arthur

eu imaginei que fosse IMPOSSÍVEL dar só três estrelas pra um filme no qual o barry keoghan tá tão inacreditavelmente gostoso e sem roupa durante 90% do tempo mas cá estamos...

profundamente previsível, terrivelmente raso e recheado de atuações ótimas — com o coitado do jacob elordi sendo engolido por tudo e todos, keoghan e pike no topo dessa lista. a fennel droppa todo o potencial de todas as cenas e por mais que o filme pareça ir LÁ, nunca vai. em momento algum. não que todo filme tenha que necessariamente dizer alguma coisa, mas fica bem óbvio que é isso que "saltburn" acha que tá fazendo; dá uma vergonhazinha, até. uma punheta meio tediosa mas que é certamente lindíssima — ainda que artificial demais e feita pra brilhar viralizando no twitter com essa pegada de "cada frame tem que ser uma pintura" que as vezes ficava até meio brega.

deveria ter sido mais camp. mais gore. mais gay. mais tudo. curiosamente, faltou sal

arrepiado. o tanto que o camp permeado em tudo disfarça o absoluto horror que é a trama central (e todas as suas ramificações e possibilidades).

EU AMO ATRIZES VÉI EU AMO
(charles melton também impecável te amo)

um pouco mais de nuance teria sido bem vinda mas acho que a proposta aqui é totalmente consciente de que, talvez, isso não caiba. a partir do momento em que a personagem da phoebe dynevor (she's mother) expressa reações completamente diferentes a tal da contratação (ou o fato dessa ocorrer de modo contrário ao esperado), o soco mais importante do filme já tava garantido. daí foi só ser pulpy e divertido e kinda serving até o fim