Como é difícil estarmos no mundo, sermos-aí. O Homem dos Sonhos é um filme existencialista. Habitarmos o mundo é estarmos sempre reféns da impressão do outro, de forma que é impossível satisfazermos todas as expectativas do outro, e se tentarmos ficaremos loucos. Borgli hiperboliza essa ideia numa ótima tragicomédia surrealista.
Alguns clichês de direção da A24 aqui e ali, principalmente na construção de suspense, mas atuação marcante de Nicholas Cage.
A vivência humana, quando desconstruída e montada de novo frente aos nossos olhos, como Yorgos e a equipe fazem em Pobres Criaturas, é extremamente estranha. Quando racionalizado, o amor é estranho, o tesão é estranho, o corpo humano é estranho, as etiquetas não fazem sentido. Alguém nos contou, em algum momento da vida, o que esperar do amor, como o sexo deve ser, como não andar torto, como não falar estranho, tudo para construir a nossa estranhíssima e subjetiva passagem pela terra.
Pobres Criaturas é um filme sobre o gozo humano. Porque, depois que nos despimos de tudo, é só o que resta. O gozo de amar, de gozar, de comer, de aprender. E principalmente de se permitir frustrar pelas contradições que encontramos inevitavelmente pelo caminho. De gritar, chorar, se descabelar, e lutar por justiça quando vemos a crueldade de perto, como na cena em Alexandria. É por cima de tudo isso que surge a etiqueta, o cinismo, a castração. O que é o cínico e o castrador, afinal, além de alguém que não sabe lidar com a frustração da vida?
Direção de arte perfeita, câmera ousada, trilha sonora maravilhosa, atuações impecáveis, quem não gostou é fresquinho.
Por excelência, um road movie da melhor qualidade. Aqui a estrada é das mais traiçoeiras possíveis. O sonho de um vida melhor, ironicamente, alimenta uma indústria do trabalho forçado e não pago, esse que, há muito tempo, é o que está por trás da vida de luxo dos mais ricos mundo afora. Uma máquina de moer gente, que deixa um rastro de sangue pelo Saara, cospe quem sobrou no mediterrâneo, e chega na Europa através dos jornais, com mais uma foto de mais um barquinho cheio de gente. No lado norte do mediterrâneo, mesmo os que esbravejam contra a imigração, sabem que, se precisarem de mais alguém para assumir cargos que eles não têm mais interesse em assumir, a máquina os dará mais um operário rapidamente. Assim, a Europa é construída há séculos.
A história é sensível e humana, com um ar de inocência e esperança que não desaparece dos olhos dos personagens em nenhum momento. A filmagem e a edição é curiosa por ser um pouco "retrô", com muita câmera dinâmica e crossfades, me lembra os anos 90. Destaque pras ótimas atuações de Issaka Sawagodo e Oumar Diaw.
"uma felicidade que nem todos podem ter, não é felicidade"
Um lema para o futuro.
Pouquíssimas vezes vi uma obra abordar a pré-adolescência, masculinidade tóxica, amor e amizade entre garotos, de uma forma tão sensível. A pureza do amor e da amizade quando somos jovens é única, e não tem cura pro que não é doença.
Alguém mais notou uma estética anos 90 nesse filme? Paleta de cores muito típica do meio pro final dos anos 90, os ângulos de câmera curiosos e inclinados, grande angular em ambientes pequenos, com muita distorção nas bordas... achei maravilhoso
Esse é um dos meus filmes favoritos do Nolan, justamente porque, por incrível que pareça, não se parece com um filme do Nolan. Não sou muito fã do diretor e da pirotecnia científica explicativa que marcou muito dos blockbusters dele. Tanto que, anteriormente, meu filme favorito do Nolan era Dunkirk, possivelmente a obra mais pé-no-chão dele.
Em Oppenheimer, você vê sim, obviamente, a temática científica, mas de uma forma mais madura e menos prepotente. Em pouco tempo de filme, os dilemas morais, políticos, afetivos, tomam o lugar da glorificação da técnica (a de Heidegger), assim como no subjetivo do protagonista. Oppenheimer é um filme sisudo, longo, sério, que pode não agradar o público casual, mas incrivelmente bem construído.
Por fim, quem espera que o filme disserte sobre os efeitos da invenção de Oppenheimer, não encontrará o que procura. Lembrando a obra do Estúdio Ghibli "Vidas ao Vento", o filme tenta explorar a relação conflituosa criação-criador.
Filme horroroso, e nem é do jeito divertido, é ruim de ruim mesmo. Direção pretenciosa pra caramba. Não dá medo nem pra quem está assistindo e nem pros personagens, a experiência de """"terror extremo"""" que os personagens pagam pra ter não tem nada de terror, é só pressão psicológica barata e agressão física, valia bem um Reclame Aqui, porque deve ter custado uma fortuna. Parece um filme produzido por um adolescente rico de 15 anos com um conhecimento meia boca de cinema.
Fotografia impecável, mas todo mundo já falou sobre isso. Apesar de visualmente ser incrível, simplesmente chegou um ponto da história em que eu deixei de me importar com o que estava acontecendo, ou com o que existia dentro da sala, com o que os símbolos significavam, etc.
Gosto muito da tendência do pós-horror de terror mais psicológico, que apela menos pra jump scares ou pro gore. Mas esse é MUITO sutil. Até o suspense é bem leve, diferente de outros filmes dessa mesma onda que se aproveitam muito bem do suspense. Aqui tudo é tão leve que nem parece muito um filme de terror, de nenhuma vertente. Esperava mais.
A proposta é mais interessante que o filme em si. Mesmo se for encarado como uma comédia pro público adolescente, continua fraco, não entendi a crítica tão boa. O final é decepcionante vem com uma mensagem manjada, parece aqueles filmes que passavam de tarde na Nickelodeon ou na Disney Channel.
eu estava entendo a motivação dela totalmente se fosse pra ela dar um sumiço ou forjar a própria morte, mas depois que ela voltou pra ele eu juro que não entendi exatamente qual era a motivação
Pode ser que se eu tivesse lido o livro entendesse melhor as pontas soltas.
as atuações são interessantes pois condizem totalmente com o clima frio e sociopata da história. A trilha aparece nuns momentos meio estranhos passando uma intenção que você não sabe direito dizer o que é, se foi pra causar estranheza, parabéns.
É o Goodfellas 3. E eu falo isso tendo Goodfellas como o meu filme favorito da vida.
É um bom filme, mas eu acho que dificilmente agrada um público muito além de fãs do Scorsese, especificamente dos filmes de máfia. O problema é que, mesmo pra quem gosta muito, a impressão é de que você já viu isso antes. Só na sequência inicial, você já consegue ver todos os clichês de direção Scorsesianos. Parece que até os conflitos, as cenas de execuções, etc, são todas reutilizadas de filmes anteriores.
O fato de o Joe Pesci provavelmente estar mais velho do que você se lembra, o efeito de "rejuvelhecimento" nos atores (que não ajuda muito na verdade), tudo isso choca logo de cara. Talvez a coisa que mais valha a pena sejam as reflexões sobre a morte e o envelhecimento no final do filme. Esse pode ser considerado o tema geral: envelhecimento e memória.
Tragicomédia que aborda de forma muito esperta temas como as relações entre diferentes classes sociais, precarização do trabalho, etc. que vai de uma comédia a um thriller conforme o clima da trama muda (literalmente). Roteiro bem original. O estilo é bem oriental, e acho legal um filme assim estar entre os indicados pro Oscar de melhor filme, mas dificilmente ganha essa estatueta.
A temática geral me lembrou Assunto de Família, que também está entre os meus favoritos do cinema oriental.
Roteiro razoável que as vezes parece que tenta justificar demais o coringa. A crítica social as vezes é um pouco rasa. Se tivessem focado um pouco mais no descaso da população e o governo com a distúrbio do coringa, talvez isso não tivesse acontecido.
O mais fraco pra mim foi a trilha, muitas vezes inconsistente.
Especificamente, aquela sequencia em que ele sai pra ir pro programa do Murray, fica dançando nas escadas, e é visto pelos policiais; tem umas 3 trilhas diferentes que mudam de forma meio tosca e nenhuma passa a intenção que eles queriam.
De qualquer forma, a arte é muito boa e a atuação do Joachim é INCRÍVEL.
Me prometeram um filme ruim e clichê e ele cumpriu o papel muito bem!
Eu acho que ele tem uma certa simpatia, parece o tipo de trabalho dos primeiros semestres da faculdade, versão longa-metragem. Tem todos os clichês hipsters do começo dos anos 2010, é até divertidinho, tipo um Jack Kerouac se ele frequentasse o Beco 203. 3 estrelas porque eu fiquei tocado, admito.
Em um filme (Hereditário) já virei fã do Aster, esse segundo conseguiu superar. Não te deixa tão tenso quanto a estreia do diretor, mas te deixa bem mais perplexo pra dizer o mínimo. Direção de arte perfeita. Pós horror elevado a outro nível.
Filme fraco e manjado, o que poderia muito bem ser resolvido com mais destaque pros núcleos do Polanski e do Charles Manson, que foram mega mal aproveitados. Ao invés disso, o roteiro se atém numas cenas longas que não levam a muita coisa, insistem numas piadas que nem sempre são engraçadas, enquanto muita coisa fica "por contar". Parece que ele se inspirou no estilo de direção do Scorsese, mas acabou dando um pouco errado.
Primeiramente, o filme não tinha a intenção de resumir os acontecimentos da primeira temporada, isso foi uma especulação feita levando em consideração os primeiros trailers, portanto não faz sentido analisar dessa forma. O que se faz aqui é realmente re-contar o começo da jornada de Ash e Pikachu, de forma livremente inspirada.
Depois da música de abertura, Ash aparece derrotando Erika, e eu já saquei o que ia acontecer lá. Iam deixar Brock e Misty de fora. Acho que essa foi uma das jogadas mais espertas do filme, pois deixou claro (ou deveria ter deixado) que o filme não pretendia modificar acontecimentos passados, mas sim contar uma outra história, que poderia ter acontecido se Pokémon fosse escrito já com todos os futuros pokémon e continentes em mente. Então vemos personagens que vieram de sinnoh, pokémon de outras gerações, e principalmente, Ho-oh. Um mundo pokémon todo integrado.
Quanto ao roteiro, acho ok, algumas partes desnecessárias, como se o filme não soubesse direito o caminho que está indo, mas nada que atrapalhe, também não esperava um filme inesquecível.
Porém esse filme me faz pensar se os criadores realmente tem a intenção de algum dia fazer uma nova versão da liga indigo na íntegra. Pokémon Origens foi bem frustrante nesse sentido, e esse filme não tem esse papel. Será que algum dia rola?
Filme 10/10. Direção de arte, atuação, roteiro, tudo. Um filme desenvolvido sem medo nem preguiça nenhuma. Aos que reclamam da falta de sutileza, esse filme não foi feito pra ser nem um pouco sutil, é almodóvar, e sim, vai ter uma cena violenta e engraçada ao mesmo tempo como a do oncinha-man. A Pele que Habito é intenso até o último minuto, revolta e agoniza o espectador
Engraçado que eu ignorei esse filme durante muito tempo apesar do hype porque ele simplesmente é levado tão a sério pelo público (e com razão) que eu achava que fosse um clássico drama americano, não uma dark comedy. Um dos poucos filmes que eu afirmo que é 10/10 sem medo. Fotografia sensacional, roteiro envolvente, e o estilo de tragicomédia que eu acho que faz falta no cinema americano atualmente e que durante os anos 90 estava em alta.
O Homem dos Sonhos
3.5 143Como é difícil estarmos no mundo, sermos-aí. O Homem dos Sonhos é um filme existencialista. Habitarmos o mundo é estarmos sempre reféns da impressão do outro, de forma que é impossível satisfazermos todas as expectativas do outro, e se tentarmos ficaremos loucos. Borgli hiperboliza essa ideia numa ótima tragicomédia surrealista.
Alguns clichês de direção da A24 aqui e ali, principalmente na construção de suspense, mas atuação marcante de Nicholas Cage.
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraA vivência humana, quando desconstruída e montada de novo frente aos nossos olhos, como Yorgos e a equipe fazem em Pobres Criaturas, é extremamente estranha. Quando racionalizado, o amor é estranho, o tesão é estranho, o corpo humano é estranho, as etiquetas não fazem sentido. Alguém nos contou, em algum momento da vida, o que esperar do amor, como o sexo deve ser, como não andar torto, como não falar estranho, tudo para construir a nossa estranhíssima e subjetiva passagem pela terra.
Pobres Criaturas é um filme sobre o gozo humano. Porque, depois que nos despimos de tudo, é só o que resta. O gozo de amar, de gozar, de comer, de aprender. E principalmente de se permitir frustrar pelas contradições que encontramos inevitavelmente pelo caminho. De gritar, chorar, se descabelar, e lutar por justiça quando vemos a crueldade de perto, como na cena em Alexandria. É por cima de tudo isso que surge a etiqueta, o cinismo, a castração. O que é o cínico e o castrador, afinal, além de alguém que não sabe lidar com a frustração da vida?
Direção de arte perfeita, câmera ousada, trilha sonora maravilhosa, atuações impecáveis, quem não gostou é fresquinho.
Eu, Capitão
4.0 70 Assista AgoraPor excelência, um road movie da melhor qualidade. Aqui a estrada é das mais traiçoeiras possíveis. O sonho de um vida melhor, ironicamente, alimenta uma indústria do trabalho forçado e não pago, esse que, há muito tempo, é o que está por trás da vida de luxo dos mais ricos mundo afora. Uma máquina de moer gente, que deixa um rastro de sangue pelo Saara, cospe quem sobrou no mediterrâneo, e chega na Europa através dos jornais, com mais uma foto de mais um barquinho cheio de gente. No lado norte do mediterrâneo, mesmo os que esbravejam contra a imigração, sabem que, se precisarem de mais alguém para assumir cargos que eles não têm mais interesse em assumir, a máquina os dará mais um operário rapidamente. Assim, a Europa é construída há séculos.
A história é sensível e humana, com um ar de inocência e esperança que não desaparece dos olhos dos personagens em nenhum momento. A filmagem e a edição é curiosa por ser um pouco "retrô", com muita câmera dinâmica e crossfades, me lembra os anos 90. Destaque pras ótimas atuações de Issaka Sawagodo e Oumar Diaw.
Monstro
4.3 272 Assista Agora"uma felicidade que nem todos podem ter, não é felicidade"
Um lema para o futuro.
Pouquíssimas vezes vi uma obra abordar a pré-adolescência, masculinidade tóxica, amor e amizade entre garotos, de uma forma tão sensível. A pureza do amor e da amizade quando somos jovens é única, e não tem cura pro que não é doença.
Que a humanidade renasça como Minato e Yori.
A Noite das Bruxas
3.3 186Alguém mais notou uma estética anos 90 nesse filme? Paleta de cores muito típica do meio pro final dos anos 90, os ângulos de câmera curiosos e inclinados, grande angular em ambientes pequenos, com muita distorção nas bordas... achei maravilhoso
Oppenheimer
4.0 1,1KEsse é um dos meus filmes favoritos do Nolan, justamente porque, por incrível que pareça, não se parece com um filme do Nolan. Não sou muito fã do diretor e da pirotecnia científica explicativa que marcou muito dos blockbusters dele. Tanto que, anteriormente, meu filme favorito do Nolan era Dunkirk, possivelmente a obra mais pé-no-chão dele.
Em Oppenheimer, você vê sim, obviamente, a temática científica, mas de uma forma mais madura e menos prepotente. Em pouco tempo de filme, os dilemas morais, políticos, afetivos, tomam o lugar da glorificação da técnica (a de Heidegger), assim como no subjetivo do protagonista. Oppenheimer é um filme sisudo, longo, sério, que pode não agradar o público casual, mas incrivelmente bem construído.
Por fim, quem espera que o filme disserte sobre os efeitos da invenção de Oppenheimer, não encontrará o que procura. Lembrando a obra do Estúdio Ghibli "Vidas ao Vento", o filme tenta explorar a relação conflituosa criação-criador.
Killer Sofa
2.0 47Filme ótimo pra assistir de tarde com os amigos e tirar um sarro
Terror Extremo
2.0 10 Assista AgoraFilme horroroso, e nem é do jeito divertido, é ruim de ruim mesmo. Direção pretenciosa pra caramba. Não dá medo nem pra quem está assistindo e nem pros personagens, a experiência de """"terror extremo"""" que os personagens pagam pra ter não tem nada de terror, é só pressão psicológica barata e agressão física, valia bem um Reclame Aqui, porque deve ter custado uma fortuna. Parece um filme produzido por um adolescente rico de 15 anos com um conhecimento meia boca de cinema.
Dente Canino
3.8 1,2K Assista AgoraUma das piores coisas que eu já assisti. Recomendo. Alegoria à alienação de misantropia.
incluindo a cena do espancamento com o video cassete, porque foi assim que eu me senti assistindo
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraFotografia impecável, mas todo mundo já falou sobre isso.
Apesar de visualmente ser incrível, simplesmente chegou um ponto da história em que eu deixei de me importar com o que estava acontecendo, ou com o que existia dentro da sala, com o que os símbolos significavam, etc.
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraGosto muito da tendência do pós-horror de terror mais psicológico, que apela menos pra jump scares ou pro gore. Mas esse é MUITO sutil. Até o suspense é bem leve, diferente de outros filmes dessa mesma onda que se aproveitam muito bem do suspense. Aqui tudo é tão leve que nem parece muito um filme de terror, de nenhuma vertente. Esperava mais.
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista AgoraA proposta é mais interessante que o filme em si. Mesmo se for encarado como uma comédia pro público adolescente, continua fraco, não entendi a crítica tão boa. O final é decepcionante vem com uma mensagem manjada, parece aqueles filmes que passavam de tarde na Nickelodeon ou na Disney Channel.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraNão sei se eu me perdi nos plot twists, mas
eu estava entendo a motivação dela totalmente se fosse pra ela dar um sumiço ou forjar a própria morte, mas depois que ela voltou pra ele eu juro que não entendi exatamente qual era a motivação
Pode ser que se eu tivesse lido o livro entendesse melhor as pontas soltas.
as atuações são interessantes pois condizem totalmente com o clima frio e sociopata da história. A trilha aparece nuns momentos meio estranhos passando uma intenção que você não sabe direito dizer o que é, se foi pra causar estranheza, parabéns.
Ilha dos Cachorros
4.2 655 Assista AgoraA cada filme novo do Wes Anderson, mais dá vontade de enquadrar todos os frames e pendurar na parede. Atenção a todos os mínimos detalhes da animação.
Dois Papas
4.1 962 Assista Agora"Onde estava Cristo no período da ditadura? Estava tomando chá nos palácios presidenciais ou sendo torturado nas prisões com Yorio e Jalics?"
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraÉ o Goodfellas 3. E eu falo isso tendo Goodfellas como o meu filme favorito da vida.
É um bom filme, mas eu acho que dificilmente agrada um público muito além de fãs do Scorsese, especificamente dos filmes de máfia. O problema é que, mesmo pra quem gosta muito, a impressão é de que você já viu isso antes. Só na sequência inicial, você já consegue ver todos os clichês de direção Scorsesianos. Parece que até os conflitos, as cenas de execuções, etc, são todas reutilizadas de filmes anteriores.
O fato de o Joe Pesci provavelmente estar mais velho do que você se lembra, o efeito de "rejuvelhecimento" nos atores (que não ajuda muito na verdade), tudo isso choca logo de cara. Talvez a coisa que mais valha a pena sejam as reflexões sobre a morte e o envelhecimento no final do filme. Esse pode ser considerado o tema geral: envelhecimento e memória.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraTragicomédia que aborda de forma muito esperta temas como as relações entre diferentes classes sociais, precarização do trabalho, etc. que vai de uma comédia a um thriller conforme o clima da trama muda (literalmente). Roteiro bem original. O estilo é bem oriental, e acho legal um filme assim estar entre os indicados pro Oscar de melhor filme, mas dificilmente ganha essa estatueta.
A temática geral me lembrou Assunto de Família, que também está entre os meus favoritos do cinema oriental.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraRoteiro razoável que as vezes parece que tenta justificar demais o coringa. A crítica social as vezes é um pouco rasa. Se tivessem focado um pouco mais no descaso da população e o governo com a distúrbio do coringa, talvez isso não tivesse acontecido.
O mais fraco pra mim foi a trilha, muitas vezes inconsistente.
Especificamente, aquela sequencia em que ele sai pra ir pro programa do Murray, fica dançando nas escadas, e é visto pelos policiais; tem umas 3 trilhas diferentes que mudam de forma meio tosca e nenhuma passa a intenção que eles queriam.
De qualquer forma, a arte é muito boa e a atuação do Joachim é INCRÍVEL.
Asthma
3.1 109Me prometeram um filme ruim e clichê e ele cumpriu o papel muito bem!
Eu acho que ele tem uma certa simpatia, parece o tipo de trabalho dos primeiros semestres da faculdade, versão longa-metragem. Tem todos os clichês hipsters do começo dos anos 2010, é até divertidinho, tipo um Jack Kerouac se ele frequentasse o Beco 203. 3 estrelas porque eu fiquei tocado, admito.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraEm um filme (Hereditário) já virei fã do Aster, esse segundo conseguiu superar. Não te deixa tão tenso quanto a estreia do diretor, mas te deixa bem mais perplexo pra dizer o mínimo. Direção de arte perfeita. Pós horror elevado a outro nível.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraFilme fraco e manjado, o que poderia muito bem ser resolvido com mais destaque pros núcleos do Polanski e do Charles Manson, que foram mega mal aproveitados. Ao invés disso, o roteiro se atém numas cenas longas que não levam a muita coisa, insistem numas piadas que nem sempre são engraçadas, enquanto muita coisa fica "por contar". Parece que ele se inspirou no estilo de direção do Scorsese, mas acabou dando um pouco errado.
Pokémon, O Filme 20: Eu Escolho Você!
3.4 110 Assista AgoraPrimeiramente, o filme não tinha a intenção de resumir os acontecimentos da primeira temporada, isso foi uma especulação feita levando em consideração os primeiros trailers, portanto não faz sentido analisar dessa forma. O que se faz aqui é realmente re-contar o começo da jornada de Ash e Pikachu, de forma livremente inspirada.
Depois da música de abertura, Ash aparece derrotando Erika, e eu já saquei o que ia acontecer lá. Iam deixar Brock e Misty de fora. Acho que essa foi uma das jogadas mais espertas do filme, pois deixou claro (ou deveria ter deixado) que o filme não pretendia modificar acontecimentos passados, mas sim contar uma outra história, que poderia ter acontecido se Pokémon fosse escrito já com todos os futuros pokémon e continentes em mente. Então vemos personagens que vieram de sinnoh, pokémon de outras gerações, e principalmente, Ho-oh. Um mundo pokémon todo integrado.
Quanto ao roteiro, acho ok, algumas partes desnecessárias, como se o filme não soubesse direito o caminho que está indo, mas nada que atrapalhe, também não esperava um filme inesquecível.
Porém esse filme me faz pensar se os criadores realmente tem a intenção de algum dia fazer uma nova versão da liga indigo na íntegra. Pokémon Origens foi bem frustrante nesse sentido, e esse filme não tem esse papel. Será que algum dia rola?
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraFilme 10/10. Direção de arte, atuação, roteiro, tudo. Um filme desenvolvido sem medo nem preguiça nenhuma. Aos que reclamam da falta de sutileza, esse filme não foi feito pra ser nem um pouco sutil, é almodóvar, e sim, vai ter uma cena violenta e engraçada ao mesmo tempo como a do oncinha-man. A Pele que Habito é intenso até o último minuto, revolta e agoniza o espectador
mas dá um ótima recompensa no final (eu, pelo menos me senti vingadíssimo)
PS.: Não sei se a intenção daquele sotaque brasileiro foi séria mas eu ri muito.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraEngraçado que eu ignorei esse filme durante muito tempo apesar do hype porque ele simplesmente é levado tão a sério pelo público (e com razão) que eu achava que fosse um clássico drama americano, não uma dark comedy. Um dos poucos filmes que eu afirmo que é 10/10 sem medo. Fotografia sensacional, roteiro envolvente, e o estilo de tragicomédia que eu acho que faz falta no cinema americano atualmente e que durante os anos 90 estava em alta.