Muitos de nós assistimos "A Bela e A Fera" quando crianças e nunca nos demos a chance de aproveitá-lo como o belíssimo romance que é.
Primeira animação a ser indicada ao Oscar de melhor filme, não subestima a capacidade das crianças de compreender uma história mais elaborada, tornando o filme igualmente agradável para os adultos que se aventuram pelo mundo dos estúdios Disney.
Deixando de lado a mensagem fácil sobre aparências, temos a chance de ver duas pessoas se questionando sobre suas crenças e hábitos, aprendendo a aceitar as imperfeições do outro e buscando superar suas limitações e inseguranças dia após dia.
Os números musicais dão o tom perfeito às cenas engraçadas e magia ao romance. Confesso que prefiro ignorar a possível síndrome de Estocolmo que teria levado a Bela a se apaixonar pela Fera, e aproveitar a delicadeza com que a história é contada.
E quem já não estava cansado das princesas que nada tinham na cabeça além da paixão pelo príncipe encantado? Bela renova a imagem das princesas, inspira as pequenas a apreciarem a leitura e os estudos, e transmite a importante lição de que há muito mais a se admirar em uma mulher que apenas a sua aparência.
O único motivador para que eu assistisse "Labor Day" tinha sido a vontade de manter vistos 100% dos filmes do Reitman.
Como de costume em sua filmografia, nada é tão simples e preto e branco. Não tem como definir um padrão de ação para cada pessoa individualmente e, as vezes, o que é considerado imprudente ou impensável se torna exatamente o caminho escolhido por alguém.
Confesso que não sou a maior fã de romances, mas gosto da contradição apresentada aqui, quando aquele que supostamente aprisionaria, liberta, e que pessoas que pouco convivemos podem nos influenciar mais do que aqueles que estiveram em nossas vidas por anos. O roteiro quase passou do limite da verossimilhança, mas não o bastante pra incomodar.
Um bom filme com uma trilha sonora eficiente, que manteve a qualidade dos trabalhos anteriores. Vale a pena continuar acompanhando a carreira desse diretor/roteirista.
Lucas não tinha uma vida extraordinária e não precisava tê-la. Apenas desejava voltar aos trilhos após a perda do emprego e o divórcio. Já estava a ponto de conseguir a guarda do filho adolescente, tinha um novo emprego em uma escolinha local e iniciava um novo relacionamento. Apenas uma vida normal.
Até que uma das crianças com que trabalha, a filha de seu melhor amigo, conta uma pequena mentira e passamos a acompanhar as pessoas de sua cidade tornarem dúvidas em verdades incontestáveis. O julgamento de caráter, a repulsa e a violência se tornam parte do dia a dia de Lucas.
E quem poderia culpar essas pessoas e suas reações? Já se tornou comum ler histórias de abuso sexual por parte de amigos e parentes. Eles não sabem lidar com a situação, mas alguma atitude se faz necessária e a história desse homem mudará completamente a partir desse ponto.
Não há dúvidas, nós conhecemos a história verdadeira o tempo todo, e esse é o motivo de tanta indignação por parte do espectador. Por que ele não simplesmente vai embora? Por que não começar uma vida nova em outro lugar? Por outro lado, por que ele deveria ir, já que nunca esteve errado?
"A Caça" consegue causar um grande incômodo em quem já se perguntou se já foi injusto e tomou conclusões sem ter conhecimento de todos os fatos. Se até o que parece justo e correto pode não o ser, quantas vezes manchamos toda a história de pessoas que apenas buscam viver um dia após o outro?
Ah, a década de 70, além de nos presentear com grandes títulos como "O Poderoso Chefão", "Taxi Driver" e "Star Wars", também foi de extremo bom gosto em suas produções menores. "Ensina-me A Viver" é um desses exemplares quase esquecidos pelo grande público.
Harold e Maude gostam de visitar enterros. O jovem é obcecado com a morte, já tentou o suicídio 15 vezes e se sente aprisionado em uma vida da qual não gosta. Já Maude, uma senhorinha de 79 anos, aproveita a sua vida ao máximo e acredita que a morte faz parte da natureza humana e deve ser celebrada, assim como o nascimento.
Essa comédia (romântica?) trata sobre uma amizade inesperada entre pessoas com perspectivas e histórias de vida tão diferentes, e é exatamente esse o ponto que os une: a curiosidade pelo diferente.
A trilha sonora é inteira do Cat Stevens e é daquelas que ficam na cabeça por semanas. É a cereja do bolo que te faz sentir bem enquanto assiste ao filme.
Mesmo com personagens tão caricatos e desenrolar um tanto previsível, "Ensina-me a Viver" diverte e ainda consegue deixar uma ou outra reflexão sobre a forma como vivemos.
4 vezes. Me apaixonei por esse filme em cada uma das 4 vezes que o assisti. Longe de ser um filme fácil, tem uma estrutura incomum e roteiro similar a uma colcha de retalhos, ora usando elementos científicos, ora filosóficos. É muitas vezes considerado pretensioso e pode render boas horas de discussão.
Pelos olhos desta fã, Mr. Nobody esse filme é feito de detalhes e sutileza. Realizado com uma cuidadosa complexidade e cenas visualmente deslumbrantes, milimetricamente pensadas para encantar. Cada sensação vivenciada na tela é um deleite e quase nos transporta pra'quela realidade, sendo complementado por uma trilha muito presente que auxilia a imersão.
Divago, voltemos ao básico, tentarei apresentar o argumento: Próximo a seu aniversário de 118 anos, Nemo Nobody conta a história de suas vidas - assim mesmo, no plural. A história de cada possibilidade vivida a partir de suas escolhas, as características boas e nem tão boas de cada decisão.
A base de Mr Nobody é o acaso, o destino, as decisões, a superstição. a ciência, a tragédia, a aventura, o romance. É possível que alguns só se atenham ao que se relaciona a suas próprias características. Houve momentos em que o encarei como um filme depressivo, em outros como um mundo cheio de caminhos igualmente interessantes.
É fonte de inspiração - "Life is a playground or nothing" - e é peso para se afundar quando tudo está ruim -"I don't dare to move, I don't live, whatever I do is a disaster". É esperança e confiança nas suas experiências - "Everything could've been anything else and it would have just as much meaning" e também é exatamente o contrário "I've done everything to reach this point and now that I'm here, I'm fucking bored".
Minha experiência me mostrou que não é um filme pra todos, e que é preciso se desprender de estruturas e limitações ao assisti-lo. Com certeza merece uma chance, e como não dá pra falar tanto por aqui, estou sempre disponível pra trocar uma ideia sobre as diversas interpretações que inevitavelmente surgem aos olhos mais atentos.
É provável que essa história não acontecesse caso os protagonistas se conhecessem em outra situação. Na verdade, é provável que eles nem se encontrassem, e perderíamos a chance de testemunhar esses momentos tão especiais.
Em momentos completamente diferentes de suas vidas reconheceram-se incompletos e perdidos, e encontraram um no outro alguém pra dividir seus medos e entender um pouco mais o lugar que estavam ao passo que buscavam entender um pouco mais sobre si mesmos, brincando ao redor da sensível linha entre a amizade e o amor.
Aliás, foi um pouco difícil encontrar uma definição pra toda essa mistura de sentimentos. Dizer que foi uma paixão passageira me parece tão raso diante aquele carinho e cumplicidade. O abraço apertado próximo ao fim, o sussurro, o acalentar, o olhar, o sorriso, as lágrimas, o último adeus me fizeram sofrer como sofreria ao ver se desfazendo um sonho que nunca poderei viver novamente.
Sofia Coppola conseguiu mostrar muito bem como é estar em um lugar desconhecido (inclusive interiormente) e como as vezes esse é exatamente o motivo que nos permite ser surpreendidos de uma forma maravilhosa. Sofia faz com que Bob e Charlotte transformem um roteiro relativamente simples em uma história sobre como o "sentir" nunca é banal.
Claire Danes atuando como eu nunca acreditei que poderia: inspirada, iluminada e tão tão carismática. David Strathairn consegue passar tanto carinho e conforto com o olhar que me emociona. Além disso as escolhas de Mick Jackson na direção e a edição na primeira metade do filme tiveram um papel crucial em nos mostrar como Temple enxerga e entende o mundo.
Poucos filmes conseguem me deixar feliz, completa ou - como eu e meus amigos costumamos dizer - infinita. Temple Grandin definitivamente é um desses.
O Oscar é, sem sombra de dúvidas, a premiação mais conhecida pelo grande público ocidental quando o assunto é cinema. Muitas pessoas escolhem os filmes que irão assistir e inclusive percebem e avaliam filmes de forma diferente dependendo do parecer da Academia.
Isto posto, meu maior questionamento é: como uma premiação com tamanha influência e responsabilidade sobre a opinião do grande público escolhe "O Lado Bom da Vida" como um dos grandes indicados da temporada enquanto "O Mestre" recebe apenas três tímidas indicações para suas atuações?
Não tiro alguns dos méritos do filme de David O. Russell, mas é óbvio o quanto a presença do nome Weinstein entre os produtores tem a sua parcela de culpa nessa discrepância. Mas onde está o senso desses profissionais que supostamente deveriam indicar os melhores filmes em determinada categoria?
"O Mestre" é sem dúvida uma das melhores realizações da temporada passada, Paul Thomas Anderson consegue nos apresentar pessoas e suas relações de uma forma intrigante e muito verdadeira, enquanto Joaquim Phoenix e Philip Seymour Hoffman dão o tom exato a seus personagens.
A falta de reconhecimento a esse grande filme é realmente digna de pena e vergonha.
Há pouco mais de 1 ano escrevi um pequeno texto sobre meu filme favorito. Acabei de assisti-lo novamente e preciso pensar em algo melhor pra escrever porque minha tentativa anterior não faz jus às qualidades e muito menos fala sobre os fatores que realmente constroem a história do Nemo. Enquanto a inspiração não vem vou replicar o comentário.
~*~
Não tem como não se emocionar (novamente) com a beleza desse filme. Cada cena parece ter sido milimetricamente cuidada para nos encantar. Cada sensação, tão real na tela, nos faz sentir como participantes daquela realidade. Adoro a ideia de que não são as escolhas que fazemos e suas consequências que fazem com que a decisão seja acertada, mas a experiência vivida, não importando se positiva ou negativa. Quando a experiência é o que tem valor, de nada adianta saber onde as diferentes possibilidades vão nos levar, pois todos os caminhos são certos têm a mesma importância e a escolha se torna impossível. Recomendadíssimo. 5* e favoritado.
Os filmes quase sempre são a melhor forma que encontro para entender a vida.
Hoje pude perceber - mais que nunca - o quanto as pessoas que convivemos, os momentos e lembranças que construímos se transformam no que chamamos de vida. Esses mesmos componentes podem nos deixar tão secos quanto o deserto, ou tão fluidos quanto o oceano. Depende apenas do papel que atuamos nessa equação.
Assistindo a esse filme pude viver memórias que nunca tive e reviver as minhas próprias, reconheci a importância de cada momento independente de os julgar bons ou ruins, e me sinto um pouco mais encontrada nesse universo imenso em que vivemos.
Não é dos mais fáceis mas é, ainda assim, um bom filme.
Acho que acabei de ver o melhor filme que o Woody Allen já fez.
Ainda não sei se o que eu gostei mais foi a construção do protagonista e como ele se enrola cada vez mais e mais na teia de aranha que a vida dele está se transformando; ou a trilha sonora que com certeza ouvirei mais algumas vezes; ou os diálogos recheados com as impressões de Woody sobre quanto a vida pode ser trágica e surpreendente; ou ainda a reviravolta no roteiro com toda a tensão e expectativa sobre o que realmente irá acontecer, ao passo que é bem difícil decidir por qual final iremos torcer.
Poderia escrever muitos parágrafos sobre esse maravilhoso filme, mas me contentarei em dizer que todos os pontos mencionados são muito bem explorados e nos presenteiam com um filme muito divertido, previsível as vezes mas ainda assim bem pensado. Já entrou pra lista de favoritos.
Hoje assisti ao filme 360 e fiquei um pouquinho triste pelo roteiro ser tão raso.Queria mesmo conhecer um pouco mais o Michael, o Sergei, o John. Principalmente o John. Por outro lado, Fernando Meirelles deu seu show (como já esperado) mantendo seu lugar na minha lista de honra. Filme muito bonito de se ver.
Um dos filmes mais emocionantes que assisti esse ano. Eu não conhecia o trabalho do Ryan além de "The Notebook" e me surpreendi com o quanto ele e Michelle estão espetaculares. O roteiro e a proximidade e movimentação da câmera são um agrado a mais nesse filme maravilhoso. Não consegui resistir à cena final seguida pelos créditos, principalmente pelo "som de fundo", e deixei as lágrimas cairem. Recomendadíssimo.
Não tem como não se emocionar (novamente) com a beleza desse filme. Cada cena parece ter sido milimetricamente cuidada para nos encantar. Cada sensação, tão real na tela, nos faz sentir como participantes daquela realidade.
Adoro a idéia de que não são as escolhas que fazemos e suas consequências que fazem com que a decisão seja acertada, mas a experiência vivida, não importando se positiva ou negativa. Quando a experiência é o que tem valor, de nada adianta saber onde as diferentes possibilidades vão nos levar, pois todos os caminhos são certos têm a mesma importância e a escolha se torna impossível.
A Bela e a Fera
4.1 1,1K Assista AgoraMuitos de nós assistimos "A Bela e A Fera" quando crianças e nunca nos demos a chance de aproveitá-lo como o belíssimo romance que é.
Primeira animação a ser indicada ao Oscar de melhor filme, não subestima a capacidade das crianças de compreender uma história mais elaborada, tornando o filme igualmente agradável para os adultos que se aventuram pelo mundo dos estúdios Disney.
Deixando de lado a mensagem fácil sobre aparências, temos a chance de ver duas pessoas se questionando sobre suas crenças e hábitos, aprendendo a aceitar as imperfeições do outro e buscando superar suas limitações e inseguranças dia após dia.
Os números musicais dão o tom perfeito às cenas engraçadas e magia ao romance. Confesso que prefiro ignorar a possível síndrome de Estocolmo que teria levado a Bela a se apaixonar pela Fera, e aproveitar a delicadeza com que a história é contada.
E quem já não estava cansado das princesas que nada tinham na cabeça além da paixão pelo príncipe encantado? Bela renova a imagem das princesas, inspira as pequenas a apreciarem a leitura e os estudos, e transmite a importante lição de que há muito mais a se admirar em uma mulher que apenas a sua aparência.
Refém da Paixão
3.7 504O único motivador para que eu assistisse "Labor Day" tinha sido a vontade de manter vistos 100% dos filmes do Reitman.
Como de costume em sua filmografia, nada é tão simples e preto e branco. Não tem como definir um padrão de ação para cada pessoa individualmente e, as vezes, o que é considerado imprudente ou impensável se torna exatamente o caminho escolhido por alguém.
Confesso que não sou a maior fã de romances, mas gosto da contradição apresentada aqui, quando aquele que supostamente aprisionaria, liberta, e que pessoas que pouco convivemos podem nos influenciar mais do que aqueles que estiveram em nossas vidas por anos. O roteiro quase passou do limite da verossimilhança, mas não o bastante pra incomodar.
Um bom filme com uma trilha sonora eficiente, que manteve a qualidade dos trabalhos anteriores. Vale a pena continuar acompanhando a carreira desse diretor/roteirista.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraLucas não tinha uma vida extraordinária e não precisava tê-la. Apenas desejava voltar aos trilhos após a perda do emprego e o divórcio. Já estava a ponto de conseguir a guarda do filho adolescente, tinha um novo emprego em uma escolinha local e iniciava um novo relacionamento. Apenas uma vida normal.
Até que uma das crianças com que trabalha, a filha de seu melhor amigo, conta uma pequena mentira e passamos a acompanhar as pessoas de sua cidade tornarem dúvidas em verdades incontestáveis. O julgamento de caráter, a repulsa e a violência se tornam parte do dia a dia de Lucas.
E quem poderia culpar essas pessoas e suas reações? Já se tornou comum ler histórias de abuso sexual por parte de amigos e parentes. Eles não sabem lidar com a situação, mas alguma atitude se faz necessária e a história desse homem mudará completamente a partir desse ponto.
Não há dúvidas, nós conhecemos a história verdadeira o tempo todo, e esse é o motivo de tanta indignação por parte do espectador. Por que ele não simplesmente vai embora? Por que não começar uma vida nova em outro lugar? Por outro lado, por que ele deveria ir, já que nunca esteve errado?
"A Caça" consegue causar um grande incômodo em quem já se perguntou se já foi injusto e tomou conclusões sem ter conhecimento de todos os fatos. Se até o que parece justo e correto pode não o ser, quantas vezes manchamos toda a história de pessoas que apenas buscam viver um dia após o outro?
Ensina-me a Viver
4.3 873 Assista AgoraAh, a década de 70, além de nos presentear com grandes títulos como "O Poderoso Chefão", "Taxi Driver" e "Star Wars", também foi de extremo bom gosto em suas produções menores. "Ensina-me A Viver" é um desses exemplares quase esquecidos pelo grande público.
Harold e Maude gostam de visitar enterros. O jovem é obcecado com a morte, já tentou o suicídio 15 vezes e se sente aprisionado em uma vida da qual não gosta. Já Maude, uma senhorinha de 79 anos, aproveita a sua vida ao máximo e acredita que a morte faz parte da natureza humana e deve ser celebrada, assim como o nascimento.
Essa comédia (romântica?) trata sobre uma amizade inesperada entre pessoas com perspectivas e histórias de vida tão diferentes, e é exatamente esse o ponto que os une: a curiosidade pelo diferente.
A trilha sonora é inteira do Cat Stevens e é daquelas que ficam na cabeça por semanas. É a cereja do bolo que te faz sentir bem enquanto assiste ao filme.
Mesmo com personagens tão caricatos e desenrolar um tanto previsível, "Ensina-me a Viver" diverte e ainda consegue deixar uma ou outra reflexão sobre a forma como vivemos.
Sr. Ninguém
4.3 2,7K4 vezes. Me apaixonei por esse filme em cada uma das 4 vezes que o assisti.
Longe de ser um filme fácil, tem uma estrutura incomum e roteiro similar a uma colcha de retalhos, ora usando elementos científicos, ora filosóficos. É muitas vezes considerado pretensioso e pode render boas horas de discussão.
Pelos olhos desta fã, Mr. Nobody esse filme é feito de detalhes e sutileza. Realizado com uma cuidadosa complexidade e cenas visualmente deslumbrantes, milimetricamente pensadas para encantar. Cada sensação vivenciada na tela é um deleite e quase nos transporta pra'quela realidade, sendo complementado por uma trilha muito presente que auxilia a imersão.
Divago, voltemos ao básico, tentarei apresentar o argumento:
Próximo a seu aniversário de 118 anos, Nemo Nobody conta a história de suas vidas - assim mesmo, no plural. A história de cada possibilidade vivida a partir de suas escolhas, as características boas e nem tão boas de cada decisão.
A base de Mr Nobody é o acaso, o destino, as decisões, a superstição. a ciência, a tragédia, a aventura, o romance. É possível que alguns só se atenham ao que se relaciona a suas próprias características. Houve momentos em que o encarei como um filme depressivo, em outros como um mundo cheio de caminhos igualmente interessantes.
É fonte de inspiração - "Life is a playground or nothing" - e é peso para se afundar quando tudo está ruim -"I don't dare to move, I don't live, whatever I do is a disaster". É esperança e confiança nas suas experiências - "Everything could've been anything else and it would have just as much meaning" e também é exatamente o contrário "I've done everything to reach this point and now that I'm here, I'm fucking bored".
Minha experiência me mostrou que não é um filme pra todos, e que é preciso se desprender de estruturas e limitações ao assisti-lo. Com certeza merece uma chance, e como não dá pra falar tanto por aqui, estou sempre disponível pra trocar uma ideia sobre as diversas interpretações que inevitavelmente surgem aos olhos mais atentos.
Um Estranho no Ninho
4.4 1,8K Assista AgoraDanny DeVito apenas impagável.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraÉ provável que essa história não acontecesse caso os protagonistas se conhecessem em outra situação. Na verdade, é provável que eles nem se encontrassem, e perderíamos a chance de testemunhar esses momentos tão especiais.
Em momentos completamente diferentes de suas vidas reconheceram-se incompletos e perdidos, e encontraram um no outro alguém pra dividir seus medos e entender um pouco mais o lugar que estavam ao passo que buscavam entender um pouco mais sobre si mesmos, brincando ao redor da sensível linha entre a amizade e o amor.
Aliás, foi um pouco difícil encontrar uma definição pra toda essa mistura de sentimentos. Dizer que foi uma paixão passageira me parece tão raso diante aquele carinho e cumplicidade. O abraço apertado próximo ao fim, o sussurro, o acalentar, o olhar, o sorriso, as lágrimas, o último adeus me fizeram sofrer como sofreria ao ver se desfazendo um sonho que nunca poderei viver novamente.
Sofia Coppola conseguiu mostrar muito bem como é estar em um lugar desconhecido (inclusive interiormente) e como as vezes esse é exatamente o motivo que nos permite ser surpreendidos de uma forma maravilhosa. Sofia faz com que Bob e Charlotte transformem um roteiro relativamente simples em uma história sobre como o "sentir" nunca é banal.
Rio, Eu Te Amo
2.5 481 Assista AgoraTô esperando ha uns 4 anos. --'
Temple Grandin
4.3 336 Assista AgoraPequena Nota Sobre Temple Grandin
Claire Danes atuando como eu nunca acreditei que poderia: inspirada, iluminada e tão tão carismática. David Strathairn consegue passar tanto carinho e conforto com o olhar que me emociona. Além disso as escolhas de Mick Jackson na direção e a edição na primeira metade do filme tiveram um papel crucial em nos mostrar como Temple enxerga e entende o mundo.
Poucos filmes conseguem me deixar feliz, completa ou - como eu e meus amigos costumamos dizer - infinita. Temple Grandin definitivamente é um desses.
"A natureza é cruel, mas nós não precisamos ser"
Um Grande Garoto
3.5 372 Assista AgoraO melhor dos filmes bobinhos que assisti recentemente. Adorei.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraO Oscar é, sem sombra de dúvidas, a premiação mais conhecida pelo grande público ocidental quando o assunto é cinema. Muitas pessoas escolhem os filmes que irão assistir e inclusive percebem e avaliam filmes de forma diferente dependendo do parecer da Academia.
Isto posto, meu maior questionamento é: como uma premiação com tamanha influência e responsabilidade sobre a opinião do grande público escolhe "O Lado Bom da Vida" como um dos grandes indicados da temporada enquanto "O Mestre" recebe apenas três tímidas indicações para suas atuações?
Não tiro alguns dos méritos do filme de David O. Russell, mas é óbvio o quanto a presença do nome Weinstein entre os produtores tem a sua parcela de culpa nessa discrepância. Mas onde está o senso desses profissionais que supostamente deveriam indicar os melhores filmes em determinada categoria?
"O Mestre" é sem dúvida uma das melhores realizações da temporada passada, Paul Thomas Anderson consegue nos apresentar pessoas e suas relações de uma forma intrigante e muito verdadeira, enquanto Joaquim Phoenix e Philip Seymour Hoffman dão o tom exato a seus personagens.
A falta de reconhecimento a esse grande filme é realmente digna de pena e vergonha.
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraPensa em alguém que chorava de soluçar na última cena da revolução. T_T
Sr. Ninguém
4.3 2,7KHá pouco mais de 1 ano escrevi um pequeno texto sobre meu filme favorito. Acabei de assisti-lo novamente e preciso pensar em algo melhor pra escrever porque minha tentativa anterior não faz jus às qualidades e muito menos fala sobre os fatores que realmente constroem a história do Nemo.
Enquanto a inspiração não vem vou replicar o comentário.
~*~
Não tem como não se emocionar (novamente) com a beleza desse filme.
Cada cena parece ter sido milimetricamente cuidada para nos encantar.
Cada sensação, tão real na tela, nos faz sentir como participantes daquela realidade.
Adoro a ideia de que não são as escolhas que fazemos e suas consequências que fazem com que a decisão seja acertada, mas a experiência vivida, não importando se positiva ou negativa.
Quando a experiência é o que tem valor, de nada adianta saber onde as diferentes possibilidades vão nos levar, pois todos os caminhos são certos têm a mesma importância e a escolha se torna impossível.
Recomendadíssimo. 5* e favoritado.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraOs filmes quase sempre são a melhor forma que encontro para entender a vida.
Hoje pude perceber - mais que nunca - o quanto as pessoas que convivemos, os momentos e lembranças que construímos se transformam no que chamamos de vida.
Esses mesmos componentes podem nos deixar tão secos quanto o deserto, ou tão fluidos quanto o oceano. Depende apenas do papel que atuamos nessa equação.
Assistindo a esse filme pude viver memórias que nunca tive e reviver as minhas próprias, reconheci a importância de cada momento independente de os julgar bons ou ruins, e me sinto um pouco mais encontrada nesse universo imenso em que vivemos.
Não é dos mais fáceis mas é, ainda assim, um bom filme.
Ponto Final: Match Point
3.9 1,4K Assista AgoraAcho que acabei de ver o melhor filme que o Woody Allen já fez.
Ainda não sei se o que eu gostei mais foi a construção do protagonista e como ele se enrola cada vez mais e mais na teia de aranha que a vida dele está se transformando;
ou a trilha sonora que com certeza ouvirei mais algumas vezes;
ou os diálogos recheados com as impressões de Woody sobre quanto a vida pode ser trágica e surpreendente;
ou ainda a reviravolta no roteiro com toda a tensão e expectativa sobre o que realmente irá acontecer, ao passo que é bem difícil decidir por qual final iremos torcer.
Poderia escrever muitos parágrafos sobre esse maravilhoso filme, mas me contentarei em dizer que todos os pontos mencionados são muito bem explorados e nos presenteiam com um filme muito divertido, previsível as vezes mas ainda assim bem pensado. Já entrou pra lista de favoritos.
360
3.4 928 Assista Agora"Reading is for dreamers. Poor dreamers."
Hoje assisti ao filme 360 e fiquei um pouquinho triste pelo roteiro ser tão raso.Queria mesmo conhecer um pouco mais o Michael, o Sergei, o John. Principalmente o John.
Por outro lado, Fernando Meirelles deu seu show (como já esperado) mantendo seu lugar na minha lista de honra.
Filme muito bonito de se ver.
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista AgoraUm dos filmes mais emocionantes que assisti esse ano.
Eu não conhecia o trabalho do Ryan além de "The Notebook" e me surpreendi com o quanto ele e Michelle estão espetaculares.
O roteiro e a proximidade e movimentação da câmera são um agrado a mais nesse filme maravilhoso.
Não consegui resistir à cena final seguida pelos créditos, principalmente pelo "som de fundo", e deixei as lágrimas cairem.
Recomendadíssimo.
Sr. Ninguém
4.3 2,7KNão tem como não se emocionar (novamente) com a beleza desse filme.
Cada cena parece ter sido milimetricamente cuidada para nos encantar.
Cada sensação, tão real na tela, nos faz sentir como participantes daquela realidade.
Adoro a idéia de que não são as escolhas que fazemos e suas consequências que fazem com que a decisão seja acertada, mas a experiência vivida, não importando se positiva ou negativa.
Quando a experiência é o que tem valor, de nada adianta saber onde as diferentes possibilidades vão nos levar, pois todos os caminhos são certos têm a mesma importância e a escolha se torna impossível.
Recomendadíssimo. 5* e favoritado.
Ricky
2.8 181As opniões completamente diferentes me deixaram curiosa.
Vai pra lista dos filmes que quero ver.
High School Musical
2.7 780 Assista AgoraAcho fofo <3