como não ouviram a filha gritar que o cara perto so carro era o culpado?!); e falta de explicação do porquê o protagonista foi preso (por ter atropelado policiais, deixado o filho sangrar e violar leis de trânsito ou pela má conduta no trabalho?!).
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraUm filme de suspense e terror que me atraiu bastante, fiquei extremamente tenso e vidrado, não conseguia me distrair. Ótima atuação da Elisabeth Moss como Cecilia Kass. Acredito que com mais 30 min de tela o filme teria sido mais incrível abordando a relação dos irmãos; a inteligência do Adrian e como ele desenvolveu o traje invisível; e como a protagonista irá usar esse uniforme: seja para o bem, seja o queimando para que ninguém nunca mais o use.
Harry Potter e o Cálice de Fogo
4.1 1,2K Assista AgoraMelhor filme da franquia s2
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraCreio que a trama deveria ter sido mais próxima a Ifigénia: Kim poderia ter se realmente se sacrificado (ou tentado). Então, Martin, como Artémis, poderia reconhecer a punição e salvá-la e torná-la sua companheira.
Por fim, gostei da trilha sonora arrastada, a qual causou mais tensão nos momentos cruciais da trama. A atuação foi muito boa, com destaque para Nicole Kidman impecável e Barry Keoghan sempre com uma atmosfera inerte sobre ele.
Mas senti falta do que foi mencionado acima no spoiler; da explicação para os poderes sobrenaturais do Martin (creio que seja importante contextualizar em casos de releitura como esse), da falta da personagem da Alicia Silverstone ao não procurar o Martin após seu sumiço, da falta de punição ao Steven por ter matado seu filho (Uma criança some e fica por aí mesmo?!), e do jogo ''batata quente'' entre Steven e o anestesista culpando um ao outro, apesar de ter ficado implícito que Steven realmente estava alterado e influenciou a morte do pai do Martin. Essa última frase não é spoiler, já acontece na primeira cena do filme :
PS: Uma diferença é que na mitologia grega, o cervo sagrado pertence à Artémis e é o ponto de partida da trama, aqui o cervo sagrado é o Bob, personagem mais inocente, no ponto final no clímax.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraMais uma bola dentro da parceria Disney-Pixar: um filme que ficará na mente de crianças e adultos nos próximos anos como Toy Story, Monstros S.A., Os Incríveis...
Mas voltando a falar sobre Coco, o filme nos mostra que através da perseverança e da fé é possível unir valores e sonhos: nunca esquecer quem nos criou, quem nos amou e quem fez tudo para nos proteger, mas também seguir nossos próprios rumos, além de força suficiente e lábia para convencê-los a nos apoiar.
A trilha sonora é maravilhosa e letras como "Remember Me'' ganham sentido ao longo do filme; o design de personagens e ambientes torna o Dia de los muertos fantasioso e glamouroso, o roteiro é repleto de reviravoltas e tensão; mixagem, efeitos gráficos e filtros também exemplares.
Coco tem tudo para retirar risos, lágrimas e aplausos. E, talvez, até estatuetas de Oscar para Melhor Animação e Melhor Canção Original.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraUma boa surpresa para quem não conhecia o trabalho do diretor. A trilha sonora foi bem ajustada ao conceito do filme, os movimentos de câmera e iluminação deixaram a fotografia impecável, o elenco caiu como uma luva na característica dos personagens, além do meu lado pessoal ter simpatizado com o casal principal. Mas lá vem minhas críticas negativas:
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- A Deborah deveria ter sido melhor construída. Fica ao léu o porquê ela largar sua vida pelo sonho de fugir com um rapaz que acabou de conhecer. Ela menciona que sua vida é complicada, mas o quanto realmente é?!
- Baby teve uma chance de abandonar a quadrilha com o consentimento de Doc, porém continuou e não ficou explicito seu motivo - o dinheiro, se livrar de Bats - ele poderia ter fugido com seu pai adotivo e Deborah durante o assalto. Seria uma alternativa mais óbvia, porém deveria estar mais claro porque Baby não a escolheu.
- O Doc parecia um personagem calculista, visionário e sem apego aos seus funcionários, porém se derreter pelo romance dos protagonistas a ponto de se sacrificar por eles só contribuiu para arrastar a trama, o que mencionarei abaixo.
- O arco conclusivo que focou no embate entre o Baby vs. Buddy me fez olhar o relógio pela primeira vez durante a sessão. Foram algumas "quase mortes" do Buddy que poderiam ter sido apenas uma com um desfecho melhor trabalhado e mais inteligente.
Portanto, Baby driver ainda é um filme muito positivo com uma primeira metade impecável, bastante underground e encantadora. Porém, se perde no arco final e se assemelha a um genérico blockbuster deixando a sensação de que poderia ter entregue algo mais elaborado utilizando mais a cabeça e com um filme mais enxuto.
Nota: 8/10