Com apenas um soco, o herói careca vence monstros falastrões ao lado de seu discípulo meio cyborg. Ainda que não seja visto treinando, Saitama credita sua força a uma rotina simples de exercícios que ele executou em três anos. A trama tenta envolver, criar um suspense, mas toda batalha termina com um golpe, como diz o nome do anime. Apesar de umas tiradas engraçadas, diante da previsibilidade de tudo, no quarto episódio eu já estava tão entediado quanto o herói imbatível.
River, assim como o garotinho de 'O sexto sentido,' vê gente morta. Brilhante policial, seu dom (ou loucura) de falar com os mortos tem uma linha tênue entre ajudar e atrapalhar, entre a verdade e a completa insanidade. E agora ele tem que investigar o assassinato de sua melhor amiga. São seis episódios que na minha visão tem como principais motes a solidão das metrópoles, a solidão da vida, e do quanto pode ser doloroso evitar revelar nossos verdadeiros sentimentos, pois quem amamos pode partir sem aviso prévio.
Certa vez uma criança pegou seus doces preferidos (biscoito recheado, paçoca, iogurte, bombom e suspiro) e bateu no liquidificador. Parecia uma excelente ideia juntar tudo que gostava numa mistura só. Não ficou ruim, só que também não ficou tão bom quanto ela esperava. Essa é a minha sensação sobre Stranger Things. Pegaram elementos de séries/filmes/livros que marcaram uma geração e misturaram. Assim como o doce da criança acima, não ficou ruim, mas também não ficou tudo aquilo que era esperado. Li muitos elogios e decidi ver. Parecia uma ideia genial juntar todas essas influências, mas, ao menos para mim, ficou aquém do desejado. Crianças aventureiras, um órgão do governo que faz experiências secretas, uma criança com poderes telecinéticos, um monstro à espreita e luzinhas piscando. Como muitos mencionaram, uma mistureba de Goonies, com Stephen King e Arquivo X. É até bacaninha, mas não passou longe de impressionar. Vi quatro episódios e abandonei. Tô sem tempo para uma série apenas bacaninha. Melhor consumir cada doce separadamente.
Que show de atuação do Bobby Cannavale (Gyp Rosetti)! Não à toa bateu os também excelentes Aaron Paul (Breaking Bad) e Peter Dinklage (Game of Thrones) no prêmio de melhor coadjuvante do Emmy de 2013.
A 2ª temporada ficou num nível levemente abaixo da 1ª ao mostrar outro canto sujo, corrupto e nada atraente dos EUA. Nic Pizzolato e sua turma estão de parabéns pela maneira como preparam os atores para a série. Dos principais aos secundários, os atores mergulham em seus personagens e entregam atuações de primeira. Nunca tinha visto nada interessante com o Vince Vaughn, mas o cara mandou muito bem na série. Rachel McAdams e Taylor Kitsch idem. Já o Colin Farrell estava num patamar de atuação acima dos demais. Assim como Matthew McConaughey na 1ª, ele deu vida ao personagem de maneira brilhante.
Que atuação foda foi aquela na cena em que ele descobre que matou o cara errado e que o estuprador de sua mulher está vivo! E o climão pesado da série? Não há espaço para sorrisos, gracinhas ou tiradas sarcásticas. A atmosfera é sombria. Todos estão no limite. Mas ri muito com o ‘quase sorriso’ do ‘quase eu te amo’ ao telefone, quando Velcoro parece estar voltando são e salvo após exterminar Osip e sua turma. Sempre fico puto com personagens como Frank Semyon, que não abaixam a cabeça nunca, e acabam morrendo por isso. Fazer o quê, né? Devem existir tipos assim mesmo. Nem tudo foi perfeito, é claro. Entre os defeitos, teve a cena do mega tiroteio, com aqueles manifestantes mocorongando em meios às balas zunindo, que ficou pouco crível. A trama era muito complexa e demorou a ficar clara (ou eu sou muito lerdo). Nessa temporada, a HBO retomou sua sina de matar protagonistas. Triste fim para Velcoro e Frank, mas achei o desfecho justo no caso deles.
Não me informei sobre, mas espero que venham mais temporadas!
No começo achei interessante e uma boa sacada ter uma série com o cara que inspirou a criação de George Costanza, um dos personagens mais engraçados que já vi. Em Seinfeld, como pudemos notar, as expressões faciais, os diálogos malucos, as atitudes absurdas, a mente doentia e a falta de traquejo social do Larry David foram bem interpretadas pelo Jason Alexander. Em Curb Your Entusiasm, no entanto, acabou ficando cansativo ver episódios sempre retratando Larry como um cara extremamente azarado, numa espécie de karma, em que cada atitude errada, ainda que algumas sem má intenção, resulte em constrangimento ao protagonista.
Lentidão no desenvolvimento da trama e resoluções aquém do esperado resumem a 5° temporada, decepcionando quem tinha grandes expectativas após o alto nível das duas temporadas que a antecederam. A série perdeu muito tempo com episódios chatos mostrando o crescente domínio do Alto Septão em Porto Real, o “treinamento” de Arya pelos homens sem rosto, o doentio casamento de Sansa e Ramsay, os dilemas do governo de Daenerys e as viagens de Tyrion rumo a Meereen e de Jaime rumo a Dorne.
Arya, personagem muito querido, recebeu bastante destaque, mas com uma história de desenvolvimento lento na casa dos homens sem rosto. Aquela papagaiada toda do ritual para se tornar um/uma sem face deve ter tirado a paciência até do monge mais ortodoxo. Contudo, foi lindo ver a mocinha mostrando sua faceta vingativa com muito estilo ao assassinar o pedófilo Meryn Trant. Porém, o ato resultou num castigo por parte dos sem rosto, deixando-nos curiosos sobre seu futuro. Curioso também é o sumiço de Bran, hein? Será que já gravaram os episódios que deveriam com o garoto warg? Acho difícil, pois isso facilitaria o vazamento do conteúdo dos episódios. E se o garoto crescer muito? Ficaria estranho para o andamento da trama. Coitado do Hodor, que tem que carregá-lo.
Já Sansa, que parecia ter finalmente assumido a postura de um Stark, sem Baelish por perto voltou a ser a passiva Sonsa, e o que é pior, nas mãos do repugnante Ramsay Bolton. Quero só ver se ela e Theon conseguirão mesmo escapar de Ramsay. Falando no bastardo Bolton, alguém conseguiu ser tão desprezível (ou mais) quanto ele: Stannis Baratheon, que gerou um dos momentos mais desesperadores da saga ao queimar viva sua própria filha (show de atuação da atriz mirim que interpreta Shereen) em um sacrifício ao Deus Vermelho. Essas e outras atitudes resultaram no enfraquecimento de sua tropa, no suicídio de Selyse, na deserção da doida varrida Melisandre, seguida pela derrota na batalha contra os Bolton. Stannis teve ainda um merecido fim nas mão de Brienne, que finalmente vingou Renly.
Enquanto isso, a mãe dos dragões, personagem tão poderoso e mítico, quando parece que vai engrenar, empaca com suas indecisões. E francamente, por mais que Meeeren seja imensa, com tantos Imaculados, somente algumas dezenas estavam lá na arena para protegê-la dos filhos da Harpia? Pouco crível, não? E agora, espero que o desfecho de sua montaria alada não resulte numa encheção de linguiça em terras distantes até ela regressar a Meereen. O fugitivo Tyrion Lannister, por sua vez, teve uma temporada de transição, passando por apuros e finalmente chegando a Meereen para um esperado encontro com Daenerys Targaryen Khaleessi Nascida da Tormenta Mãe dos Dragões da Silva. Como agora ela foi parar longe, Tyrion voltará a fazer parceria com Varys para administrar a complicada cidade, o que muito me agrada.
No núcleo familiar do anão, a cena de Myrcella e Jaime foi uma das mais bonitinhas do seriado. Mas, como não é de se surpreender no universo de George R.R. Martin, foi seguida pela morte da jovem, que mais acrescenta à trama sendo assassinada do que vivendo seu romance de princesa da Disney. Fica a expectativa sobre o destino que o amado dela, Trystane Martell, terá nas mãos do Lannisters. Agora, incrível mesmo foi a cena da Cersei (apesar de não ser a Lena Headey lá nua) atravessando a cidade em meio a ofensas e agressões. A atriz conseguiu expressar bem o sentimento da cruel personagem suportando seu calvário para mais adiante vingar-se dos religiosos da Fé dos Sete e de seus outros inimigos. Medo! Aliás, com tamanha passividade e inocência do rei Tommen, deu até saudade do demente do Joffrey, não é? Haha, quem diria que o pirralho mimado faria falta.
Do outro lado da muralha, a batalha contra os caminhantes brancos foi um dos poucos pontos altos da temporada e nos deixa apreensivos sobre o avanço dos superzumbis rumo à civilização. No entanto, o ponto mais baixo foi a morte de Jon Snow. Achei que poderiam criar um clímax melhor para a morte de um personagem de tamanha importância. Jaime Lannister que me perdoe pela comparação, mas os realizadores do seriado perderam a mão, ainda que figurativamente, no caso deles. Sempre souberam criar um climão impactante, seja de “ai, caramba, vai dar merda” ou de surpresa na morte de alguns personagens importantes, mas na do Jon, figura de extrema popularidade, foi uma morte tacanha, frustrante, a partir de certo ponto do episódio até previsível, nas mãos dos miseráveis patrulheiros. Claro que nem toda morte tem que ser épica, mas fica a sensação que a do Jon Snow merecia algo mais. Morrer nas mãos do White Walker Boss seria mais digno.
Agora só nos resta torcer para que a série, que caminhará à frente dos livros, tenha um rumo interessante e bem construído, como foi nas temporadas anteriores a esta, porque senão vai ladeira abaixo.
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One Punch Man (1ª Temporada)
4.3 332 Assista AgoraSaitama, o herói entediado
Com apenas um soco, o herói careca vence monstros falastrões ao lado de seu discípulo meio cyborg. Ainda que não seja visto treinando, Saitama credita sua força a uma rotina simples de exercícios que ele executou em três anos. A trama tenta envolver, criar um suspense, mas toda batalha termina com um golpe, como diz o nome do anime. Apesar de umas tiradas engraçadas, diante da previsibilidade de tudo, no quarto episódio eu já estava tão entediado quanto o herói imbatível.
River
4.3 88River, assim como o garotinho de 'O sexto sentido,' vê gente morta.
Brilhante policial, seu dom (ou loucura) de falar com os mortos tem uma linha tênue entre ajudar e atrapalhar, entre a verdade e a completa insanidade.
E agora ele tem que investigar o assassinato de sua melhor amiga.
São seis episódios que na minha visão tem como principais motes a solidão das metrópoles, a solidão da vida, e do quanto pode ser doloroso evitar revelar nossos verdadeiros sentimentos, pois quem amamos pode partir sem aviso prévio.
Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraCerta vez uma criança pegou seus doces preferidos (biscoito recheado, paçoca, iogurte, bombom e suspiro) e bateu no liquidificador. Parecia uma excelente ideia juntar tudo que gostava numa mistura só. Não ficou ruim, só que também não ficou tão bom quanto ela esperava.
Essa é a minha sensação sobre Stranger Things. Pegaram elementos de séries/filmes/livros que marcaram uma geração e misturaram. Assim como o doce da criança acima, não ficou ruim, mas também não ficou tudo aquilo que era esperado.
Li muitos elogios e decidi ver. Parecia uma ideia genial juntar todas essas influências, mas, ao menos para mim, ficou aquém do desejado. Crianças aventureiras, um órgão do governo que faz experiências secretas, uma criança com poderes telecinéticos, um monstro à espreita e luzinhas piscando. Como muitos mencionaram, uma mistureba de Goonies, com Stephen King e Arquivo X.
É até bacaninha, mas não passou longe de impressionar. Vi quatro episódios e abandonei. Tô sem tempo para uma série apenas bacaninha. Melhor consumir cada doce separadamente.
Game of Thrones (5ª Temporada)
4.4 1,4KSem dúvida a pior temporada da série.
Narcos (1ª Temporada)
4.4 898 Assista AgoraJosé Padilha finalmente valorizou o talento da dona Vilma da Malhação e a escalou para interpretar a mãe do Pablo Escobar.
Boardwalk Empire - O Império do Contrabando (3ª Temporada)
4.5 98Que show de atuação do Bobby Cannavale (Gyp Rosetti)! Não à toa bateu os também excelentes Aaron Paul (Breaking Bad) e Peter Dinklage (Game of Thrones) no prêmio de melhor coadjuvante do Emmy de 2013.
True Detective (2ª Temporada)
3.6 773A 2ª temporada ficou num nível levemente abaixo da 1ª ao mostrar outro canto sujo, corrupto e nada atraente dos EUA. Nic Pizzolato e sua turma estão de parabéns pela maneira como preparam os atores para a série. Dos principais aos secundários, os atores mergulham em seus personagens e entregam atuações de primeira.
Nunca tinha visto nada interessante com o Vince Vaughn, mas o cara mandou muito bem na série. Rachel McAdams e Taylor Kitsch idem. Já o Colin Farrell estava num patamar de atuação acima dos demais. Assim como Matthew McConaughey na 1ª, ele deu vida ao personagem de maneira brilhante.
Que atuação foda foi aquela na cena em que ele descobre que matou o cara errado e que o estuprador de sua mulher está vivo! E o climão pesado da série? Não há espaço para sorrisos, gracinhas ou tiradas sarcásticas. A atmosfera é sombria. Todos estão no limite. Mas ri muito com o ‘quase sorriso’ do ‘quase eu te amo’ ao telefone, quando Velcoro parece estar voltando são e salvo após exterminar Osip e sua turma.
Sempre fico puto com personagens como Frank Semyon, que não abaixam a cabeça nunca, e acabam morrendo por isso. Fazer o quê, né? Devem existir tipos assim mesmo.
Nem tudo foi perfeito, é claro. Entre os defeitos, teve a cena do mega tiroteio, com aqueles manifestantes mocorongando em meios às balas zunindo, que ficou pouco crível. A trama era muito complexa e demorou a ficar clara (ou eu sou muito lerdo).
Nessa temporada, a HBO retomou sua sina de matar protagonistas. Triste fim para Velcoro e Frank, mas achei o desfecho justo no caso deles.
Não me informei sobre, mas espero que venham mais temporadas!
Segura a Onda (1ª Temporada)
4.3 46 Assista AgoraNo começo achei interessante e uma boa sacada ter uma série com o cara que inspirou a criação de George Costanza, um dos personagens mais engraçados que já vi. Em Seinfeld, como pudemos notar, as expressões faciais, os diálogos malucos, as atitudes absurdas, a mente doentia e a falta de traquejo social do Larry David foram bem interpretadas pelo Jason Alexander. Em Curb Your Entusiasm, no entanto, acabou ficando cansativo ver episódios sempre retratando Larry como um cara extremamente azarado, numa espécie de karma, em que cada atitude errada, ainda que algumas sem má intenção, resulte em constrangimento ao protagonista.
Game of Thrones (5ª Temporada)
4.4 1,4KLentidão no desenvolvimento da trama e resoluções aquém do esperado resumem a 5° temporada, decepcionando quem tinha grandes expectativas após o alto nível das duas temporadas que a antecederam. A série perdeu muito tempo com episódios chatos mostrando o crescente domínio do Alto Septão em Porto Real, o “treinamento” de Arya pelos homens sem rosto, o doentio casamento de Sansa e Ramsay, os dilemas do governo de Daenerys e as viagens de Tyrion rumo a Meereen e de Jaime rumo a Dorne.
Arya, personagem muito querido, recebeu bastante destaque, mas com uma história de desenvolvimento lento na casa dos homens sem rosto. Aquela papagaiada toda do ritual para se tornar um/uma sem face deve ter tirado a paciência até do monge mais ortodoxo. Contudo, foi lindo ver a mocinha mostrando sua faceta vingativa com muito estilo ao assassinar o pedófilo Meryn Trant. Porém, o ato resultou num castigo por parte dos sem rosto, deixando-nos curiosos sobre seu futuro. Curioso também é o sumiço de Bran, hein? Será que já gravaram os episódios que deveriam com o garoto warg? Acho difícil, pois isso facilitaria o vazamento do conteúdo dos episódios. E se o garoto crescer muito? Ficaria estranho para o andamento da trama. Coitado do Hodor, que tem que carregá-lo.
Já Sansa, que parecia ter finalmente assumido a postura de um Stark, sem Baelish por perto voltou a ser a passiva Sonsa, e o que é pior, nas mãos do repugnante Ramsay Bolton. Quero só ver se ela e Theon conseguirão mesmo escapar de Ramsay. Falando no bastardo Bolton, alguém conseguiu ser tão desprezível (ou mais) quanto ele: Stannis Baratheon, que gerou um dos momentos mais desesperadores da saga ao queimar viva sua própria filha (show de atuação da atriz mirim que interpreta Shereen) em um sacrifício ao Deus Vermelho. Essas e outras atitudes resultaram no enfraquecimento de sua tropa, no suicídio de Selyse, na deserção da doida varrida Melisandre, seguida pela derrota na batalha contra os Bolton. Stannis teve ainda um merecido fim nas mão de Brienne, que finalmente vingou Renly.
Enquanto isso, a mãe dos dragões, personagem tão poderoso e mítico, quando parece que vai engrenar, empaca com suas indecisões. E francamente, por mais que Meeeren seja imensa, com tantos Imaculados, somente algumas dezenas estavam lá na arena para protegê-la dos filhos da Harpia? Pouco crível, não? E agora, espero que o desfecho de sua montaria alada não resulte numa encheção de linguiça em terras distantes até ela regressar a Meereen.
O fugitivo Tyrion Lannister, por sua vez, teve uma temporada de transição, passando por apuros e finalmente chegando a Meereen para um esperado encontro com Daenerys Targaryen Khaleessi Nascida da Tormenta Mãe dos Dragões da Silva. Como agora ela foi parar longe, Tyrion voltará a fazer parceria com Varys para administrar a complicada cidade, o que muito me agrada.
No núcleo familiar do anão, a cena de Myrcella e Jaime foi uma das mais bonitinhas do seriado. Mas, como não é de se surpreender no universo de George R.R. Martin, foi seguida pela morte da jovem, que mais acrescenta à trama sendo assassinada do que vivendo seu romance de princesa da Disney. Fica a expectativa sobre o destino que o amado dela, Trystane Martell, terá nas mãos do Lannisters.
Agora, incrível mesmo foi a cena da Cersei (apesar de não ser a Lena Headey lá nua) atravessando a cidade em meio a ofensas e agressões. A atriz conseguiu expressar bem o sentimento da cruel personagem suportando seu calvário para mais adiante vingar-se dos religiosos da Fé dos Sete e de seus outros inimigos. Medo! Aliás, com tamanha passividade e inocência do rei Tommen, deu até saudade do demente do Joffrey, não é? Haha, quem diria que o pirralho mimado faria falta.
Do outro lado da muralha, a batalha contra os caminhantes brancos foi um dos poucos pontos altos da temporada e nos deixa apreensivos sobre o avanço dos superzumbis rumo à civilização. No entanto, o ponto mais baixo foi a morte de Jon Snow. Achei que poderiam criar um clímax melhor para a morte de um personagem de tamanha importância. Jaime Lannister que me perdoe pela comparação, mas os realizadores do seriado perderam a mão, ainda que figurativamente, no caso deles. Sempre souberam criar um climão impactante, seja de “ai, caramba, vai dar merda” ou de surpresa na morte de alguns personagens importantes, mas na do Jon, figura de extrema popularidade, foi uma morte tacanha, frustrante, a partir de certo ponto do episódio até previsível, nas mãos dos miseráveis patrulheiros. Claro que nem toda morte tem que ser épica, mas fica a sensação que a do Jon Snow merecia algo mais. Morrer nas mãos do White Walker Boss seria mais digno.
Agora só nos resta torcer para que a série, que caminhará à frente dos livros, tenha um rumo interessante e bem construído, como foi nas temporadas anteriores a esta, porque senão vai ladeira abaixo.