Alta Fidelidade é um filme longo demais. Tem cerca de 1h50min de duração. Agora, por que isso é importante? Bem, porque isso determina o ritmo do filme, junto de sua narrativa - ou seja, a forma como o filme é contado adjunto de sua duração, nos dá o resultado de seu ritmo. Logo, para determinarmos o seu ritmo, precisamos entender um pouco de sua narrativa: que não é das melhores. Em muitos momentos temos a quebra da maldita quarta parede. Ainda usam esse tipo de coisa? Eu acho extremamente justificável o Woody Allen falando conosco em Annie Hall, pois existe um background ali e a ideia toda surgiu do próprio ator e diretor. Em Alta Fidelidade, temos John Cusack lendo pequenas partes do livro no qual baseou-se a obra cinematográfica. O que na realidade eu não sei se encaixa. Não sei mesmo. Tem muitas idas e vindas, muitos pensamentos profundos, muitas viajadas, muito muito, sabe? Sabe onde tudo isso ficaria legal? Num livro! Em relação a estória eu nem vou me aprofundar muito, poxa vida. Eu já não conheço esse cara que tem problemas com as ex-namoradas porque elas se importam demais com elas mesmas e acabam decepcionando o pobre coitado do garoto apaixonado que com toda certeza trairia elas com uma garota mais atraente? Hmmm acho que não... Mas e a autocrítica? Pro inferno a autocrítica! Mas é aquela coisa, né? Trilha sonora legal, ambientação extremamente bem feita com direito a várias referências musicais - inclusive aparece o álbum Tropicália na sessão "latino" em dado momento hahaha -, e o que é mais marcante no filme: Jack Senior Black! E acho que é isso que o filme mais precisava. Um pouco mais da ginga do Jack Black do que os deliriosos pensamentos do Cusack olhando pra câmera. E eu acho que é o que todos nós precisamos: um pouco mais do molejo desajeitado e completamente natural do Jack Black do que um punhado de autocrítica.
É estranho como a Grécia tende a ter um direcionamento cinematográfico muito específico, e assim como outros diretores não-hollywoodianos, tendenciarem o tema de suas obras para o escatológico invisível. Eu assisti recentemente, pela segunda vez, o filme Irréversible, de Gaspar Noé, e curiosamente notei alguns contrastes interessantes entre as duas obras, apesar do desconforto presente em ambas.
Alexandros Avranas conduz sua obra de forma parecida como a de Yorgos Lanthimos, com a desconfortante câmera fixa em determinadas cenas, sem com que possamos olhar em volta ou ver o que de fato está acontecendo na casa. Sabe-se desde o início algo está errado: não sabemos o que o homem (o apenas denominado "pai") é daquelas crianças, ou seja lá o que elas podem ser dele. A princípio é tudo muito incerto, e a edição contribui para essa incerteza, com deslocamentos bruscos de personagens e certas ações que aparentemente não são exploradas. Mas isso no princípio. Logo na metade do segundo ato acostumamo-nos com a incerteza e embarcamos na loucura cinematográfica.
Em relação à obra de Noé, peguei-me rindo durante o filme ao lembrar de Irréversible. Explico. Na verdade a explicação é longa: me fez pensar na forma como conseguimos transmitir uma mensagem ou sinal de diferentes formas através disso que insistimos em chamar de arte - e adoramos chamá-la assim -. Fiquei pensando se Noé conseguiria tramar um filme calmo como esse mas com uma história tão apavorante quanto, da mesma forma se Avranas poderia arquitetar uma viagem cine-psicodélica. Penso nas diferentes formas de interpretar os filmes e como que, apesar da condução, ambos podem ser tão impactantes.
Acho válido ressaltar que, depois tanto de cinema que você assiste, menos mistificado ficam certas coisas. São cenas assustadoras de se ver sim, mas acho que depois de "A Caça" e "Dogville", a gente se acostuma com o sofrimento alheio e passa a ver o Mundo como um gigante lugar onde os inocentes são condenados às piores situações existentes e os degenerados à um limbo que nem o pior dos castigos podem recompensar.
Ah, e para terminar, lembre-se: O que o filme nos mostra é muito mais real do que você imagina. E muito pior também.
Particularmente, eu não sabia que o filme era dirigido por Craig Gillespie, este no qual tenho imenso afeto por ter feito um dos meus filmes favoritos: "Lars and the real girl", o que foi um grata surpresa, principalmente por saber que ainda está ativo em Hollywood, e melhor, fazendo um filme muito bom.
Mas agora, sobre o filme, eu fiquei boquiaberto com a história de Tonya Harding, e só de pensar que alguém já viveu aquilo em algum momento de sua vida me deixa desgraçado da cabeça. Chegou um momento que tinha tanta merda acontecendo que eu comecei a suspeitar se tudo aquilo era real, ou se pelo menos estavam retratando de forma realista, e sim, tudo aquilo realmente aconteceu e de maneira ainda pior.
Algo a se destacar nos filmes de Craig Gillespie é a direção de personagens desenhada pelo diretor, isso é algo que vemos em outros filmes dele e que aqui também está presente. A atuação da Margot Robbie é realmente impressionante, tanto nos momentos mais cruciais da trama quanto nos mais simples (o cacuete com o lábio pra frente), isso demonstra uma entrega completa por parte do artista, que por fim, resulta em um excelente trabalho. PORÉM, em certas partes do filme, acredito que os personagens acabem ficando caricatos demais, mesmo sabendo que o filme tenta espelhar certos momentos da vida real.
Pois bem, a história é incrivelmente perturbadora e quase irrealista, os atores estão muito bem escalados e a trilha sonora merece um destaque gigantesco apenas por tocar Dream a little dream e Goodbye Stranger. É um ótimo filme, mas sinceramente não sei se é tudo aquilo que andam falando por aí.
Poxa vida! Quanto tempo faz que não assisto um filme tão good vibes e tão realista ao mesmo tempo? Talvez, a palavra que possa definir esse filme seja "fluidez". Tudo acontece como tem de se acontecer, e não é nada previsível não!
Bem, no meu conceito, esse filme aborda dois temas: o extraordinário universo infantil e a dura realidade adulta; Particularmente, hoje em dia quando se toca no assunto "infância" e quando a palavra "criança" per si já é dita, tudo que vem a mente das pessoas é Stranger Things, e até mesmo It. Não desmerecendo as duas obras, mas creio que elas passem uma visão errada de como esses assuntos são tratados em nossa realidade política e financeira atual.
Com certeza não é de todo errado quando dizem que as crianças de hoje em dia já não brincam mais nas ruas e que só ficam em casa usando seus aparelhos eletrônicos, mas felizmente esse não é o retrato geral do nosso Mundo, e esse filme é a prova disso. Aqui vemos cores, vemos amizade, vemos inocência e principalmente divertimento por parte das crianças, e o mais incrível disso é que só vamos ter o impacto de tudo isso no final do filme, este no qual entrega brilhantemente sua mensagem ao público.
Projeto Flórida nos propõe de forma linda e sutil o ponto de vista infantil do Mundo em que vivemos (mesmo podendo ter alguns minutos a menos). Um dos filmes mais subestimados do Oscar 2018.
Mesmo nos dias de hoje, em que o racismo tem sido tão discutido e tentado ser previnido, com certeza ainda há preconceito, e esse filme, por ser escrito e dirigido por uma pessoa negra, sabe exatamente aonde quer chegar.
É um filme que sim, fala sobre o racismo e possui uma carga extremamente agoniante e que mesmo com esses dois elementos consegue adicionar humor em sua história. Particularmente, ele me deixou muito mais aflito do que aterrorizado. Claro que, por se tratar de um filme de terror, devemos manter nossa descrença baixa, mas em alguns momentos o roteiro viaja demais em certas idéias, mas não é nada que possa incomodar verdadeiramente.
Com certeza não é um filme que se vê todo dia, e mesmo que tenhamos um grande aumento referente a filmes de terror nos últimos anos, esse destaca-se por sua criatividade e perspicácia em seu roteiro.
Acredito que, antes de ir assistir ao filme, havia uma grande expectativa criada por mim em torno do mesmo. Depois de excelentes filmes como Interstelar, Truque de Mestre e A Origem (esse último nem tanto), era esperado que Nolan pudesse dar um salto a mais em sua carreira, fazendo assim seu primeiro filme de guerra. E, como um filme de guerra, Dunkirk é um excelente filme de drama. Sua história demora para se desenrolar e a falta de um protagonista dificulta o entendimento de onde prestarmos atenção. Não há um único ator que se destaque aqui, então o foco do filme se torna sua magnânima parte técnica e a impecável trilha sonora. Sobre o roteiro, sinto que não houve uma extrema inspiração por parte de Nolan, mas a forma como ele foi contado é excepcional. O estilo de contar o filme em 3 paralelos diferentes (mas não distintos), é uma excelente forma de manter o espectador focado no filme. Infelizmente, Dunkirk não atingiu minhas expectativas, mas ainda sim é um filme de um dos melhores diretores da atualidade, e com certeza tem seu valor cinematográfico.
É notável que, quando um crítico se propõe a fazer uma análise de qualquer obre de arte, é compreensível que haja um desprendimento de questões emocionais ao analisar o tal. Não estou sequer tentando me comparar a um crítico, mas particularmente, esse filme me emocionou de tal maneira que fica difícil de analisar suas estruturas, mesmo sabendo que, sim, o filme possui grandes excessos em diversas cenas e seu roteiro poderia cortar diversas situações que não contribuem para história. Enquanto assistia ao filme, deparei-me a pensar o quão apegado fiquei aos personagens e a trama da história. É maravilhoso quando o filme consegue nos colocar pra dentro daquele universo, e de lá, nos cativar. Particularmente, eu amei de coração esse filme, e se você tem (ou já teve) uma namorada (o), tenho certeza que talvez se identifique.
No meu ponto de vista, "Manchester à beira mar" é um filme preciso e fechado em si próprio. Isso é bom? Depende. Particularmente, eu achei um filme muito divertido (sim, divertido) porém, com uma história dramática como background. Diferentes de comentários que li abaixo, não acredito que o filme tente ser grandioso em momento algum, muito pelo contrário, ele está contando uma história cotidiana que pode acontecer com qualquer um e em qualquer momento. Então, justamente por contar um história cotidiana, é inevitável que o filme contenha pegadas de humor, contudo, o tal "humor" presente no filme é extremamente sutil e natural. Estranhamente, eu olhei esse filme após ter assistido "Um homem chamado Ove", que conta um história bem parecida com a desse filme e que também contém essa comédia no meio do drama. A atuação do Casey Affleck é perfeitamente contida e a interação que ele possui com o sobrinho é muito natural e estranha ao mesmo tempo, entretanto, dificilmente levará o Oscar. Enfim, adorei o filme, achei ele bem engraçado e niilista.
Meu Deus que filme fantástico! Ele possui três linhas narrativas que estão perfeitamente alinhadas, muito disso devido a sua excelente montagem, criando assim, uma metalinguagem dentro da trama que vai nos deixando nos nervos ao longo do filme. A personagem da Amy Adams é um mulher extremamente insegura e angustiada, mas eu não consigo vê-la dessa forma, pois fora o erro de cair nas provocações de sua mãe, ela agiu da mesma forma que qualquer outra mulher agiria. Ela se casou com o homem que amava, mas com o tempo, aquele amor foi embora e ela ficou em um relacionamento indesejável, deixando-a quase sem escolhas. Porém, as consequências desse mal relacionamento foram além do limite, criando assim o começo da deturpada história de Edward, personagem vivido pelo Jake Gyllenhaal. Falando no ator de nome impronunciável, não entra na minha cabeça que nem sequer ao menos ele tenha recebido uma indicação de melhor ator em qualquer festival que seja. Não é possível que ele nunca tenha ganho um Oscar!!!! Outro ator que está impecável em seu papel é o Aaron Taylor-Johnson, que de começo, eu realmente não tinha entendido o porquê de seu Globo de Ouro como melhor ator coadjuvante, mas isso devia-se ao fato de eu estar com muita raiva do personagem, não percebendo que havia uma pessoa por trás daquela figura. Eu realmente não consigo achar defeitos nesse filme; ele é muito bem dirigido, extremamente bem montado e com atuações de cair o queixo.
O filme, mesmo que indiretamente, me lembra muito à Dogville, do diretor Lars Von Trier. Aliás, todo o filme tem um dinâmica desse famigerado diretor, conhecido pela maioria por fazer filmes dramáticos e que levam o ser humano ao limite. Contudo, acredito que esse filme tenha muito mais sensibilidade do que qualquer filme de Lars Von Trier, pois aqui nós entendemos os pontos de vista dos personagens e suas angústias dentro da trama. Nós entendemos o porquê dos habitantes da cidade estarem totalmente revoltados contra Lucas, até porque, se nós estivéssemos naquela situação, nossa reação seria a mesma. O que nos deixa revoltados, sufocados e oprimidos dentro dessa história, é saber a verdade. Com a chegada do 2° ato, o filme se torna completamente devastador, nos dando um soco no estômago a cada minuto, com isso, acho que vale a pena ressaltar a inteligência do roteiro, que nos força a acreditar em algo mas sempre com um pé atrás diante de certas questões. Aliás, aquela cena da Igreja é simplesmente maravilhosa. Nela podemos ver um excelente uso do Efeito Kuleshov para criar uma desconforto gigantesco da situação. Eu adorei demais o filme, mas acho difícil de reassisti-lo tão cedo.
Eu realmente gosto do trabalho do Danny Boyle. Eu adoro aqueles takes com a câmera na diagonal, é uma de suas característica bastante decorrente. Mas como gostar desse filme? Ele começa interessante, com uma premissa legal, e até com questões inovadoras. Contudo, ao longo do filme, ele vai se tornando cada vez mais óbvio e clichê, chegando ao final com 3° ato vergonhoso, nem parecia mais um de seus filmes.
Acredito que por se tratar de um filme do Woody Allen, o meu "pré-conceito" foi lá no alto. Desde o começo fiquei esperando um "feel good movie", mas com a conclusão da obra, deparei-me com um filme dramático e reflexivo. Não que isso seja ruim, mas me pareceu que o filme não se vendia como tal, muito pelo contrário, me pareceu que ele não conseguia dosar de forma integra o drama e a comédia contidos em diversas cenas. Sim, eu sei que o filme tenta trazer uma abordagem mais realística do término de uma relação e mostrar um período de adaptação de uma pessoa rica para uma classe média baixa, mas isso simplesmente não me agradou tanto quanto eu esperava de um filme de Woody Allen. A atuação de Cate Blanchett é sem dúvidas impecável, principalmente da metade do segundo ato para o fim,
Por favor, se algum dia eu acabar por me transformar em um Lobisomem, gostaria que colocasse a música "Blue Moon", do grupo de The Marchels. Desde já, grato.
É realmente difícil de avaliar teoricamente um filme desses. O começo do filme é um besteirol completo, com piadas de peido dignas de Adam Sandler; Mas mesmo com o humor escrachado, você percebe que há algo a mais ali, há um senso de urgência naqueles personagens que os tornam quase fictícios, mas com uma humanidade dentro de si nunca vista antes no cinema. Logo no começo do segundo ato, é impressionante perceber como nós, espectadores, vamos nos acostumando a viver aquela loucura e sentir que ela está cada vez mais crível. É claro que, é necessário que haja uma suspensão de descrença ao contemplar o filme, pois se o espectador estiver em mente que irá assistir um filme sério, é quase certo que o resultado final não será o mesmo. Bom, com o passar do 2° ato, o filme quase se torna repetitivo, mas com a chegada do 3° ato, o filme vira de cabeça pra baixo e nos entrega um final sugestivo, espetacular e emocionante. Muito disso graças a trilha sonora magnífica, que está sempre junto do filme nos momentos mais "densos", por assim dizer. Enfim, é um jornada extremamente divertida e emocionante.
É realmente incrível como Sidney Lumet consegue manter o clima da situação. Assim como fora dito pelo mesmo, "o filme não tenta ser realista, mas sim naturalista", e é isso o que vemos no longa. Dificilmente Al Pacino interpretou um personagem com tamanho Background como Sonny Wortzik, que sofria uma enorme pressão de sua família e tinha, na certa, problemas psicológicos seríssimos. O modo como ele lida com toda a situação é extraordinário, em cada ação tomada pela polícia, nós podemos sentir a reação do ator vibrando na tela. Então sim, o filme trata-se de uma drama, mas é impossível não rir em determinados momentos do filme e pensar estar assistindo um longa do Tarantino ou dos Irmão Coen. Assim como em outros trabalhos de Sidney Lumet, temos um filme com uma carga dramática pesadíssima, mas com um toque muito sutil de humor (quase um humor negro), e graças a habilidade inconfundível do mesmo, essas duas categorias são abordadas maravilhosamente. É, sem dúvida alguma, um clássico do Cinema!
Fui assistir esse filme de forma despretensiosa e me surpreendi! Os personagens me fizeram lembrar de Magnólia, de Paul Thomas Anderson. Aliás, o filme todo é bem parecido com Magnólia, pois podemos ver as ambições dos personagens (e seus fracassos ao tentar alcança-las) e as coincidências entre os personagens, não só pelo fato de morarem no mesmo edifício, mas sim por pelos pequenos detalhes que conectam cada um. Enfim, eu gostei muito do filme, embora possua suas bizarrices.
O filme em si é muito bem escrito e dirigido, até porque, essa é umas das características de Billy Wilder: Não fazer filme ruim. Tamanha é a sua versatilidade, que consegue criar um ambiente sério, pesado e dramático em "The Lost Weekend", e em "Some Like It Hot" faz um filme divertidíssimo, com linhas de diálogos muito bem estruturadas e um humor físico com timing perfeito. E sinceramente, o que é Marilyn Monroe nesse filme? Linda e Sensual como nunca antes.
Existem filmes que fazem o espectador perguntar-se sobre a real existência do "Bem" e do "Mal". Filmes bastante conhecidos, como: "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças" e quem sabe até, "Ela", abordam temas absurdos, quase fictícios, mas que agradam a multidão e fazem sucesso com o publico em geral. Com isso, posso chegar ao ponto da discussão: Loucura. Seria de extrema loucura se um homem resolvesse apagar alguém de sua memória após um término de relacionamento? Seria de extrema loucura se um homem resolvesse se apaixonar por um sistema operacional pois não tem felicidade alguma com seus relacionamentos reais? Pois bem, isso depende de cada um. Agora, no momento em que se cria um roteiro extremamente louco, quase que ficcional, depende de como o diretor irá adaptar aquela obra para a sétima arte. Michael Gondry e Spike Jonze fazem um excelente trabalho, não há duvidas, mas o real motivo de tal indagação é sobre o que nós, espectadores, podemos concluir sobre o material que foi visto. Em Dente Canino nós vemos o pior do Ser Humano, há loucura saindo pelas paredes. Em cada olhar, em cada gesto, em cada pensamento realizado por qualquer personagem nós vemos ela, a loucura. Mas isso, é claro, é extremamente relativo. Digo isso pois é uma loucura para nós, que já vivemos um inferno diário. Mas e para os personagens do filme? Para eles, aquilo nada mais é do que uma terça-feira em suas vidas. É isso o que mais me agrada em Dente Canino, é ver a loucura disfarçada de inocência, de raiva, de indignação, mas principalmente de normalidade. É, verdadeiramente, uma loucura completa, e é isso o que o torna tão maravilhoso.
O que dizer sobre a versatilidade dos irmãos Coen? Essa dupla é simplesmente genial, vão de uma comédia dramática a um suspense/thriller com uma grande facilidade.
Veja bem, o filme não é ruim, ele é muito mal executado. Vê-se claramente que não existia um grande orçamento para o filme, e fez o que se pode. Fora isso, as atuações deixam muito a desejar, e o roteiro, embora muito criativo, não auxilia os atores a atingirem um âmbito desejável. O filme poderia ser muito maior, mas infelizmente ele não se concretizou. Nota 2,5/5
Alta Fidelidade
3.8 691 Assista AgoraAlta Fidelidade é um filme longo demais. Tem cerca de 1h50min de duração. Agora, por que isso é importante? Bem, porque isso determina o ritmo do filme, junto de sua narrativa - ou seja, a forma como o filme é contado adjunto de sua duração, nos dá o resultado de seu ritmo.
Logo, para determinarmos o seu ritmo, precisamos entender um pouco de sua narrativa: que não é das melhores. Em muitos momentos temos a quebra da maldita quarta parede. Ainda usam esse tipo de coisa? Eu acho extremamente justificável o Woody Allen falando conosco em Annie Hall, pois existe um background ali e a ideia toda surgiu do próprio ator e diretor. Em Alta Fidelidade, temos John Cusack lendo pequenas partes do livro no qual baseou-se a obra cinematográfica. O que na realidade eu não sei se encaixa. Não sei mesmo. Tem muitas idas e vindas, muitos pensamentos profundos, muitas viajadas, muito muito, sabe? Sabe onde tudo isso ficaria legal? Num livro!
Em relação a estória eu nem vou me aprofundar muito, poxa vida. Eu já não conheço esse cara que tem problemas com as ex-namoradas porque elas se importam demais com elas mesmas e acabam decepcionando o pobre coitado do garoto apaixonado que com toda certeza trairia elas com uma garota mais atraente? Hmmm acho que não...
Mas e a autocrítica? Pro inferno a autocrítica!
Mas é aquela coisa, né? Trilha sonora legal, ambientação extremamente bem feita com direito a várias referências musicais - inclusive aparece o álbum Tropicália na sessão "latino" em dado momento hahaha -, e o que é mais marcante no filme: Jack Senior Black!
E acho que é isso que o filme mais precisava. Um pouco mais da ginga do Jack Black do que os deliriosos pensamentos do Cusack olhando pra câmera. E eu acho que é o que todos nós precisamos: um pouco mais do molejo desajeitado e completamente natural do Jack Black do que um punhado de autocrítica.
Parasita
4.5 3,6K Assista Agoraburgues é tudo cuzão mesmo
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista Agoraos cara mermão
vem falar de TARANTINO
quem é tarantino
Uma Segunda Chance para Amar
3.5 477 Assista AgoraAssistam!
Deixem o espírito renovador do natal adentrar em seus corações com esse filme lindíssimo! <3
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraÉ estranho como a Grécia tende a ter um direcionamento cinematográfico muito específico, e assim como outros diretores não-hollywoodianos, tendenciarem o tema de suas obras para o escatológico invisível. Eu assisti recentemente, pela segunda vez, o filme Irréversible, de Gaspar Noé, e curiosamente notei alguns contrastes interessantes entre as duas obras, apesar do desconforto presente em ambas.
Alexandros Avranas conduz sua obra de forma parecida como a de Yorgos Lanthimos, com a desconfortante câmera fixa em determinadas cenas, sem com que possamos olhar em volta ou ver o que de fato está acontecendo na casa. Sabe-se desde o início algo está errado: não sabemos o que o homem (o apenas denominado "pai") é daquelas crianças, ou seja lá o que elas podem ser dele. A princípio é tudo muito incerto, e a edição contribui para essa incerteza, com deslocamentos bruscos de personagens e certas ações que aparentemente não são exploradas. Mas isso no princípio. Logo na metade do segundo ato acostumamo-nos com a incerteza e embarcamos na loucura cinematográfica.
Em relação à obra de Noé, peguei-me rindo durante o filme ao lembrar de Irréversible. Explico. Na verdade a explicação é longa: me fez pensar na forma como conseguimos transmitir uma mensagem ou sinal de diferentes formas através disso que insistimos em chamar de arte - e adoramos chamá-la assim -. Fiquei pensando se Noé conseguiria tramar um filme calmo como esse mas com uma história tão apavorante quanto, da mesma forma se Avranas poderia arquitetar uma viagem cine-psicodélica. Penso nas diferentes formas de interpretar os filmes e como que, apesar da condução, ambos podem ser tão impactantes.
Acho válido ressaltar que, depois tanto de cinema que você assiste, menos mistificado ficam certas coisas. São cenas assustadoras de se ver sim, mas acho que depois de "A Caça" e "Dogville", a gente se acostuma com o sofrimento alheio e passa a ver o Mundo como um gigante lugar onde os inocentes são condenados às piores situações existentes e os degenerados à um limbo que nem o pior dos castigos podem recompensar.
Ah, e para terminar, lembre-se:
O que o filme nos mostra é muito mais real do que você imagina. E muito pior também.
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraParticularmente, eu não sabia que o filme era dirigido por Craig Gillespie, este no qual tenho imenso afeto por ter feito um dos meus filmes favoritos: "Lars and the real girl", o que foi um grata surpresa, principalmente por saber que ainda está ativo em Hollywood, e melhor, fazendo um filme muito bom.
Mas agora, sobre o filme, eu fiquei boquiaberto com a história de Tonya Harding, e só de pensar que alguém já viveu aquilo em algum momento de sua vida me deixa desgraçado da cabeça. Chegou um momento que tinha tanta merda acontecendo que eu comecei a suspeitar se tudo aquilo era real, ou se pelo menos estavam retratando de forma realista, e sim, tudo aquilo realmente aconteceu e de maneira ainda pior.
Algo a se destacar nos filmes de Craig Gillespie é a direção de personagens desenhada pelo diretor, isso é algo que vemos em outros filmes dele e que aqui também está presente. A atuação da Margot Robbie é realmente impressionante, tanto nos momentos mais cruciais da trama quanto nos mais simples (o cacuete com o lábio pra frente), isso demonstra uma entrega completa por parte do artista, que por fim, resulta em um excelente trabalho. PORÉM, em certas partes do filme, acredito que os personagens acabem ficando caricatos demais, mesmo sabendo que o filme tenta espelhar certos momentos da vida real.
Pois bem, a história é incrivelmente perturbadora e quase irrealista, os atores estão muito bem escalados e a trilha sonora merece um destaque gigantesco apenas por tocar Dream a little dream e Goodbye Stranger. É um ótimo filme, mas sinceramente não sei se é tudo aquilo que andam falando por aí.
Projeto Flórida
4.1 1,0KPoxa vida! Quanto tempo faz que não assisto um filme tão good vibes e tão realista ao mesmo tempo? Talvez, a palavra que possa definir esse filme seja "fluidez". Tudo acontece como tem de se acontecer, e não é nada previsível não!
Bem, no meu conceito, esse filme aborda dois temas: o extraordinário universo infantil e a dura realidade adulta; Particularmente, hoje em dia quando se toca no assunto "infância" e quando a palavra "criança" per si já é dita, tudo que vem a mente das pessoas é Stranger Things, e até mesmo It. Não desmerecendo as duas obras, mas creio que elas passem uma visão errada de como esses assuntos são tratados em nossa realidade política e financeira atual.
Com certeza não é de todo errado quando dizem que as crianças de hoje em dia já não brincam mais nas ruas e que só ficam em casa usando seus aparelhos eletrônicos, mas felizmente esse não é o retrato geral do nosso Mundo, e esse filme é a prova disso. Aqui vemos cores, vemos amizade, vemos inocência e principalmente divertimento por parte das crianças, e o mais incrível disso é que só vamos ter o impacto de tudo isso no final do filme, este no qual entrega brilhantemente sua mensagem ao público.
Projeto Flórida nos propõe de forma linda e sutil o ponto de vista infantil do Mundo em que vivemos (mesmo podendo ter alguns minutos a menos). Um dos filmes mais subestimados do Oscar 2018.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraMesmo nos dias de hoje, em que o racismo tem sido tão discutido e tentado ser previnido, com certeza ainda há preconceito, e esse filme, por ser escrito e dirigido por uma pessoa negra, sabe exatamente aonde quer chegar.
É um filme que sim, fala sobre o racismo e possui uma carga extremamente agoniante e que mesmo com esses dois elementos consegue adicionar humor em sua história. Particularmente, ele me deixou muito mais aflito do que aterrorizado. Claro que, por se tratar de um filme de terror, devemos manter nossa descrença baixa, mas em alguns momentos o roteiro viaja demais em certas idéias, mas não é nada que possa incomodar verdadeiramente.
Com certeza não é um filme que se vê todo dia, e mesmo que tenhamos um grande aumento referente a filmes de terror nos últimos anos, esse destaca-se por sua criatividade e perspicácia em seu roteiro.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraAcredito que, antes de ir assistir ao filme, havia uma grande expectativa criada por mim em torno do mesmo. Depois de excelentes filmes como Interstelar, Truque de Mestre e A Origem (esse último nem tanto), era esperado que Nolan pudesse dar um salto a mais em sua carreira, fazendo assim seu primeiro filme de guerra. E, como um filme de guerra, Dunkirk é um excelente filme de drama.
Sua história demora para se desenrolar e a falta de um protagonista dificulta o entendimento de onde prestarmos atenção. Não há um único ator que se destaque aqui, então o foco do filme se torna sua magnânima parte técnica e a impecável trilha sonora.
Sobre o roteiro, sinto que não houve uma extrema inspiração por parte de Nolan, mas a forma como ele foi contado é excepcional. O estilo de contar o filme em 3 paralelos diferentes (mas não distintos), é uma excelente forma de manter o espectador focado no filme.
Infelizmente, Dunkirk não atingiu minhas expectativas, mas ainda sim é um filme de um dos melhores diretores da atualidade, e com certeza tem seu valor cinematográfico.
Doentes de Amor
3.7 379 Assista AgoraÉ notável que, quando um crítico se propõe a fazer uma análise de qualquer obre de arte, é compreensível que haja um desprendimento de questões emocionais ao analisar o tal. Não estou sequer tentando me comparar a um crítico, mas particularmente, esse filme me emocionou de tal maneira que fica difícil de analisar suas estruturas, mesmo sabendo que, sim, o filme possui grandes excessos em diversas cenas e seu roteiro poderia cortar diversas situações que não contribuem para história.
Enquanto assistia ao filme, deparei-me a pensar o quão apegado fiquei aos personagens e a trama da história. É maravilhoso quando o filme consegue nos colocar pra dentro daquele universo, e de lá, nos cativar.
Particularmente, eu amei de coração esse filme, e se você tem (ou já teve) uma namorada (o), tenho certeza que talvez se identifique.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraNo meu ponto de vista, "Manchester à beira mar" é um filme preciso e fechado em si próprio. Isso é bom? Depende.
Particularmente, eu achei um filme muito divertido (sim, divertido) porém, com uma história dramática como background. Diferentes de comentários que li abaixo, não acredito que o filme tente ser grandioso em momento algum, muito pelo contrário, ele está contando uma história cotidiana que pode acontecer com qualquer um e em qualquer momento. Então, justamente por contar um história cotidiana, é inevitável que o filme contenha pegadas de humor, contudo, o tal "humor" presente no filme é extremamente sutil e natural. Estranhamente, eu olhei esse filme após ter assistido "Um homem chamado Ove", que conta um história bem parecida com a desse filme e que também contém essa comédia no meio do drama.
A atuação do Casey Affleck é perfeitamente contida e a interação que ele possui com o sobrinho é muito natural e estranha ao mesmo tempo, entretanto, dificilmente levará o Oscar. Enfim, adorei o filme, achei ele bem engraçado e niilista.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraMeu Deus que filme fantástico! Ele possui três linhas narrativas que estão perfeitamente alinhadas, muito disso devido a sua excelente montagem, criando assim, uma metalinguagem dentro da trama que vai nos deixando nos nervos ao longo do filme.
A personagem da Amy Adams é um mulher extremamente insegura e angustiada, mas eu não consigo vê-la dessa forma, pois fora o erro de cair nas provocações de sua mãe, ela agiu da mesma forma que qualquer outra mulher agiria. Ela se casou com o homem que amava, mas com o tempo, aquele amor foi embora e ela ficou em um relacionamento indesejável, deixando-a quase sem escolhas.
Porém, as consequências desse mal relacionamento foram além do limite, criando assim o começo da deturpada história de Edward, personagem vivido pelo Jake Gyllenhaal. Falando no ator de nome impronunciável, não entra na minha cabeça que nem sequer ao menos ele tenha recebido uma indicação de melhor ator em qualquer festival que seja. Não é possível que ele nunca tenha ganho um Oscar!!!!
Outro ator que está impecável em seu papel é o Aaron Taylor-Johnson, que de começo, eu realmente não tinha entendido o porquê de seu Globo de Ouro como melhor ator coadjuvante, mas isso devia-se ao fato de eu estar com muita raiva do personagem, não percebendo que havia uma pessoa por trás daquela figura.
Eu realmente não consigo achar defeitos nesse filme; ele é muito bem dirigido, extremamente bem montado e com atuações de cair o queixo.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraO filme, mesmo que indiretamente, me lembra muito à Dogville, do diretor Lars Von Trier. Aliás, todo o filme tem um dinâmica desse famigerado diretor, conhecido pela maioria por fazer filmes dramáticos e que levam o ser humano ao limite. Contudo, acredito que esse filme tenha muito mais sensibilidade do que qualquer filme de Lars Von Trier, pois aqui nós entendemos os pontos de vista dos personagens e suas angústias dentro da trama. Nós entendemos o porquê dos habitantes da cidade estarem totalmente revoltados contra Lucas, até porque, se nós estivéssemos naquela situação, nossa reação seria a mesma. O que nos deixa revoltados, sufocados e oprimidos dentro dessa história, é saber a verdade.
Com a chegada do 2° ato, o filme se torna completamente devastador, nos dando um soco no estômago a cada minuto, com isso, acho que vale a pena ressaltar a inteligência do roteiro, que nos força a acreditar em algo mas sempre com um pé atrás diante de certas questões. Aliás, aquela cena da Igreja é simplesmente maravilhosa. Nela podemos ver um excelente uso do Efeito Kuleshov para criar uma desconforto gigantesco da situação. Eu adorei demais o filme, mas acho difícil de reassisti-lo tão cedo.
Sunshine: Alerta Solar
3.4 364 Assista AgoraEu realmente gosto do trabalho do Danny Boyle. Eu adoro aqueles takes com a câmera na diagonal, é uma de suas característica bastante decorrente. Mas como gostar desse filme? Ele começa interessante, com uma premissa legal, e até com questões inovadoras. Contudo, ao longo do filme, ele vai se tornando cada vez mais óbvio e clichê, chegando ao final com 3° ato vergonhoso, nem parecia mais um de seus filmes.
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraAcredito que por se tratar de um filme do Woody Allen, o meu "pré-conceito" foi lá no alto. Desde o começo fiquei esperando um "feel good movie", mas com a conclusão da obra, deparei-me com um filme dramático e reflexivo. Não que isso seja ruim, mas me pareceu que o filme não se vendia como tal, muito pelo contrário, me pareceu que ele não conseguia dosar de forma integra o drama e a comédia contidos em diversas cenas.
Sim, eu sei que o filme tenta trazer uma abordagem mais realística do término de uma relação e mostrar um período de adaptação de uma pessoa rica para uma classe média baixa, mas isso simplesmente não me agradou tanto quanto eu esperava de um filme de Woody Allen.
A atuação de Cate Blanchett é sem dúvidas impecável, principalmente da metade do segundo ato para o fim,
onde podemos ver uma mulher tentando "recomeçar" a sua vida e falhar miseravelmente.
Enfim, eu achei o filme bem interessante dentro da média, mas nada muito marcante.
Um Lobisomem Americano em Londres
3.7 612Por favor, se algum dia eu acabar por me transformar em um Lobisomem, gostaria que colocasse a música "Blue Moon", do grupo de The Marchels. Desde já, grato.
Um Cadáver para Sobreviver
3.5 936 Assista AgoraÉ realmente difícil de avaliar teoricamente um filme desses. O começo do filme é um besteirol completo, com piadas de peido dignas de Adam Sandler; Mas mesmo com o humor escrachado, você percebe que há algo a mais ali, há um senso de urgência naqueles personagens que os tornam quase fictícios, mas com uma humanidade dentro de si nunca vista antes no cinema.
Logo no começo do segundo ato, é impressionante perceber como nós, espectadores, vamos nos acostumando a viver aquela loucura e sentir que ela está cada vez mais crível. É claro que, é necessário que haja uma suspensão de descrença ao contemplar o filme, pois se o espectador estiver em mente que irá assistir um filme sério, é quase certo que o resultado final não será o mesmo.
Bom, com o passar do 2° ato, o filme quase se torna repetitivo, mas com a chegada do 3° ato, o filme vira de cabeça pra baixo e nos entrega um final sugestivo, espetacular e emocionante. Muito disso graças a trilha sonora magnífica, que está sempre junto do filme nos momentos mais "densos", por assim dizer.
Enfim, é um jornada extremamente divertida e emocionante.
Um Dia de Cão
4.2 734 Assista AgoraÉ realmente incrível como Sidney Lumet consegue manter o clima da situação. Assim como fora dito pelo mesmo, "o filme não tenta ser realista, mas sim naturalista", e é isso o que vemos no longa. Dificilmente Al Pacino interpretou um personagem com tamanho Background como Sonny Wortzik, que sofria uma enorme pressão de sua família e tinha, na certa, problemas psicológicos seríssimos. O modo como ele lida com toda a situação é extraordinário, em cada ação tomada pela polícia, nós podemos sentir a reação do ator vibrando na tela.
Então sim, o filme trata-se de uma drama, mas é impossível não rir em determinados momentos do filme e pensar estar assistindo um longa do Tarantino ou dos Irmão Coen. Assim como em outros trabalhos de Sidney Lumet, temos um filme com uma carga dramática pesadíssima, mas com um toque muito sutil de humor (quase um humor negro), e graças a habilidade inconfundível do mesmo, essas duas categorias são abordadas maravilhosamente. É, sem dúvida alguma, um clássico do Cinema!
$9.99
3.9 42Fui assistir esse filme de forma despretensiosa e me surpreendi! Os personagens me fizeram lembrar de Magnólia, de Paul Thomas Anderson. Aliás, o filme todo é bem parecido com Magnólia, pois podemos ver as ambições dos personagens (e seus fracassos ao tentar alcança-las) e as coincidências entre os personagens, não só pelo fato de morarem no mesmo edifício, mas sim por pelos pequenos detalhes que conectam cada um. Enfim, eu gostei muito do filme, embora possua suas bizarrices.
PS: Fiquei esperando uma chuva de sapos no final :)
Quanto Mais Quente Melhor
4.3 853 Assista AgoraO filme em si é muito bem escrito e dirigido, até porque, essa é umas das características de Billy Wilder: Não fazer filme ruim.
Tamanha é a sua versatilidade, que consegue criar um ambiente sério, pesado e dramático em "The Lost Weekend", e em "Some Like It Hot" faz um filme divertidíssimo, com linhas de diálogos muito bem estruturadas e um humor físico com timing perfeito.
E sinceramente, o que é Marilyn Monroe nesse filme? Linda e Sensual como nunca antes.
Dente Canino
3.8 1,2KExistem filmes que fazem o espectador perguntar-se sobre a real existência do "Bem" e do "Mal". Filmes bastante conhecidos, como: "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças" e quem sabe até, "Ela", abordam temas absurdos, quase fictícios, mas que agradam a multidão e fazem sucesso com o publico em geral. Com isso, posso chegar ao ponto da discussão: Loucura.
Seria de extrema loucura se um homem resolvesse apagar alguém de sua memória após um término de relacionamento?
Seria de extrema loucura se um homem resolvesse se apaixonar por um sistema operacional pois não tem felicidade alguma com seus relacionamentos reais?
Pois bem, isso depende de cada um.
Agora, no momento em que se cria um roteiro extremamente louco, quase que ficcional, depende de como o diretor irá adaptar aquela obra para a sétima arte.
Michael Gondry e Spike Jonze fazem um excelente trabalho, não há duvidas, mas o real motivo de tal indagação é sobre o que nós, espectadores, podemos concluir sobre o material que foi visto.
Em Dente Canino nós vemos o pior do Ser Humano, há loucura saindo pelas paredes. Em cada olhar, em cada gesto, em cada pensamento realizado por qualquer personagem nós vemos ela, a loucura. Mas isso, é claro, é extremamente relativo.
Digo isso pois é uma loucura para nós, que já vivemos um inferno diário. Mas e para os personagens do filme? Para eles, aquilo nada mais é do que uma terça-feira em suas vidas. É isso o que mais me agrada em Dente Canino, é ver a loucura disfarçada de inocência, de raiva, de indignação, mas principalmente de normalidade.
É, verdadeiramente, uma loucura completa, e é isso o que o torna tão maravilhoso.
Fargo: Uma Comédia de Erros
3.9 921 Assista AgoraO que dizer sobre a versatilidade dos irmãos Coen? Essa dupla é simplesmente genial, vão de uma comédia dramática a um suspense/thriller com uma grande facilidade.
O Homem da Terra
4.0 455 Assista AgoraVeja bem, o filme não é ruim, ele é muito mal executado. Vê-se claramente que não existia um grande orçamento para o filme, e fez o que se pode. Fora isso, as atuações deixam muito a desejar, e o roteiro, embora muito criativo, não auxilia os atores a atingirem um âmbito desejável. O filme poderia ser muito maior, mas infelizmente ele não se concretizou. Nota 2,5/5
A Princesa e o Plebeu
4.3 417 Assista AgoraRoteiro de Dalton Trumbo magnífico! Audrey Hepburn foi uma das mulheres mais lindas de Hollywood! Esse filme é simplesmente esplendoroso!