É chover no molhado falar que Cillian Murphy é um baita ator e que Thomas Shelby entra pra história como um dos melhores protagonistas de séries de todos os tempos. A única coisa que me incomoda em Peaky Blinders é que a série é muito pretensiosa, tenta ser "fodona demais" com cenas de efeito pra impressionar e muitas vezes não consegue fazer isso de um jeito natural. Sempre foi uma boa série, regular, mas acaba não sendo brilhante e muito por conta disso.
O que eu sempre achei bizarro nessa história é como os bandidos pensaram até os mínimos detalhes pra entrar no cofre e pegar o dinheiro, mas como foram amadores sobre o que fazer depois. Num roubo a banco, 50% é o assalto e 50% é o pós-assalto, mas os caras foram só até a metade.
Quando renovaram La Casa de Papel, todo mundo apostava no fracasso da série, porque não fazia o menor sentido a história ter uma continuação, e só ia servir pra Netflix explorar e fazer dinheiro. Mas quem diria que mesmo com uma continuação, teria um final tão digno e bem amarrado.
É uma série que é oito ou oitenta. Da mesma forma que mistura coisas surreais, quase de novela, tem personagens carismáticos, reviravoltas e detalhes na história que chegam a ser genais. Nunca deixou de ser um bom entretenimento.
A qualidade dessa série é quase impecável: as músicas, a fotografia, edição, os diálogos, o trio de protagonistas, que tem carisma, apesar do Jotapê, que é meio canastrão, mas a Bruna Mascarenhas e o Christian Malheiros são muito bons.
A trama em si talvez seja o ponto fraco, porque não tem muito aprofundamento e os temas são clichês, mas a forma que eles são trabalhados, inserindo todo o contexto dos personagens na comunidade, passa muita verdade, inclusive a religião, que muita gente está criticando (até de forma discriminatória) por ter ganhado muito espaço nessa temporada, mas é preciso entender que isso também está muito presente na realidade dessas comunidades.
É o tipo de série nacional que se fosse gringa estaria todo mundo falando e pagando pau...
Juro que ainda não consigo entender todo esse hype em cima de Ted Lasso, mesmo sendo fã de futebol e pegando todas as referências que a série faz.
É uma comédia que eu não acho inteligente e que não me faz rir, e com o drama mais presente nessa segunda temporada, acabou não me convencendo muito em nem uma coisa e nem outra.
Alguns personagens até tem seu carisma, mas é só isso. Não que a série seja ruim, alguns episódios até são bem escritos e não forçam tanto a barra criando aquele plot previsível de superação do time do Richmond se tornar imbatível mesmo sendo fraco, eu só acho que não é essa "obra-prima" que todo mundo está pintando.
A série foge do convencional e o Mike Flanagan vai se tornando especialista em fazer terror com essa pegada mais lenta e realista. Diria até que a série pende mais pro drama existencialista e o suspense do que o terror em si.
Tem algumas cenas que são angustiantes e tecnicamente espetaculares. As críticas já saturadas ao fanatismo religioso e uma atuação impecável do Hamish Linklater, que eu não conhecia, mas agora é difícil imaginar outro ator que pudesse entregar a mistura de calma e imprevisibilidade do personagem dele. Mas justamente por ser uma série que foge do padrão, não é pra todo mundo. A narrativa é extremamente lenta, com muitos diálogos, monólogos, e cansa em alguns momentos.
Quem não conhece a pegada do diretor e quer um terror mais convencional, melhor procurar outra série.
A narrativa da série é envolvente. A proposta de mostrar os golpes sendo realizados por perspectivas diferentes também é bem interessante. Isso sem falar no carisma absurdo que tem o Omar Sy e o Lupin, que pode virar um personagem clássico fácil.
A única coisa que me incomoda é que a história tem muitas facilitações narrativas e algumas ações e situações inverossímeis, que chegam até a subestimar a inteligência do público, tipo
Não acredito que cancelaram uma série que depende basicamente da revelação do mistério pra tudo fazer sentido, e o mistério não é revelado.
E eu nem culpo o criador da série, porque ele sempre vai querer manter por mais tempo no ar explorando justamente a curiosidade das pessoas, assim como foi com Lost, e a expectativa é de que séries assim tenham pelo menos cinco temporadas, ou seja, a NBC que cancelou antes da hora. Podiam no mínimo fazer um telefilme pra encerrar a história, senão todo mundo vai ter assistido três temporadas de trouxa.
Essa série não deve em nada as produções americanas investigativas. Muito bem produzida e cheia de reviravoltas. E ainda aborda a intolerância religiosa, as falhas gritantes do nosso sistema judiciário e principalmente o pré-julgamento das pessoas.
O ponto que eu achei negativo foi o desfecho, porque o documentário se vende como imparcial, mas no fim toma partido...
A série sugere que o caso permanece em aberto, mas já crava que os sete acusados, principalmente a Beatriz e a Celina, são inocentes e foram injustiçados, muito por conta que eles "confessaram" o crime sob tortura, algo que parece mesmo ser comprovado pelas fitas.
Porém, o documentário mostra que as fitas comprovam apenas a tortura, e não a inocência dos acusados. Tem até um depoimento de uma jornalista no documentário que fala exatamente isso, que a tortura é inadmissível, mas não torna, por si só, o torturado inocente.
Só que o documentário toma partido no final e já inocenta os acusados, sendo que durante a série, houve indícios, no mínimo estranhos, que não deveriam descartar completamente a participação dessas pessoas no crime. Não se trata de condená-las, apenas de não descartá-las das investigações, cravando que já são inocentes.
Só que pelos comentários, inclusive aqui, já tem gente revoltada e comprando a versão do documentário. Eu acho uma atitude precipitada.
Fiquei com um pé atrás pra ver essa série depois de saber da proposta de não ter imagens, apenas diálogos de ligações. Achei que teria uma pegada mais cansativa, mas ainda bem que dei uma chance.
A série é imersiva, tensa e instiga a imaginação, que as vezes é mais forte do que as imagens, e por incrível que pareça, te prende mais do que muita produção convencional por aí.
A maioria dos episódios tem boas viradas, com conflitos bem criativos. E de bônus você ainda ganha viagem no tempo, um dos meus temas favoritos. Alguns episódios realmente são um pouco cansativos, mas não deixa de ser uma das melhores séries que vi nos últimos tempos! Pena que deve ter um alcance bem limitado.
Pela premissa e a presença do Bryan Cranston, eu esperava mais dessa série, algo mais intenso e inteligente. Não chega a ser ruim, mas também não surpreende.
Que decepção essa quarta temporada. Pra muita gente ainda foi uma temporada de alto nível, e realmente pode ter sido, porque Fargo sempre tem um sarrafo alto, principalmente na qualidade técnica e nas discussões que propõe, mas pra mim, a série perdeu a essência.
Foi uma temporada muito mais dramática, sem as características marcantes de Fargo, que é o humor negro, a tensão e a criatividade. Ao contrário da última temporada, que mesmo não tendo sido das melhores, ainda teve personagens marcantes, nessa, todos os personagens são esquecíveis, talvez por serem muito "comuns", a exemplo de toda a temporada.
As duas primeiras temporadas são geniais e perfeitas em todos os aspectos, mas depois da terceira e dessa quarta temporada, já não sei se continuo achando Fargo a melhor série da atualidade...
Supernatural foi uma das primeiras séries que assisti na vida e que me fez criar gosto por maratonar. As cinco primeiras temporadas prendiam pela história e a atmosfera em si, mas a partir daí, a série ficou um pouco repetitiva e os elementos surpresa acabaram.
Os monstros, as criaturas e entidades já não eram mais tão assustadoras, justamente por causa da previsibilidade dos episódios, e não é exagero dizer que a série se manteve por mais dez temporadas graças ao carisma dos personagens. Poucas vezes vi uma química tão forte entre uma dupla de protagonistas como o Sam e Dean.
Apesar do declínio que a série vinha tendo, eu esperava mais dessa última temporada e principalmente do final. Pela grandiosidade da série, esperava um episódio mais criativo, épico e emocionante. Foi um desfecho simples e até piegas em alguns momentos. Pra mim, a emoção ficou muito mais pela jornada do que pelo final em si. Não sei até que ponto a pandemia prejudicou isso.
É fácil falar que Supernatural deveria ter acabado na quinta temporada, mas também é difícil imaginar que a série teria se tornado o que é hoje se tivesse terminado mesmo dez anos atrás.
Estava torcendo pra acabar já há algum tempo, mas agora confesso que vou sentir muita falta dessa série e desses personagens. "Está tudo bem, SPN"!
Quem roubou o humor negro, o ritmo e a cenas geniais de Fargo, por favor devolva antes do fim da temporada. Não esperei três anos pra ver uma história comum e arrastada...
Comecei a assistir 1 Contra Todos sem muitas expectativas, e termino hoje já considerando uma das melhores séries nacionais que já vi. O Breno Silveira é um mestre em fazer drama no Brasil.
A série é longe de ser perfeita. Ainda houve vários furos, clichês, facilitações narrativas e tudo mais, mas o carisma dos personagens, os bons momentos de tensão e as tramóias e reviravoltas divertidas da trama, especialmente envolvendo a política, acabam se sobressaindo. Vou sentir falta!
Eu curto a fotografia estilizada e a atmosfera da série. O problema é que os pontos positivos acabam aí. A proposta da trama que se sustenta só nos simbolismos que você tem que ficar decifrando o tempo todo, não me agrada, e o ritmo e a narrativa são MUITO maçantes, com cenas e até episódios sem propósito algum pra avançar a história.
Tirando Drive, que é o meu filme de ação favorito, todos os trabalhos do Nicolas Winding Refn que vi até agora parecem ser assim: produtos vazios com embalagens bonitas e cenas que parecem ser só fetiches visuais do diretor.
Não dava nada por essa série, mas acabou sendo uma das melhores de ação que vi em muito tempo, e a premissa é bem criativa.
Claro, tem seus furos e situações inverossímeis, como quase toda produção de ação, mas o seu papel principal de gerar tensão funcionou muito bem, pelo menos pra mim, e os episódios curtinhos ajudam bastante.
Olha que eu sou exigente, mas o pessoal aqui tá exagerando. A série é muito boa como entretenimento.
Não dava nada por essa série, e estava decidido a não a ver, por não ter nenhuma simpatia por funk, mas depois de ver uma galera elogiando, decidi dar uma chance e me surpreendi. É verdade que os temas principais que Sintonia aborda estão longe de serem novidades (música, o crime e a religião), mas a forma como a série os trata em meio à realidade da periferia, faz com que muita gente possa criar uma identificação.
Ao contrário de outras séries nacionais da Netflix, como O Escolhido, os diálogos de Sintonia são muito bons, bem naturais e de acordo com a região. O elenco principal também está ótimo, é carismático, talentoso e te faz acreditar que os personagens realmente pertencem aquele lugar. Não teve a apelação, os draminhas juvenis insuportáveis e imaturos, tipo Malhação, ou a glamourização das drogas. A série é até mais conservadora do que eu imaginava.
Às vezes é bom deixar o preconceito de lado e dar uma chance pra conhecer algo ou alguma coisa antes de rejeitá-la. A frase "não julgue o livro pela capa" nunca fez tanto sentido.
É uma série de personagem, que ressalta as atuações. Mesmo assim, achei a trama fraca; os temas são manjados ou pelo menos a escolha de abordagem não foi das melhores. Faltou boas sacadas narrativas, e de modo geral, não traz grandes novidades.
La Casa de Papel é uma série novelesca e não vai mudar isso. Ou você abraça esse estilo de uma vez e encara os absurdos ou larga logo no começo. Eu já assisto de menta aberta e por isso me divirto com a história.
Essa terceira parte manteve praticamente o mesmo nível das anteriores ou até elevou, por ter um investimento maior depois do sucesso que alcançou. Achava difícil que pudessem encontrar uma boa justificativa para uma continuação, considerando séries como Prison Break, que perdeu um pouco o sentido depois que ganhou outras temporadas, mas me surpreendi com a trama, claro, dentro da proposta novelesca e exagerada que tem.
Coisas que me incomodaram: em alguns momentos, a série se tornou pretensiosa, exaltando as próprias ideias e querendo impressionar demais o público. Também cedeu à militância de hoje em dia e criou cenas apenas com o propósito de pintar praticamente todos os personagens masculinos como machistas e elevar a Nairóbi com o seus discursos "lacradores". Talvez esse seja o motivo principal pelo qual ela esteja sendo tão exaltada agora.
Antes que alguém sem educação venha dar chilique aqui, não tem problema em abordar temas como o machismo dentro de uma obra, o problema é fazer isso de forma gratuita, sem muito contexto e sem contraponto, apenas por militância service. Toda vez que pintava cenas criadas com esse propósito, eu me desconectava da história.
Mas de resto, se consolidou como uma boa série de ação, talvez a melhor da atualidade. Quem não tem problema com o estilo novelesco e quer algo apenas pra se divertir, vale continuar assistindo.
A série até consegue prender a atenção em alguns momentos pelos mistérios e o ritmo mais frenético. Mas é MUITO NOVELESCA. Personagens caricatos, facilitações narrativas, flashbacks inseridos de forma ultrapassada e temas como racismo e machismo tratados de forma manjada e com pouca profundidade, como se estivessem só cumprindo cotas de militância.
E isso sem falar nos diálogos horríveis, extremamente explicativos, superficiais e muito formais. Não consegui acreditar em nenhum momento que as pessoas daquele vilarejo realmente moram naquele lugar e falam daquela forma, sem nenhuma gíria ou sotaque da região.
Essa fórmula da Netflix de querer fazer séries nacionais com esse estilo pra tentar conquistar o público brasileiro acostumado com novelas é um tiro no pé. Subestima a inteligência do espectador e só aumenta as críticas contra as produções brasileiras.
Bandidos na TV cumpre todos os requisitos de um bom documentário, principalmente o fato de contar uma história tão surreal que parece até ficção, mas não é, e de conseguir, através da montagem, mexer com as emoções e as percepções do público, deixando-o sempre engajado. O primeiro episódio é perfeito nesse sentido, assim como toda a série: no início, você tem certeza de que o Wallace é culpado, mas vai mudando constantemente de opinião. E isso é um bom sinal de que o documentário cumpre a sua proposta de imparcialidade. A trilha sonora também é de tirar o chapéu, principalmente por incluir músicas brasileiras (destaque pra Senhor Cidadão e Roteirista, que eu nem conhecia, mas é sensacional).
O poder e a influência da mídia nesse caso é tão forte, que quando eu li as primeiras informações sobre esse caso um tempo atrás, achava que havia evidências concretas de que o Wallace era um assassino, justamente pela forma como a imprensa se referia a ele. Mas só depois de assistir ao documentário com detalhes do caso, você percebe que o buraco é bem mais embaixo.
É uma pena que a gente não possa dizer que essa é uma produção 100% brasileira, pra tentar acabar um pouco com aquele preconceito de que só se faz coisa de baixa qualidade no Brasil (o diretor é paraguaio e a produtora é britânica). Se não fosse a encheção de linguiça em alguns episódios (um problema crônico das séries de documentários da Netflix), levaria nota máxima. Mas não deixa de ser um documentário imperdível.
Peaky Blinders: Sangue, Apostas e Navalhas (6ª Temporada)
4.1 205É chover no molhado falar que Cillian Murphy é um baita ator e que Thomas Shelby entra pra história como um dos melhores protagonistas de séries de todos os tempos. A única coisa que me incomoda em Peaky Blinders é que a série é muito pretensiosa, tenta ser "fodona demais" com cenas de efeito pra impressionar e muitas vezes não consegue fazer isso de um jeito natural. Sempre foi uma boa série, regular, mas acaba não sendo brilhante e muito por conta disso.
3 Tonelada$: Assalto ao Banco Central
3.8 53O que eu sempre achei bizarro nessa história é como os bandidos pensaram até os mínimos detalhes pra entrar no cofre e pegar o dinheiro, mas como foram amadores sobre o que fazer depois. Num roubo a banco, 50% é o assalto e 50% é o pós-assalto, mas os caras foram só até a metade.
La Casa de Papel (Parte 5)
3.7 526 Assista AgoraQuando renovaram La Casa de Papel, todo mundo apostava no fracasso da série, porque não fazia o menor sentido a história ter uma continuação, e só ia servir pra Netflix explorar e fazer dinheiro. Mas quem diria que mesmo com uma continuação, teria um final tão digno e bem amarrado.
É uma série que é oito ou oitenta. Da mesma forma que mistura coisas surreais, quase de novela, tem personagens carismáticos, reviravoltas e detalhes na história que chegam a ser genais. Nunca deixou de ser um bom entretenimento.
Sintonia (2ª Temporada)
3.6 54A qualidade dessa série é quase impecável: as músicas, a fotografia, edição, os diálogos, o trio de protagonistas, que tem carisma, apesar do Jotapê, que é meio canastrão, mas a Bruna Mascarenhas e o Christian Malheiros são muito bons.
A trama em si talvez seja o ponto fraco, porque não tem muito aprofundamento e os temas são clichês, mas a forma que eles são trabalhados, inserindo todo o contexto dos personagens na comunidade, passa muita verdade, inclusive a religião, que muita gente está criticando (até de forma discriminatória) por ter ganhado muito espaço nessa temporada, mas é preciso entender que isso também está muito presente na realidade dessas comunidades.
É o tipo de série nacional que se fosse gringa estaria todo mundo falando e pagando pau...
Ted Lasso (2ª Temporada)
4.4 157Juro que ainda não consigo entender todo esse hype em cima de Ted Lasso, mesmo sendo fã de futebol e pegando todas as referências que a série faz.
É uma comédia que eu não acho inteligente e que não me faz rir, e com o drama mais presente nessa segunda temporada, acabou não me convencendo muito em nem uma coisa e nem outra.
Alguns personagens até tem seu carisma, mas é só isso. Não que a série seja ruim, alguns episódios até são bem escritos e não forçam tanto a barra criando aquele plot previsível de superação do time do Richmond se tornar imbatível mesmo sendo fraco, eu só acho que não é essa "obra-prima" que todo mundo está pintando.
Missa da Meia-Noite
3.9 730A série foge do convencional e o Mike Flanagan vai se tornando especialista em fazer terror com essa pegada mais lenta e realista. Diria até que a série pende mais pro drama existencialista e o suspense do que o terror em si.
Tem algumas cenas que são angustiantes e tecnicamente espetaculares. As críticas já saturadas ao fanatismo religioso e uma atuação impecável do Hamish Linklater, que eu não conhecia, mas agora é difícil imaginar outro ator que pudesse entregar a mistura de calma e imprevisibilidade do personagem dele. Mas justamente por ser uma série que foge do padrão, não é pra todo mundo. A narrativa é extremamente lenta, com muitos diálogos, monólogos, e cansa em alguns momentos.
Quem não conhece a pegada do diretor e quer um terror mais convencional, melhor procurar outra série.
Lupin (Parte 2)
4.0 161A narrativa da série é envolvente. A proposta de mostrar os golpes sendo realizados por perspectivas diferentes também é bem interessante. Isso sem falar no carisma absurdo que tem o Omar Sy e o Lupin, que pode virar um personagem clássico fácil.
A única coisa que me incomoda é que a história tem muitas facilitações narrativas e algumas ações e situações inverossímeis, que chegam até a subestimar a inteligência do público, tipo
os disfarces meia boca do personagem, mas que mesmo assim ninguém reconhece ele.
E aquela cena do segurança deixando o Assane travar a arma que tava apontada de frente pra ele...
Manifest: O Mistério do Voo 828 (3ª Temporada)
3.4 65Não acredito que cancelaram uma série que depende basicamente da revelação do mistério pra tudo fazer sentido, e o mistério não é revelado.
E eu nem culpo o criador da série, porque ele sempre vai querer manter por mais tempo no ar explorando justamente a curiosidade das pessoas, assim como foi com Lost, e a expectativa é de que séries assim tenham pelo menos cinco temporadas, ou seja, a NBC que cancelou antes da hora. Podiam no mínimo fazer um telefilme pra encerrar a história, senão todo mundo vai ter assistido três temporadas de trouxa.
O Caso Evandro
4.5 249Essa série não deve em nada as produções americanas investigativas. Muito bem produzida e cheia de reviravoltas. E ainda aborda a intolerância religiosa, as falhas gritantes do nosso sistema judiciário e principalmente o pré-julgamento das pessoas.
O ponto que eu achei negativo foi o desfecho, porque o documentário se vende como imparcial, mas no fim toma partido...
A série sugere que o caso permanece em aberto, mas já crava que os sete acusados, principalmente a Beatriz e a Celina, são inocentes e foram injustiçados, muito por conta que eles "confessaram" o crime sob tortura, algo que parece mesmo ser comprovado pelas fitas.
Porém, o documentário mostra que as fitas comprovam apenas a tortura, e não a inocência dos acusados. Tem até um depoimento de uma jornalista no documentário que fala exatamente isso, que a tortura é inadmissível, mas não torna, por si só, o torturado inocente.
Só que o documentário toma partido no final e já inocenta os acusados, sendo que durante a série, houve indícios, no mínimo estranhos, que não deveriam descartar completamente a participação dessas pessoas no crime. Não se trata de condená-las, apenas de não descartá-las das investigações, cravando que já são inocentes.
Só que pelos comentários, inclusive aqui, já tem gente revoltada e comprando a versão do documentário. Eu acho uma atitude precipitada.
Calls (1ª Temporada)
4.3 75Fiquei com um pé atrás pra ver essa série depois de saber da proposta de não ter imagens, apenas diálogos de ligações. Achei que teria uma pegada mais cansativa, mas ainda bem que dei uma chance.
A série é imersiva, tensa e instiga a imaginação, que as vezes é mais forte do que as imagens, e por incrível que pareça, te prende mais do que muita produção convencional por aí.
A maioria dos episódios tem boas viradas, com conflitos bem criativos. E de bônus você ainda ganha viagem no tempo, um dos meus temas favoritos. Alguns episódios realmente são um pouco cansativos, mas não deixa de ser uma das melhores séries que vi nos últimos tempos! Pena que deve ter um alcance bem limitado.
Your Honor (1ª Temporada)
3.8 72 Assista AgoraPela premissa e a presença do Bryan Cranston, eu esperava mais dessa série, algo mais intenso e inteligente. Não chega a ser ruim, mas também não surpreende.
Fargo (4ª Temporada)
3.6 62 Assista AgoraQue decepção essa quarta temporada. Pra muita gente ainda foi uma temporada de alto nível, e realmente pode ter sido, porque Fargo sempre tem um sarrafo alto, principalmente na qualidade técnica e nas discussões que propõe, mas pra mim, a série perdeu a essência.
Foi uma temporada muito mais dramática, sem as características marcantes de Fargo, que é o humor negro, a tensão e a criatividade. Ao contrário da última temporada, que mesmo não tendo sido das melhores, ainda teve personagens marcantes, nessa, todos os personagens são esquecíveis, talvez por serem muito "comuns", a exemplo de toda a temporada.
As duas primeiras temporadas são geniais e perfeitas em todos os aspectos, mas depois da terceira e dessa quarta temporada, já não sei se continuo achando Fargo a melhor série da atualidade...
Sobrenatural (15ª Temporada)
4.0 233 Assista AgoraSupernatural foi uma das primeiras séries que assisti na vida e que me fez criar gosto por maratonar. As cinco primeiras temporadas prendiam pela história e a atmosfera em si, mas a partir daí, a série ficou um pouco repetitiva e os elementos surpresa acabaram.
Os monstros, as criaturas e entidades já não eram mais tão assustadoras, justamente por causa da previsibilidade dos episódios, e não é exagero dizer que a série se manteve por mais dez temporadas graças ao carisma dos personagens. Poucas vezes vi uma química tão forte entre uma dupla de protagonistas como o Sam e Dean.
Apesar do declínio que a série vinha tendo, eu esperava mais dessa última temporada e principalmente do final. Pela grandiosidade da série, esperava um episódio mais criativo, épico e emocionante. Foi um desfecho simples e até piegas em alguns momentos. Pra mim, a emoção ficou muito mais pela jornada do que pelo final em si. Não sei até que ponto a pandemia prejudicou isso.
É fácil falar que Supernatural deveria ter acabado na quinta temporada, mas também é difícil imaginar que a série teria se tornado o que é hoje se tivesse terminado mesmo dez anos atrás.
Estava torcendo pra acabar já há algum tempo, mas agora confesso que vou sentir muita falta dessa série e desses personagens. "Está tudo bem, SPN"!
Fargo (4ª Temporada)
3.6 62 Assista AgoraQuem roubou o humor negro, o ritmo e a cenas geniais de Fargo, por favor devolva antes do fim da temporada. Não esperei três anos pra ver uma história comum e arrastada...
The Walking Dead (10ª Temporada)
3.6 287 Assista AgoraA boa notícia é que falta pouco pra acabar...
1 Contra Todos (4ª Temporada)
4.0 26 Assista AgoraComecei a assistir 1 Contra Todos sem muitas expectativas, e termino hoje já considerando uma das melhores séries nacionais que já vi. O Breno Silveira é um mestre em fazer drama no Brasil.
A série é longe de ser perfeita. Ainda houve vários furos, clichês, facilitações narrativas e tudo mais, mas o carisma dos personagens, os bons momentos de tensão e as tramóias e reviravoltas divertidas da trama, especialmente envolvendo a política, acabam se sobressaindo. Vou sentir falta!
Muito Velho Para Morrer Jovem
3.9 57 Assista AgoraEu curto a fotografia estilizada e a atmosfera da série. O problema é que os pontos positivos acabam aí. A proposta da trama que se sustenta só nos simbolismos que você tem que ficar decifrando o tempo todo, não me agrada, e o ritmo e a narrativa são MUITO maçantes, com cenas e até episódios sem propósito algum pra avançar a história.
Tirando Drive, que é o meu filme de ação favorito, todos os trabalhos do Nicolas Winding Refn que vi até agora parecem ser assim: produtos vazios com embalagens bonitas e cenas que parecem ser só fetiches visuais do diretor.
Noite Adentro (1ª Temporada)
3.6 165 Assista AgoraNão dava nada por essa série, mas acabou sendo uma das melhores de ação que vi em muito tempo, e a premissa é bem criativa.
Claro, tem seus furos e situações inverossímeis, como quase toda produção de ação, mas o seu papel principal de gerar tensão funcionou muito bem, pelo menos pra mim, e os episódios curtinhos ajudam bastante.
Olha que eu sou exigente, mas o pessoal aqui tá exagerando. A série é muito boa como entretenimento.
Hunters (1ª Temporada)
3.9 235 Assista AgoraLegal essa série criada pelo Tarantino
Sintonia (1ª Temporada)
3.6 174 Assista AgoraNão dava nada por essa série, e estava decidido a não a ver, por não ter nenhuma simpatia por funk, mas depois de ver uma galera elogiando, decidi dar uma chance e me surpreendi. É verdade que os temas principais que Sintonia aborda estão longe de serem novidades (música, o crime e a religião), mas a forma como a série os trata em meio à realidade da periferia, faz com que muita gente possa criar uma identificação.
Ao contrário de outras séries nacionais da Netflix, como O Escolhido, os diálogos de Sintonia são muito bons, bem naturais e de acordo com a região. O elenco principal também está ótimo, é carismático, talentoso e te faz acreditar que os personagens realmente pertencem aquele lugar. Não teve a apelação, os draminhas juvenis insuportáveis e imaturos, tipo Malhação, ou a glamourização das drogas. A série é até mais conservadora do que eu imaginava.
Às vezes é bom deixar o preconceito de lado e dar uma chance pra conhecer algo ou alguma coisa antes de rejeitá-la. A frase "não julgue o livro pela capa" nunca fez tanto sentido.
Doctor Foster (1ª Temporada)
4.2 87É uma série de personagem, que ressalta as atuações. Mesmo assim, achei a trama fraca; os temas são manjados ou pelo menos a escolha de abordagem não foi das melhores. Faltou boas sacadas narrativas, e de modo geral, não traz grandes novidades.
La Casa de Papel (Parte 3)
4.0 637La Casa de Papel é uma série novelesca e não vai mudar isso. Ou você abraça esse estilo de uma vez e encara os absurdos ou larga logo no começo. Eu já assisto de menta aberta e por isso me divirto com a história.
Essa terceira parte manteve praticamente o mesmo nível das anteriores ou até elevou, por ter um investimento maior depois do sucesso que alcançou. Achava difícil que pudessem encontrar uma boa justificativa para uma continuação, considerando séries como Prison Break, que perdeu um pouco o sentido depois que ganhou outras temporadas, mas me surpreendi com a trama, claro, dentro da proposta novelesca e exagerada que tem.
Coisas que me incomodaram: em alguns momentos, a série se tornou pretensiosa, exaltando as próprias ideias e querendo impressionar demais o público. Também cedeu à militância de hoje em dia e criou cenas apenas com o propósito de pintar praticamente todos os personagens masculinos como machistas e elevar a Nairóbi com o seus discursos "lacradores". Talvez esse seja o motivo principal pelo qual ela esteja sendo tão exaltada agora.
Antes que alguém sem educação venha dar chilique aqui, não tem problema em abordar temas como o machismo dentro de uma obra, o problema é fazer isso de forma gratuita, sem muito contexto e sem contraponto, apenas por militância service. Toda vez que pintava cenas criadas com esse propósito, eu me desconectava da história.
Mas de resto, se consolidou como uma boa série de ação, talvez a melhor da atualidade. Quem não tem problema com o estilo novelesco e quer algo apenas pra se divertir, vale continuar assistindo.
O Escolhido (1ª Temporada)
3.0 67 Assista AgoraA série até consegue prender a atenção em alguns momentos pelos mistérios e o ritmo mais frenético. Mas é MUITO NOVELESCA. Personagens caricatos, facilitações narrativas, flashbacks inseridos de forma ultrapassada e temas como racismo e machismo tratados de forma manjada e com pouca profundidade, como se estivessem só cumprindo cotas de militância.
E isso sem falar nos diálogos horríveis, extremamente explicativos, superficiais e muito formais. Não consegui acreditar em nenhum momento que as pessoas daquele vilarejo realmente moram naquele lugar e falam daquela forma, sem nenhuma gíria ou sotaque da região.
Essa fórmula da Netflix de querer fazer séries nacionais com esse estilo pra tentar conquistar o público brasileiro acostumado com novelas é um tiro no pé. Subestima a inteligência do espectador e só aumenta as críticas contra as produções brasileiras.
Bandidos na TV
4.2 260 Assista AgoraBandidos na TV cumpre todos os requisitos de um bom documentário, principalmente o fato de contar uma história tão surreal que parece até ficção, mas não é, e de conseguir, através da montagem, mexer com as emoções e as percepções do público, deixando-o sempre engajado. O primeiro episódio é perfeito nesse sentido, assim como toda a série: no início, você tem certeza de que o Wallace é culpado, mas vai mudando constantemente de opinião. E isso é um bom sinal de que o documentário cumpre a sua proposta de imparcialidade. A trilha sonora também é de tirar o chapéu, principalmente por incluir músicas brasileiras (destaque pra Senhor Cidadão e Roteirista, que eu nem conhecia, mas é sensacional).
O poder e a influência da mídia nesse caso é tão forte, que quando eu li as primeiras informações sobre esse caso um tempo atrás, achava que havia evidências concretas de que o Wallace era um assassino, justamente pela forma como a imprensa se referia a ele. Mas só depois de assistir ao documentário com detalhes do caso, você percebe que o buraco é bem mais embaixo.
É uma pena que a gente não possa dizer que essa é uma produção 100% brasileira, pra tentar acabar um pouco com aquele preconceito de que só se faz coisa de baixa qualidade no Brasil (o diretor é paraguaio e a produtora é britânica). Se não fosse a encheção de linguiça em alguns episódios (um problema crônico das séries de documentários da Netflix), levaria nota máxima. Mas não deixa de ser um documentário imperdível.