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Últimas opiniões enviadas

  • Victor Ferreira

    Além da associação óbvia que os fãs de terror podem fazer, mesmo inconscientemente, com "A Freira" (embora este não seja um filme sobre demônios), ainda é uma cópia de "O Bebê de Rosemary" com o "Suspiria" do Guadagnino, que reaproveita até mesmo ideias menores de filmes de terror muito superiores, como “O Iluminado”. Ou seja, é um projeto pouco original, que felizmente conta com uma atuação dedicada de Sidney Sweeney e uma cinematografia atmosférica interessante que ajuda a manter o interesse até o fim... mas não é nada memorável. Até as “surpresas” são óbvias demais, como toda a sequência que antecede a perseguição a céu aberto, e diversas atitudes dos personagens simplesmente não convencem... Além disso, depois de todo o marketing investido pelo estúdio, eu esperava um filme MUITO mais profano que esse... e por mais que o roteiro queira mostrar o quão estúpida pode ser a motivação de certos grupos que usam a religião justificar suas próprias atrocidades, eu esperava um pretexto menos preguiçoso (e mais crível também).

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  • Victor Ferreira

    Pesaroso e difícil com poucos. A lentidão, que incomodou muita gente, é totalmente proposital, como se ela obrigasse o espectador a viver aquela realidade desconfortável (e o desconforto é gritante), já sabendo de antemão tudo o que se passa ao redor da residência, sem que ele precisasse, de fato, ver o que acontece. Porém, o público a escuta o tempo todo, ao mesmo passo em que aquela família se mostra determinada a agir com completa naturalidade e indiferença em relação ao que acontece do lado de fora do muro.

    Em tese, este é um filme de terror, contando com uma trilha sonora fantasmagórica, vários planos escuros (até mesmo com minutos de completa escuridão) e cortes que obrigam o público a encarar a realidade como ela é, pois esta ideia artificial de família perfeita com uma raça "perfeita" é estruturalmente frágil, e se mostra prestes a explodir a qualquer momento. Por isso, a direção é esperta ao incluir momentos onde a representação dessa vulnerabilidade se objetifica, como naquele em que vemos uma flor vermelha em plano detalhe.

    Assim como em “A Queda - As Últimas Horas de Hitler” ou em "Soft & Quiet", humanizar os vilões faz com que eles se pareçam ser ainda mais assustadores, já que fica claro que, em essência, não são nada além de pessoas como qualquer um de nós, que convivem ao nosso redor, e que podem estar até em nossa própria vizinhança. É uma ideia palpável, e, como ainda ocorre com aqueles que se identificam com os ideais nazistas, retrata a vida contida de pessoas que escondem suas verdadeiras identidades no fundo de seus corações.

    Dessa forma, é um filme extremamente relevante no contexto contemporâneo, pois estabelece naquela família um tipo de espelho, que está lá para inflamar no próprio público uma resposta sobre a forma em que ele encara o filme. É mesmo tão “parado” e "entediante" como dizem ser, ou aconteceu muita coisa durante a projeção? Você se sentiu inquieto assistindo, se compadeceu diante daquela monstruosidade ou tudo não passa de uma experiência entediante, tal qual a vida daqueles arianos aparenta ser? A forma como cada indivíduo enxerga este trabalho diz mais sobre ele próprio do que sobre o filme em si.

    Em termos de autoria, tem muito ali que já é perceptível dos trabalhos anteriores do Jonathan Glazer, nos quais o desconforto também havia sido usado como base, e toda a direção de arte é milimetricamente preciso e construída, reforçando a ideia de perfeição que a família Höss quer vender. Contudo, o diretor se mostra otimista pelo futuro da humanidade e expressa isso através da figura de uma das filhas do casal, que se esgueira até os campos de concentração durante a madrugada para tentar fazer com que a vida dos prisioneiros seja um pouco menos dolorosa.

    Infelizmente, eu não sou tão otimista assim e fico profundamente triste ao perceber que os discursos de ódio tem retomado cada vez mais espaço nos dias atuais, e que aqueles que os projetam não tenham medo de se expor. Por essa razão, ainda que o filme retrate o comandante descendo por degraus escuros e sombrios como forma de representar a morte do nazismo, infelizmente eu não consigo ver isso acontecendo tão cedo outra vez. Ainda assim, é um otimismo necessário, capaz de inspirar e dar forças àqueles mais românticos e esperançosos.

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  • Victor Ferreira

    O João Pedro Rodrigues é um dos diretores mais pretensiosos que me vem à memória e eu me recuso a assistir qualquer outra coisa que ele fizer. Quando o número musical na floresta chegou ao fim, pensei: se esse filme tocar "Uma Árvore, Um Amigo" de novo, vou dar um tiro na minha cara. E foi exatamente a música escolhida pros créditos. Então é isso, lá vou eu.

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