O mal-estar e a sensação de angústia contínua ao se introduzir e passar por episódios de Black Mirror nos mostra e traz por esses sentimentos de terror-existencial o espelho dos horrores humanos que tendemos a ser, ou, se já não nos tornamos, pela superfície tecnológica. Mesmo percebendo muitas interpretações por argumentos, que a série causa, sobre a culpabilização das ferramentas tecnologias, enfaticamente acerca do cenário das redes sociais, não vejo apenas essas esferas como ponto de partida e território generalizado, que abrange e produz todos os efeitos de estarmos nos tornando máquinas. Ou seja, seres esvaziados de empatia e sensibilidade, controlados por uma racionalidade frutífera de obediência e representação social que estabelece e nos coloca dentro ou próximo de uma norma vigente. Norma essa, impossível de ser encontrada em fator real, por isso, talvez, a camada das redes sociais sirva para tentarmos encontra-la, mesmo que saibamos, que não é possível acha-la. Assim, tentamos criar na virtualidade, uma personificação de identidade, sendo essa inexistente em fator real, (pois a subjetividade capitalística nos obriga a assumirmos uma identidade), que se aproxime da norma estabelecida de quem deveríamos ser, resultando na frustrante agonia ilusória de quem gostaríamos de ser. Talvez aí, esteja a explicação do esvaziamento de nós mesmo, das nossas relações, e de nos tornamos corpos enlatados, sujeitos aos chutes tecnológicos. Porque muitas vezes a vitrine virtual serve de escapismos da realidade e nos impede de encontrarmos com as coisas reais. O interessante é, que a pretensão das redes sociais, em questões lúcidas, seria para nos aproximarmos. Contudo, ao meu ver, a era da virtualidade é paradoxal com seus princípios, pois parece-me que com o mundo virtual, ficamos mais distante do outro e o mais tenebroso, de nós mesmos. Isso é algo a se questionar, pois mesmo havendo pretensões positivas, é certo como nos mostra em Black Mirror, que a tecnologia instrumentalizada nas redes sociais produz o distanciamento e o esvaziamento das relações em tempo real, mais do que o suposto viés de aproximações. Mas é necessário que se enxergue além das tecnologias e suas redes, porque essas são apenas mais um instrumento de controle, para os ordeiros fluxos sociais capitalísticos se perpetuarem. Por isso, a questão não é apenas culpabilizar a tecnologia das redes, mas questionarmo-nos para o que e para quem elas servem? Devemos nos indagar, por que estamos cada vez mais sujeitos a sustentabilidade de uma vitrine virtual? Por que necessitamos de uma vida aparelhada¿ Por que não parece mais haver meios de vida no real? O que está acima de toda essa válvula de captura? Talvez, para mim, o mais angustiante e tenebroso de Black Mirror, é a necessidade sufocante de acordar, de dar-se fim, a essa horrenda transferência de captura que a sociedade contemporânea tem nos aprisionado.
o pouco de roteiro que se tem compensando por uma direção fotográfica que grita além dos sentidos da necessidade de conter palavras. só absorve-se a poesia visual. a sensação é de está dentro da obra o que a torna um deleite literal... e visceral. Gaspar Noé quis que sentíssemos tudo? - então, está aí o seu sonhado filme que transparece o amor sem cortinas fechadas, rasgando na tela o desejo dos corpos em sua mais pura embriaguez. sem a moralidade do pudor, sem a moralidade que tranca, sem a moralidade que idealiza. o amor sendo corpo. o corpo com amor. no sexo do corpo. sendo real. sem absurdos. e com absurdos, pois se inserindo no protagonista principal: "como algo tão bonito, pode causar tanta dor?" porra. um tiro!
"Mas é uma festa e vocês dois estão conversando com outras pessoas, estão rindo e contentes... E você olha para o outro lado da sala e seus olhares se encontram... Mas... Mas não por possessividade... Ou nada exatamente sexual... Mas porque... Aquela é a sua pessoa nessa vida. E é divertido e triste, mas só porque essa vida irá acabar, e é também um mundo secreto que existe ali em público, despercebido que ninguém mais sabe a respeito. É mais ou menos como dizem, que há outras dimensões ao nosso redor, mas nós não temos a capacidade de percebe-las".
que filme naturalmente lindo! a camada nouvelle vague intensifica-o, chegando a ser cômico e charmoso, e o principal, nos afeta ao perceber e transmitir os impasses que temos em nosso cotidiano, enfaticamente, no processo da madurecencia, do torna-se adulto e, que nesse caminho, mesmo diante das complexidades encontradas e impostas, existe sempre um amigo que vai estar lá e um sonho que não nos perdoa.
Frances corre e dança na minha cabeça ao tocar a música do Bowie!
"A ciência pedagógica vindo, inclusive dos Estados Unidos, cada vez mais sofisticada. Pra que isso? pra fazer vestibular. Ora! Ninguém nasceu pra fazer vestibular. A gente nasceu pra ser gente."
"Existem mais de 45 mil artigos falando sobre depressão/tristeza e não mais do que 400 falando sobre a felicidade. A tristeza está na moda!"
"De vez em quando vocês não escutam uns barulhos estranhos? Sabe o quê que são esses barulhos? Paradigmas velhos caindo. Sabe porquê que caem os paradigmas velhos? Pra gente levantar os novos."
Documentário lindíssimo que nos possibilita pensar o quão a vida adulta, principalmente na contemporaneidade, nos é carceraria! O quão nos priva de sentir e dificulta ações lúdicas no simples e singelo prazer de estar em contato com á natureza humana, de resgatar e construir relacionamentos de afeições para com outros e acima de tudo á nós mesmo, da dialogicidade com o nosso corpo que no meio de tantas grades cria muros impossibilitando de enxergar e transportar a felicidade da infância - essa ultima que seria sinônimo de liberdade e prazer principalmente nos encantos da ludicidade que encontramos quando crianças. Que a criança que fui, sou e ainda serei, não me esqueça e que eu não a esqueça, e que a gente sempre esteja se ressignificando :)
esse documentário de humor ácido é potencialmente importante para ampliar nossas visões e criticas sobre como acontece à política dos sistemas de saúde em terras Cubanas e Canadenses e em outros países Europeus; como na França e na Inglaterra que entra em contraste exacerbadamente com a política privatizada de saúde dos EUA - denunciando seus abusos e mutilamento de vidas que os planos de saúde americanizados exercem sobre as pessoas que carecem dela, até mesmo para quem pode pagar pelos seus recursos, essas instituições apesar de lucrar demasiadamente, deixam a desejar os serviços que são necessários para a população, sendo injustas e além de tudo, preconceituosas. Entretanto, o filme surge com o paradoxo dos EUA com os serviços de saúde europeus, canadenses e cubanos, que quebram com essa lógica onde deixam transparecer que não existem violações de direitos e há um exercício da justiça social nesses países, pois neles quem necessita das ferramentas de saúde não precisam pagar por elas e ainda por cima são beneficiados por receberem um trabalho otimizado e humanizado nas instituições de saúde, mostrando a não discriminação e respeito mútuo para com todos os cidadãos. O modelo de saúde norte-americano é vergonhoso e literalmente corrupto, sabendo que suas estratégias de poder se modelam nas mãos de políticos que agarram a indústria farmacêutica, visando apenas a expansão de seus lucros independentemente de quem pode sofrer com isso. É percebível também no documentário o quão os americanos são alienados com sua cultura – mostrando que parecem desconhecer de seus direitos, sofrendo forte influencia midiática e obedecendo justamente o que esse sistema deseja, pois como mostra um trecho do longa-metragem de forma sarcástica: "Pessoas endividadas perdem a esperança. E pessoas sem esperança não votam. Dizem que todas as pessoas devem votar. Mas acho que, se os pobres, na Grã-Bretanha ou nos Estados Unidos votassem em pessoas que representem seus interesses, seria uma verdadeira revolução democrática. E não querem que isso aconteça. Por isso mantêm as pessoas oprimidas e pessimistas. Penso que há duas formas de controlar as pessoas: Primeiramente assustando-as. E em segundo, desmoralizando-as. Uma nação educada, saudável e confiante é mais difícil de governar. E acho que há um elemento no pensamento de algumas pessoas: 'Não queremos que as pessoas sejam educadas, saudáveis e confiantes. Porque ficariam fora de controle.' Um por cento da população mundial detém 80% da riqueza. É incrível que as pessoas tolerem isso. Mas elas são pobres, estão desmoralizadas, estão assustadas. E então, pensam que o mais seguro é seguir ordens e esperar o melhor." Considerando essas perspectivas, o filme nos afeta a uma profunda tristeza e revolta, nos levando a refletir também sobre a nossa realidade brasileira com o nosso sistema de saúde brasileiro o SUS que mesmo apresentando seus descasos e problematizações intrínsecos nas implantações e dispositivos da nossa rede não deixa a carecer como o intenso descuido que mostra essa realidade neoliberalista americana, onde o poder sobressai e extermina aqueles que não podem pagar o suficiente por ele. Também nos deixa a desejar por ajustes em nossas redes de atenção que se assemelhem aos dos países europeus, cubanos e canadense, que o nosso sistema se expandam por dignidade, igualdade e integridade e que isso aconteça de forma LIVRE E HUMANIZADA e nunca, nunca PRIVATIZADA em efeito da democracia, respaldando como mesmo diz no roteiro do filme: "a democracia é a coisa mais revolucionária do mundo.”
achei essa temporada muito madura e reflexiva! adoro como Girls de forma cômica e leve consegue transparecer a realidade e as peculiaridades de cada pessoa em suas mais intimas estranhezas! há quem critique a serie pelos personagens egocêntricos, principalmente a Hannah, mas será que é porque esse tipo de protagonismo transparece como somos enraízadamente egoístas ás vezes e não percebemos? pode ser que saber e ver nossos próprios defeitos em outros incomode. lembro que a season já começou bastante potente trazendo a reflexão sobre alguns intelectuais contemporâneos - esses que acreditam que só autores arcaicos e tradicionais são plausíveis e costumam desprezar obras recentes. achei massa também a implicância feminista abolindo a dominação machista sobre o corpo da mulher no assunto sobre o aborto. a temática trazida sobre a frustração de um pai de família ao se assumir homossexual quase na terceira idade igualmente foi super interessante! cada vez mais que acompanho esse trabalho da Lena Dunham, mas fico encantadinha pela mesma. Girls é uma ótima opção de entretenimento para pensar sobre diversas perspectivas dos relacionamentos contemporâneos e instabilidade emocionais e profissionais. É uma comédia reflexiva e também inspiradora!
“- Pensei em você no banheiro. Há uma pichação: ‘Meu desejo de amar abre-se para a morte como uma janela para o pátio’. E alguém escreveu abaixo: ‘Pula, Narciso! ’ - Isso te faz lembrar de mim? - Parece contigo, não?”
(...)
"Para mim não existem putas. Para mim, uma garota que fode com qualquer um não é uma puta. Para mim não existem putas, isso é tudo."
Caramba, que baita filme! Assisti em dois tempos, mas não porque estava entediada, cansada ou algo do tipo e nem tanto por sua longa duração, mas sim para digerir os dialogos aos poucos, invade o pensamento em tantas peculariedades do nosso pensar, sentir e existir com a politica, economia, amor, sexo, relações, feminismo e de uma forma tocante com o existencialismo poético. Silêncio para ouvir a trilha sonora, achei maravilhoso o diretor impôr as canções completas, na pretensão de ouvirmos junto conosco, não só com as cenas.
Deveria existir um livro desse filme. No entanto, esse filme também é um livro.
Como acredito demasiadamente na vivência atraves da experiencia da sétima arte, na intenção de que, podemos experimentar, conhecer, sentir, enfim se afetar - creio que essa seja mesmo a palavra; afetação! - quando estamos nos entrelaçando a um filme, "Alabama Monroe" veio para me socar, me ferindo até não sobrar mais nada de racional que pudesse me prender ao pensamento materialista de que "isso é apenas uma produção artistica para você está em um estado de surto depressivo". Mas que bom que não pude me conter, que bom que pude conhecer a história de Elise e Didier e ter tido a oportunidade de me permitir a sensibilidade que fora seu efeito. Me destruiu, me esmagando e nesse meio eu pude pensar como não existe a vida sem algo que nos preencha, e como ela não pode continuar a existir se o buraco dentro de você é grande e mesmo que você queira prenchê-lo junto de seus acreditares mágicos que para outrem podem serem ilogicos, irracionais, argumentando seus ideais ceticistas e paradoxalmente religioes e suas ciências ideologicas para te ensinar o que existe e o que não. e te mata! porque você não pode apenas viver do que é real. você não aguenta existir na crueldade seca das perdas. você não suporta o não saber dos encantamentos. como também não aguenta viver só deles. Elise e Didier mostram bem essa dicotonomia dos seres, ele sendo muito cético impedia-a de tentar superar sua perda no refugio que sua filha ainda estaria com ela em quaisquer simbolismos. E quando Elise aceitou o real, não pode resistir. Porque os fatos não podem serem digeridos considerando apenas a realidade para as massas. Você pode acreditar no que quiser, se isso te ajuda e te salva. É o que importa, a mágia da vida nos andarilhos de como quisermos nos salvar. Fatalidade nos matam. No fim, ambos personagens se desfizeram. Didier nunca mais poderá ser suas concretudes, porque para continuar amando suas mulheres se submeteu aos sonhos.
Pareceu-me com um ar de Bergman moderno, nas reflexões existenciais e também pelos cenários. Binoche, esplêndida! Kristen Stewart não deixou a desejar. Porém Chloe não consegue me convencer.
O que me conduz a admirar e adentrar nas obras do Woody Allen, é que mesmo ele sendo um niilista, se afirmando sempre com seu caráter pessimista, não deixa de desenvolver encontros que nos permitem pensar que o mundo junto com a vida é realmente injusta, previsível, patética e seus outros sinônimos, mas paradoxalmente, as imprevisibilidade das emoções nos afetam e os seres racionais que tem seus pensamentos concretos, no fundo desejam ser salvos de suas verdades. Acredito que Magia ao Luar fez bem isso, principalmente quando o cético Stanley mostrou-se aliviado quando acreditou, mesmo que temporalmente, no misticismo de Sophia, pois estava farto de sua racionalidade e concretudes metódicas sobre o mundo. O homem sendo apenas ciência não consegue sobreviver, ao menos, parcialmente em harmonia, quando não exerce o experimento de seus afetos. No desfecho Sofia seria mesmo uma farsa? Mas que bela mentira é amar.
Woody ainda saboreia a obra com Nietzsche:
- Aquele filósofo alemão disse que precisamos de ilusões pra viver. - Você quer dizer mentiras - Não podemos viver nos iludindo - Mas devemos... Se quisermos suportar a vida.
E acredito, que não da mesmo para morrer da verdade.
Longa-metragem inspiradora, uma história verídica que nos mostra que só o amor e o acreditar no outro pode salvar! A arte da motivação e o seu efeito de refugiar, ajudando a recompor a alma e fortificando os seres fragilizados desse mundo de segregação, dessa sociedade que vigia, enclausuram, modela e que pune aprisionando em gaiolas os sujeitos que lhes são diferentes, que não merecem ou simplesmente não podem se misturar ao âmbito dos considerados "normais" - pois estes ditos anormais são excluídos por não obedecerem ao padrão estereotipado do comportamentalismo e também por "diagnósticos" generalizados que formam o preconceito do individuo perigoso. Com isso, aparelhados pela a ajuda do grande poder da psiquiatria junto de seus melhores amigos que são os medicamentos que, por vezes, em seu manuseio demasiado e impreciso, são desnecessários e só contribuem para tornar esse humano - que instintivamente deseja sentir e viver a vida entre bons afetos e um ambiente digno de ser vívido - em um objeto quebrado, um corpo mórbido e vazio, uma maquina que por forte efeito das pílulas farmacológicas torna-se inutilizável, portanto como esse ser não serve para a sociedade capitalista ele tende a ser enclausurado, jogado, excluído.
Um diálogo no filme que me roubou bastante atenção, assim me afetando para a reflexão do que tenho dito, foi a parte que o sindicalista discute com o médico psiquiatra sobre a diminuição do uso da medicalização para os portadores de transtornos mentais, e o primeiro questiona: "- por que eles não podem ter uma vida normal? - porque a vida normal para eles é um risco. - É um risco para todos, Doutor."
O que conclui diante das minhas caixas de afetações, em especial nesse trecho, mas obviamente que perante toda a realidade que me foi apresentada pela sétima arte: ninguém está a salvo da rotulação patológica da psiquiatria, só nos fragmentam a tais tipos de especialidades portadoras, se seguirmos a sua lógica vamos sempre nos encontrar e nos enquadrar a certos transtornos mentais, portanto assim, nenhum de nós estamos a salvo. Só separam quais os tipos de loucos podem viver aqui na sociedade utopicamente libertaria e os outros que são encarcerados nos manicômios, prisões e etc. Para finalizar, outro ponto final crucial na película, foi visto esclarecidamente que essas gaiolas do corpo e da alma não são eficazes para tratar este tipo de situação e, que as pessoas impostas no manicômio, com os tratamentos e violações que são utilizadas, só os fazem desaparecer caminhando para a morte. Infelizmente, na realidade contemporânea, o que a maioria dos moralistas desejam, mas a parte belíssima dessa história é saber que existem muitos como o sindicalistas para lutar por direitos mais humanizados.
quando falo "mestre" em relação ao Hitchcock é com toda ousadia da palavra. que obra-prima magnifica! um suspense com uma genialidade intelectual de saborear a mente e nos deixar aflitos. Hitchcock sempre teve linhas psicanaliticas envolvidas em suas obras, o que intensifica a coisa e, mais envolvendo a teoria do "super-homem" do Nietzsche em semelhança e contra-pontos com o Hitler, nos faz refletir o que seria essa "grandeza do homem".
"(...) Mas quem são essas mulheres? Onde vão? A que encontro? Se o coração delas está livre, então seus corpos devem ser pegos e acho que não tenho o direito de deixar passar essa chance. A verdade é: elas querem a mesma coisa que eu. Elas querem amor. Todo mundo quer amor, todos tipos de amor.... Amor físico, amor sentimental ou apenas a ternura desinteressada de alguém que escolheu outro alguém para a vida toda e não olha mais para ninguém. Eu não estou nessa. Olho todo mundo."
Black Mirror (3ª Temporada)
4.5 1,3K Assista AgoraO mal-estar e a sensação de angústia contínua ao se introduzir e passar por episódios de Black Mirror nos mostra e traz por esses sentimentos de terror-existencial o espelho dos horrores humanos que tendemos a ser, ou, se já não nos tornamos, pela superfície tecnológica. Mesmo percebendo muitas interpretações por argumentos, que a série causa, sobre a culpabilização das ferramentas tecnologias, enfaticamente acerca do cenário das redes sociais, não vejo apenas essas esferas como ponto de partida e território generalizado, que abrange e produz todos os efeitos de estarmos nos tornando máquinas. Ou seja, seres esvaziados de empatia e sensibilidade, controlados por uma racionalidade frutífera de obediência e representação social que estabelece e nos coloca dentro ou próximo de uma norma vigente.
Norma essa, impossível de ser encontrada em fator real, por isso, talvez, a camada das redes sociais sirva para tentarmos encontra-la, mesmo que saibamos, que não é possível acha-la. Assim, tentamos criar na virtualidade, uma personificação de identidade, sendo essa inexistente em fator real, (pois a subjetividade capitalística nos obriga a assumirmos uma identidade), que se aproxime da norma estabelecida de quem deveríamos ser, resultando na frustrante agonia ilusória de quem gostaríamos de ser. Talvez aí, esteja a explicação do esvaziamento de nós mesmo, das nossas relações, e de nos tornamos corpos enlatados, sujeitos aos chutes tecnológicos. Porque muitas vezes a vitrine virtual serve de escapismos da realidade e nos impede de encontrarmos com as coisas reais. O interessante é, que a pretensão das redes sociais, em questões lúcidas, seria para nos aproximarmos. Contudo, ao meu ver, a era da virtualidade é paradoxal com seus princípios, pois parece-me que com o mundo virtual, ficamos mais distante do outro e o mais tenebroso, de nós mesmos.
Isso é algo a se questionar, pois mesmo havendo pretensões positivas, é certo como nos mostra em Black Mirror, que a tecnologia instrumentalizada nas redes sociais produz o distanciamento e o esvaziamento das relações em tempo real, mais do que o suposto viés de aproximações. Mas é necessário que se enxergue além das tecnologias e suas redes, porque essas são apenas mais um instrumento de controle, para os ordeiros fluxos sociais capitalísticos se perpetuarem. Por isso, a questão não é apenas culpabilizar a tecnologia das redes, mas questionarmo-nos para o que e para quem elas servem? Devemos nos indagar, por que estamos cada vez mais sujeitos a sustentabilidade de uma vitrine virtual? Por que necessitamos de uma vida aparelhada¿ Por que não parece mais haver meios de vida no real? O que está acima de toda essa válvula de captura?
Talvez, para mim, o mais angustiante e tenebroso de Black Mirror, é a necessidade sufocante de acordar, de dar-se fim, a essa horrenda transferência de captura que a sociedade contemporânea tem nos aprisionado.
Love
3.5 883 Assista Agorao pouco de roteiro que se tem compensando por uma direção fotográfica que grita além dos sentidos da necessidade de conter palavras. só absorve-se a poesia visual.
a sensação é de está dentro da obra o que a torna um deleite literal... e visceral. Gaspar Noé quis que sentíssemos tudo? - então, está aí o seu sonhado filme que transparece o amor sem cortinas fechadas, rasgando na tela o desejo dos corpos em sua mais pura embriaguez. sem a moralidade do pudor, sem a moralidade que tranca, sem a moralidade que idealiza.
o amor sendo corpo. o corpo com amor. no sexo do corpo. sendo real. sem absurdos.
e com absurdos, pois se inserindo no protagonista principal: "como algo tão bonito, pode causar tanta dor?"
porra. um tiro!
Frances Ha
4.1 1,5K Assista Agora"Mas é uma festa e vocês dois estão conversando com outras pessoas, estão rindo e contentes... E você olha para o outro lado da sala e seus olhares se encontram... Mas... Mas não por possessividade... Ou nada exatamente sexual... Mas porque... Aquela é a sua pessoa nessa vida. E é divertido e triste, mas só porque essa vida irá acabar, e é também um mundo secreto que existe ali em público, despercebido que ninguém mais sabe a respeito. É mais ou menos como dizem, que há outras dimensões ao nosso redor, mas nós não temos a capacidade de percebe-las".
que filme naturalmente lindo! a camada nouvelle vague intensifica-o, chegando a ser cômico e charmoso, e o principal, nos afeta ao perceber e transmitir os impasses que temos em nosso cotidiano, enfaticamente, no processo da madurecencia, do torna-se adulto e, que nesse caminho, mesmo diante das complexidades encontradas e impostas, existe sempre um amigo que vai estar lá e um sonho que não nos perdoa.
Frances corre e dança na minha cabeça ao tocar a música do Bowie!
Tarja Branca - A Revolução que Faltava
4.3 123 Assista Agora"A ciência pedagógica vindo, inclusive dos Estados Unidos, cada vez mais sofisticada. Pra que isso? pra fazer vestibular. Ora! Ninguém nasceu pra fazer vestibular. A gente nasceu pra ser gente."
"Existem mais de 45 mil artigos falando sobre depressão/tristeza e não mais do que 400 falando sobre a felicidade. A tristeza está na moda!"
"De vez em quando vocês não escutam uns barulhos estranhos? Sabe o quê que são esses barulhos? Paradigmas velhos caindo. Sabe porquê que caem os paradigmas velhos? Pra gente levantar os novos."
Documentário lindíssimo que nos possibilita pensar o quão a vida adulta, principalmente na contemporaneidade, nos é carceraria! O quão nos priva de sentir e dificulta ações lúdicas no simples e singelo prazer de estar em contato com á natureza humana, de resgatar e construir relacionamentos de afeições para com outros e acima de tudo á nós mesmo, da dialogicidade com o nosso corpo que no meio de tantas grades cria muros impossibilitando de enxergar e transportar a felicidade da infância - essa ultima que seria sinônimo de liberdade e prazer principalmente nos encantos da ludicidade que encontramos quando crianças.
Que a criança que fui, sou e ainda serei, não me esqueça e que eu não a esqueça, e que a gente sempre esteja se ressignificando :)
Sicko - S.O.S. Saúde
4.2 301esse documentário de humor ácido é potencialmente importante para ampliar nossas visões e criticas sobre como acontece à política dos sistemas de saúde em terras Cubanas e Canadenses e em outros países Europeus; como na França e na Inglaterra que entra em contraste exacerbadamente com a política privatizada de saúde dos EUA - denunciando seus abusos e mutilamento de vidas que os planos de saúde americanizados exercem sobre as pessoas que carecem dela, até mesmo para quem pode pagar pelos seus recursos, essas instituições apesar de lucrar demasiadamente, deixam a desejar os serviços que são necessários para a população, sendo injustas e além de tudo, preconceituosas. Entretanto, o filme surge com o paradoxo dos EUA com os serviços de saúde europeus, canadenses e cubanos, que quebram com essa lógica onde deixam transparecer que não existem violações de direitos e há um exercício da justiça social nesses países, pois neles quem necessita das ferramentas de saúde não precisam pagar por elas e ainda por cima são beneficiados por receberem um trabalho otimizado e humanizado nas instituições de saúde, mostrando a não discriminação e respeito mútuo para com todos os cidadãos. O modelo de saúde norte-americano é vergonhoso e literalmente corrupto, sabendo que suas estratégias de poder se modelam nas mãos de políticos que agarram a indústria farmacêutica, visando apenas a expansão de seus lucros independentemente de quem pode sofrer com isso. É percebível também no documentário o quão os americanos são alienados com sua cultura – mostrando que parecem desconhecer de seus direitos, sofrendo forte influencia midiática e obedecendo justamente o que esse sistema deseja, pois como mostra um trecho do longa-metragem de forma sarcástica:
"Pessoas endividadas perdem a esperança. E pessoas sem esperança não votam. Dizem que todas as pessoas devem votar. Mas acho que, se os pobres, na Grã-Bretanha ou nos Estados Unidos votassem em pessoas que representem seus interesses, seria uma verdadeira revolução democrática. E não querem que isso aconteça. Por isso mantêm as pessoas oprimidas e pessimistas. Penso que há duas formas de controlar as pessoas: Primeiramente assustando-as. E em segundo, desmoralizando-as. Uma nação educada, saudável e confiante é mais difícil de governar. E acho que há um elemento no pensamento de algumas pessoas: 'Não queremos que as pessoas sejam educadas, saudáveis e confiantes. Porque ficariam fora de controle.' Um por cento da população mundial detém 80% da riqueza. É incrível que as pessoas tolerem isso. Mas elas são pobres, estão desmoralizadas, estão assustadas. E então, pensam que o mais seguro é seguir ordens e esperar o melhor."
Considerando essas perspectivas, o filme nos afeta a uma profunda tristeza e revolta, nos levando a refletir também sobre a nossa realidade brasileira com o nosso sistema de saúde brasileiro o SUS que mesmo apresentando seus descasos e problematizações intrínsecos nas implantações e dispositivos da nossa rede não deixa a carecer como o intenso descuido que mostra essa realidade neoliberalista americana, onde o poder sobressai e extermina aqueles que não podem pagar o suficiente por ele. Também nos deixa a desejar por ajustes em nossas redes de atenção que se assemelhem aos dos países europeus, cubanos e canadense, que o nosso sistema se expandam por dignidade, igualdade e integridade e que isso aconteça de forma LIVRE E HUMANIZADA e nunca, nunca PRIVATIZADA em efeito da democracia, respaldando como mesmo diz no roteiro do filme: "a democracia é a coisa mais revolucionária do mundo.”
Girls (4ª Temporada)
4.1 180achei essa temporada muito madura e reflexiva! adoro como Girls de forma cômica e leve consegue transparecer a realidade e as peculiaridades de cada pessoa em suas mais intimas estranhezas! há quem critique a serie pelos personagens egocêntricos, principalmente a Hannah, mas será que é porque esse tipo de protagonismo transparece como somos enraízadamente egoístas ás vezes e não percebemos? pode ser que saber e ver nossos próprios defeitos em outros incomode.
lembro que a season já começou bastante potente trazendo a reflexão sobre alguns intelectuais contemporâneos - esses que acreditam que só autores arcaicos e tradicionais são plausíveis e costumam desprezar obras recentes. achei massa também a implicância feminista abolindo a dominação machista sobre o corpo da mulher no assunto sobre o aborto. a temática trazida sobre a frustração de um pai de família ao se assumir homossexual quase na terceira idade igualmente foi super interessante! cada vez mais que acompanho esse trabalho da Lena Dunham, mas fico encantadinha pela mesma. Girls é uma ótima opção de entretenimento para pensar sobre diversas perspectivas dos relacionamentos contemporâneos e instabilidade emocionais e profissionais. É uma comédia reflexiva e também inspiradora!
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista Agora"O mundo é, precisamente, um lugar infinitamente melhor por você não desejar ser normal."
A Mãe e a Puta
4.3 96“- Pensei em você no banheiro. Há uma pichação: ‘Meu desejo de amar abre-se para a morte como uma janela para o pátio’. E alguém escreveu abaixo: ‘Pula, Narciso! ’
- Isso te faz lembrar de mim?
- Parece contigo, não?”
(...)
"Para mim não existem putas.
Para mim, uma garota que fode com qualquer um não é uma puta.
Para mim não existem putas, isso é tudo."
Caramba, que baita filme! Assisti em dois tempos, mas não porque estava entediada, cansada ou algo do tipo e nem tanto por sua longa duração, mas sim para digerir os dialogos aos poucos, invade o pensamento em tantas peculariedades do nosso pensar, sentir e existir com a politica, economia, amor, sexo, relações, feminismo e de uma forma tocante com o existencialismo poético. Silêncio para ouvir a trilha sonora, achei maravilhoso o diretor impôr as canções completas, na pretensão de ouvirmos junto conosco, não só com as cenas.
Deveria existir um livro desse filme. No entanto, esse filme também é um livro.
Alabama Monroe
4.3 1,4KComo acredito demasiadamente na vivência atraves da experiencia da sétima arte, na intenção de que, podemos experimentar, conhecer, sentir, enfim se afetar - creio que essa seja mesmo a palavra; afetação! - quando estamos nos entrelaçando a um filme, "Alabama Monroe" veio para me socar, me ferindo até não sobrar mais nada de racional que pudesse me prender ao pensamento materialista de que "isso é apenas uma produção artistica para você está em um estado de surto depressivo". Mas que bom que não pude me conter, que bom que pude conhecer a história de Elise e Didier e ter tido a oportunidade de me permitir a sensibilidade que fora seu efeito. Me destruiu, me esmagando e nesse meio eu pude pensar como não existe a vida sem algo que nos preencha, e como ela não pode continuar a existir se o buraco dentro de você é grande e mesmo que você queira prenchê-lo junto de seus acreditares mágicos que para outrem podem serem ilogicos, irracionais, argumentando seus ideais ceticistas e paradoxalmente religioes e suas ciências ideologicas para te ensinar o que existe e o que não. e te mata! porque você não pode apenas viver do que é real. você não aguenta existir na crueldade seca das perdas. você não suporta o não saber dos encantamentos. como também não aguenta viver só deles. Elise e Didier mostram bem essa dicotonomia dos seres, ele sendo muito cético impedia-a de tentar superar sua perda no refugio que sua filha ainda estaria com ela em quaisquer simbolismos. E quando Elise aceitou o real, não pode resistir. Porque os fatos não podem serem digeridos considerando apenas a realidade para as massas. Você pode acreditar no que quiser, se isso te ajuda e te salva. É o que importa, a mágia da vida nos andarilhos de como quisermos nos salvar. Fatalidade nos matam. No fim, ambos personagens se desfizeram. Didier nunca mais poderá ser suas concretudes, porque para continuar amando suas mulheres se submeteu aos sonhos.
Persépolis
4.5 754"Tinha perdido alguns dos meus familiares em uma revolução, tinha sobrevivido a uma guerra, e foi uma banal história de amor que quase me matou."
Eclipse de uma Paixão
3.6 221 Assista Agora"ofereço-lhe uma escolha arquetípica, a escolha entre o meu corpo e a minha alma. escolha!"
Acima das Nuvens
3.6 400Pareceu-me com um ar de Bergman moderno, nas reflexões existenciais e também pelos cenários. Binoche, esplêndida! Kristen Stewart não deixou a desejar. Porém Chloe não consegue me convencer.
Magia ao Luar
3.4 569 Assista AgoraGente, cuidado, SPOILER no meu comentário abaixo. Não deu pra marcar porque meu cel bugou na hora que escrevi.
Magia ao Luar
3.4 569 Assista AgoraO que me conduz a admirar e adentrar nas obras do Woody Allen, é que mesmo ele sendo um niilista, se afirmando sempre com seu caráter pessimista, não deixa de desenvolver encontros que nos permitem pensar que o mundo junto com a vida é realmente injusta, previsível, patética e seus outros sinônimos, mas paradoxalmente, as imprevisibilidade das emoções nos afetam e os seres racionais que tem seus pensamentos concretos, no fundo desejam ser salvos de suas verdades. Acredito que Magia ao Luar fez bem isso, principalmente quando o cético Stanley mostrou-se aliviado quando acreditou, mesmo que temporalmente, no misticismo de Sophia, pois estava farto de sua racionalidade e concretudes metódicas sobre o mundo. O homem sendo apenas ciência não consegue sobreviver, ao menos, parcialmente em harmonia, quando não exerce o experimento de seus afetos. No desfecho Sofia seria mesmo uma farsa? Mas que bela mentira é amar.
Woody ainda saboreia a obra com Nietzsche:
- Aquele filósofo alemão disse que precisamos de ilusões pra viver.
- Você quer dizer mentiras
- Não podemos viver nos iludindo
- Mas devemos... Se quisermos suportar a vida.
E acredito, que não da mesmo para morrer da verdade.
Mommy
4.3 1,2K Assista Agoragente, DESESPERADAMENTE pedindo-lhes, já tem link pra download? se sim, alguém disponibiliza, por favor?
mal posso esperar pra sentir Xavier Dolan, again.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
3.8 2,4K Assista Agorademais pro meu corassauuuum vê a julianne moore junto com a jennifer lawrence!
American Horror Story: Freak Show (4ª Temporada)
3.5 1,4K Assista Agoranão façam como eu: não assistam o episódio 04 comendo.
Louca Obsessão
4.1 1,3K Assista Agora"MISERY IS ALIVE, MISERY IS ALIVE, MISERY IS ALIVE!"
Dá Para Fazer
4.4 70Longa-metragem inspiradora, uma história verídica que nos mostra que só o amor e o acreditar no outro pode salvar! A arte da motivação e o seu efeito de refugiar, ajudando a recompor a alma e fortificando os seres fragilizados desse mundo de segregação, dessa sociedade que vigia, enclausuram, modela e que pune aprisionando em gaiolas os sujeitos que lhes são diferentes, que não merecem ou simplesmente não podem se misturar ao âmbito dos considerados "normais" - pois estes ditos anormais são excluídos por não obedecerem ao padrão estereotipado do comportamentalismo e também por "diagnósticos" generalizados que formam o preconceito do individuo perigoso. Com isso, aparelhados pela a ajuda do grande poder da psiquiatria junto de seus melhores amigos que são os medicamentos que, por vezes, em seu manuseio demasiado e impreciso, são desnecessários e só contribuem para tornar esse humano - que instintivamente deseja sentir e viver a vida entre bons afetos e um ambiente digno de ser vívido - em um objeto quebrado, um corpo mórbido e vazio, uma maquina que por forte efeito das pílulas farmacológicas torna-se inutilizável, portanto como esse ser não serve para a sociedade capitalista ele tende a ser enclausurado, jogado, excluído.
Um diálogo no filme que me roubou bastante atenção, assim me afetando para a reflexão do que tenho dito, foi a parte que o sindicalista discute com o médico psiquiatra sobre a diminuição do uso da medicalização para os portadores de transtornos mentais, e o primeiro questiona:
"- por que eles não podem ter uma vida normal?
- porque a vida normal para eles é um risco.
- É um risco para todos, Doutor."
O que conclui diante das minhas caixas de afetações, em especial nesse trecho, mas obviamente que perante toda a realidade que me foi apresentada pela sétima arte: ninguém está a salvo da rotulação patológica da psiquiatria, só nos fragmentam a tais tipos de especialidades portadoras, se seguirmos a sua lógica vamos sempre nos encontrar e nos enquadrar a certos transtornos mentais, portanto assim, nenhum de nós estamos a salvo. Só separam quais os tipos de loucos podem viver aqui na sociedade utopicamente libertaria e os outros que são encarcerados nos manicômios, prisões e etc.
Para finalizar, outro ponto final crucial na película, foi visto esclarecidamente que essas gaiolas do corpo e da alma não são eficazes para tratar este tipo de situação e, que as pessoas impostas no manicômio, com os tratamentos e violações que são utilizadas, só os fazem desaparecer caminhando para a morte. Infelizmente, na realidade contemporânea, o que a maioria dos moralistas desejam, mas a parte belíssima dessa história é saber que existem muitos como o sindicalistas para lutar por direitos mais humanizados.
Festim Diabólico
4.3 885 Assista Agoraquando falo "mestre" em relação ao Hitchcock é com toda ousadia da palavra. que obra-prima magnifica! um suspense com uma genialidade intelectual de saborear a mente e nos deixar aflitos.
Hitchcock sempre teve linhas psicanaliticas envolvidas em suas obras, o que intensifica a coisa e, mais envolvendo a teoria do "super-homem" do Nietzsche em semelhança e contra-pontos com o Hitler, nos faz refletir o que seria essa "grandeza do homem".
clássico intensificado!
Carne Trêmula
4.0 585"não controlamos nossa juventude, nem a mulher que amamos."
A Lei do Desejo
3.8 317 Assista Agorasobre esta pelicula, parafraseio Freud: "na cegueira do amor, é possível se converter num criminoso sem remorsos."
Marnie, Confissões de uma Ladra
3.7 187 Assista AgoraO mestre Hitchcock sabia transmitir a psicanálise no cinema e saborea-la junto a um suspense.
Prato cheio pra uma análise freudiana.
O Homem que Amava as Mulheres
4.0 102"(...) Mas quem são essas mulheres?
Onde vão? A que encontro? Se o coração delas está livre, então seus corpos
devem ser pegos e acho que não tenho o direito de deixar passar essa chance.
A verdade é: elas querem a mesma coisa que eu. Elas querem amor. Todo mundo
quer amor, todos tipos de amor.... Amor físico, amor sentimental ou apenas a
ternura desinteressada de alguém que escolheu outro alguém para a vida toda
e não olha mais para ninguém. Eu não estou nessa. Olho todo mundo."
Libertino romântico...