É verdade que as personagens poderiam ser melhor desenvolvidas e que Emma Watson não ajuda muito. Também é verdade que parece com um episódio ruim de Black Mirror... Contudo, assim como Black Mirror, esse filme mostra algumas coisas incômodas que me parecem bastante verossímeis e que já acontecem hoje em algum grau : 1) O quanto os humanos são suscetíveis em abrir mão de sua liberdade em troca de não se sentirem sozinhos ou de estarem conectados a alguma coisa ou alguém. 2) A distopia do coletivismo e da sociedade do espetáculo, da impossibilidade de ser indivíduo num mundo cada vez mais conectado. 3) Todo líder que se coloca diante de um projeto desta magnitude, EXCLUI-SE A SI MESMO DA NECESSIDADE DE SER TRANSPARENTE , de ter sua própria vida reduzida ao patamar que pretende implantar como SOLUÇÃO PARA A MELHORIA DA VIDA DA HUMANIDADE. 4) O canto da sereia da tecnologia e da conectividade que sempre acaba descambando para um projeto totalitário de duas únicas classes : os controladores e os controlados - ou seja, nada muito diferente do que já ocorre hoje, só que com a possibilidade real de controle que as tecnologias permitem.
Filme surpreendentemente bom. Os franceses são bastante competentes em retratar a sensualidade, o desejo e o amor, sem colocar tudo no mesmo balaio e sem serem piegas ou óbvios. A personagem principal é complexa, ainda que tenha apenas 17 anos,e penso que o diretor aprofundou na medida certa... ir mais fundo talvez a tornasse inverossível.
Grande filme ! Talvez mais que uma crítica social, seja uma alegoria de nossa condição existencial, quando saímos do útero materno (aquele que está bem caracterizado no buraco do porão por onde Andreas tenta escapar) somos lançados em um mundo cada vez mais mecanizado, de padrões cada vez mais assépticos e que roubam a originalidade de onde saímos - o ser animal que prima pelos cheiros, gostos e tatos - e vai transformando a vida em uma cadência anódina e monótona até nossa extinção. A tragédia do filme é justamente a impossibilidade de retroceder, de retornar ao conforto do ventre materno.
Bem interessante ! Mini histórias com pegada de Stephen King dos anos 80. Destaque para o Stop Motion que aparece na abertura de cada uma das histórias... sinistro e criativo !
Filme de uma simplicidade tamanha que, a meu ver, não há espaço para ideologia : O sistema é propositadamente burro e burocrático e as pessoas não possuem qualquer identidade perante a ele, apenas números, perfis e padrões a serem adotados. Além de tudo, as repartições são operadas por pessoas que assumem conduta mecânica, como se o ser que está a sua frente, demandando algo, não fosse humano, mas de uma outra espécie. O filme é cru como a realidade em que vivemos e podemos assistir a várias de suas versões no dia a dia, ao necessitarmos de qualquer coisa da estrutura (seja estatal ou não).
Um filme surpreendente. Penso que não agrada de forma homogênea - tem partes arrastadas e algumas coisas aparentemente desnecessárias - mas no final a trama é bem amarrada. Fiquei com a sensação que o elenco sobrou... gente muito boa em papéis nem tanto. Trilha muito boa !
Baita filme ! Um retrato bastante verossímil do quanto o sistema inteiro é corrompido e que "Os fins justificam os meios", desde que se conquistem os fins e não seja pego pelos meios utilizados. Excelente reflexão quando Sloane diz : Às vezes o suicídio da carreira não é ruim... melhor do que o suicídio PELA carreira... Jessica Chastain excepcional !
Excelente texto para o teatro... no cinema fica um pouco arrastado, mas ainda assim Denzel mandou muito bem, tanto na direção quanto na atuação. Personagens complexos, relações complexas e desdobramentos não óbvios. É um filme que impacta por bastante tempo ... faz pensar e alterar várias vezes nosso julgamento acerca de Troy, o protagonista central da trama. Viola Davis arrebentou !
Retrato sensível de uma das mulheres mais marcantes da história recente da humanidade. Penso que o mérito maior deste filme é balancear a figura humana com a pública, mostrando desde as situações mais triviais até as decisões mais difíceis tomadas pela Dama de Ferro. Também é notável o "tamanho" de Meryl Streep como atriz: Não imagino uma Margaret Thatcher melhor, mesmo que não combine com o posicionamento político de Meryl.
Há tempos não assistia a um filme de terror tão bem feito... e com tão pouco ! Coisa de mestre a começar pela escolha dos atores - Cox e Hirsch são excelentes e... nunca vi um cadáver ser tão bem interpretado !
A vitória dos "fracos"... ao fim e ao cabo, chefões ultraviolentos acabam sucumbindo nas mãos daqueles de quem jamais esperavam uma reação. Interessante.
Fico imaginando a futilidade da arenga política criada durante a exibição em Cannes, mostrando que não se deveria misturar militância política com arte. Não me refiro a POSICIONAMENTO IDEOLÓGICO, mas a apoio ou engajamento ao partido A ou B. Enfim, espero que ninguém tenha deixado de apreciar este ÓTIMO FILME por causa disso, pois Sonia Braga está exuberante, como aliás tem sido ao longo de sua carreira. Um filme despretensioso, a meu ver, e com uma trilha sonora excelente.
Mais uma vez o cinema espanhol fazendo bonito com baixo investimento... Um único cenário, cinco atores e um argumento muito bem trabalhado. Pode ser encenado em Teatro tranquilamente. Parabéns à Netflix Espanha.
Não me lembro de ter assistido a um filme tão ruim... Além do roteiro sem pé nem cabeça, as atuações são péssimas. O velho Mustang branco é o que há de melhor no filme... de resto, nada se salva.
Quando soube do enredo, me entusiasmei pela originalidade da proposta. Acho que a expectativa elevada, atrapalhou um pouco. Gostei do filme, da fotografia e de algumas cenas marcantes, mas fiquei com a sensação de que a história poderia ir bem mais longe.
Os problemas deste filme, a meu ver, são a estereotipia e canastrice de suas personagens…a começar pelo presidente interpretado por Bill Pullman que já não convenceu no primeiro episódio e conseguiu piorar no segundo : muitas caras e bocas, olhares enviesados e falas patéticas. Mas não fica por aí… o piloto fodão branco contra o piloto fodão negro - que no fim são amigos, o nerd atrapalhado, a filha do ex-presidente que é assessora da atual presidente, o casal de velhos cientistas gays , o soldado africano que mata ETS com facões, enfim … um festival de "diversidade forçada" e bizarrices politicamente corretas que deveria matar os alienígenas de tédio. Não pude deixar de me perguntar o que a maravilhosa Charllote Gainsbourg está fazendo neste filme … desperdício puro - Lars Von Trier deve estar em ciclo depressivo.
O problema deste roteiro é a total falta de verossimilhança… Boas atuações para um roteiro muito fraco, que embora inverossímil, tem um final absolutamente previsível.
Não posso deixar de sublinhar a beleza das imagens deste filme : paisagens deslumbrantes e uma fotografia espetacular. Roteiro legal, valorizado pelo clima de tensão, das poucas palavras e poucas explicações. Um suspense competente.
Um ótimo pornô com história. Mas a história não é desprezível : ela me trouxe a ideia de nossa insuficiência tanto na idealização do amor quanto dos sentidos - aos nos entregarmos absolutamente à busca de ambos, nos deparamos com as limitações de nosso corpo, que se exaure dos estímulos, e de nosso ser, que se exaure de sua incompletude. Murphy e Electra celebram uma promessa de protegerem um ao outro de tudo que pudesse interferir entre ambos… ocorre que não tinham como se proteger de si mesmos, de suas limitações. Este é o risco de se tratar amor e prazer como ideologias, cujo motor é a busca e nunca o encontro. Gostei da fotografia e também das breves inserções das Variações Goldberg de Bach, tocadas por Glenn Gould.
Uma versão mega-atualizada de "O Campeão" ! Nada a ver com Rock o Canastrão. Excelentes atuações e com o resgate dos dramas com finais emocionantes com a vitória do bem… o mundo anda precisando muito disto ultimamente.
Onde Está Segunda?
3.6 1,3KNoomi Rapace é um monstro !!! Filme muito bom, mantém a tensão até o final.
O Círculo
2.6 587É verdade que as personagens poderiam ser melhor desenvolvidas e que Emma Watson não ajuda muito. Também é verdade que parece com um episódio ruim de Black Mirror... Contudo, assim como Black Mirror, esse filme mostra algumas coisas incômodas que me parecem bastante verossímeis e que já acontecem hoje em algum grau :
1) O quanto os humanos são suscetíveis em abrir mão de sua liberdade em troca de não se sentirem sozinhos ou de estarem conectados a alguma coisa ou alguém. 2) A distopia do coletivismo e da sociedade do espetáculo, da impossibilidade de ser indivíduo num mundo cada vez mais conectado. 3) Todo líder que se coloca diante de um projeto desta magnitude, EXCLUI-SE A SI MESMO DA NECESSIDADE DE SER TRANSPARENTE , de ter sua própria vida reduzida ao patamar que pretende implantar como SOLUÇÃO PARA A MELHORIA DA VIDA DA HUMANIDADE. 4) O canto da sereia da tecnologia e da conectividade que sempre acaba descambando para um projeto totalitário de duas únicas classes : os controladores e os controlados - ou seja, nada muito diferente do que já ocorre hoje, só que com a possibilidade real de controle que as tecnologias permitem.
Jovem e Bela
3.4 477Filme surpreendentemente bom. Os franceses são bastante competentes em retratar a sensualidade, o desejo e o amor, sem colocar tudo no mesmo balaio e sem serem piegas ou óbvios. A personagem principal é complexa, ainda que tenha apenas 17 anos,e penso que o diretor aprofundou na medida certa... ir mais fundo talvez a tornasse inverossível.
O Homem Que Incomoda
3.8 100Grande filme ! Talvez mais que uma crítica social, seja uma alegoria de nossa condição existencial, quando saímos do útero materno (aquele que está bem caracterizado no buraco do porão por onde Andreas tenta escapar) somos lançados em um mundo cada vez mais mecanizado, de padrões cada vez mais assépticos e que roubam a originalidade de onde saímos - o ser animal que prima pelos cheiros, gostos e tatos - e vai transformando a vida em uma cadência anódina e monótona até nossa extinção. A tragédia do filme é justamente a impossibilidade de retroceder, de retornar ao conforto do ventre materno.
O Apocalipse
1.8 556É... muito, muito ruim mesmo :(
XX
2.7 241Bem interessante ! Mini histórias com pegada de Stephen King dos anos 80. Destaque para o Stop Motion que aparece na abertura de cada uma das histórias... sinistro e criativo !
Eu, Daniel Blake
4.3 533Filme de uma simplicidade tamanha que, a meu ver, não há espaço para ideologia : O sistema é propositadamente burro e burocrático e as pessoas não possuem qualquer identidade perante a ele, apenas números, perfis e padrões a serem adotados. Além de tudo, as repartições são operadas por pessoas que assumem conduta mecânica, como se o ser que está a sua frente, demandando algo, não fosse humano, mas de uma outra espécie. O filme é cru como a realidade em que vivemos e podemos assistir a várias de suas versões no dia a dia, ao necessitarmos de qualquer coisa da estrutura (seja estatal ou não).
Demolição
3.8 448Um filme surpreendente. Penso que não agrada de forma homogênea - tem partes arrastadas e algumas coisas aparentemente desnecessárias - mas no final a trama é bem amarrada. Fiquei com a sensação que o elenco sobrou... gente muito boa em papéis nem tanto. Trilha muito boa !
Armas na Mesa
4.0 223Baita filme ! Um retrato bastante verossímil do quanto o sistema inteiro é corrompido e que "Os fins justificam os meios", desde que se conquistem os fins e não seja pego pelos meios utilizados. Excelente reflexão quando Sloane diz : Às vezes o suicídio da carreira não é ruim... melhor do que o suicídio PELA carreira... Jessica Chastain excepcional !
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1KExcelente texto para o teatro... no cinema fica um pouco arrastado, mas ainda assim Denzel mandou muito bem, tanto na direção quanto na atuação. Personagens complexos, relações complexas e desdobramentos não óbvios. É um filme que impacta por bastante tempo ... faz pensar e alterar várias vezes nosso julgamento acerca de Troy, o protagonista central da trama. Viola Davis arrebentou !
A Dama de Ferro
3.6 1,7KRetrato sensível de uma das mulheres mais marcantes da história recente da humanidade. Penso que o mérito maior deste filme é balancear a figura humana com a pública, mostrando desde as situações mais triviais até as decisões mais difíceis tomadas pela Dama de Ferro. Também é notável o "tamanho" de Meryl Streep como atriz: Não imagino uma Margaret Thatcher melhor, mesmo que não combine com o posicionamento político de Meryl.
A Autópsia
3.3 1,0KHá tempos não assistia a um filme de terror tão bem feito... e com tão pouco ! Coisa de mestre a começar pela escolha dos atores - Cox e Hirsch são excelentes e... nunca vi um cadáver ser tão bem interpretado !
Suburra
3.7 52A vitória dos "fracos"... ao fim e ao cabo, chefões ultraviolentos acabam sucumbindo nas mãos daqueles de quem jamais esperavam uma reação. Interessante.
Aquarius
4.2 1,9KFico imaginando a futilidade da arenga política criada durante a exibição em Cannes, mostrando que não se deveria misturar militância política com arte. Não me refiro a POSICIONAMENTO IDEOLÓGICO, mas a apoio ou engajamento ao partido A ou B. Enfim, espero que ninguém tenha deixado de apreciar este ÓTIMO FILME por causa disso, pois Sonia Braga está exuberante, como aliás tem sido ao longo de sua carreira. Um filme despretensioso, a meu ver, e com uma trilha sonora excelente.
7 años
3.6 93Mais uma vez o cinema espanhol fazendo bonito com baixo investimento... Um único cenário, cinco atores e um argumento muito bem trabalhado. Pode ser encenado em Teatro tranquilamente. Parabéns à Netflix Espanha.
Eaters
1.6 18Não me lembro de ter assistido a um filme tão ruim... Além do roteiro sem pé nem cabeça, as atuações são péssimas. O velho Mustang branco é o que há de melhor no filme... de resto, nada se salva.
Boi Neon
3.6 462Quando soube do enredo, me entusiasmei pela originalidade da proposta. Acho que a expectativa elevada, atrapalhou um pouco. Gostei do filme, da fotografia e de algumas cenas marcantes, mas fiquei com a sensação de que a história poderia ir bem mais longe.
Independence Day: O Ressurgimento
2.7 868Os problemas deste filme, a meu ver, são a estereotipia e canastrice de suas personagens…a começar pelo presidente interpretado por Bill Pullman que já não convenceu no primeiro episódio e conseguiu piorar no segundo : muitas caras e bocas, olhares enviesados e falas patéticas. Mas não fica por aí… o piloto fodão branco contra o piloto fodão negro - que no fim são amigos, o nerd atrapalhado, a filha do ex-presidente que é assessora da atual presidente, o casal de velhos cientistas gays , o soldado africano que mata ETS com facões, enfim … um festival de "diversidade forçada" e bizarrices politicamente corretas que deveria matar os alienígenas de tédio. Não pude deixar de me perguntar o que a maravilhosa Charllote Gainsbourg está fazendo neste filme … desperdício puro - Lars Von Trier deve estar em ciclo depressivo.
Jogo do Dinheiro
3.4 404O problema deste roteiro é a total falta de verossimilhança… Boas atuações para um roteiro muito fraco, que embora inverossímil, tem um final absolutamente previsível.
O Cadáver de Anna Fritz
3.2 121Um argumento simples, atuações simples, mas com enorme efeito dramático. A prova de que se pode fazer bom cinema com poucos recursos.
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5KNão posso deixar de sublinhar a beleza das imagens deste filme : paisagens deslumbrantes e uma fotografia espetacular. Roteiro legal, valorizado pelo clima de tensão, das poucas palavras e poucas explicações. Um suspense competente.
Taxidermia: Histórias Grotescas
3.4 345 Assista AgoraOriginal… chocante, nojento, mas original !
Love
3.5 883Um ótimo pornô com história. Mas a história não é desprezível : ela me trouxe a ideia de nossa insuficiência tanto na idealização do amor quanto dos sentidos - aos nos entregarmos absolutamente à busca de ambos, nos deparamos com as limitações de nosso corpo, que se exaure dos estímulos, e de nosso ser, que se exaure de sua incompletude. Murphy e Electra celebram uma promessa de protegerem um ao outro de tudo que pudesse interferir entre ambos… ocorre que não tinham como se proteger de si mesmos, de suas limitações. Este é o risco de se tratar amor e prazer como ideologias, cujo motor é a busca e nunca o encontro. Gostei da fotografia e também das breves inserções das Variações Goldberg de Bach, tocadas por Glenn Gould.
Nocaute
3.8 688Uma versão mega-atualizada de "O Campeão" ! Nada a ver com Rock o Canastrão.
Excelentes atuações e com o resgate dos dramas com finais emocionantes com a vitória do bem… o mundo anda precisando muito disto ultimamente.