Gostei muito do filme por toda a estética dos anos 70. O roteiro, no entanto, é tão surreal que me fez rir:
Boicotar a transmissão do discurso presidencial, tá ok; exibir cenas de nudez na TV, tá ok; fazer um show de striptease aberto à crianças, tá ok também; mas se vc fala que tem uma "milha de carros" ai é demais, aí não pode, ai é uma questão de policia.
Não sei o que passava pela cabeça das pessoas nos 90, mas acho engraçado como em todos os filmes daquela época, o truque para fazer parecer que alguém entendia de informática, era encher a telas dos computadores de elementos gráficos. Hoje, no cinema, quando aparece um ‘hacker’, só mostram ele teclando em frente de uma tela cheia de códigos. Não quer dizer nada mas eu sempre reparo isso. rs
Esse filme podia ser ainda melhor se não tivesse aquelas duas cenas improváveis:
1 - A cena dela saindo da delegacia, e depois de horas dirigindo, bate num carro que estava estacionado, onde justamente estava o seu perseguidor! 2 - A cena em que ela, correndo no meio da noite, encontra de modo muito conveniente uma passeata pedindo mais verba para a saúde!
Vivo sendo questionado, interceptado, interrompido, no que eu estou pensando. Isso me desequilibra constantemente. Agora a pouco no supermercado, eu estava entrando. Pensando algo incerto, sobre alguma coisa que precisava decidir se comprava ou não, evidentemente angustiado pela dúvida. Eu estava concentrado nisso. Ai fui abordado, sem nenhuma cerimônia, por uma jovem que me estendeu uma folha de papel e um folheto. Ela disse: - o senhor já sabe da nossa promoção? É claro que eu não sabia. Fiquei na dúvida se dizia que sim, conhecia, e me meter numa armadilha maior; ou confessar que não conhecia, coisa que certamente lhe levaria a explicar a promoção. Disse que não sabia, e ela começou a explicar a promoção. Me deu a folha em que estavam os produtos da promoção (os quais nenhum me interessava), estendeu o folheto, e disse que concorrendo na promoção eu poderia ganhar uma viagem para Bahamas. Isso me tomou uns minutos, e me deixou levemente apreensivo com a possibilidade de ganhar. Já me via hesitando entre ir ou não ir para Bahamas. Considerando que não havia nenhum motivo na terra me impelisse para Bahamas. Então, já entrei no supermercado levemente alterado. Alterado, alterado, bom, digamos: alterado. Fui direto ao açougue do supermercado.
Durante todo o tempo que estive casado eu acompanhei minha mulher em açougues e supermercados, e tinha ouvido sempre ela pedir: -meio quilo de patinho moído duas vezes. Eu nunca entendi porque ela pedia para moer duas vezes. Mas eu continuei, contudo, a fazer esse mesmo pedido. Mesmo no momento em que eu, infelizmente, comecei a fazer minhas próprias compras. Eu me aproximei do açougue, e antes que eu anunciasse o meu costumeiro pedido, uma mulher que estava ao lado disse: -Eu quero meio quilo de alcatra moído duas vezes. “Duas vezes”... “duas vezes” naturalmente me soou familiar, mas a palavras “alcatra“ me pós e estado de alerta. E comecei a pensar que eu estivesse comendo, por anos, uma carne inferior. Só porque eu nunca tinha averiguado as verdadeiras qualidades de outras carnes. Ou porque estivesse apenas obedecendo a um cego costume imposto a mim, pela minha mulher. Como, aliás muitas outras coisas, das quais nunca consegui me livrar. Talvez eu devesse pedir alcatra. .. alcatra...
Quando o açougueiro pós no balcão um pedaço de alcatra, eu realmente achei ele mais bonito que o patinho. Pelo menos do que eu me lembrava do patinho. A sucessão dessas pequenas duvidas, sopradas e que vão se infiltrando no meu cérebro, e sobre as quais eu tenho que pensar, e decidir, são odiosas. Como eu falei deixam marcas. Sim, marcas. Eu deixei de ir ao açougue decidir não comer mais carne. Nem patinho, nem alcatra. Nem patinho moído duas vezes nem; alcatra moída duas vezes. Pensando bem, por outro lado, essas pequenas privações não são tão penosas assim. Eu vou me recolhendo para dentro de casa. Vou diminuindo minhas necessidades. Eu tenho agora de achar um meio de diminuir alguns pensamentos. Isso é difícil. Eu gostaria de poder expulsar a meu bel prazer certas ideias certos pensamentos certas lembranças como aquelas que eu relatei a pouco. Mas creio que não temos esse poder. Dentro da minha cabeça parece que algo se move, com vida própria e incontrolável, é esse algo que comanda os pensamentos. Eu tento de alguma forma impor minha vontade, mas é difícil .
Um amigo uma vez mostrou um Picasso a Picasso, que disse "não, é falso". O mesmo amigo o trouxe, de outro fornecedor, outro suposto Picasso. E Picasso disse que também era falso. E outro de outra fonte. "também falso", disse Picasso. "Mas, Pablo", disse o amigo, "Eu o vi pintá-lo com meus próprios olhos. ". Ao que Picasso disse, "Eu também posso pintar falsos Picassos tão bem quanto os outros".
Treze Dias que Abalaram o Mundo
3.5 89 Assista AgoraExiste algum filme sobre esse evento com a perspectiva Soviética?
Vidas Passadas
4.2 727Tô triste agora. :,(
Pleasantville: A Vida em Preto e Branco
4.1 382 Assista Agorahomem-aranha no wandavisão? o multiverso foi longe demais.
Cafarnaum
4.6 673Não tem uma assistente social nessa cidade?!! nenhum CRAS ou CREAS?!!
Jogos de Guerra
3.5 89Ninguém pensou em tirar o computador da tomada?
La Vingança
3.2 81Já viu o Messi fazendo uma tabuada??
Carros Usados
3.2 33Gostei muito do filme por toda a estética dos anos 70. O roteiro, no entanto, é tão surreal que me fez rir:
Boicotar a transmissão do discurso presidencial, tá ok; exibir cenas de nudez na TV, tá ok; fazer um show de striptease aberto à crianças, tá ok também; mas se vc fala que tem uma "milha de carros" ai é demais, aí não pode, ai é uma questão de policia.
Homem-Formiga
3.7 2,0KCuriosidade: O vilão desse filme é o dono da Havan.
Não
4.2 472 Assista Agora#elenão
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0KTa aí um filme que me prendeu.
Só não prendeu mesmo a porra do bandido!
A Forma da Água
3.9 2,7Ké tipo um "pequena sereia" ao contrario.
Incêndios
4.5 1,9KDOIDERRAAAAAAAAA
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraGostei. Mas pena que não apareceu Capitão Kirk e o Spok
Mãe!
4.0 3,9KNão entendi nada. 5 estrela!
A Rede
3.1 202 Assista AgoraNão sei o que passava pela cabeça das pessoas nos 90, mas acho engraçado como em todos os filmes daquela época, o truque para fazer parecer que alguém entendia de informática, era encher a telas dos computadores de elementos gráficos. Hoje, no cinema, quando aparece um ‘hacker’, só mostram ele teclando em frente de uma tela cheia de códigos.
Não quer dizer nada mas eu sempre reparo isso. rs
Esse filme podia ser ainda melhor se não tivesse aquelas duas cenas improváveis:
1 - A cena dela saindo da delegacia, e depois de horas dirigindo, bate num carro que estava estacionado, onde justamente estava o seu perseguidor!
2 - A cena em que ela, correndo no meio da noite, encontra de modo muito conveniente uma passeata pedindo mais verba para a saúde!
É tão absurdo que achei engraçado.
Universidade Monstros
3.9 1,8KEsse filme é muito realista, me lembrou muito minha graduação.
Nise: O Coração da Loucura
4.3 656"Jung também é machista!"
Gente que filme foda, chorei sim, do começo ao fim.
Nise foi um mulherão da porra!
A Rosa Púrpura do Cairo
4.1 591A vida real tem péssimos roteiristas.
Se é que ela tem roteiristas. rs
O Lagosta
3.8 1,4KJá cavou a sua cova?
Solo
4.1 9Vivo sendo questionado, interceptado, interrompido, no que eu estou pensando. Isso me desequilibra constantemente.
Agora a pouco no supermercado, eu estava entrando. Pensando algo incerto, sobre alguma coisa que precisava decidir se comprava ou não, evidentemente angustiado pela dúvida. Eu estava concentrado nisso. Ai fui abordado, sem nenhuma cerimônia, por uma jovem que me estendeu uma folha de papel e um folheto.
Ela disse:
- o senhor já sabe da nossa promoção?
É claro que eu não sabia. Fiquei na dúvida se dizia que sim, conhecia, e me meter numa armadilha maior; ou confessar que não conhecia, coisa que certamente lhe levaria a explicar a promoção.
Disse que não sabia, e ela começou a explicar a promoção. Me deu a folha em que estavam os produtos da promoção (os quais nenhum me interessava), estendeu o folheto, e disse que concorrendo na promoção eu poderia ganhar uma viagem para Bahamas. Isso me tomou uns minutos, e me deixou levemente apreensivo com a possibilidade de ganhar.
Já me via hesitando entre ir ou não ir para Bahamas. Considerando que não havia nenhum motivo na terra me impelisse para Bahamas.
Então, já entrei no supermercado levemente alterado. Alterado, alterado, bom, digamos: alterado. Fui direto ao açougue do supermercado.
Durante todo o tempo que estive casado eu acompanhei minha mulher em açougues e supermercados, e tinha ouvido sempre ela pedir:
-meio quilo de patinho moído duas vezes.
Eu nunca entendi porque ela pedia para moer duas vezes. Mas eu continuei, contudo, a fazer esse mesmo pedido. Mesmo no momento em que eu, infelizmente, comecei a fazer minhas próprias compras.
Eu me aproximei do açougue, e antes que eu anunciasse o meu costumeiro pedido, uma mulher que estava ao lado disse:
-Eu quero meio quilo de alcatra moído duas vezes.
“Duas vezes”... “duas vezes” naturalmente me soou familiar, mas a palavras “alcatra“ me pós e estado de alerta. E comecei a pensar que eu estivesse comendo, por anos, uma carne inferior. Só porque eu nunca tinha averiguado as verdadeiras qualidades de outras carnes. Ou porque estivesse apenas obedecendo a um cego costume imposto a mim, pela minha mulher. Como, aliás muitas outras coisas, das quais nunca consegui me livrar.
Talvez eu devesse pedir alcatra. .. alcatra...
Quando o açougueiro pós no balcão um pedaço de alcatra, eu realmente achei ele mais bonito que o patinho. Pelo menos do que eu me lembrava do patinho. A sucessão dessas pequenas duvidas, sopradas e que vão se infiltrando no meu cérebro, e sobre as quais eu tenho que pensar, e decidir, são odiosas. Como eu falei deixam marcas. Sim, marcas.
Eu deixei de ir ao açougue decidir não comer mais carne. Nem patinho, nem alcatra. Nem patinho moído duas vezes nem; alcatra moída duas vezes. Pensando bem, por outro lado, essas pequenas privações não são tão penosas assim. Eu vou me recolhendo para dentro de casa. Vou diminuindo minhas necessidades. Eu tenho agora de achar um meio de diminuir alguns pensamentos. Isso é difícil.
Eu gostaria de poder expulsar a meu bel prazer certas ideias certos pensamentos certas lembranças como aquelas que eu relatei a pouco. Mas creio que não temos esse poder. Dentro da minha cabeça parece que algo se move, com vida própria e incontrolável, é esse algo que comanda os pensamentos. Eu tento de alguma forma impor minha vontade, mas é difícil .
Um Assaltante Bem Trapalhão
3.7 93"Fiquei apaixonado por ela. Sei lá, após 15 minutos já queria casar com ela e após meia hora abandonei a ideia de roubar-lhe a bolsa."
Verdades e Mentiras
4.2 69Um amigo uma vez mostrou um Picasso a Picasso, que disse "não, é falso".
O mesmo amigo o trouxe, de outro fornecedor, outro suposto Picasso. E Picasso disse que também era falso. E outro de outra fonte. "também falso", disse Picasso.
"Mas, Pablo", disse o amigo, "Eu o vi pintá-lo com meus próprios olhos. ". Ao que Picasso disse, "Eu também posso pintar falsos Picassos tão bem quanto os outros".
À Beira do Abismo
3.8 106Bogart era demais !
Ninguém trancava o carro em 1946?
A Entrevista
3.1 1,0K"-Foi um presente para o meu avô de Stalin.
-No meu país é pronunciado"Stallone.""