Um filme que é bem simples no que se propõe a contar, mas aos poucos vamos vendo uma profundida enorme que surge inesperadamente nos diálogos. O filme conta a história de Sandra, que quando está se preparando para voltar ao trabalho depois de ficar afastada devido a depressão, descobre que houve uma votação na qual seus colegas preferiram ter um bônus salarial a manterem-na no emprego. Sandra então, com a ajuda de uma amiga consegue marcar uma nova votação e passa a ir na casa de seus colegas de trabalho para tentar convencê-los de votar na permanência dela, e a partir daí é interessante ver como o filme mostra como as pessoas podem ser cruéis ou solidárias diante da necessidade do outro. A atuação estupenda da Marion Cotillard deixar o filme ainda melhor, desenvolvendo a personagem muito bem, é impressionante como ela consegue mostrar que está lutando com a depressão, e os outros atores também devem ser elogiados, eles conseguem criar personagens amáveis, compreensíveis ou cruéis. Enfim, o filme acaba sendo um estudo de diversos personagens, mesmo sendo curto, que serve para mostrar diferentes pessoas reagindo em uma situação em que lhes é pedido para abrir mão de seus próprios interesses para ajudar outra pessoa. E é muito interessante ver o resultado disso.
Muito interessante a proposta do filme de estudar "O Iluminado". Admito que quando vi "O Iluminado" não gostei do filme e inclusive critiquei a péssima adaptação do livro, mas vendo esse documentário é interessante perceber que cenas que eu pouco liguei podem ter um significado tão grande... ou até mesmo não ter significado nenhum. Um dos participantes fala que perguntam a ele se algumas partes do que ele conta não podiam ser apenas erros de continuidade e há chances de serem. Há certas partes que os participantes podem realmente viajar (onde ele viu o rosto do Kubrick nas nuvens? E eu tenho certeza que aquilo não é um minotauro, apesar de que o que ela diz depois fazer sentido) mas há outras em que realmente podemos ver que o Kubrick quis passar algo, como por exemplo toda a parte do genocídio dos indígenas e a parte ligadas a 1942 e o nazismo e confesso que o cara falando sobre as possíveis dicas deixas pro Kubrick no filme para falar que a missão Apollo 11 na verdade foi gravada por ele, me fizeram quase questionar a veracidade das imagens da NASA. Mas acho que o mais importante é que podem existir diferentes interpretações para diversas cenas (toda a coisa dos indígenas pode ter sido puro acidente), mas um dos participantes diz algo bem interessante no final: "Se pode discutir que o Kubrick tinha alguma ou talvez nenhuma destas ideias em mente, mas todos sabemos pela crítica pós moderna de cinema que o que o autor tenta é somente a metade da história em qualquer tipo de arte, e que esses significados estavam ali independentemente de que o criador da obra tenha sido consciente sobre estes." E é interessante pensar nisso já que pode ser aplicado para todos os filmes, e também foi bacana ver um documentário que se propõe a falar sobre esses diferentes pontos de vista sobre o filme.
Dois Dias, Uma Noite
3.9 542Um filme que é bem simples no que se propõe a contar, mas aos poucos vamos vendo uma profundida enorme que surge inesperadamente nos diálogos.
O filme conta a história de Sandra, que quando está se preparando para voltar ao trabalho depois de ficar afastada devido a depressão, descobre que houve uma votação na qual seus colegas preferiram ter um bônus salarial a manterem-na no emprego. Sandra então, com a ajuda de uma amiga consegue marcar uma nova votação e passa a ir na casa de seus colegas de trabalho para tentar convencê-los de votar na permanência dela, e a partir daí é interessante ver como o filme mostra como as pessoas podem ser cruéis ou solidárias diante da necessidade do outro.
A atuação estupenda da Marion Cotillard deixar o filme ainda melhor, desenvolvendo a personagem muito bem, é impressionante como ela consegue mostrar que está lutando com a depressão, e os outros atores também devem ser elogiados, eles conseguem criar personagens amáveis, compreensíveis ou cruéis.
Enfim, o filme acaba sendo um estudo de diversos personagens, mesmo sendo curto, que serve para mostrar diferentes pessoas reagindo em uma situação em que lhes é pedido para abrir mão de seus próprios interesses para ajudar outra pessoa. E é muito interessante ver o resultado disso.
O Labirinto de Kubrick
3.4 181Muito interessante a proposta do filme de estudar "O Iluminado". Admito que quando vi "O Iluminado" não gostei do filme e inclusive critiquei a péssima adaptação do livro, mas vendo esse documentário é interessante perceber que cenas que eu pouco liguei podem ter um significado tão grande... ou até mesmo não ter significado nenhum. Um dos participantes fala que perguntam a ele se algumas partes do que ele conta não podiam ser apenas erros de continuidade e há chances de serem. Há certas partes que os participantes podem realmente viajar (onde ele viu o rosto do Kubrick nas nuvens? E eu tenho certeza que aquilo não é um minotauro, apesar de que o que ela diz depois fazer sentido) mas há outras em que realmente podemos ver que o Kubrick quis passar algo, como por exemplo toda a parte do genocídio dos indígenas e a parte ligadas a 1942 e o nazismo e confesso que o cara falando sobre as possíveis dicas deixas pro Kubrick no filme para falar que a missão Apollo 11 na verdade foi gravada por ele, me fizeram quase questionar a veracidade das imagens da NASA. Mas acho que o mais importante é que podem existir diferentes interpretações para diversas cenas (toda a coisa dos indígenas pode ter sido puro acidente), mas um dos participantes diz algo bem interessante no final: "Se pode discutir que o Kubrick tinha alguma ou talvez nenhuma destas ideias em mente, mas todos sabemos pela crítica pós moderna de cinema que o que o autor tenta é somente a metade da história em qualquer tipo de arte, e que esses significados estavam ali independentemente de que o criador da obra tenha sido consciente sobre estes." E é interessante pensar nisso já que pode ser aplicado para todos os filmes, e também foi bacana ver um documentário que se propõe a falar sobre esses diferentes pontos de vista sobre o filme.