O Harmony Korine levou o white trash pra um nível completamente novo. O mal-estar que provoca na gente, o excesso de tudo (inclusive, na intensidade das cores), o vazio dessa vontade de "ser feliz", do "sonho americano", que se traduz apenas por transgressões cegas. O filme é uma obra de arte e condiz muito com o resto do trampo do Harmony Korine, a acidez da crítica à sociedade americana, embora nem sempre seja evidente para quem assiste. Muito legal o contraste da narrativa sonhadora, existencialista, com as imagens violentas (em vários sentidos) das garotas: "nós nos encontramos aqui", "as pessoas são muito carinhosas", "as pessoas são como nós aqui", "está sendo tudo muito bonito" etc.
É difícil adorar um negócio pesado desse, mas é essa a ideia, né?
O filme é ótimo! Gostei muito de como naturaliza o sobrenatural, de como o vampirismo da garota se mescla com o ambiente, de alguma forma. Ou melhor dizendo, a impressão que me ficou - sem querer fazer interpretações de botequim - é que o filme quer realçar a anormalidade desse contexto em que a garota está inserida e não, o fato de ela própria "não ser desse mundo".
Achei o texto muito fraco pra uma proposta tão interessante! A Emma Stone tá o maior pãozinho sem sal. Dos filmes mais recentes do Woody Allen é um dos mais fracos que eu vi, o tempo não passava. Apesar do tema um pouco datado, eu tinha uma expectativa boa do filme. Deu uma frustraçãozinha... ):
Achei fraquíssimo! O roteiro deixa muito a desejar! Não se aprofunda nem nas ideias e nem na poesia do Neruda, nem no contexto político chileno, nem mesmo nos Andes - o que poderia dar algum refresco, ao menos, estético! Desnecessária a própria existência do filme. E, sinceramente, uma grande pena tendo em vista a importância e força da poesia de Neruda.
Gostei muito da fotografia minimalista e delicada do filme. Kumiko é uma heroína outsider, tentando (e conseguindo) transcender o chatice das convenções sociais com a ingenuidade necessária. Muito massa! (aliás, foi um incentivo a eu finalmente sentar a bunda e assistir "Fargo". haha!)
Acredito estar digerindo esse filme até agora, mesmo depois de algumas semanas. É o primeiro filme do Michael Haneke que eu assisto e estou muitíssimo impressionada. É um filme bem difícil de gostar, mas acho que ele cumpre seu papel ao nos perturbar, ao nos tirar da nossa zona de conforto. Não é esse o dever da arte, atualmente?? Quero, em um momento posterior, acompanhar o resto da obra do Haneke. Fiquei genuinamente intrigada. E recomendo para pessoas corajosas, sem medo de desbravar aquilo que não entendem.
Poxa, fiquei satisfeita de topar com esse filme, justamente por ele ser enigmático. As sinopses não dão conta! É um filme sobre...cinema! Eu fiquei muito tocada com a ideia e achei incrível a maneira com que Leos Carax a desenvolveu. Muito bacana certa interrogação sobre o para quê/por que fazer arte que (eu achei) permeia o filme inteiro. Temos a pergunta de um homem que rola no meio do filme ao ator, "por que você ainda trabalha?" e o mesmo responde: "Pela beleza do gesto!".
Achei o filme bem bacana e acho que, não por acaso, a temática do jovem de 20 e poucos anos meio perdido no mundo tem aparecido em tantos e tantos filmes, recentemente. Parece que o excesso de possibilidades do mundo pós-industrial, conduz a esse estado que muitos estão descrevendo como "apatia", nos comentários relacionados a este filme. Mas não li como apatia, o estado de Niko. Ele me parece mais é paralisado, hesitante. Uma angústia meio surda. O diálogo com o pai deixa isso bem evidente, na minha opinião. Gostei da trilha, da fotografia, da despretensão, dos pequenos infortúnios do dia-a-dia tratados com humor. É mais um retrato dessa geração (a nossa), fácil de se identificar e se deixar tocar, sem dramas.
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraO Harmony Korine levou o white trash pra um nível completamente novo. O mal-estar que provoca na gente, o excesso de tudo (inclusive, na intensidade das cores), o vazio dessa vontade de "ser feliz", do "sonho americano", que se traduz apenas por transgressões cegas. O filme é uma obra de arte e condiz muito com o resto do trampo do Harmony Korine, a acidez da crítica à sociedade americana, embora nem sempre seja evidente para quem assiste. Muito legal o contraste da narrativa sonhadora, existencialista, com as imagens violentas (em vários sentidos) das garotas: "nós nos encontramos aqui", "as pessoas são muito carinhosas", "as pessoas são como nós aqui", "está sendo tudo muito bonito" etc.
É difícil adorar um negócio pesado desse, mas é essa a ideia, né?
Garota Sombria Caminha Pela Noite
3.7 343 Assista AgoraO filme é ótimo! Gostei muito de como naturaliza o sobrenatural, de como o vampirismo da garota se mescla com o ambiente, de alguma forma. Ou melhor dizendo, a impressão que me ficou - sem querer fazer interpretações de botequim - é que o filme quer realçar a anormalidade desse contexto em que a garota está inserida e não, o fato de ela própria "não ser desse mundo".
Valeu o meu tempo! (:
O Homem Irracional
3.5 555 Assista AgoraAchei o texto muito fraco pra uma proposta tão interessante! A Emma Stone tá o maior pãozinho sem sal. Dos filmes mais recentes do Woody Allen é um dos mais fracos que eu vi, o tempo não passava.
Apesar do tema um pouco datado, eu tinha uma expectativa boa do filme. Deu uma frustraçãozinha... ):
Neruda
2.5 8 Assista AgoraAchei fraquíssimo! O roteiro deixa muito a desejar! Não se aprofunda nem nas ideias e nem na poesia do Neruda, nem no contexto político chileno, nem mesmo nos Andes - o que poderia dar algum refresco, ao menos, estético! Desnecessária a própria existência do filme. E, sinceramente, uma grande pena tendo em vista a importância e força da poesia de Neruda.
Kumiko, a Caçadora de Tesouros
3.6 62Gostei muito da fotografia minimalista e delicada do filme.
Kumiko é uma heroína outsider, tentando (e conseguindo) transcender o chatice das convenções sociais com a ingenuidade necessária.
Muito massa!
(aliás, foi um incentivo a eu finalmente sentar a bunda e assistir "Fargo". haha!)
A Professora de Piano
4.0 686 Assista AgoraAcredito estar digerindo esse filme até agora, mesmo depois de algumas semanas.
É o primeiro filme do Michael Haneke que eu assisto e estou muitíssimo impressionada.
É um filme bem difícil de gostar, mas acho que ele cumpre seu papel ao nos perturbar, ao nos tirar da nossa zona de conforto. Não é esse o dever da arte, atualmente??
Quero, em um momento posterior, acompanhar o resto da obra do Haneke. Fiquei genuinamente intrigada. E recomendo para pessoas corajosas, sem medo de desbravar aquilo que não entendem.
Holy Motors
3.9 651Poxa, fiquei satisfeita de topar com esse filme, justamente por ele ser enigmático. As sinopses não dão conta! É um filme sobre...cinema! Eu fiquei muito tocada com a ideia e achei incrível a maneira com que Leos Carax a desenvolveu.
Muito bacana certa interrogação sobre o para quê/por que fazer arte que (eu achei) permeia o filme inteiro. Temos a pergunta de um homem que rola no meio do filme ao ator, "por que você ainda trabalha?" e o mesmo responde: "Pela beleza do gesto!".
Adorei!
Oslo, 31 de Agosto
3.9 194Fotografia linda, roteiro incrível. Um belo filme sobre o vazio.
Oh Boy
3.7 92Achei o filme bem bacana e acho que, não por acaso, a temática do jovem de 20 e poucos anos meio perdido no mundo tem aparecido em tantos e tantos filmes, recentemente. Parece que o excesso de possibilidades do mundo pós-industrial, conduz a esse estado que muitos estão descrevendo como "apatia", nos comentários relacionados a este filme. Mas não li como apatia, o estado de Niko. Ele me parece mais é paralisado, hesitante. Uma angústia meio surda.
O diálogo com o pai deixa isso bem evidente, na minha opinião.
Gostei da trilha, da fotografia, da despretensão, dos pequenos infortúnios do dia-a-dia tratados com humor. É mais um retrato dessa geração (a nossa), fácil de se identificar e se deixar tocar, sem dramas.