Gabriel Henrique

Comecei a assistir por saudades da Julianna, mas fiquei por quanto importante foi e é essa série no mundo atual, principalmente no cenário político brasileiro. Se amar é uma jornada que precisa constantemente de lutas, lutas diárias para ser aceito pela sociedade, mas principalmente e a pior delas por si mesmo. A Ameixa e toda raiva dentro dela incendei inúmeras outras pessoas com raiva a se erguer, ter sua voz, é hora de desafiar as vozes que te dizem o contrário de como você e pode ser a melhor pessoa que esse mundo já conheceu. Infelizmente terá só uma temporada, mas já cumpriu pelo menos para mim seu objetivo.

a animação é muito boa, destaque para o curta que é mostrado antes que conquista pela leveza e mensagem passada, emocionante. Já dos incríveis, Zezé foi perfeito, muito engraçado e fofo. São ótimos todos os personagens, tem muita história a ser trabalhada. E o empoderamento feminino foi um dos melhores que já vi em uma animação, colocar a mulher elástica no primeiro plano fez a continuação superar seu antecessor.

É como se fosse uma valsa rumo ao desconhecido, a cada passo, uma reação angustiante que talvez você nunca saiba de nada, que viverá tropeçando na vida e sucumbindo aos seus erros, a sua falta de coordenação motora, ao anseio por esquecer de tudo e cair na beira do abismo, e que em algum momento perceberá que é tão fácil se perder do que realmente aprender a bailar. Ou talvez só se deva escutar a música e esperar que tudo ganhe sentido.