A "confusão" do filme não é culpa dos roteiristas, mas do próprio Le Carré. O livro consegue ser MUITO mais complicado do que o filme, isso porque é escrito de uma forma intimista para Smiley, mas distante para nós, o que não deixa sempre muito claro o que é importante ou não para o decurso da trama.
No roteiro do filme há uma certa filtragem - condensaram o livro em 2 horas, sendo que o seriado da BBC de 1979, também baseado no livro, rendeu uma duração quase 4x maior. O filme tem uma direção imponente, elegante e sólida em todos os aspectos possíveis. Tudo no filme é de suma importância para uma compreensão geral da obra, e qualquer desatenção compromete essa experiência única dentre os filmes de suspense. A trama de John le Carré é tão minuciosamente elaborada que nos oferece a chance de incorporar um espectador agente capaz de ligar os acontecimentos e fazer suposições, participando da investigação por trás da tela.
No mais, palmas para Tomas Alfredson: um diretor minimalista que conseguiu fazer uma releitura completamente original sem perder a essência de um livro complexo e aparentemente inadaptável a 120 minutos.
Não é o filme mais carismático nem mais engraçado do Allen, mas o desenvolvimento das temáticas é maravilhoso e interessantíssimo. Nunca pensei que fosse assistir a máfia se envolver com o meio intelectual. Originalidade total!
Um ótimo filme, mas quanto ao caráter de adaptação, o filme de 1969 mantém melhor a essência dos personagens e a construção da trama. Para quem não se dá bem com o gênero Western, assistir esse filme com certeza não será um problema.
ps: Essa Hailee Steinfeld não conseguiu fazer 1/3 do papel maravilhoso que a Kim Darby fez.
A abordagem sensível de Wong Kar-Wai torna a história piegas em um belo processo de descoberta interior. A forma com que o relacionamento de desconhecidos influencia a nossa jornada pelo auto-conhecimento nunca foi tão evidente, e a maneira com que o realizador conduz, manipula e preenche a tela com inúmeros sentimentos torna o filme uma experiência sensual e nauseante – como tudo aquilo que assola nossos corações.
Um bom filme. O argumento tem uma essência de drama bem interessante, e a trama se metamorfoseia de uma forma bem irônica, lenta e singular. A fotografia do filme é bem interessante, evitando sempre o intimismo do abuso de closes. Nada de excepcional nas atuações e na direção, e o ponto forte do filme é o humor sutil que molda o enredo, de forma sempre natural e fluida.
, que durante sua adolescência é responsável por um acidente de carro, dissolvendo uma família com a morte de uma esposa grávida e seu filho.
A história se arrasta com uma personagem fria, vazia de sentimentos. Sua incapacidade de perdoar-se é explícita, e sua busca pela auto-redenção é acompanhada de perto pelo espectador, graças a uma fotografia intimista proporcionada por uma filmagem de handycam, abusando de over-shoulders, closes trêmulos e zoom-ins/outs, carregando, sem excessos, um ar de aproximação pessoal.
A necessidade de diminuir a dor do viúvo John (William Mapother) através de pequenas e singelas gentilezas (como explorado em 21 Gramas, do diretor mexicano Iñárritu), induz a uma aproximação íntima entre o criminoso e a vítima. Mas tarda Rhoda a perceber que o músico não é a única vítima. Tudo talvez não passasse de sua busca íntima pela auto-satisfação, só sendo notada quando esta decide revelar a verdade,
após vencer um concurso que a daria a oportunidade de visitar o reflexo cósmico de nosso planeta, a Outra Terra.
A existência de um outro planeta próximo e fielmente igual ao nosso abre espaço para inúmeras contestações, sendo apenas superficialmente abordadas pelo diretor. O que você faria se pudesse conversar com seu outro eu? O único significativo questionamento do tema é desmistificado logo em seguida, desapropriando a capacidade da trama de desenvolver interpretações à possível capacidade de interagir com outro “si”.
O argumento do filme é, sem dúvidas, grandioso e muito bem explorado, mas o filme torna-se disperso. A falta de um padrão uniforme é o que prejudica o filme; a premissa sci-fi mesclada com um desenvolvimento dramático é o ponto forte da película, ainda que algumas sequências apelem para o gênero de suspense, causando, pois, uma bagunça em nossos sentimentos e à forma como estamos imersos.
A fotografia, com diversos takes belíssimos, é ameaçada pela ausência de uma boa direção de arte. As atuações, convincentes por excelência. A trilha sonora, predominantemente erudita, torna-se excessiva e pretensiosa em diversas ocasiões. Mas as fragilidades técnicas do filme não são as principais responsáveis pelo resultado final, que poderia, com mais atenção, dar origem a um verdadeiro marco da cinematografia independente. A direção que só consegue embalar o espectador durante transição ao terceiro terço do filme, desconstrói a complexidade do roteiro com um final completamente vago, restando apenas a impressão de que sumiram com a melhor parte da película.
Desagradável, mas nada que eu já não esperasse. Contrariando o especificado nessa ficha técnica, definiria esse filme apenas dentro dos gêneros de horror, e talvez terror. O suspense e o drama são apenas consequências e não são, quase nada, explorados - deixando o foco, então, para o horror repulsivo.
O filme é apenas uma grande poça de sangue, embora deveras criativo. Com cenas fortes e marcantes, a direção é perspicaz, ainda que o roteiro chegue a parecer extremamente apelativo. Defino-o como desnecessário, mesmo que esdrúxulo por excelência.
Ótimo para apreciadores de gore em busca de uma produção ousada.
É de uma beleza fria, talvez uma ferida bem doída que você não receia por ter. Apesar de um roteiro disperso, a essência realista permanece sempre presente. A fotografia é caótica, confusa, ainda que bela, e quanto a atuação de Javier: realmente dispensa-se qualquer palavra.
As críticas que aparecem aqui são sempre as mesmas e eu só posso chegar à conclusão de que realmente só gostam aqueles que se identificam com eremitismo, arcadismo, misantropia... ou simplesmente possuem uma mente aberta a digerir um filme que realiza sua proposta beirando à perfeição.
Uma tentativa do mestre Wajda de mostrar versatilidade em seu cinema. A fotografia é honesta, e o ponto forte do filme é a construção dos diálogos e a magnífica atuação de Polanski. Os diálogos funcionam de forma lírica beirando o poética, perdendo sua essência quando assistido por quem não entende a língua. Porém, a essência do charme da musicalidade fonética que é, muito bem, empregada por Wajda permanece. O lado cômico é falho e pecável, porquanto o diretor não nos oferece momento algum de preparação. Nos primeiros minutos já nos encontramos jogados na trama, e a imersão torna-se pobre, levando em consideração que os principais aspectos metafóricos e alvos da sátira de Wajda sejam, a princípio, desconhecidos a quem se depara com o filme sem o devido conhecimento da contextualização deste.
Esse filme me surpreendeu, todas as atuações foram impecáveis e os personagens são muito bem construídos. A fotografia é linda, a handycam colabora e muito à criação da atmosfera do filme, embora eu tenha sentido falta de momentos still (o único momento que a imagem contemplativa é usada, não dura mais que poucos segundos). Os primeiros minutos são leves e a fotografia é muito viva, mas achei desnecessário e pretensioso a maneira que a trilha sonora atua e a forma que algumas tomadas são empregadas na tentativa de gerar suspense já no início da trama. No mais, a história se desenrola de maneira bem fluida e o clima de suspense segue homogêneo, sem te deixar fugir da tela. O final, embora decerto exagerado, alivia nossa raiva para com o principal vilão, e os créditos sobem sem deixar rastros de arrependimento pelo tempo investido. Um ótimo filme comercial, recomendo à todos que querem um entretenimento justo e que cumpra a proposta.
Um filme lindo. Direção excepcional! A fotografia super simples e criativa consegue envolver a gente, o roteiro foi muito bem construído e a atuação da Karine toca a gente de uma forma única. Parabéns aos envolvidos.
O roteiro é extremamente pobre e ridículo, mas as piadas funcionam bem quase que em todas as cenas. Algumas atuações estão medíocres, e nota-se uma confusão entre as atuações escrachadas e as realistas (me passou impressão de que o diretor não soube organizar isso) que tiram o pouco sentido do enredo. A direção de arte é muito boa, e a de fotografia, achei impressionante. É um filme que pode ser assistido.
O Espião que Sabia Demais
3.4 744 Assista AgoraA "confusão" do filme não é culpa dos roteiristas, mas do próprio Le Carré. O livro consegue ser MUITO mais complicado do que o filme, isso porque é escrito de uma forma intimista para Smiley, mas distante para nós, o que não deixa sempre muito claro o que é importante ou não para o decurso da trama.
No roteiro do filme há uma certa filtragem - condensaram o livro em 2 horas, sendo que o seriado da BBC de 1979, também baseado no livro, rendeu uma duração quase 4x maior. O filme tem uma direção imponente, elegante e sólida em todos os aspectos possíveis. Tudo no filme é de suma importância para uma compreensão geral da obra, e qualquer desatenção compromete essa experiência única dentre os filmes de suspense. A trama de John le Carré é tão minuciosamente elaborada que nos oferece a chance de incorporar um espectador agente capaz de ligar os acontecimentos e fazer suposições, participando da investigação por trás da tela.
No mais, palmas para Tomas Alfredson: um diretor minimalista que conseguiu fazer uma releitura completamente original sem perder a essência de um livro complexo e aparentemente inadaptável a 120 minutos.
Homem-Aranha
3.7 1,3K Assista AgoraEsse é o filme mais sensível e humano de um super-herói.
Tiros na Broadway
3.8 126 Assista AgoraNão é o filme mais carismático nem mais engraçado do Allen, mas o desenvolvimento das temáticas é maravilhoso e interessantíssimo. Nunca pensei que fosse assistir a máfia se envolver com o meio intelectual. Originalidade total!
Bravura Indômita
3.9 1,4K Assista AgoraUm ótimo filme, mas quanto ao caráter de adaptação, o filme de 1969 mantém melhor a essência dos personagens e a construção da trama. Para quem não se dá bem com o gênero Western, assistir esse filme com certeza não será um problema.
ps: Essa Hailee Steinfeld não conseguiu fazer 1/3 do papel maravilhoso que a Kim Darby fez.
Grande Hotel
3.4 336 Assista AgoraNão sei se perceberam, mas as crianças do "The Misbehavers" estavam assistindo Bedhead, primeiro curta que o Robert Rodriguez dirigiu. Bem legal...
Um Beijo Roubado
3.5 606 Assista AgoraA abordagem sensível de Wong Kar-Wai torna a história piegas em um belo processo de descoberta interior. A forma com que o relacionamento de desconhecidos influencia a nossa jornada pelo auto-conhecimento nunca foi tão evidente, e a maneira com que o realizador conduz, manipula e preenche a tela com inúmeros sentimentos torna o filme uma experiência sensual e nauseante – como tudo aquilo que assola nossos corações.
Leia na íntegra: (contém spoilers)
Meu Irmão Quer Se Matar
3.7 22Um bom filme. O argumento tem uma essência de drama bem interessante, e a trama se metamorfoseia de uma forma bem irônica, lenta e singular. A fotografia do filme é bem interessante, evitando sempre o intimismo do abuso de closes. Nada de excepcional nas atuações e na direção, e o ponto forte do filme é o humor sutil que molda o enredo, de forma sempre natural e fluida.
A Outra Terra
3.7 873 Assista AgoraA trama é construída sobre a protagonista Rhoda Williams (Brit Marling)
, que durante sua adolescência é responsável por um acidente de carro, dissolvendo uma família com a morte de uma esposa grávida e seu filho.
A história se arrasta com uma personagem fria, vazia de sentimentos. Sua incapacidade de perdoar-se é explícita, e sua busca pela auto-redenção é acompanhada de perto pelo espectador, graças a uma fotografia intimista proporcionada por uma filmagem de handycam, abusando de over-shoulders, closes trêmulos e zoom-ins/outs, carregando, sem excessos, um ar de aproximação pessoal.
A necessidade de diminuir a dor do viúvo John (William Mapother) através de pequenas e singelas gentilezas (como explorado em 21 Gramas, do diretor mexicano Iñárritu), induz a uma aproximação íntima entre o criminoso e a vítima. Mas tarda Rhoda a perceber que o músico não é a única vítima. Tudo talvez não passasse de sua busca íntima pela auto-satisfação, só sendo notada quando esta decide revelar a verdade,
após vencer um concurso que a daria a oportunidade de visitar o reflexo cósmico de nosso planeta, a Outra Terra.
A existência de um outro planeta próximo e fielmente igual ao nosso abre espaço para inúmeras contestações, sendo apenas superficialmente abordadas pelo diretor. O que você faria se pudesse conversar com seu outro eu? O único significativo questionamento do tema é desmistificado logo em seguida, desapropriando a capacidade da trama de desenvolver interpretações à possível capacidade de interagir com outro “si”.
O argumento do filme é, sem dúvidas, grandioso e muito bem explorado, mas o filme torna-se disperso. A falta de um padrão uniforme é o que prejudica o filme; a premissa sci-fi mesclada com um desenvolvimento dramático é o ponto forte da película, ainda que algumas sequências apelem para o gênero de suspense, causando, pois, uma bagunça em nossos sentimentos e à forma como estamos imersos.
A fotografia, com diversos takes belíssimos, é ameaçada pela ausência de uma boa direção de arte. As atuações, convincentes por excelência. A trilha sonora, predominantemente erudita, torna-se excessiva e pretensiosa em diversas ocasiões. Mas as fragilidades técnicas do filme não são as principais responsáveis pelo resultado final, que poderia, com mais atenção, dar origem a um verdadeiro marco da cinematografia independente. A direção que só consegue embalar o espectador durante transição ao terceiro terço do filme, desconstrói a complexidade do roteiro com um final completamente vago, restando apenas a impressão de que sumiram com a melhor parte da película.
A Invasora
3.4 706Desagradável, mas nada que eu já não esperasse. Contrariando o especificado nessa ficha técnica, definiria esse filme apenas dentro dos gêneros de horror, e talvez terror. O suspense e o drama são apenas consequências e não são, quase nada, explorados - deixando o foco, então, para o horror repulsivo.
O filme é apenas uma grande poça de sangue, embora deveras criativo. Com cenas fortes e marcantes, a direção é perspicaz, ainda que o roteiro chegue a parecer extremamente apelativo. Defino-o como desnecessário, mesmo que esdrúxulo por excelência.
Ótimo para apreciadores de gore em busca de uma produção ousada.
A Outra Terra
3.7 873 Assista AgoraEscrevi uma síntese entre Melancholia e Another Earth aqui:
(para os que quiserem conferir, saibam que pode conter spoilers)
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraSe quiserem, podem conferir o que achei do filme aqui neste link. (para quem não assistiu o filme: contém spoilers)
Busca Frenética
3.5 103 Assista AgoraA cena em que a Michelle e o Richard dançam no bar é extremamente bizarra.
Biutiful
4.0 1,1KÉ de uma beleza fria, talvez uma ferida bem doída que você não receia por ter. Apesar de um roteiro disperso, a essência realista permanece sempre presente. A fotografia é caótica, confusa, ainda que bela, e quanto a atuação de Javier: realmente dispensa-se qualquer palavra.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraAs críticas que aparecem aqui são sempre as mesmas e eu só posso chegar à conclusão de que realmente só gostam aqueles que se identificam com eremitismo, arcadismo, misantropia... ou simplesmente possuem uma mente aberta a digerir um filme que realiza sua proposta beirando à perfeição.
A Vingança
3.1 2Uma tentativa do mestre Wajda de mostrar versatilidade em seu cinema. A fotografia é honesta, e o ponto forte do filme é a construção dos diálogos e a magnífica atuação de Polanski. Os diálogos funcionam de forma lírica beirando o poética, perdendo sua essência quando assistido por quem não entende a língua. Porém, a essência do charme da musicalidade fonética que é, muito bem, empregada por Wajda permanece. O lado cômico é falho e pecável, porquanto o diretor não nos oferece momento algum de preparação. Nos primeiros minutos já nos encontramos jogados na trama, e a imersão torna-se pobre, levando em consideração que os principais aspectos metafóricos e alvos da sátira de Wajda sejam, a princípio, desconhecidos a quem se depara com o filme sem o devido conhecimento da contextualização deste.
A Última Casa
3.5 1,2K Assista AgoraEsse filme me surpreendeu, todas as atuações foram impecáveis e os personagens são muito bem construídos. A fotografia é linda, a handycam colabora e muito à criação da atmosfera do filme, embora eu tenha sentido falta de momentos still (o único momento que a imagem contemplativa é usada, não dura mais que poucos segundos). Os primeiros minutos são leves e a fotografia é muito viva, mas achei desnecessário e pretensioso a maneira que a trilha sonora atua e a forma que algumas tomadas são empregadas na tentativa de gerar suspense já no início da trama. No mais, a história se desenrola de maneira bem fluida e o clima de suspense segue homogêneo, sem te deixar fugir da tela. O final, embora decerto exagerado, alivia nossa raiva para com o principal vilão, e os créditos sobem sem deixar rastros de arrependimento pelo tempo investido. Um ótimo filme comercial, recomendo à todos que querem um entretenimento justo e que cumpra a proposta.
Dogville
4.3 2,0K Assista AgoraObrigado, Brecht.
O Palhaço
3.6 2,2K Assista AgoraUma boa direção de arte... Apenas.
Desenrola
2.9 726 Assista AgoraEu já assisti filmes ruins, filmes muito ruins... e também já assisti Desenrola.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraBelo... apenas...? Nem sei. É um filme indefinido, e indefinível.
Riscado
3.9 78 Assista AgoraUm filme lindo. Direção excepcional! A fotografia super simples e criativa consegue envolver a gente, o roteiro foi muito bem construído e a atuação da Karine toca a gente de uma forma única. Parabéns aos envolvidos.
Muita Calma Nessa Hora
3.0 1,4K Assista AgoraO roteiro é extremamente pobre e ridículo, mas as piadas funcionam bem quase que em todas as cenas. Algumas atuações estão medíocres, e nota-se uma confusão entre as atuações escrachadas e as realistas (me passou impressão de que o diretor não soube organizar isso) que tiram o pouco sentido do enredo. A direção de arte é muito boa, e a de fotografia, achei impressionante. É um filme que pode ser assistido.
A Última Noite de Boris Grushenko
4.0 218 Assista AgoraNa minha opinião, o filme mais afiado do Allen. Assistir esse filme é provar, da mais pura forma, a ironia desse grande diretor!
Nome Próprio
3.3 294 Assista AgoraPessoas falam como se o Bukowski fosse o único escritor infeliz e desacreditado da vida... Shame.