“Godzilla e Kong: O Novo Império” é o quinto filme da franquia intitulada “Monsterverse”, centrada nos monstros Godzilla e King Kong, sendo este o segundo filme em que ambos estão juntos e unem forças contra outros titãs inimigos. O filme é uma continuação imediata dos eventos de seu antecessor, onde temos um aprofundamento maior sobre a Terra Oca e seus mistérios e revelações.
Este filme é o mais puro suco de cinema escapista, com muitos exageros, esquisitices e zero comprometimento com realismo. É claro que eu já estava ciente de tudo isso, até porque o filme antecessor foi basicamente o mesmo desse atual. Entretanto, no desespero de tentar entregar algo diferente, os produtores resolveram mexer na essência do Godzilla, alterando a cor de seus feixes radioativos e também deixando-o muito mais ágil. Para mim, ficou discrepante demais essa “evolução” na sua velocidade, considerando que o lagartão pesa muitas toneladas. Era melhor ter deixado como estava antes…
Assim como em toda a saga, o roteiro aqui continua bem raso e quase inexistente; os personagens humanos também seguem sendo desinteressantes e sem desenvolvimento, onde tanto faz quem morre e sobrevive. Lógico que não dá para exigir muito do diretor Adam Wingard, um cara que sofre hate até hoje devido ao live action de “Death Note”. O cineasta continua buscando se firmar na concorrida Hollywood, por tanto, não esperem muito dele…
Como blockbuster, o filme é Ok e bacana, cumprindo seu papel de ser um bom passatempo. Destaque para o ato final no Rio de Janeiro, que gostei bastante, mas seria ainda melhor se aquela destruição toda tivesse acontecido no Distrito Federal. 😈 😈 😈 Em termos de produção, o filme é bem satisfatório, muito disso graças à Legendary Pictures, uma produtora que trabalha muito bem com CGI, exemplos disso são os filmes: “Círculo de Fogo” (2013); “Interestelar” (2014) e o mais recente “Duna: Parte 2” (2024). A meu ver, é a melhor produtora de filmes no momento.
Sobre o vilão Skar King, ele só deu um pouco de trabalho no início, depois não surpreendeu mais. Não chegou nem perto da dificuldade que King Kong e Godzilla tiveram contra King Ghidorah (Godzilla sozinho) e Mechagodzilla (esse o vilão mais forte e poderoso até agora do monsterverse). Isso sem falar que Skar King precisava de um aliado para ser temível, enquanto os outros davam conta do recado sozinhos.
Apesar das ressalvas, “O Novo Império” é um bom filme pipoca, pelo menos não prometeram mais do que podiam entregar, até agora estão sendo bem honestos com seu público. Loucura é querer um roteiro complexo onde a complexidade não existe, o foco aqui é simplesmente mostrar pancadaria e destruição com monstros gigantes e ponto final.
Assistido em 16 de maio de 2024 Minha avaliação: 7,0/10
"Duna: Parte 2" é a ficção científica feita para adultos que o cinema moderno estava precisando.
Poder, ganância, imperialismo, colonialismo, política, conspirações, explorações, guerras, mortes, religião, fé, crenças, ressurreição, amor, ódio e vingança. Certamente "Duna: Parte 2", é um filme com vastos temas, que tem muito a mostrar para o telespectador. Obviamente um filme que trata de tantas coisas, precisa de um diretor com culhões para desenvolver bem esse universo grandioso e ser um sucesso! Denis Villeneuve foi a escolha certa para os filmes "Duna", ele é o cara do momento!
Gosto muito da estrutura narrativa da Jornada do Herói, tanto para games quanto para filmes. Mesmo sendo atualmente uma fórmula batida, porém quando bem planejada e bem roteirizada; é quase sempre garantia de filmão, ou de jogão. Essa forma de se contar uma história facilita os realizadores no processo criativo da obra, com maiores chances de um filme ser memorável, magnífico e fantástico! É o caso de "Duna: Parte 2".
Um exemplo disso é a Sandworm Scene, acho impossível um apreciador da sétima arte não se empolgar com o Paul Atreides conseguindo montar e dominar o verme. Um dos momentos mais épicos e históricos do cinema
A interpretação de Timothée Chalamet teve uma significativa melhora para esta sequência. Em "Duna: Parte 1", vi muito mais apenas do ator que propriamente de seu personagem, tanto é que outros atores se saíram melhores, mesmo sendo coadjuvantes. No entanto, aqui Timothée Chalamet conseguiu encarnar melhor seu personagem, sendo mais incisivo e fazendo jus ao posto de protagonista. Ainda não é uma atuação ao nível de Oscar, mas mesmo assim gostei bastante! Comparado a ele mesmo, a evolução é muito nítida.
Os cenários do filme são simplesmente extraordinários. A cenografia cria um ambiente incrível, tão convincente que nos faz acreditar na autenticidade do que é apresentado na tela, transportando o espectador diretamente para Arrakis de forma brilhante e permitindo uma imersão total.
Fotografia do filme é sensacional! A iluminação das cenas é muito bem executada. Nos momentos ao ar livre, temos uma luz dura e forte que enfatiza o calor do ambiente. Em contraste, nas cenas noturnas, a iluminação é sutil, iluminando apenas o suficiente para podermos acompanhar o que acontece na tela, ressaltando a escuridão profunda da noite no deserto. Nos espaços fechados, a iluminação suave contribui para mostrar que, apesar de ser um refúgio escondido no deserto, é um local que dá para viver.
Os enquadramentos são simplesmente magníficos e muito bem escolhidos, com cada um parecendo uma obra de arte. Planos gerais são frequentemente utilizados para mostrar o mundo dos personagens e como eles se encaixam nele. Planos detalhes são empregados para destacar elementos importantes para a narrativa, enquanto planos fechados são utilizados para mostrar as expressões faciais e reações dos personagens aos eventos da história.
Hans Zimmer, mais uma vez, faz uma grande contribuição para um filme do Denis Villeneuve. Sua trilha-sonora ajuda consideravelmente na criação de uma paisagem sonora excepcional, contribuindo significativamente para a narrativa e a imersão do telespectador, ao integrar perfeitamente imagem e som. A música é utilizada nos momentos certos; sendo majestosa, potente e opressiva, além de evocar uma sensação de misticismo. São poucos compositores que tem o talento de fazer o público se emocionar através do som, Hans Zimmer consegue isso com frequência, por isso o considero o melhor compositor de todos os tempos!
Denis Villeneuve é o diretor que praticamente não erra, seu único filme que não gostei foi "A Chegada" (2017), porém foi mais devido a gosto pessoal, do que a qualidade do filme em si. A crítica negativa que eu tenho sobre o cineasta, é que alguns de seus filmes são caracterizados por um ritmo bem ruim, sendo demasiadamente cadenciado, principalmente no filme "Blade Runner 2049" (2017). Entretanto, ele enfim corrigiu esse defeito com "Duna: Parte 2". O resultado é um filme mais dinâmico, mais objetivo, mais desenvolvido e principalmente mais envolvente.
No Oscar em 2022, "Duna: Parte 1" foi indicado a melhor filme e ganhou seis Óscares nas categorias técnicas. Mesmo assim, Villeneuve não foi nem indicado a melhor diretor, algo que não faz o menor sentido, já que um filme ser considerado um dos melhores pela academia é muito graças ao trabalho de direção. Uma incoerência e bizarrice sem tamanho do Oscar daquele ano. Nessa sequência ele se superou ainda mais na direção, se não for indicado no Oscar 2025 será uma baita sacanagem, pois evidenciará que o Oscar tem um possível problema pessoal com o diretor.
"Duna: Parte 2" é um filme que beira a excelência, sendo uma obra que não se escora apenas nos efeitos visuais e na produção de primeira linha. É um filme completíssimo! Com roteiro, narrativa e trama funcionando perfeitamente bem. Além disso, conta com um baita elenco de ótimos nomes, onde todos seus personagens tem grande impacto nos eventos do filme. Praticamente tudo que você procura em características e elementos de um autêntico filme de ficção científica, você encontra aqui!
Eu havia afirmado que a década de 2020 será a pior da história do cinema, mas com diretores como Denis Villeneuve e Christopher Nolan, estão aí para salvar o futuro do cinema. A história está sendo escrita diante de nossos olhos. "Duna" tem tudo para se tornar uma das melhores franquias literárias de todos os tempos! Filme que respira cinema de verdade, renovando às esperanças de que o cinema da atualidade, apesar da crise, ainda tem muito a oferecer…
Assistido no cinema em 12 de março de 2024 Minha avaliação: 9,5/10
Parece que o diretor Tony Kaye sofre do mesmo mal de Frank Darabont, mesmo realizando um filmaço como "A Outra História Americana", acabou não sendo o suficiente para o cineasta conquistar seu espaço em Hollywood, somente treze anos depois que ele conseguiu dirigir outro filme. Chama a atenção que sua filmografia é composta de apenas dois filmes e um documentário até agora… É muito pouco trabalho para quem já provou ter aptidão para o cargo de diretor, com certeza merecia ter sido mais valorizado pelos produtores e estúdios.
"O Substituto" mostra uma realidade dura e triste de uma escola tomada por alunos problemáticos, que não respeitam professores e colegas. Os professores precisam de muito jogo de cintura para lidar com jovens sem perspectiva de futuro, com o agravante dos pais desses alunos serem completamente negligentes com criação, educação e vida dos próprios filhos. Esse cenário desencadeia um ambiente tóxico e hostil no colégio, onde geralmente os professores acabam ficando de mãos atadas.
Os professores são obrigados a seguir um cronograma totalmente antiquado para lidar com adolescentes em constante transformação e que, ao mesmo tempo, são bombardeados de influências que confundem suas mentes, fazendo-os achar na violência e satisfações imediatas um modo de extravasar todos seus sentimentos reprimidos. Isso aliado a um sistema que visa apenas criar jovens para entrar na faculdade e não os ensinarem a pensar, só piora o quadro…
"Detachment" (título em inglês do filme), significa desapego, distanciamento, indiferença. É sobre isso que o filme se trata, do vazio, da luta e fuga diárias, da complexidade da vida, dos sentimentos, das relações sociais. Por meio de um roteiro cru e provocativo, uma fotografia exemplar, com direito a distanciamento da câmara e atuações incríveis; Adrien Brody somente com o olhar diz muita coisa. "O Substituto" é um tapa na cara de nós telespectador, nos emerge em uma reflexão sobre a vida, suas dificuldades e o nosso caminhar, muitas vezes distanciados.
O filme consegue tratar da depressão de forma fantástica, onde muitos acham que é uma doença que remete à tristeza, mas, na verdade, é muito mais a indiferença. E o protagonista é indiferente de início, mas é muito do discurso. Ele não é vazio como diz ser. Também vale salientar que o filme não conta só uma história, mas também aborda problemas de todo o corpo docente e discente.
Assistido em 1 de março de 2024 Minha avaliação: 7,5/10
Nazismo, racismo, ódio, violência, intolerância, assassinatos, maldade, crueldade, caos, etc. "A Outra História Americana" conta a história do conflito e a guerra entre brancos e negros, onde dois irmãos brancos decidem entrar na gangue de racistas 'skinheads'. O filme revela o poder avassalador da influência familiar, mostrando como uma simples conversa pode mexer com a cabeça de uma pessoa, a ponto de ter visões e pensamentos distorcidos sobre a sociedade de seu país.
Ao longo da história da sétima arte, foram lançados diversos filmes sobre racismo, mas "A Outra História Americana" certamente é um dos poucos a ser imparcial e mostrar os dois lados da moeda. E isso mesmo! Você pode chorar, espernear e dar chilique; o racismo inverso existe sim e é fato! E isso fica provado em muitas cenas desse filme. Com certeza o filme teve ousadia e coragem na sua abordagem sobre um tema sensível, dando um belo tapa na cara na hipocrisia da sociedade.
A montagem desse filme é puro esmero e merece ser enaltecida, foi muito bem-feita, com muita criatividade e inteligência. A diversificação do preto e branco com o colorido ajuda o telespectador a pegar cada detalhe das camadas da história do filme, em uma narrativa não-linear bem peculiar. O filme em paralelo conta a história de passado e presente do protagonista Derek Vinyard com muito êxito.
Edward Norton foi um ator brilhante nos anos 90, ele está entre os melhores atores dessa época maravilhosa do auge do cinema estadunidense, sendo extremamente difícil de acreditar que ele nunca ganhou um Oscar. Ele se destacou muito nessa década com pelo menos três filmes de alto nível, foi esnobado pela academia? Claro que sim! Aqui ele atuou bem demais! Convencendo tanto na fase de criminoso, quanto na sua fase de arrependimento e recomeço. Derek Vinyard na minha opinião é o seu principal, maior e melhor personagem da carreira.
Edward Furlong estava em ascensão como ator, na época era bem novo, mas mesmo assim já emplacava dois filmaços na carreira. Infelizmente ele teve sérios problemas com álcool e drogas, isso acabou comprometendo o restante de sua carreira. A partir do século XXI praticamente não teve mais oportunidades em grandes filmes. Um iminente fim de carreira precoce para um ator que tinha um futuro promissor.
"A Outra História Americana" é cinema underground puro! Com diálogos afiadíssimos, frases inesquecíveis e viscerais, personagens profundos e cenas para causar muitas reflexões. O roteiro objetivo, cru e realista; se mistura com uma bela edição e uma bela cinematografia. Esses três fatores nos fazem ficar sem piscar por um minuto sequer, de tão bem-feito que é! Principalmente na parte cinematográfica, onde o uso da câmera lenta é usada de maneira espetacular, nos fazendo digerir lentamente as cenas mais impactantes.
O filme é bastante original, sem papas na língua, objetivo, cru e realista; sendo bastante honesto nas suas mensagens e lições. Um filme de conteúdo precioso, indispensável em qualquer bom debate, seja ele em uma roda de amigos, ou em um ambiente escolar. Por fim, de um modo simplesmente irretocável, "A Outra História Americana" deixa bem claro que o racismo é pura tolice! E jamais conceberá algo benéfico para a sociedade. A maneira como tudo foi construído, atuado e dirigido faz a experiência ser bastante dolorosa e marcante.
Assistido em 24 de fevereiro de 2024 Minha avaliação: 9,0/10
Tenho uma grande admiração pelos trabalhos de Frank Darabont, um verdadeiro mestre em adaptações de obras literárias de Stephen King, eles formaram uma dupla que deu uma grandiosíssima contribuição para a história do cinema. Não é exagero algum afirmar que Frank Darabont está quase no mesmo patamar dos diretores mais renomados de todos os tempos, mesmo com uma filmografia pequena. O Oscar poderia se redimir lhe entregando um Oscar honorário, seria o mínimo que a academia poderia fazer para minimizar a vergonha de não ter dado sequer um prêmio para "Um Sonho de Liberdade" e "À Espera de Um Milagre".
Infelizmente, "O Nevoeiro" foi o último filme dirigido por Frank Darabont, para mim é um grande mistério ver como sua carreira não decolou após os anos 90, acredito que exista uma má vontade de Hollywood em financiar seus filmes. Ou simplesmente Darabont desistiu da carreira de cineasta, que na minha opinião não faria sentido; prefiro acreditar que Hollywood não dá mais espaço para ele. É uma pena que muitos diretores de verdade não são valorizados por Hollywood, isso é um dos motivos que explica a crise que o cinema estadunidense vem enfrentando nos últimos anos.
Gostei da dinâmica desse filme, aonde boa parte se passou em um único ambiente, mas isso não foi um empecilho para o andamento do longa. "O Nevoeiro" conta com bons acontecimentos, que gradativamente vai deixando a situação cada vez mais tensa, caótica e desesperadora para os sobreviventes do local. Numa ambientação de suspense e mistério muito bem criada e desenvolvida.
"O Nevoeiro" está repleto de elementos que transitam entre o sobrenatural e psique humana. No caso deste filme, o brilhante roteiro de Frank Darabont explora as nuances impostas por um encarceramento de pessoas abrigadas em um mercado, de diferentes personalidades que fazem frente ao desconhecido imposto pelo recém-chegado nevoeiro misterioso.
Os conflitos psicológicos, as dúvidas e a exaltação baseados no fundamentalismo religioso explora lados da mente humana que surgem após situações complexas, que deixam muitas vezes as pessoas reféns de si mesmas por não saberem como conduzir seu passo seguinte. As dúvidas e decisões tomadas sempre geram consequências, que podem variar dependendo muito da falta de reflexão individual em prol do coletivo, tendo um aspecto real implicado de forma coesa e brilhante no enredo que mistura realidade subjetiva e ficção.
O filme ficou bastante conhecido pelo seu desfecho corajoso, original e fora dos padrões de Hollywood. Realmente, ao me deparar com o final, posso afirmar que se trata de um dos finais mais fudidos, angustiantes, chocantes, cruéis e surpreendentes do terror. Graças a ousadia e personalidade de Frank Darabont, temos um raro caso em que o final de um filme supera o do livro, tanto é que King aprovou! "O Nevoeiro" é desgraçamento mental e terror psicológico na sua mais pura autenticidade. Frank Darabont é simplesmente o homem que nunca errou! Eu venero esse cara.
Maratona Frank Darabont Assistido em 19 de fevereiro de 2024 Minha avaliação: 8,5/10
Assim como no filme "Um Sonho de Liberdade", meu primeiro contato com "À Espera de Um Milagre" também foi pelo SBT dos anos 2000 (saudades da melhor época da emissora). Assisti com meus pais e foi muito gratificante acompanhar essa belíssima história emocionante em família. Minha mãe é bastante religiosa, com a temática do filme nem é preciso ser vidente para saber que ela chorou litros com o desfecho dessa obra. Realmente este filme é um dos mais tocantes e emocionantes de todos os tempos!
Frank Darabont não se abateu com a baixa bilheteria de seu filme antecessor, resolveu adaptar novamente uma obra de Stephen King para às telonas do cinema, onde mais uma vez a história se desenrola numa prisão. A diferença aqui é que os detentos são todos sentenciados a pena de morte por eletrocutamento. Darabont em uma direção primorosa, fez de "Um Sonho de Liberdade" um dos melhores filmes da história do cinema, aqui ele repete a fórmula da sua obra anterior e de novo, consegue fazer uma obra-prima irretocável! Me atrevo a dizer que "À Espera de Um Milagre" é ainda melhor que "Um Sonho de Liberdade". São dois filmes espetaculares que se complementam.
O filme conta a história de um prisioneiro sentenciado a pena de morte, por supostamente ter estuprado e matado duas garotinhas, às provas eram insuficientes, mas mesmo assim a justiça o condenou. Lembra muito "Um Sonho de Liberdade", só que aqui a amizade retratada é entre um guarda de prisão com um prisioneiro e, o peso emocional da história é bem mais elevado, com mais intensidade, mais revoltante e bastante triste. Principalmente pelo seu desfecho injusto e cruel. A morte de John Coffey — homem que só praticava o bem — com certeza está entre às mais dolorosas da história da sétima arte.
Nem preciso de muitos argumentos para falar sobre Tom Hanks: "Filadélfia"; "Forrest Gump: O Contador de Histórias"; "O Resgate do Soldado Ryan" e "À Espera de Um Milagre". O homem foi simplesmente o dono dos anos 90, além de ter ganhado dois Óscares de forma consecutiva, um feito raríssimo na história da premiação. Tom Hanks é um dos atores mais queridos entre todos de Hollywood, com uma das melhores carreiras da história do cinema. Como ator, não é exagero nenhum afirmar que ele é um dos melhores de todos os tempos!
O já falecido Michael Clarke Duncan surpreendeu o mundo todo! Numa atuação de se tirar o chapéu e de ser aplaudida em pé! Ele conseguiu o impossível: se destacar mais do que Tom Hanks, mesmo com menor tempo em tela. O mais impressionante ainda é que o ator tinha bem pouca experiência na época, foi um daqueles atores meios que descobertos do nada, quando teve a oportunidade de brilhar, não a desperdiçou. Achei uma baita injustiça ele não ter ganho o Oscar de melhor ator coadjuvante, já que seu personagem é um dos mais marcantes e inesquecíveis da história do cinema, numa atuação que comoveu a todos! Falar de injustiça no Oscar é chover no molhado, esse é apenas um de tantos outros absurdos e crimes cinematográficos que a academia cometeu em sua história.
Algumas pessoas usam a desculpa de que "Um Sonho de Liberdade" não ganhou nenhum Oscar porque disputou com outros dois grandes filmes de muito peso cultural, isso até pode ser verdade… Era a chance de ouro do Oscar se redimir com Frank Darabont, porém a academia simplesmente ignorou seu trabalho e sua contribuição para a história da sétima arte (de novo). Aqui a subestimação e esnobação foi ainda mais grave que no caso do filme antecessor, pois "À Espera de Um Milagre" é muito mais filme que todos os seus concorrentes na disputa do Oscar, incluindo o vencedor fajuto de melhor filme "Beleza Americana", que não chega nem aos pés do filme do Darabont. Até "O Sexto Sentido" (que corria por fora) se tivesse ganhado, teria sido menos absurdo que o filme do Sam Mendes.
A direção de Frank Darabont, mais uma vez, é estupenda e irretocável! O diretor, com muita sabedoria e talento, fez um resumo perfeito do livro de Stephen King, adaptando somente o necessário para a linguagem cinematográfica. São três horas de projeção com uma ótima fluidez, cenas dinâmicas e roteiro esplêndido! Foram simplesmente às três horas mais bem gastas em toda minha vida com um filme! Fiquei o tempo todo preso a história, impactado e hipnotizado; tamanho a qualidade artística de mais uma obra-prima do mestre Frank Darabont. Aliais, o cineasta nem sequer foi indicado a melhor diretor por este filme, já estou começando a suspeitar que Darabont comeu às mulheres e mães de geral dos membros da academia. 😂🤣
Frank Darabont escreveu definitivamente seu nome na história do cinema, para mim se tornou um dos melhores diretores de todos os tempos, mesmo com uma filmografia pequena. Aqui ele provou que qualidade é muito mais importante que quantidade, colocando muitos cineastas famosos e queridinhos por Hollywood para mamar, inclusive muitos que já ganharam Oscar.
"À Espera de Um Milagre" é um filme mais que especial, ele valoriza a bondade do ser humano, sendo um exemplo perfeito de que devemos praticar o bem sempre! Não importando a situação. A obra é recheada de momentos que tocam o coração e dilaceram a alma dos telespectadores, em um longa-metragem grandiosíssimo e arrebatador em sua execução. Já se passaram mais de duas décadas de seu lançamento, e simplesmente ninguém conseguiu realizar algo parecido, que esteja no mesmo nível de perfeição deste filme!
Maratona Frank Darabont Revisto em 19 de janeiro de 2024 Minha avaliação: 10/10
Vi este filme pela primeira vez no Cine Belas-Artes do SBT, foi uma experiência tão satisfatória e especial, que esta obra foi a responsável por abrir a minha mente para filmes que eu não tinha gosto de assistir. Na adolescência eu era muito preso a somente filmes de ação, terror e comédias voltados ao entretenimento. “Um Sonho de Liberdade” conseguiu mudar minha mentalidade, me apresentando o mais puro e autêntico cinema de verdade.
O filme conta a história de um homem bem-sucedido financeiramente, que acabou tendo sua vida destruída devido a uma sentença injusta de prisão perpétua, onde foi declarado culpado pela morte de sua esposa e amante. Andy Dufresne (Tim Robbins) é um baita azarado! Além de ser corno, ainda teve a sua liberdade violada por um crime que não cometeu. Na prisão, sofreu com violências físicas e psicológicas, mas aguentou tudo bravamente, mantendo a sanidade, não perdeu a esperança e principalmente, continuou focado no seu objetivo.
Acredito ser impossível não se sensibilizar e ter empatia pelo protagonista. Andy Dufresne é um dos personagens mais carismáticos e simpáticos da história da sétima arte, não é à toa que é um dos mais queridos por boa parte do público. Tim Robbins é um dos atores mais desvalorizados de Hollywood, mesmo ganhando o Oscar de ator coadjuvante pelo filme “Sobre Meninos e Lobos” (2003). No entanto, aqui ele sequer foi indicado a melhor ator, particularmente achei isso um absurdo! Pois foi graças ao ator que o filme funcionou perfeitamente, sem ele no elenco, as chances de “Um Sonho de Liberdade” ter sido um filme comum seriam altas.
Morgan Freeman também dá um show de interpretação, seu personagem é o que narra a história do filme. Eu particularmente gosto muito desse estilo de narrativa em 1ª pessoa (quando o personagem que está narrando participa da história). Na minha concepção, essa maneira de se contar uma história é um diferencial benéfico para os filmes, traz mais clareza sobre o que o roteiro quer passar para o telespectador. Morgan Freeman e Tim Robbins fazem uma baita dupla de respeito, seus personagens constroem uma amizade singela e verdadeira, encantando a todos nós com facilidade; em uma história inspiradora e magnífica de superação e perseverança.
“Um Sonho de Liberdade” teve o azar de ter pego concorrência de alto nível nos cinemas, isso explica um dos motivos para ter fracassado nas bilheterias, Frank Darabont ainda estava escrevendo seu nome na história do cinema, isso também é um fator a ser considerado. Entretanto, o filme foi um fenômeno nas locadoras e televisão aberta, caiu nas graças do telespectador e com o tempo foi ganhando o reconhecimento que merece, a ponto de ser atualmente o top 1 de mais bem avaliado do IMDB, com média impressionante de 9,3/10.
Frank Darabont adaptou com perfeição a obra de Stephen King, com certeza é uma das melhores adaptações literárias já feitas para o cinema. O cineasta mostrou toda a sua maestria e talento como diretor, principalmente pela aptidão de fazer seu elenco ter o máximo de entrega possível em seus respectivos papéis. Novamente preciso fazer uma menção desonrosa ao Oscar, pois é inacreditável que Frank Darabont não tenha ganho ao menos um Oscar de melhor diretor ou roteiro. Aqui temos um exemplo contundente de que o Oscar não tem critérios bem estabelecidos para suas premiações, tampouco credibilidade, cada vez mais a academia vai ficando com sua reputação comprometida.
Por mais que tenha concorrido o Oscar com outros dois grandes clássicos de peso, (“Forrest Gump: O Contador de Histórias” e “Pulp Fiction: Tempo de Violência”), acho inadmissível “Um Sonho de Liberdade” não ter ganho pelo menos um Oscar nas categorias principais. Num mundo justo este filme teria no mínimo umas cinco estatuetas, com certeza é um dos principais filmes mais esnobados da história da premiação. Hollywood está em uma dívida eterna com Frank Darabont e dificilmente a pagará.
Por fim, “Um Sonho de Liberdade” é um excelente filme sobre redenção e o cultivo da esperança em condições adversas e absurdas, tendo como pano de fundo um dos piores lugares legalizados para seres humanos viverem. Além de retratar a história de amizade sincera mais linda já vista da história do cinema, com uma das melhores e mais satisfatórias cenas finais de todos os tempos! Em uma obra-prima de grandes lições, sendo algo para se levar no coração e tomar como exemplo para o resto da vida!
Maratona Frank Darabont Revisto em 13 de janeiro de 2024 Minha avaliação: 10/10
É com esta simples frase que "Sepultado Vivo" se tornou um filme marcante e visceral em sua época, sendo figurinha carimbada nas tardes e noites do saudoso SBT do início dos anos 2000. Foi um filme que me assustou e deu bastante medo, pois tive meu primeiro contato com ele na época em que eu era criança. É simplesmente uma pérola da sétima arte e um clássico imortalizado na TV aberta.
O filme foi de baixo orçamento e de poucos recursos, ele foi produzido e lançado diretamente para a televisão. "Sepultado Vivo" foi o primeiro longa-metragem dirigido por Frank Darabont, apesar das limitações técnicas, ele conseguiu desenvolver um ótimo suspense tenso e literalmente sufocante. Parece que é uma regra; de que todo grande diretor começa por baixo.
A trama gira em torno de um relacionamento marcado por ingratidão; insatisfação; decepção; mentiras; traição e ganância, com revelações chocantes e bombásticas! Joanna é uma das vadias mais inescrupulosas, dissimuladas e sem coração da história da sétima arte; Jennifer Jason Leigh arrasou demais em sua personagem, num daqueles papéis que marcam a carreira para sempre!
Filme que funciona perfeitamente para o ditado: "aqui se faz, aqui se paga". O amante da Joanna morreu com a própria toxina que pretendia matar a Joanna, para ficar com todo o dinheiro somente para ele. Já a Joanna acabou sendo enterrada viva pelo ex-marido, que optou por se vingar na mesma moeda.
"Sepultado Vivo" é um filme curto e direto, mostrando um exemplo de que o ser humano é capaz de tudo por dinheiro, indo até às últimas consequências para obtê-lo. Frank Darabont, na época não era muito conhecido e nem tinha experiência, mesmo assim, já dirigia com competência e guiava seu elenco com maestria.
Maratona Frank Darabont Revisto em 8 de janeiro de 2024 Minha avaliação: 7,0/10
"The Woman in the Room" é o primeiro trabalho audiovisual do gênio Frank Darabont, também conhecido como o mestre das adaptações das obras de Stephen King. O diretor praticamente dedicou toda sua vida e carreira nas adaptações do escritor, considerado por muitos como um dos melhores da história da literatura. Aqui não poderia ser diferente, Darabont começou sua trajetória no cinema adaptando uma história de Stephen King.
Por ser um curta, achei que apenas trinta minutos de projeção não foram suficientes para desenvolver bem a história, acabou ficando vago demais! Entretanto, valeu a conferida, mas também pela curiosidade de assistir à primeira experiência de Frank Darabont como diretor.
Apesar de não ter gostado muito, esse seu primeiro trabalho deu indícios do que ele faria no futuro — entregar filmes primorosos de dramas comoventes e ser especialista em filmes desse estilo. Esse curta é apenas uma espécie de prólogo do que Frank Darabont iria aperfeiçoar em "Um Sonho de Liberdade" e "À Espera de Um Milagre".
Maratona Frank Darabont Assistido no YouTube em 7 de janeiro de 2024 Minha avaliação: 5,0/10
A franquia "John Wick" foi um grande sucesso mundial, que trouxe de volta o estilo 'old school' de se fazer filmes de ação. Todos os quatro filmes lançados são bem acima da média para seu gênero, com boa consistência em todas às obras, onde chega a ser difícil classificar à ordem de preferência dos filmes. Achei uma ideia super interessante de expandir a saga "John Wick", com histórias de suas origens e a possibilidade de conhecer melhor personagens coadjuvantes dos filmes.
A minissérie conta a história de Winston Scott (Colin Woodell), personagem interpretado pelo ator Ian McShane nos filmes "John Wick", aqui conhecemos seu irmão Frankie Scott (Ben Robson), personagem responsável por desencadear o conflito de seu irmão com Cormac (Mel Gibson). Outro personagem dos filmes que aparece aqui é Charon (Ayomide Adegun), que nos filmes "John Wick" é interpretado pelo já falecido ator Lance Reddick. A minissérie acerta em trazer personagens dos filmes, muito melhor do que iniciar algo novo com cem por cento de personagens desconhecidos. Desta vez, Winston Scott é protagonista.
A história se passa nos anos 70, com uma ambientação estilo underground bastante assertiva para o enredo da minissérie. Gostei muito do clima pesado que os locais passam, com os embates iminentes a todo o momento e, personagens com cara de poucos amigos… A pegada de ação é mantida aqui, principalmente no estilo de matar um inimigo, com dois tiros e mais um na cabeça para finalizar, marca registrada dos filmes "John Wick".
Os episódios um e três entregam lutas empolgantes e mortes violentas, principalmente com os personagens Frankie e sua namorada; além dos antagonistas — os gêmeos. A ação não chega a ser do mesmo nível dos filmes "John Wick", mas a essência está lá. O episódio dois destoa muito dos outros, acabou ficando exageradamente cadenciado, focando somente no planejamento de Winston e sua vingança contra Cormac.
Sobre os personagens — os que mais me agradaram foram os gêmeos, achei-os muito sinistros, se não me engano, ambos não falam uma palavra sequer, estão ali somente para representar na ação e dar muito trabalho para a equipe do Winston. Frankie é um personagem muito foda, é a versão John Wick dos anos 70, porém foi pouco aproveitado. O arco dos policiais para mim foi desnecessário, não faria muita diferença se eles não estivem na trama. Infelizmente teve forçação de barra em uma das personagens femininas.
Acredito que essa minissérie poderia ter tido mais episódios, pois teria sido interessante acompanhar com mais detalhes como funciona o conselho de senhores do crime da Alta Cúpula, quem sabe isso seja explorado numa possível 2ª temporada? Para quem reclama que os filmes "John Wick" são somente tiro, porrada e bomba — "O Continental" é uma boa alternativa para quem busca algo do universo "John Wick" mais focado em roteiro.
Minissérie finalizada em 29 de dezembro de 2023 Minha avaliação: 7,0/10
Sou um grande entusiasta da série "The Boys", acho-o uma série inovadora, que conseguiu dar novos ares para o subgênero super-heróis com extrema criatividade. A série apostou muito no politicamente incorreto, nos exageros, nas situações constrangedoras e em cenas intensas e insanas. Os desenvolvedores correram um grande risco, foram na contramão de tudo que já vimos na DC (DCEU) e Marvel (MCU), mas a aposta valeu muito a pena! A série foi um grande sucesso e particularmente a considero a melhor da atualidade.
Eu meio que virei a cara quando vi que esse spin-off abordaria adolescentes com poderes do composto V, mas por se tratar do universo de "The Boys", não hesitei em assisti-la logo. Assumo que tenho um certo preconceito com produções que envolvam jovens, pois a maioria dos conteúdos atuais com a gurizada vêm com militâncias e ideologias insuportáveis de se aturar. Isso acabou se confirmando com diálogos de merda, onde os próprios negros ficam se vitimizando e se diminuindo perante às pessoas brancas.
É inevitável fazer comparações com a série "The Boys", vou começar falando dos personagens: eles têm seus dramas e dilemas, mas rasos e mal desenvolvidos, sem a profundidade necessária para que o telespectador se importe com eles. Vamos supor que o Capitão Pátria ou o Bruto saíssem, ou morressem em "The Boys", são personagens de muita importância para a estrutura narrativa da série, com certeza sem eles, The Boys não seria o mesmo. Aqui em "Gen V" nenhum personagem consegue se destacar no protagonismo, tanto faz, tanto fez, quem morre e vive na série. Você não se importa!
De positivo, temos a essência de The Boys mantida nessa nova série, com bizarrices sexuais, muita demência, escrotice e claro, aquela violência brutal que deixa os mimimi desconfortáveis. Os episódios um, seis e oito foram os melhores da série, mas o restante da temporada perdeu tempo com situações e acontecimentos irrelevantes para o desenvolvimento da história, não me fisgando completamente. O personagem Sam (irmão do Garoto Dourado) foi o que entregou as melhores cenas de gore.
"Gen V" é a cara de "The Boys", entretanto, é muito mais convencional que seu material de origem. A acidez não é do mesmo nível, os poderes dos personagens não são tão legais quanto dos The Boys e o CGI também ficou abaixo. A série começa bem e até termina bem também, com um fim de temporada caótico e com aquela baguncinha gostosa de assistir, mas o restante da série é muito inferior a qualquer temporada de "The Boys".
1ª temporada finalizada em 26 de dezembro de 2023 Minha avaliação: 6,0/10
Abby e seus brações maiores que minha coxa 😆😅 Ansioso para ver quem vão escolher para interpretar a personagem. Para quem achou a primeira temporada triste, se prepare para essa 2ª que será pior…
Dez anos depois, o game "The Last of Us" ganha uma adaptação live action no formato de série. O jogo foi originalmente lançado para PS3 e posteriormente remasterizado para PS4, recentemente, também ganhou uma nova versão para a geração atual (PS5). Com isso, se tornou um dos pouquíssimos games a atravessar três gerações de consoles, um feito impressionante e que somente jogos atemporais conseguem alcançá-lo. Joguei muito e conheço o game de cabo a rabo, posso falar com propriedade de praticamente todos os eventos importantes da história do game.
Antes mesmo de jogá-lo pela primeira vez, já tinha conhecimento da existência do jogo, tamanha a febre e repercussão que teve em suas primeiras semanas após seu lançamento. O game foi um grande fenômeno mundial! Ganhou um total de absurdos +240 prêmios de jogo do ano, não é para menos que é uma das maiores obras-primas eletrônicas da história! É disparado o melhor jogo de PlayStation 3 (chupa "Grand Theft Auto V"), e sem exageros um dos melhores games já feitos de toda a história! Facilmente entra na lista de top 5/10 de jogos favoritos de praticamente todos os gamers do mundo!
Diferente da maioria dos jogos de tiros, onde você só tem a opção de derrotar os inimigos com armas de fogo. "The Last of Us" oferece diversas maneiras e estratégias para acabar com eles; com grandes variedades de armas de fogo, armas brancas, artefatos explosivos e incendiários; além do modo stealth, ou até mesmo sair na porrada com humanos e infectados. Essas vastas possibilidades que deixam o jogo extremamente divertido, único, visceral e imersivo. Sua gameplay é excelente! Com muita ação, adversidades, tensão e brutalidade.
Joel e Ellie precisam unir forças para atravessarem os EUA em ruínas e enfrentar muitos perigos, num mundo hostil onde os infectados não são o único problema que precisam se preocupar. Ambos necessitam um do outro para sobreviverem a essa jornada, com o passar do tempo surge um elo muito forte de amor, confiança e lealdade entre os personagens. Joel e Ellie encaram a morte bem de perto, numa jornada onde qualquer deslize é caixão na certa. No final, Joel precisa tomar uma decisão que irá afetar o futuro de todos os sobreviventes restantes do mundo!
O jogo é uma das coisas mais perfeitas já desenvolvidas para a história da indústria dos games, tanto como no enredo quanto na gameplay, o que falta em um têm no outro. A intensidade está presente do início ao fim, com ênfase em tudo que é importante; ação, narrativa, peso emocional da história, etc. "The Last of Us" é uma epopeia repleta de dores, superações, perdas e emoções dos personagens, em um desfecho que traz reflexões sobre o dilema em que Joel se encontra.
Nos próximos dois parágrafos abaixo, deixo minhas ressalvas sobre a série, falando das mudanças que não gostei em relação ao game.
Antes de pegar a série para assistir, li uma notícia desanimadora de que a série teria menos violência que no jogo, e infelizmente se confirmou quando a terminei de assistir. Isso foi um bom motivo para eu ter adiado bastante em vê-la, pois particularmente acho chato demais fazerem isso para tentar agradar os frescos mimizentos. Em consequência disso, os infectados praticamente foram figurantes de luxo, aparecendo somente quando era conveniente ao roteiro.
Outra coisa que me incomodou na série foram os excessos de cortes, para minha surpresa tiraram quase toda a gameplay do jogo, dando a impressão que Joel e Ellie estavam a passeio e que não existia perigo algum em suas jornadas. O Baiacu (principal infectado e de estágio mais avançado), aparece por apenas alguns segundos e some rapidamente. Parece que faltou orçamento para os infectados terem mais destaque, ou foi por opção erroneamente dos produtores seguirem por esse caminho.
Episódios:
1º When You're Lost in the Darkness / 2º Infected: Me surpreendi com um baita início de série, fiquei maravilhado com às semelhanças com o jogo. O início do apocalipse com a filha do Joel e, o começo da jornada do Joel com a Tess ficaram quase idênticos ao jogo, principalmente nos cenários da cidade de Boston. Só erraram com a caracterização da filha do Joel, que não têm nada a ver com a garotinha do game.
3º Long, Long Time: Episódio que conta a história de dois personagens coadjuvantes do jogo; Bill e Frank. Tiveram a intenção de dar uma profundidade maior a esses personagens, o problema é que os acontecimentos aqui fugiram muito dos eventos do game, pois ele não se encaixa na série. Um episódio de preenchimento inútil que mais parece um extra do que uma continuação do episódio antecessor, para completar a cagada que fizeram aqui, ainda é o episódio mais longo da série, isso que eu chamo de perda de tempo…
4º Please Hold to My Hand: Continuação do episódio "Infected", aqui a jornada de Joel e Ellie começa a ficar mais perigosa devido à hostilidade humana que encontram no caminho. Adorei a parte com a caminhonete e seu acidente, nesse momento até parecia que eu estava jogando o game, tamanha a fidelidade com os acontecimentos do jogo. Neste quesito a HBO está de parabéns, entregaram aqui talvez a adaptação mais fiel ao seu material de origem da história.
5º Endure and Survive: Episódio que mais se aproximou da tensão, emoção e ação da gameplay do jogo. Aqui realmente deu para sentir a sensação de perigo e possibilidade da morte dos protagonistas, foi também o único episódio em que os infectados tiveram destaque, com a aparição do temível e amedrontador Verme (Baiacu) Para mim foi disparado o melhor episódio da temporada, além de ser um dos episódios mais tristes da série.
6º Kin: Muito abaixo do episódio anterior, sequência mais contida de acontecimentos grandiosos, praticamente nem teve ação e, a parte boa do episódio só acontece em seus instantes finais. Pelo menos seguiu respeitando os eventos do game, apesar de algumas mudanças, se manteve fiel ao jogo. É o episódio que sela definitivamente uma relação mais forte de conexão e amor entre Joel e Ellie.
7º Left Behind: Episódio especial baseado na DLC do jogo, onde conta um pouco a história da Ellie antes de conhecer Joel. O episódio é focado na relação de Ellie com sua melhor amiga, aqui apenas mostram elas passeando e se divertindo num shopping com energia elétrica. Para mim foi a grande decepção da série, num episódio chatinho, além disso, cortaram a melhor parte da DLC.
8° When We Are in Need: Aqui conhecemos o principal vilão humano da série; David, o canibal. O episódio é mais focado na Ellie, onde ela passará por um grande trauma. É talvez o episódio mais pesado da série, que lida com temas polêmicos e sensíveis. Bella Ramsey entregou tudo na atuação (apesar de achar ela mais parecida com a versão feminina do Mark Zuckerberg, do que propriamente com a Ellie do game).
9º Look for the Light: Episódio final da temporada, onde tudo parece que ficará bem. Entretanto, Joel toma uma decisão radical que dividirá a opinião dos telespectadores que não conhecem o game. Achei um episódio muito curto e apressado, mas em compensação é o mais dinâmico e movimentado da temporada, também é o mais fiel em relação a gameplay do jogo.
Avaliações dos Episódios:
1º When You're Lost in the Darkness: 10/10 🥉🏆 2º Infected: 10/10 🥈🏆 3º Long, Long Time: 6/10 🤡😴😴 4° Please Hold to My Hand: 9/10 5° Endure and Survive: 10/10 🥇🏆👏👏👏 6° Kin: 8/10 7º Left Behind: 5/10 👎👎👎 8° When We Are in Need: 9/10 9° Look for the Light: 10/10
Na série, a filha de Joel ganha mais destaque que no jogo, mostra ela indo à escola, visitando vizinhos e também levando o relógio de Joel para conserto. No jogo, ela não vai à escola e nem visita seus vizinhos, tampouco mostra ela indo consertar o relógio do pai.
Na série, Tess é cercada por infectados e morre em uma explosão. No jogo, Tess dá cobertura para Joel e Ellie fugirem e é morta a tiros por soldados da quarentena de Boston.
Na série, mostra como foi o relacionamento de anos entre Bill e Frank. O local de Bill é atacado por saqueadores e ele é baleado, Frank fica doente e decide que quer morrer envenenado em um último jantar com Bill, Bill também decide morrer por envenenamento, por não aguentar viver sem seu parceiro. Ellie não chega a conhecer Bill pessoalmente. No jogo, Bill ajuda Joel e Ellie a fugirem de infectados em sua cidade, Ellie e Bill se conhecem de um jeito não muito amistoso, Bill ajuda Joel e Ellie a conseguirem um carro. Frank é mordido por tentar se afastar em definitivo de Bill, se mata enforcado para não virar um infectado, mas antes disso deixa uma carta para Bill revelando insatisfação na relação. Frank não aparece vivo no jogo e Bill não morre.
Na série, mostra o motivo do Henry e Sam estarem sendo perseguidos, o confronto com o sniper é a noite e logo após surge o Baiacu no meio da bagunça. Sam é mudo. No jogo, não mostra o motivo de Henry e Sam estarem sendo perseguidos, o confronto com o sniper é de dia sem a aparição do Baiacu. Sam fala normalmente.
Na série, Joel se reencontra com seu irmão direto no assentamento fortificado de Jackson. Ellie não foge de cavalo. No jogo, Joel e Ellie encontram Tommy numa usina hidroelétrica e o local é atacado por bandidos. Ellie fica chateada com Joel e foge de cavalo.
Na série, Joel é ferido por um pedaço de taco de beisebol farpado. No jogo, Joel em uma queda é perfurado por um vergalhão, onde a gravidade do ferimento é muito maior.
Na série, o vilão David é um pastor que usa a fé para controlar os integrantes de seu grupo, no jogo, David não é religioso. Esta foi a mudança que menos gostei para a série, deu a impressão que tentaram passar uma mensagem tendenciosa para os telespectadores.
Na série, não há a presença de esporos. Sarah (filha de Joel) e Maria (mulher do Tommy) tiveram mudança de etnia. Também mostra como foi o nascimento da Ellie, sua mãe é mordida por um infectado durante o trabalho de parto, dando a entender que Ellie já nasceu com o cordyceps em seu DNA, isso explica o motivo dela ser imune. Acho que este foi o único momento em que a série superou o game, já que no jogo não sabemos o motivo da imunidade da Ellie
Por fim, a série "The Last of Us" acerta na produção fiel e grandiosa da ambientação e cenários do game, pela excelente adaptação dos eventos principais do jogo, sem fazer alterações bruscas em sua história. Também acerta com às atuações convincentes dos atores e atrizes e, até pelo aprimoramento de algumas cenas baseadas nas cutscenes do game, que em alguns casos ficaram até melhores que no jogo. A série conseguiu passar toda a carga emotiva do game, além dos aspectos técnicos e visuais impressionarem e serem excelentes.
No entanto, pecou pelo desequilíbrio na distribuição do que mostrar para o telespectador, enquanto os infectados foram praticamente figurantes, a série optou por dar atenção a personagens e eventos sem relevância e desinteressantes, especialmente nos episódios três e sete. Também acho que diminuíram demais a ação presente no jogo e claro, a violência bem mais moderada aqui, isso para quem jogou o game acaba sendo bem decepcionante!
No geral, essa adaptação é muito boa, bastante fiel ao jogo, porém com muitas ressalvas. Acredito que a série funcionará e agradará mais o público que nunca jogou o game, isso explica a média geral alta por aqui. Para os que já jogaram, acho que a série será um divisor de águas entre os gamers do mundo todo! Em comparação ao game, é claro que a série fica algumas escadas abaixo do jogo.
1ª temporada finalizada em 10 de dezembro de 2023 Minha avaliação: 8,5/10
Quando alguns pensam que o ator pode se aposentar a qualquer momento, ele surpreende atuando numa série pela primeira vez como protagonista. "Tulsa King" é uma série sobre a máfia italiana, com foco no entretenimento, humor na medida certa e politicamente incorreta, do jeito que eu gosto! Stallone ficou super à vontade em um personagem bastante estiloso, tirou onda no papel de mafioso especialista em "negócios".
Sylvester Stallone mostra mais uma vez o porquê é uma lenda do cinema, o homem mesmo beirando aos 80 anos fede a testosterona e, consegue manter seu físico que o consagrou no passado, a idade para ele é apenas um número. Aqui ele pôs fim às desconfianças sobre suas atuações, pode não ser um dos melhores, mas ele é sim um bom ator. Suas várias indicações de "pior ator" pelo Framboesa de Ouro não passa de uma perseguição boba da mídia, por ser conservador nato, ele desagrada boa parte das pessoas envolvidas com arte.
Gostei bastante do desenvolvimento ágil da série, com episódios curtos abaixo dos tradicionais quarenta minutos, com resoluções rápidas, os episódios passam num piscar de olhos, dá para maratonar toda a temporada tranquila em apenas um dia. A História me fisgou logo de começo, com dinamismo e narrativa envolvente, algo que considero crucial e que faz toda a diferença entre uma boa produção e uma ruim.
Achei interessante acompanhar a reação de um homem que ficou 25 anos preso, com um 'novo mundo' em sua volta, onde muitas coisas mudaram e a realidade é outra… Mesmo tendo um período em que "O General" parou no tempo, ele não se intimidou com a situação e logo em seguida já começou a traçar planos para recomeçar a vida, colocando em prática suas habilidades de persuasão e intimidação de pessoas.
Uma pena que a série ficou exageradamente 'hollywoodiana'; por se tratar de uma história sobre a máfia italiana, eu esperava que às cenas violentas fossem bem mais brutais. Com Stallone também sendo um dos produtores, estava imaginando cenas de gore mais ou menos ao nível dos filmes "Rambo 4 e 5". Ficou nítido que a direção optou por esconder partes das cenas mais pesadas.
Acho que a série não teve a visibilidade que merecia aqui no Brasil, muito por conta da sua divulgação ter sido praticamente inexistente, mas também pela dublagem original porca que fizeram, ainda bem que pelo menos tiveram vergonha na cara e a redublaram. Eu simplesmente não consigo aceitar o Stallone ser dublado por alguém que não seja o incomparável Luiz Motta.
Por fim, "Tulsa King" chega como uma boa surpresa para a atual e fraca década da indústria do entretenimento audiovisual, conseguindo se destacar numa obra com uma pegada mais conservadora que o habitual da atualidade. Sylvester Stallone se reinventa e entrega um dos seus melhores personagens da carreira.
1ª temporada finalizada em 2 de dezembro de 2023 Minha avaliação: 8,0/10
"Ruptura" é uma série que aborda questões atuais e relevantes para a sociedade no âmbito profissional, com críticas ferrenhas às grandes corporações que exploram seus subordinados. Mostra com clareza um ambiente de trabalho que deixam às pessoas depressivas e com tendências suicidas, sendo um dos principais males para a sociedade moderna.
Fiquei sem compreender muito bem a empolgação da galera com essa série, pelo jeito eu fui o único que não achei essa obra-prima toda que dizem por aí. Não nego que a história é excepcional! Mas pecaram na maneira como foi contada, com episódios inicias que não envolvem, cenas repetitivas, falta de dinamismo e diversas quebras de ritmo em praticamente todos os episódios.
Temos uma ideia brilhante, porém com uma execução muito aquém das expectativas. Depois de um certo ponto, você fica muito entediado com as longas caminhadas que os funcionários da Lumen fazem pelos corredores intermináveis da empresa, fora às repetitivas interações de personagens que não fazem a história fluir. Toda a primeira temporada poderia ser facilmente encaixada em um filme de duas/três horas.
Me exigiu muita paciência para acompanhá-la até o final, pois demorou demais para mostrar um acontecimento minimamente interessante, dando a impressão da narrativa andar em círculos. Com exceção da sensacional season finale, a série não se desenvolveu da maneira como eu esperava, acabou ficando bastante arrastada para meu gosto pessoal.
Quando comecei a me interessar e a me envolver com a situação dos personagens, a temporada acaba. Ou seja, deixaram todo o potencial da série para o último episódio, uma pena que desperdiçaram praticamente toda a temporada para deixaram tudo que importa para depois… Ao menos, deixa um gatilho eletrizante para a segunda temporada, que espero que seja melhor!
Vi muita gente considerando ser uma das melhores séries da história, acredito que o telespectador se impressionou com a distopia abraçada à analogia de dupla personalidade, de todos, com o mundo profissional e o pessoal. Mas para mim, das séries atuais, não chega nem aos pés das recentes "The Boys" e "Round 6".
1ª temporada finalizada em 26 de novembro de 2023 Minha avaliação: 6,0/10
Eu cresci assistindo filmes brucutus estrelados por Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone, infelizmente, com o passar do tempo esses filmes foram ficando cada vez mais negligenciados pelos estúdios. A boa notícia é que esse estilo ainda respira nos tempos modernos (com a ajuda de aparelhos - é verdade), mas pelo menos é melhor que nada. "Reacher" é uma série que chegou para resgatar o bom e velho personagem brucutu raiz dos filmes clássicos de ação, fazendo a alegria dos telespectadores saudosistas dessa época.
O Alan Ritchson foi uma escolha certeira e perfeita para o papel, tendo muito mais perfil e essência do personagem Jack Reacher, provavelmente será seu melhor trabalho por muitos anos. O Tom Cruise é foda e isso é indiscutível, mas ele passa longe de ser o ator ideal para o personagem, por conta disso, creio que a série superou os filmes, por fazer a escolha certa do ator com a cara do personagem.
"Reacher" consegue prender a atenção logo de cara com o excelente episódio piloto na prisão, que considero o melhor da série. A série foi muito bem na parte investigativa, com nuances interessantes e agradando com um bom suspense, o básico de sua proposta. Teve um início sensacional! Sendo uma série bastante dinâmica, passando num piscar de olhos, porém, o ritmo não se manteve regular durante os episódios, mas voltou a ficar empolgante nos dois episódios finais.
Não têm muita ação como esperava, mas quando acontece é daquele jeito que eu gosto! Com criminosos tendo o destino que merecem, a série mostra de forma clara como bandidos devem ser tratados pelas autoridades e sociedade, com pessoas dessa índole é poucas ideias mesmo. Tiveram cuidado na hora das pancadarias, imprimindo o máximo de realismo possível e sem forçar a barra com mentiradas exageradas.
Só acho que cometeram um deslize com a invenção de um romance nada a ver, aquele famoso casal sem química, que só serviu para embarrigar o roteiro e desfocar no que realmente importa. Somente por isso não é merecedor de uma nota mais generosa, mas ainda assim, é uma série gostosinha de assistir, sendo mais um grande acerto da Amazon Prime Video.
1ª temporada finalizada em 18 de novembro de 2023 Minha avaliação: 7,5/10
"Missão: Impossível" é uma das melhores e mais longevas franquias de ação da história do cinema, que começou com filmes simples e foi melhorando cada vez mais ao longo de suas continuações. A direção de Christopher McQuarrie fez muito bem para a franquia, ele conseguiu estabelecer uma fórmula super bem-sucedida, sendo um dos principais responsáveis pela franquia envelhecer como um bom vinho. O diretor estabeleceu um equilíbrio perfeito entre cenas de ação e roteiros bem escritos, onde poucos filmes atuais de ação conseguiram valorizar ambos os quesitos.
Pela segunda vez consecutiva, Tom Cruise crava o melhor filme de ação do ano ("Missão: Impossível 7" empatado com "John Wick 4"), não é por acaso que atualmente ele é o maior astro dos filmes de ação, além disso, sem usar dublês em suas cenas. Isso faz toda a diferença, com realismo e sensação de perigo maiores e mais convincentes, em relação a outros filmes semelhantes à saga. Christopher McQuarrie e Tom Cruise formam uma dupla dinâmica perfeita, colocando a franquia em outro patamar!
Este filme é simplesmente ótimo! Pois é um dos poucos de seu gênero que teve um cuidado especial no roteiro, sendo muito difícil de ver um filme de ação caprichar nesse quesito, ele é tão bom quanto suas cenas de ação. Quando um filme de ação consegue animar o telespectador com uma boa história, ele automaticamente entra numa lista seleta de filmes definitivos do gênero. Temos uma temática atual abordada de forma inteligente e fluída, que levanta debates sobre o futuro da humanidade.
Logo de cara o filme já causa uma boa impressão, com uma trama cheia de camadas e detalhes que fazem toda a diferença, prendendo a atenção do telespectador do início ao fim. Tudo isso graças a uma premissa interessante; envolvente; inteligente e divertida, que entrega tudo de necessário que a arte do cinema exige. Às produções de Missão Impossível sempre foram impecáveis! E aqui não foi diferente, sempre preocupados em entregar o melhor para o público e aqui eles se superaram, com cenas incríveis em todos os momentos cruciais do filme.
Gostei demais do arco desse novo vilão, um homem misterioso que tem ligação com o passado do Ethan Hunt, por causa disso, ele consegue desestabilizar o agente. O cara é extremamente meticuloso, calculista e inteligente, estando quase sempre há um passo à frente da equipe IMF. É um dos principais motivos do filme ser tão ótimo e certeiro em suas ideias, sendo uma das poucas franquias que vai ficando melhor e mais empolgante a cada novo filme lançado.
Já assisti a todos os filmes da franquia, por enquanto acho os dois últimos lançados os melhores da saga, mas continuo devendo uma maratona continua de "Missão: Impossível", para poder decidir com mais convicção qual é o melhor filme. O certo é que "Fallout" e "Acerto de Contas" impressionam pelo apuro técnico e artístico de suas produções, entregando tudo que se espera de um filme voltado ao entretenimento. Além disso, "Missão: Impossível 7" faz um alerta global sobre possíveis consequências dos avanços desenfreados da inteligência artificial.
Infelizmente o filme fracassou nas bilheterias, acabou pegando concorrência pesada durante sua exibição nos cinemas, além de ter sofrido um possível boicote nas salas IMAX. Para mim, foi um dos maiores pecados cinematográficos já registrados em relação às arrecadações, pois o filme passou muito longe de merecer o prejuízo que teve, agora é ficar na torcida para que isso não afete negativamente a sequência desse filme.
Assistido em 24 de outubro de 2023 Minha avaliação: 9,0/10
Mais um filme padrão Netflix que faz um CTRL C + CTRL V de franquias famosas de ação e espionagem, algo bastante comum que vêm acontecendo nos streamings, são muitos filmes lançados, mas a maioria genéricos e sem originalidade. É o caso de "Agente Stone", mesmo assim, estava gostando bastante do filme, a ponto de questionar sua baixa reputação com o público, mas tentaram surpreender o telespectador com um plot twist manjado e, a partir disso, o filme começou a cair no meu conceito…
"Agente Stone" começou muito bem, partindo logo para a ação e mostrando que ia ser um filme super movimentado e empolgante. Entretanto, às coisas mudaram de rumo, com o filme ficando previsível e extremamente forçado em algumas partes, principalmente com a tecnologia apresentada pelo enredo do filme. Algumas cenas de ação são até bacanas, mas nada que seja marcante e que já não tenha sido visto em outros filmes de sucesso de seu gênero.
Depois que o plot twist vêm a tona, o personagem do Jamie Dornan passa a dividir o protagonismo com a Gal Gadot. Achei isso uma péssima ideia, já que para mim esse Jamie Dornan é um dos piores atores de sua geração, além de sua filmografia ter praticamente só porcarias. Fico irritado de ver tantos atores talentosos com poucas oportunidades no cinema, enquanto isso atores pífios e fracos ganham fama ano após ano…
Gal Gadot foi uma incógnita para mim neste filme, não tenho nada a criticar e tampouco a elogiar sobre sua atuação, com isso, não tenho ideia se ela terá futuro em filmes de ação como personagem principal. Com exceção de "Mulher-Maravilha" (2017), acho que ainda há alguns pontos que ela pode melhorar para convencer como protagonista, por exemplo: suas poses como durona, que aqui achei forçado.
Por fim, "Agente Stone" é um filme clássico de streaming, neste caso, nem muito bom e tampouco, nem muito ruim. É uma boa escolha quando não se encontra nada melhor para assistir, sem criar muitas expectativas, funciona como um passatempo agradável e divertido para quem não é muito exigente com os roteiros de filmes de ação. Mas pode incomodar aqueles telespectadores que presam pela originalidade e criatividade.
Assistido em 21 de outubro de 2023 Minha avaliação: 6,5/10
Quem me conhece bem sabe que sou um paga pau do cinema asiático, principalmente dos Sul-Coreanos, que para mim é o país, na atualidade, que mais cresce no cinema. Creio que já mencionei isso em outros comentários, mas não canso de falar: se o cinema da Ásia tivesse o mesmo poder de investimento de Hollywood e um maior alcance de popularidade global, deixaria os americanos no chinelo em todos os quesitos cinematográficos.
Este filme passou longe do melhor que o cinema da Coreia têm a oferecer, pois é uma produção feita diretamente para streaming, e a falta de orçamento é bastante visível durante todo o filme. Mesmo assim, é uma obra muito estilosa, com ambientações e cenários de muito bom gosto estético, além da trilha-sonora bacana e adequada para um filme neo-noir.
"A Bailarina" é um filme bastante simples e comum, mas bem funcional, dinâmico, envolvente e direto ao ponto. Entrega exatamente o que a premissa propõe, apesar de ter faltado aquele algo a mais para o desfecho do filme. A luta da protagonista com o vilão poderia ter tido uma edição melhor, com menos cortes por parte da direção.
Temos mais um filme coreano que honra às tradições do país, com estilo próprio e sem frescuras em relação à violência explicita. Peca por ter poucas cenas de ação e por ficar devendo um 2º round entre a protagonista e o vilão, também há uma falta de lógica em relação ao vilão secundário e seu desfecho. Entretanto, mesmo com alguns problemas, o filme entrega um entretenimento básico, com a boa e velha história de vingança que eu tanto adoro!
A franquia John Wick segue rendendo bons frutos, pois aqui temos a versão feminina do personagem, que atira primeiro, pergunta depois e é de poucas ideias rsrs. Espero que a Netflix seja inteligente; mantendo a boa parceria com o cinema sul-coreano, pois quase sempre sai coisa boa de lá, mesmo que em muitos casos os recursos disponíveis não sejam suficientes.
Assistido em 17 de outubro de 2023 Minha avaliação: 7,0/10
O diretor Sam Hargrave parece que terá um futuro promissor, ele sabe como poucos dirigir filmes de ação com extrema qualidade, mesmo com pouca experiência, mas o fato dele também ser dublê o ajuda muito a entregar um trabalho acima da média, principalmente nas partes das lutas. Me atrevo a dizer que ele está quase chegando no mesmo nível do Chad Stahelski (diretor dos filmes John Wick), já que ambos gostam da câmera fixa e planos sequência, sendo assim, acredito que Hargrave se espelha muito nos trabalhos de Stahelski, já que ambos possuem características de direção semelhantes.
Esta continuação de "Resgate" mantém o padrão do que vimos no filme antecessor, sendo um filme bem simples e previsível, porém bem executado, em uma obra recheada de ação do início ao fim. Me agradou bastante como o filme foi feito, com bastante cenas de ação bem diversificadas; temos de tudo um pouco: lutas; armas brancas; tiroteios; perseguições em veículos; trem; helicóptero e às clássicas destruições e explosões que moldam o gênero.
Chris Hemsworth surpreende e está muito dedicado no papel de brucutu de poucas ideias, até acho que ele substituiu bem os clássicos atores casca-grossa dos anos 80 e 90, não a ponto de marcar uma geração inteira, mas bom! Com certeza um respiro para o ator, já que destruíram o seu principal personagem da carreira em "Thor: Amor e Trovão", e ele mesmo já sinalizou que só volta a reprisar seu personagem, se o Thor ganhar um tom mais sério.
Ao contrário do filme antecessor, dessa vez, souberam investir em um vilão mais durão, daqueles sem escrúpulos e muito FDP! Nesse ponto, a continuação foi muito superior ao primeiro. Temos mais um caso em que o basicão cem por cento focado no entretenimento continua funcionando, basta fazer a coisa certa e bem feita para o público certo. Para quem gosta de ação e gostou do primeiro filme, provavelmente irá gostar desse também! "Resgate 2" têm pouquíssimos erros e às cenas mais absurdas são aceitáveis.
"Top Gun: Maverick"; "John Wick"; "Resgate 1 e 2", entre outros... reforçam o que o público quer consumir como entretenimento. A galera já está cansada desses novos moldes de se fazer cinema, com muita panfletagem identitária e ideológica, que tomou conta da cultura pop nos últimos anos. Os filmes acima citados alimentam a esperança de termos definitivamente a volta da testosterona no cinema, além de uma possível redução na quantidade de filmes wokes produzidos.
Boa Marvel, antes tarde do que nunca né. Finalmente! Após ter decepcionado os fãs com tantas porcarias e produções medianas da fase 4, a Marvel volta a acertar a mão em um filme, já estava na hora! "Guardiões da Galáxia Vol. 3", consegue ser quase tudo que se espera do universo estendido do estúdio, com qualidade técnica acima da média, humor na medida certa e personagens em sintonia.
Que diferença absurda faz um diretor competente no comando de um filme da Marvel. Acredito que esse seria o caminho certo para a Marvel voltar aos tempos de auge, mas primeiro precisam mudar essa política de quase sempre contratar diretores de 5ª categoria para seus filmes. No entanto, a situação é complicada, pois os irmãos Russo não devem mais retornarem para a Marvel, e James Gunn agora é da DC.
Existe uma linha tênue entre a alegria e a tristeza neste filme. Apesar de focar em divertir às pessoas com a comédia habitual de seus personagens, o roteiro do filme é bem dramático, com foco no passado de Rocket Raccoon. Gostei bastante das alfinetadas que o enredo deu aos laboratórios que fazem experiências científicas e testes em animais, para mim, não passa de crueldade. Deveriam usar detentos que cometeram crimes graves (assassinato, estupro, etc.) como cobaias, na minha visão, seria mais justo e ético. Mas é claro que os direitos humanos não permitiriam isso…
A carga dramática e o peso emocional da história foram o grande fator surpresa para esse fechamento de trilogia, sendo um dos filmes de super-heróis mais emocionantes da história! Ao contrário da maioria do público, não sou um grande admirador do filme antecessor, mas essa terceira parte é inquestionável; com boas cenas de ação, ótimos efeitos visuais, narrativa ágil e dinâmica, além de envolver e prender a atenção do telespectador com facilidade.
Há alguns deslizes e alguns pontos que poderiam ter sido melhores. O personagem Adam Warlock poderia ter sido melhor aproveitado, acho que teve muito pouco tempo em tela, foi quase um figurante. É um novo personagem com potencial para o futuro do MCU, seria interessante a Marvel apostar nele para mais filmes.
Por fim, a Marvel conseguiu salvar seu ano com pelo menos um filme, e minimizar um pouco a insatisfação dos fãs com suas obras atuais. "Guardiões da Galáxia Vol. 3" é um filme diferenciado, que consegue entreter e emocionar na mesma proporção, feito que não se vê na maioria dos filmes pipocas de Hollywood. James Gunn ditou o ritmo de um encerramento de ciclo digno e satisfatório para os Guardiões da Galáxia, além também de ser um dos melhores filmes do MCU pós "Ultimato".
Assistido em 3 de outubro de 2023 Minha avaliação: 8,0/10
Em 2022, a Marvel na minha opinião teve o seu pior ano disparado, onde na minha visão: "Cavaleiro da Lua"; "Thor: Amor e Trovão" e principalmente "Mulher-Hulk: Defensora de Heróis", foram os responsáveis pelo ano ruim do estúdio. Com somente "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" se destacando positivamente e sendo uma obra acima da média do que o MCU costuma a oferecer atualmente, muito disso, devido a ótima direção de Sam Raimi.
Comparado com a saga do infinito, a fase 4 da Marvel ficou bem abaixo das expectativas de fãs e telespectadores casuais do MCU. "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", deu início a fase 5 do universo compartilhado, com a esperança dessa nova fase trazer melhorias para a saga do multiverso, mas passou longe disso acontecer. O filme é mais do mesmo, sem originalidade, preguiçoso e ainda apresenta pioras do que já estava ruim. Nem mesmo a presença de "Kang, o Conquistador", foi o suficiente para dar rumos melhores a história do filme.
Este filme é uma mistura tosca de "Star Wars" com "Pequenos Espiões", sendo que para mim, a franquia do Robert Rodriguez é uma das piores da história do cinema, obviamente que essa ideia aplicada no filme não prestaria. O filme é estranho; gosmento; nojento e muito bizarro, mas no pior sentido das palavras citadas, com sua meia hora inicial de projeção chata de se acompanhar e totalmente inútil! Somente a dinâmica da relação entre Janet (Michelle Pfeiffer) e Kang (Jonathan Majors), traz uma certa eficácia a obra. O resto é digno de ser amassado, rasgado e jogado na lata do lixo!
Que péssima ideia de transformarem a filha do protagonista em uma super-heroína, e pior ainda foi ver a Vespa praticamente de figurante, para perder o papel de principal coadjuvante para a filha insuportável do Scott Lang. A Marvel abraça suas cagadas com gosto! Ainda por cima, acabaram com o visual da Hope Van Dyne, com um cabelo curto horroroso! Com isso, acabaram destruindo a feminidade da personagem, que estava muito melhor nos filmes antecessores.
Os efeitos visuais da Marvel pós "Vingadores: Ultimato", vêm deixando a desejar na maioria de seus filmes, mas aqui eles conseguiram se superar negativamente. O visual do M.O.D.O.K. foi a coisa mais vexatória, ridícula e malfeita de toda a história da Marvel! Meus olhos sangravam e não acreditavam no que estavam vendo... Às outras partes desse quesito não é comprometedor, mas com esse desleixo do personagem citado acima, fica imperdoável a falta de comprometimento da produção em entregar algo minimamente aceitável.
Jonathan Majors se esforçou e fez o que pode para entregar um personagem bacana, mas o roteiro do filme não o ajudou muito. Vilão principal da saga do multiverso; acabou ficando mal desenvolvido e, apesar de ser muito poderoso, não causa a mesma sensação de perigo de Thanos visto em "Vingadores: Guerra Infinita". Fiquei com a impressão que o personagem foi extremamente nerfado para este filme, e isso não é bom para o futuro do personagem…
Talvez seja o filme do MCU mais decepcionante até agora… Não é ousado, boa parte da ação é pura galhofa, principalmente no ato final e claro, com a fórmula de comédia extremamente desgastada que praticamente ninguém gosta mais! (a piada dos buracos é constrangedora!). Está na hora da Marvel dá uma reformulada urgentemente em seu Universo, caso contrário, pode nem conseguir concluir a saga do multiverso. "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", conclui a pior trilogia de super-herói do MCU.
Assistido em 30 de setembro de 2023 Minha avaliação: 4,5/10
"Pantera Negra" foi o filme de origem de personagem do MCU a ser o mais bem-sucedido na bilheteria global, ultrapassando facilmente a barreira do bilhão. Os números de arrecadação são impressionantes, levando em conta que o personagem "Pantera Negra" não é um dos mais populares da Marvel, mesmo assim lotou às salas de cinema no mundo todo! Principalmente na bilheteria doméstica, se consagrando como uma das maiores da história dos EUA. Acredito que seu sucesso se deve a representatividade inteligente, sem ser forçada e principalmente sem vitimismo, além do elenco competente e talentoso!
Durante às gravações de "Pantera Negra" (2018), o ator Chadwick Boseman já estava doente, mas na época praticamente ninguém da mídia sabia disso, infelizmente o ator faleceu em 2020, decorrente de um câncer de cólon. Com isso, a Marvel ficou com um baita problemão para resolver: como fazer uma sequência do filme "Pantera Negra" sem o protagonista T'Challa? Bem... Os roteiros atuais da Marvel não costumam ser o grande destaque de seus filmes, imagina então quando eles precisam reinventar todo um planejamento já definido... Obviamente que a continuação do filme passaria longe de superar o original.
Temos um filme que fala sobre luto e superação, mas principalmente sobre a continuidade da vida. Sobre como os desafios de viver e de existir atropelam ou se impõem, algumas vezes, sobre as nossas dores e sofrimentos. Com um roteiro mais dramático que o padrão da Marvel, o filme pelo menos consegue ser mais "sério" que outras produções recentes do MCU, mas ainda assim, aparece aqueles momentos que a velha fórmula da Marvel dá às caras, ela é inevitável!
Não gostei muito da escolha da nova Pantera Negra, acho que a atriz Letitia Wright ainda não tem culhões para ser a protagonista de um filme dessa magnitude, além disso, é uma mudança muito brusca para a personagem Shuri e também, uma escolha muito óbvia da Marvel. Eventualmente a atriz pode melhorar sua performance em um possível terceiro filme, mas por enquanto não vingou.
O filme apresentou mais uma nova personagem: Coração de Ferro. Na minha visão também não convenceu, uma personagem extremamente sem carisma, com uma apresentação e desenvolvimento pífio. Não faria falta e diferença alguma se não tivesse participado do filme, para piorar ainda mais a situação, a usaram de alívio cômico erroneamente. Provavelmente por isso que sua série solo foi adiada ou cancelada (não sei), mas é certo que essa nova personagem está com o futuro incerto no MCU.
Não chega a ser de todo ruim, tem alguns pontos positivos que salvam o filme de ser um completo fiasco. A representatividade dessa sequência continua boa, e acredito que é um exemplo a ser seguido por Hollywood, com inclusão de personagens criados do zero e, não com mudanças de etnias forçadas e sem sentido, como no caso do filme: "A Pequena Sereia" (2023).
Sobre os efeitos visuais, dessa vez, a Marvel conseguiu entregar algo minimamente satisfatório, principalmente com às cenas da invasão de Wakanda. O Novo vilão Namor me agradou bastante, não conheço sua origem em relação a HQ, mas no filme mostrou ser um vilão que dá bastante trabalho, conseguindo fazer grandes estragos com facilidade. Entretanto, o desfecho do filme foi um pouco decepcionante, ficou fantasioso demais a maneira de como foi resolvido os conflitos da trama.
Enfim, "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" entrega um blockbuster na média das produções populares e de grande orçamento, mas há claras partes recheadas de embromações em sua narrativa, tornando-o um filme irregular. Tudo isso não tira os méritos da boa produção do filme, mesmo assim, é uma obra que passa longe dos anos de auge do MCU (2012-2019). No mais, destaco a homenagem bacana deixada a Chadwick Boseman.
Assistido em 24 de setembro de 2023 Minha avaliação: 6,5/10
Godzilla e Kong: O Novo Império
3.1 173 Assista Agora“Godzilla e Kong: O Novo Império” é o quinto filme da franquia intitulada “Monsterverse”, centrada nos monstros Godzilla e King Kong, sendo este o segundo filme em que ambos estão juntos e unem forças contra outros titãs inimigos. O filme é uma continuação imediata dos eventos de seu antecessor, onde temos um aprofundamento maior sobre a Terra Oca e seus mistérios e revelações.
Este filme é o mais puro suco de cinema escapista, com muitos exageros, esquisitices e zero comprometimento com realismo. É claro que eu já estava ciente de tudo isso, até porque o filme antecessor foi basicamente o mesmo desse atual. Entretanto, no desespero de tentar entregar algo diferente, os produtores resolveram mexer na essência do Godzilla, alterando a cor de seus feixes radioativos e também deixando-o muito mais ágil. Para mim, ficou discrepante demais essa “evolução” na sua velocidade, considerando que o lagartão pesa muitas toneladas. Era melhor ter deixado como estava antes…
Assim como em toda a saga, o roteiro aqui continua bem raso e quase inexistente; os personagens humanos também seguem sendo desinteressantes e sem desenvolvimento, onde tanto faz quem morre e sobrevive. Lógico que não dá para exigir muito do diretor Adam Wingard, um cara que sofre hate até hoje devido ao live action de “Death Note”. O cineasta continua buscando se firmar na concorrida Hollywood, por tanto, não esperem muito dele…
Como blockbuster, o filme é Ok e bacana, cumprindo seu papel de ser um bom passatempo. Destaque para o ato final no Rio de Janeiro, que gostei bastante, mas seria ainda melhor se aquela destruição toda tivesse acontecido no Distrito Federal. 😈 😈 😈 Em termos de produção, o filme é bem satisfatório, muito disso graças à Legendary Pictures, uma produtora que trabalha muito bem com CGI, exemplos disso são os filmes: “Círculo de Fogo” (2013); “Interestelar” (2014) e o mais recente “Duna: Parte 2” (2024). A meu ver, é a melhor produtora de filmes no momento.
Sobre o vilão Skar King, ele só deu um pouco de trabalho no início, depois não surpreendeu mais. Não chegou nem perto da dificuldade que King Kong e Godzilla tiveram contra King Ghidorah (Godzilla sozinho) e Mechagodzilla (esse o vilão mais forte e poderoso até agora do monsterverse). Isso sem falar que Skar King precisava de um aliado para ser temível, enquanto os outros davam conta do recado sozinhos.
Apesar das ressalvas, “O Novo Império” é um bom filme pipoca, pelo menos não prometeram mais do que podiam entregar, até agora estão sendo bem honestos com seu público. Loucura é querer um roteiro complexo onde a complexidade não existe, o foco aqui é simplesmente mostrar pancadaria e destruição com monstros gigantes e ponto final.
Assistido em 16 de maio de 2024
Minha avaliação: 7,0/10
Duna: Parte 2
4.4 629"Duna: Parte 2" é a ficção científica feita para adultos que o cinema moderno estava precisando.
Poder, ganância, imperialismo, colonialismo, política, conspirações, explorações, guerras, mortes, religião, fé, crenças, ressurreição, amor, ódio e vingança. Certamente "Duna: Parte 2", é um filme com vastos temas, que tem muito a mostrar para o telespectador. Obviamente um filme que trata de tantas coisas, precisa de um diretor com culhões para desenvolver bem esse universo grandioso e ser um sucesso! Denis Villeneuve foi a escolha certa para os filmes "Duna", ele é o cara do momento!
Gosto muito da estrutura narrativa da Jornada do Herói, tanto para games quanto para filmes. Mesmo sendo atualmente uma fórmula batida, porém quando bem planejada e bem roteirizada; é quase sempre garantia de filmão, ou de jogão. Essa forma de se contar uma história facilita os realizadores no processo criativo da obra, com maiores chances de um filme ser memorável, magnífico e fantástico! É o caso de "Duna: Parte 2".
Um exemplo disso é a Sandworm Scene, acho impossível um apreciador da sétima arte não se empolgar com o Paul Atreides conseguindo montar e dominar o verme. Um dos momentos mais épicos e históricos do cinema
A interpretação de Timothée Chalamet teve uma significativa melhora para esta sequência. Em "Duna: Parte 1", vi muito mais apenas do ator que propriamente de seu personagem, tanto é que outros atores se saíram melhores, mesmo sendo coadjuvantes. No entanto, aqui Timothée Chalamet conseguiu encarnar melhor seu personagem, sendo mais incisivo e fazendo jus ao posto de protagonista. Ainda não é uma atuação ao nível de Oscar, mas mesmo assim gostei bastante! Comparado a ele mesmo, a evolução é muito nítida.
Os cenários do filme são simplesmente extraordinários. A cenografia cria um ambiente incrível, tão convincente que nos faz acreditar na autenticidade do que é apresentado na tela, transportando o espectador diretamente para Arrakis de forma brilhante e permitindo uma imersão total.
Fotografia do filme é sensacional! A iluminação das cenas é muito bem executada. Nos momentos ao ar livre, temos uma luz dura e forte que enfatiza o calor do ambiente. Em contraste, nas cenas noturnas, a iluminação é sutil, iluminando apenas o suficiente para podermos acompanhar o que acontece na tela, ressaltando a escuridão profunda da noite no deserto. Nos espaços fechados, a iluminação suave contribui para mostrar que, apesar de ser um refúgio escondido no deserto, é um local que dá para viver.
Os enquadramentos são simplesmente magníficos e muito bem escolhidos, com cada um parecendo uma obra de arte. Planos gerais são frequentemente utilizados para mostrar o mundo dos personagens e como eles se encaixam nele. Planos detalhes são empregados para destacar elementos importantes para a narrativa, enquanto planos fechados são utilizados para mostrar as expressões faciais e reações dos personagens aos eventos da história.
Hans Zimmer, mais uma vez, faz uma grande contribuição para um filme do Denis Villeneuve. Sua trilha-sonora ajuda consideravelmente na criação de uma paisagem sonora excepcional, contribuindo significativamente para a narrativa e a imersão do telespectador, ao integrar perfeitamente imagem e som. A música é utilizada nos momentos certos; sendo majestosa, potente e opressiva, além de evocar uma sensação de misticismo. São poucos compositores que tem o talento de fazer o público se emocionar através do som, Hans Zimmer consegue isso com frequência, por isso o considero o melhor compositor de todos os tempos!
Denis Villeneuve é o diretor que praticamente não erra, seu único filme que não gostei foi "A Chegada" (2017), porém foi mais devido a gosto pessoal, do que a qualidade do filme em si. A crítica negativa que eu tenho sobre o cineasta, é que alguns de seus filmes são caracterizados por um ritmo bem ruim, sendo demasiadamente cadenciado, principalmente no filme "Blade Runner 2049" (2017). Entretanto, ele enfim corrigiu esse defeito com "Duna: Parte 2". O resultado é um filme mais dinâmico, mais objetivo, mais desenvolvido e principalmente mais envolvente.
No Oscar em 2022, "Duna: Parte 1" foi indicado a melhor filme e ganhou seis Óscares nas categorias técnicas. Mesmo assim, Villeneuve não foi nem indicado a melhor diretor, algo que não faz o menor sentido, já que um filme ser considerado um dos melhores pela academia é muito graças ao trabalho de direção. Uma incoerência e bizarrice sem tamanho do Oscar daquele ano. Nessa sequência ele se superou ainda mais na direção, se não for indicado no Oscar 2025 será uma baita sacanagem, pois evidenciará que o Oscar tem um possível problema pessoal com o diretor.
"Duna: Parte 2" é um filme que beira a excelência, sendo uma obra que não se escora apenas nos efeitos visuais e na produção de primeira linha. É um filme completíssimo! Com roteiro, narrativa e trama funcionando perfeitamente bem. Além disso, conta com um baita elenco de ótimos nomes, onde todos seus personagens tem grande impacto nos eventos do filme. Praticamente tudo que você procura em características e elementos de um autêntico filme de ficção científica, você encontra aqui!
Eu havia afirmado que a década de 2020 será a pior da história do cinema, mas com diretores como Denis Villeneuve e Christopher Nolan, estão aí para salvar o futuro do cinema. A história está sendo escrita diante de nossos olhos. "Duna" tem tudo para se tornar uma das melhores franquias literárias de todos os tempos! Filme que respira cinema de verdade, renovando às esperanças de que o cinema da atualidade, apesar da crise, ainda tem muito a oferecer…
Assistido no cinema em 12 de março de 2024
Minha avaliação: 9,5/10
Deadpool & Wolverine
27“Deadpool & Wolverine” será a última chance da Marvel de tentar fazer às pazes com seu público.
Se este filme der errado, MCU moralmente acaba aqui!
10 de março de 2024
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraParece que o diretor Tony Kaye sofre do mesmo mal de Frank Darabont, mesmo realizando um filmaço como "A Outra História Americana", acabou não sendo o suficiente para o cineasta conquistar seu espaço em Hollywood, somente treze anos depois que ele conseguiu dirigir outro filme. Chama a atenção que sua filmografia é composta de apenas dois filmes e um documentário até agora… É muito pouco trabalho para quem já provou ter aptidão para o cargo de diretor, com certeza merecia ter sido mais valorizado pelos produtores e estúdios.
"O Substituto" mostra uma realidade dura e triste de uma escola tomada por alunos problemáticos, que não respeitam professores e colegas. Os professores precisam de muito jogo de cintura para lidar com jovens sem perspectiva de futuro, com o agravante dos pais desses alunos serem completamente negligentes com criação, educação e vida dos próprios filhos. Esse cenário desencadeia um ambiente tóxico e hostil no colégio, onde geralmente os professores acabam ficando de mãos atadas.
Os professores são obrigados a seguir um cronograma totalmente antiquado para lidar com adolescentes em constante transformação e que, ao mesmo tempo, são bombardeados de influências que confundem suas mentes, fazendo-os achar na violência e satisfações imediatas um modo de extravasar todos seus sentimentos reprimidos. Isso aliado a um sistema que visa apenas criar jovens para entrar na faculdade e não os ensinarem a pensar, só piora o quadro…
"Detachment" (título em inglês do filme), significa desapego, distanciamento, indiferença. É sobre isso que o filme se trata, do vazio, da luta e fuga diárias, da complexidade da vida, dos sentimentos, das relações sociais. Por meio de um roteiro cru e provocativo, uma fotografia exemplar, com direito a distanciamento da câmara e atuações incríveis; Adrien Brody somente com o olhar diz muita coisa. "O Substituto" é um tapa na cara de nós telespectador, nos emerge em uma reflexão sobre a vida, suas dificuldades e o nosso caminhar, muitas vezes distanciados.
O filme consegue tratar da depressão de forma fantástica, onde muitos acham que é uma doença que remete à tristeza, mas, na verdade, é muito mais a indiferença. E o protagonista é indiferente de início, mas é muito do discurso. Ele não é vazio como diz ser. Também vale salientar que o filme não conta só uma história, mas também aborda problemas de todo o corpo docente e discente.
Assistido em 1 de março de 2024
Minha avaliação: 7,5/10
A Outra História Americana
4.4 2,2K Assista AgoraNazismo, racismo, ódio, violência, intolerância, assassinatos, maldade, crueldade, caos, etc. "A Outra História Americana" conta a história do conflito e a guerra entre brancos e negros, onde dois irmãos brancos decidem entrar na gangue de racistas 'skinheads'. O filme revela o poder avassalador da influência familiar, mostrando como uma simples conversa pode mexer com a cabeça de uma pessoa, a ponto de ter visões e pensamentos distorcidos sobre a sociedade de seu país.
Ao longo da história da sétima arte, foram lançados diversos filmes sobre racismo, mas "A Outra História Americana" certamente é um dos poucos a ser imparcial e mostrar os dois lados da moeda. E isso mesmo! Você pode chorar, espernear e dar chilique; o racismo inverso existe sim e é fato! E isso fica provado em muitas cenas desse filme. Com certeza o filme teve ousadia e coragem na sua abordagem sobre um tema sensível, dando um belo tapa na cara na hipocrisia da sociedade.
A montagem desse filme é puro esmero e merece ser enaltecida, foi muito bem-feita, com muita criatividade e inteligência. A diversificação do preto e branco com o colorido ajuda o telespectador a pegar cada detalhe das camadas da história do filme, em uma narrativa não-linear bem peculiar. O filme em paralelo conta a história de passado e presente do protagonista Derek Vinyard com muito êxito.
Edward Norton foi um ator brilhante nos anos 90, ele está entre os melhores atores dessa época maravilhosa do auge do cinema estadunidense, sendo extremamente difícil de acreditar que ele nunca ganhou um Oscar. Ele se destacou muito nessa década com pelo menos três filmes de alto nível, foi esnobado pela academia? Claro que sim! Aqui ele atuou bem demais! Convencendo tanto na fase de criminoso, quanto na sua fase de arrependimento e recomeço. Derek Vinyard na minha opinião é o seu principal, maior e melhor personagem da carreira.
Edward Furlong estava em ascensão como ator, na época era bem novo, mas mesmo assim já emplacava dois filmaços na carreira. Infelizmente ele teve sérios problemas com álcool e drogas, isso acabou comprometendo o restante de sua carreira. A partir do século XXI praticamente não teve mais oportunidades em grandes filmes. Um iminente fim de carreira precoce para um ator que tinha um futuro promissor.
"A Outra História Americana" é cinema underground puro! Com diálogos afiadíssimos, frases inesquecíveis e viscerais, personagens profundos e cenas para causar muitas reflexões. O roteiro objetivo, cru e realista; se mistura com uma bela edição e uma bela cinematografia. Esses três fatores nos fazem ficar sem piscar por um minuto sequer, de tão bem-feito que é! Principalmente na parte cinematográfica, onde o uso da câmera lenta é usada de maneira espetacular, nos fazendo digerir lentamente as cenas mais impactantes.
O filme é bastante original, sem papas na língua, objetivo, cru e realista; sendo bastante honesto nas suas mensagens e lições. Um filme de conteúdo precioso, indispensável em qualquer bom debate, seja ele em uma roda de amigos, ou em um ambiente escolar. Por fim, de um modo simplesmente irretocável, "A Outra História Americana" deixa bem claro que o racismo é pura tolice! E jamais conceberá algo benéfico para a sociedade. A maneira como tudo foi construído, atuado e dirigido faz a experiência ser bastante dolorosa e marcante.
Assistido em 24 de fevereiro de 2024
Minha avaliação: 9,0/10
O Nevoeiro
3.5 2,6K Assista AgoraTenho uma grande admiração pelos trabalhos de Frank Darabont, um verdadeiro mestre em adaptações de obras literárias de Stephen King, eles formaram uma dupla que deu uma grandiosíssima contribuição para a história do cinema. Não é exagero algum afirmar que Frank Darabont está quase no mesmo patamar dos diretores mais renomados de todos os tempos, mesmo com uma filmografia pequena. O Oscar poderia se redimir lhe entregando um Oscar honorário, seria o mínimo que a academia poderia fazer para minimizar a vergonha de não ter dado sequer um prêmio para "Um Sonho de Liberdade" e "À Espera de Um Milagre".
Infelizmente, "O Nevoeiro" foi o último filme dirigido por Frank Darabont, para mim é um grande mistério ver como sua carreira não decolou após os anos 90, acredito que exista uma má vontade de Hollywood em financiar seus filmes. Ou simplesmente Darabont desistiu da carreira de cineasta, que na minha opinião não faria sentido; prefiro acreditar que Hollywood não dá mais espaço para ele. É uma pena que muitos diretores de verdade não são valorizados por Hollywood, isso é um dos motivos que explica a crise que o cinema estadunidense vem enfrentando nos últimos anos.
Gostei da dinâmica desse filme, aonde boa parte se passou em um único ambiente, mas isso não foi um empecilho para o andamento do longa. "O Nevoeiro" conta com bons acontecimentos, que gradativamente vai deixando a situação cada vez mais tensa, caótica e desesperadora para os sobreviventes do local. Numa ambientação de suspense e mistério muito bem criada e desenvolvida.
"O Nevoeiro" está repleto de elementos que transitam entre o sobrenatural e psique humana. No caso deste filme, o brilhante roteiro de Frank Darabont explora as nuances impostas por um encarceramento de pessoas abrigadas em um mercado, de diferentes personalidades que fazem frente ao desconhecido imposto pelo recém-chegado nevoeiro misterioso.
Os conflitos psicológicos, as dúvidas e a exaltação baseados no fundamentalismo religioso explora lados da mente humana que surgem após situações complexas, que deixam muitas vezes as pessoas reféns de si mesmas por não saberem como conduzir seu passo seguinte. As dúvidas e decisões tomadas sempre geram consequências, que podem variar dependendo muito da falta de reflexão individual em prol do coletivo, tendo um aspecto real implicado de forma coesa e brilhante no enredo que mistura realidade subjetiva e ficção.
O filme ficou bastante conhecido pelo seu desfecho corajoso, original e fora dos padrões de Hollywood. Realmente, ao me deparar com o final, posso afirmar que se trata de um dos finais mais fudidos, angustiantes, chocantes, cruéis e surpreendentes do terror. Graças a ousadia e personalidade de Frank Darabont, temos um raro caso em que o final de um filme supera o do livro, tanto é que King aprovou! "O Nevoeiro" é desgraçamento mental e terror psicológico na sua mais pura autenticidade. Frank Darabont é simplesmente o homem que nunca errou! Eu venero esse cara.
Maratona Frank Darabont
Assistido em 19 de fevereiro de 2024
Minha avaliação: 8,5/10
À Espera de Um Milagre
4.4 2,1K Assista AgoraAssim como no filme "Um Sonho de Liberdade", meu primeiro contato com "À Espera de Um Milagre" também foi pelo SBT dos anos 2000 (saudades da melhor época da emissora). Assisti com meus pais e foi muito gratificante acompanhar essa belíssima história emocionante em família. Minha mãe é bastante religiosa, com a temática do filme nem é preciso ser vidente para saber que ela chorou litros com o desfecho dessa obra. Realmente este filme é um dos mais tocantes e emocionantes de todos os tempos!
Frank Darabont não se abateu com a baixa bilheteria de seu filme antecessor, resolveu adaptar novamente uma obra de Stephen King para às telonas do cinema, onde mais uma vez a história se desenrola numa prisão. A diferença aqui é que os detentos são todos sentenciados a pena de morte por eletrocutamento. Darabont em uma direção primorosa, fez de "Um Sonho de Liberdade" um dos melhores filmes da história do cinema, aqui ele repete a fórmula da sua obra anterior e de novo, consegue fazer uma obra-prima irretocável! Me atrevo a dizer que "À Espera de Um Milagre" é ainda melhor que "Um Sonho de Liberdade". São dois filmes espetaculares que se complementam.
O filme conta a história de um prisioneiro sentenciado a pena de morte, por supostamente ter estuprado e matado duas garotinhas, às provas eram insuficientes, mas mesmo assim a justiça o condenou. Lembra muito "Um Sonho de Liberdade", só que aqui a amizade retratada é entre um guarda de prisão com um prisioneiro e, o peso emocional da história é bem mais elevado, com mais intensidade, mais revoltante e bastante triste. Principalmente pelo seu desfecho injusto e cruel. A morte de John Coffey — homem que só praticava o bem — com certeza está entre às mais dolorosas da história da sétima arte.
Nem preciso de muitos argumentos para falar sobre Tom Hanks: "Filadélfia"; "Forrest Gump: O Contador de Histórias"; "O Resgate do Soldado Ryan" e "À Espera de Um Milagre". O homem foi simplesmente o dono dos anos 90, além de ter ganhado dois Óscares de forma consecutiva, um feito raríssimo na história da premiação. Tom Hanks é um dos atores mais queridos entre todos de Hollywood, com uma das melhores carreiras da história do cinema. Como ator, não é exagero nenhum afirmar que ele é um dos melhores de todos os tempos!
O já falecido Michael Clarke Duncan surpreendeu o mundo todo! Numa atuação de se tirar o chapéu e de ser aplaudida em pé! Ele conseguiu o impossível: se destacar mais do que Tom Hanks, mesmo com menor tempo em tela. O mais impressionante ainda é que o ator tinha bem pouca experiência na época, foi um daqueles atores meios que descobertos do nada, quando teve a oportunidade de brilhar, não a desperdiçou. Achei uma baita injustiça ele não ter ganho o Oscar de melhor ator coadjuvante, já que seu personagem é um dos mais marcantes e inesquecíveis da história do cinema, numa atuação que comoveu a todos! Falar de injustiça no Oscar é chover no molhado, esse é apenas um de tantos outros absurdos e crimes cinematográficos que a academia cometeu em sua história.
Algumas pessoas usam a desculpa de que "Um Sonho de Liberdade" não ganhou nenhum Oscar porque disputou com outros dois grandes filmes de muito peso cultural, isso até pode ser verdade… Era a chance de ouro do Oscar se redimir com Frank Darabont, porém a academia simplesmente ignorou seu trabalho e sua contribuição para a história da sétima arte (de novo). Aqui a subestimação e esnobação foi ainda mais grave que no caso do filme antecessor, pois "À Espera de Um Milagre" é muito mais filme que todos os seus concorrentes na disputa do Oscar, incluindo o vencedor fajuto de melhor filme "Beleza Americana", que não chega nem aos pés do filme do Darabont. Até "O Sexto Sentido" (que corria por fora) se tivesse ganhado, teria sido menos absurdo que o filme do Sam Mendes.
A direção de Frank Darabont, mais uma vez, é estupenda e irretocável! O diretor, com muita sabedoria e talento, fez um resumo perfeito do livro de Stephen King, adaptando somente o necessário para a linguagem cinematográfica. São três horas de projeção com uma ótima fluidez, cenas dinâmicas e roteiro esplêndido! Foram simplesmente às três horas mais bem gastas em toda minha vida com um filme! Fiquei o tempo todo preso a história, impactado e hipnotizado; tamanho a qualidade artística de mais uma obra-prima do mestre Frank Darabont. Aliais, o cineasta nem sequer foi indicado a melhor diretor por este filme, já estou começando a suspeitar que Darabont comeu às mulheres e mães de geral dos membros da academia. 😂🤣
Frank Darabont escreveu definitivamente seu nome na história do cinema, para mim se tornou um dos melhores diretores de todos os tempos, mesmo com uma filmografia pequena. Aqui ele provou que qualidade é muito mais importante que quantidade, colocando muitos cineastas famosos e queridinhos por Hollywood para mamar, inclusive muitos que já ganharam Oscar.
"À Espera de Um Milagre" é um filme mais que especial, ele valoriza a bondade do ser humano, sendo um exemplo perfeito de que devemos praticar o bem sempre! Não importando a situação. A obra é recheada de momentos que tocam o coração e dilaceram a alma dos telespectadores, em um longa-metragem grandiosíssimo e arrebatador em sua execução. Já se passaram mais de duas décadas de seu lançamento, e simplesmente ninguém conseguiu realizar algo parecido, que esteja no mesmo nível de perfeição deste filme!
Maratona Frank Darabont
Revisto em 19 de janeiro de 2024
Minha avaliação: 10/10
Um Sonho de Liberdade
4.6 2,4K Assista AgoraVi este filme pela primeira vez no Cine Belas-Artes do SBT, foi uma experiência tão satisfatória e especial, que esta obra foi a responsável por abrir a minha mente para filmes que eu não tinha gosto de assistir. Na adolescência eu era muito preso a somente filmes de ação, terror e comédias voltados ao entretenimento. “Um Sonho de Liberdade” conseguiu mudar minha mentalidade, me apresentando o mais puro e autêntico cinema de verdade.
O filme conta a história de um homem bem-sucedido financeiramente, que acabou tendo sua vida destruída devido a uma sentença injusta de prisão perpétua, onde foi declarado culpado pela morte de sua esposa e amante. Andy Dufresne (Tim Robbins) é um baita azarado! Além de ser corno, ainda teve a sua liberdade violada por um crime que não cometeu. Na prisão, sofreu com violências físicas e psicológicas, mas aguentou tudo bravamente, mantendo a sanidade, não perdeu a esperança e principalmente, continuou focado no seu objetivo.
Acredito ser impossível não se sensibilizar e ter empatia pelo protagonista. Andy Dufresne é um dos personagens mais carismáticos e simpáticos da história da sétima arte, não é à toa que é um dos mais queridos por boa parte do público. Tim Robbins é um dos atores mais desvalorizados de Hollywood, mesmo ganhando o Oscar de ator coadjuvante pelo filme “Sobre Meninos e Lobos” (2003). No entanto, aqui ele sequer foi indicado a melhor ator, particularmente achei isso um absurdo! Pois foi graças ao ator que o filme funcionou perfeitamente, sem ele no elenco, as chances de “Um Sonho de Liberdade” ter sido um filme comum seriam altas.
Morgan Freeman também dá um show de interpretação, seu personagem é o que narra a história do filme. Eu particularmente gosto muito desse estilo de narrativa em 1ª pessoa (quando o personagem que está narrando participa da história). Na minha concepção, essa maneira de se contar uma história é um diferencial benéfico para os filmes, traz mais clareza sobre o que o roteiro quer passar para o telespectador. Morgan Freeman e Tim Robbins fazem uma baita dupla de respeito, seus personagens constroem uma amizade singela e verdadeira, encantando a todos nós com facilidade; em uma história inspiradora e magnífica de superação e perseverança.
“Um Sonho de Liberdade” teve o azar de ter pego concorrência de alto nível nos cinemas, isso explica um dos motivos para ter fracassado nas bilheterias, Frank Darabont ainda estava escrevendo seu nome na história do cinema, isso também é um fator a ser considerado. Entretanto, o filme foi um fenômeno nas locadoras e televisão aberta, caiu nas graças do telespectador e com o tempo foi ganhando o reconhecimento que merece, a ponto de ser atualmente o top 1 de mais bem avaliado do IMDB, com média impressionante de 9,3/10.
Frank Darabont adaptou com perfeição a obra de Stephen King, com certeza é uma das melhores adaptações literárias já feitas para o cinema. O cineasta mostrou toda a sua maestria e talento como diretor, principalmente pela aptidão de fazer seu elenco ter o máximo de entrega possível em seus respectivos papéis. Novamente preciso fazer uma menção desonrosa ao Oscar, pois é inacreditável que Frank Darabont não tenha ganho ao menos um Oscar de melhor diretor ou roteiro. Aqui temos um exemplo contundente de que o Oscar não tem critérios bem estabelecidos para suas premiações, tampouco credibilidade, cada vez mais a academia vai ficando com sua reputação comprometida.
Por mais que tenha concorrido o Oscar com outros dois grandes clássicos de peso, (“Forrest Gump: O Contador de Histórias” e “Pulp Fiction: Tempo de Violência”), acho inadmissível “Um Sonho de Liberdade” não ter ganho pelo menos um Oscar nas categorias principais. Num mundo justo este filme teria no mínimo umas cinco estatuetas, com certeza é um dos principais filmes mais esnobados da história da premiação. Hollywood está em uma dívida eterna com Frank Darabont e dificilmente a pagará.
Por fim, “Um Sonho de Liberdade” é um excelente filme sobre redenção e o cultivo da esperança em condições adversas e absurdas, tendo como pano de fundo um dos piores lugares legalizados para seres humanos viverem. Além de retratar a história de amizade sincera mais linda já vista da história do cinema, com uma das melhores e mais satisfatórias cenas finais de todos os tempos! Em uma obra-prima de grandes lições, sendo algo para se levar no coração e tomar como exemplo para o resto da vida!
Maratona Frank Darabont
Revisto em 13 de janeiro de 2024
Minha avaliação: 10/10
Sepultado Vivo
3.5 372“Querida, cheguei!”
É com esta simples frase que "Sepultado Vivo" se tornou um filme marcante e visceral em sua época, sendo figurinha carimbada nas tardes e noites do saudoso SBT do início dos anos 2000. Foi um filme que me assustou e deu bastante medo, pois tive meu primeiro contato com ele na época em que eu era criança. É simplesmente uma pérola da sétima arte e um clássico imortalizado na TV aberta.
O filme foi de baixo orçamento e de poucos recursos, ele foi produzido e lançado diretamente para a televisão. "Sepultado Vivo" foi o primeiro longa-metragem dirigido por Frank Darabont, apesar das limitações técnicas, ele conseguiu desenvolver um ótimo suspense tenso e literalmente sufocante. Parece que é uma regra; de que todo grande diretor começa por baixo.
A trama gira em torno de um relacionamento marcado por ingratidão; insatisfação; decepção; mentiras; traição e ganância, com revelações chocantes e bombásticas! Joanna é uma das vadias mais inescrupulosas, dissimuladas e sem coração da história da sétima arte; Jennifer Jason Leigh arrasou demais em sua personagem, num daqueles papéis que marcam a carreira para sempre!
Filme que funciona perfeitamente para o ditado: "aqui se faz, aqui se paga". O amante da Joanna morreu com a própria toxina que pretendia matar a Joanna, para ficar com todo o dinheiro somente para ele. Já a Joanna acabou sendo enterrada viva pelo ex-marido, que optou por se vingar na mesma moeda.
"Sepultado Vivo" é um filme curto e direto, mostrando um exemplo de que o ser humano é capaz de tudo por dinheiro, indo até às últimas consequências para obtê-lo. Frank Darabont, na época não era muito conhecido e nem tinha experiência, mesmo assim, já dirigia com competência e guiava seu elenco com maestria.
Maratona Frank Darabont
Revisto em 8 de janeiro de 2024
Minha avaliação: 7,0/10
The Woman in the Room
3.0 3"The Woman in the Room" é o primeiro trabalho audiovisual do gênio Frank Darabont, também conhecido como o mestre das adaptações das obras de Stephen King. O diretor praticamente dedicou toda sua vida e carreira nas adaptações do escritor, considerado por muitos como um dos melhores da história da literatura. Aqui não poderia ser diferente, Darabont começou sua trajetória no cinema adaptando uma história de Stephen King.
Por ser um curta, achei que apenas trinta minutos de projeção não foram suficientes para desenvolver bem a história, acabou ficando vago demais! Entretanto, valeu a conferida, mas também pela curiosidade de assistir à primeira experiência de Frank Darabont como diretor.
Apesar de não ter gostado muito, esse seu primeiro trabalho deu indícios do que ele faria no futuro — entregar filmes primorosos de dramas comoventes e ser especialista em filmes desse estilo. Esse curta é apenas uma espécie de prólogo do que Frank Darabont iria aperfeiçoar em "Um Sonho de Liberdade" e "À Espera de Um Milagre".
Maratona Frank Darabont
Assistido no YouTube em 7 de janeiro de 2024
Minha avaliação: 5,0/10
O Continental: Do Mundo de John Wick
3.4 88 Assista AgoraA franquia "John Wick" foi um grande sucesso mundial, que trouxe de volta o estilo 'old school' de se fazer filmes de ação. Todos os quatro filmes lançados são bem acima da média para seu gênero, com boa consistência em todas às obras, onde chega a ser difícil classificar à ordem de preferência dos filmes. Achei uma ideia super interessante de expandir a saga "John Wick", com histórias de suas origens e a possibilidade de conhecer melhor personagens coadjuvantes dos filmes.
A minissérie conta a história de Winston Scott (Colin Woodell), personagem interpretado pelo ator Ian McShane nos filmes "John Wick", aqui conhecemos seu irmão Frankie Scott (Ben Robson), personagem responsável por desencadear o conflito de seu irmão com Cormac (Mel Gibson). Outro personagem dos filmes que aparece aqui é Charon (Ayomide Adegun), que nos filmes "John Wick" é interpretado pelo já falecido ator Lance Reddick. A minissérie acerta em trazer personagens dos filmes, muito melhor do que iniciar algo novo com cem por cento de personagens desconhecidos. Desta vez, Winston Scott é protagonista.
A história se passa nos anos 70, com uma ambientação estilo underground bastante assertiva para o enredo da minissérie. Gostei muito do clima pesado que os locais passam, com os embates iminentes a todo o momento e, personagens com cara de poucos amigos… A pegada de ação é mantida aqui, principalmente no estilo de matar um inimigo, com dois tiros e mais um na cabeça para finalizar, marca registrada dos filmes "John Wick".
Os episódios um e três entregam lutas empolgantes e mortes violentas, principalmente com os personagens Frankie e sua namorada; além dos antagonistas — os gêmeos. A ação não chega a ser do mesmo nível dos filmes "John Wick", mas a essência está lá. O episódio dois destoa muito dos outros, acabou ficando exageradamente cadenciado, focando somente no planejamento de Winston e sua vingança contra Cormac.
Sobre os personagens — os que mais me agradaram foram os gêmeos, achei-os muito sinistros, se não me engano, ambos não falam uma palavra sequer, estão ali somente para representar na ação e dar muito trabalho para a equipe do Winston. Frankie é um personagem muito foda, é a versão John Wick dos anos 70, porém foi pouco aproveitado. O arco dos policiais para mim foi desnecessário, não faria muita diferença se eles não estivem na trama. Infelizmente teve forçação de barra em uma das personagens femininas.
Acredito que essa minissérie poderia ter tido mais episódios, pois teria sido interessante acompanhar com mais detalhes como funciona o conselho de senhores do crime da Alta Cúpula, quem sabe isso seja explorado numa possível 2ª temporada? Para quem reclama que os filmes "John Wick" são somente tiro, porrada e bomba — "O Continental" é uma boa alternativa para quem busca algo do universo "John Wick" mais focado em roteiro.
Minissérie finalizada em 29 de dezembro de 2023
Minha avaliação: 7,0/10
Gen V (1ª Temporada)
3.7 222 Assista AgoraSou um grande entusiasta da série "The Boys", acho-o uma série inovadora, que conseguiu dar novos ares para o subgênero super-heróis com extrema criatividade. A série apostou muito no politicamente incorreto, nos exageros, nas situações constrangedoras e em cenas intensas e insanas. Os desenvolvedores correram um grande risco, foram na contramão de tudo que já vimos na DC (DCEU) e Marvel (MCU), mas a aposta valeu muito a pena! A série foi um grande sucesso e particularmente a considero a melhor da atualidade.
Eu meio que virei a cara quando vi que esse spin-off abordaria adolescentes com poderes do composto V, mas por se tratar do universo de "The Boys", não hesitei em assisti-la logo. Assumo que tenho um certo preconceito com produções que envolvam jovens, pois a maioria dos conteúdos atuais com a gurizada vêm com militâncias e ideologias insuportáveis de se aturar. Isso acabou se confirmando com diálogos de merda, onde os próprios negros ficam se vitimizando e se diminuindo perante às pessoas brancas.
É inevitável fazer comparações com a série "The Boys", vou começar falando dos personagens: eles têm seus dramas e dilemas, mas rasos e mal desenvolvidos, sem a profundidade necessária para que o telespectador se importe com eles. Vamos supor que o Capitão Pátria ou o Bruto saíssem, ou morressem em "The Boys", são personagens de muita importância para a estrutura narrativa da série, com certeza sem eles, The Boys não seria o mesmo. Aqui em "Gen V" nenhum personagem consegue se destacar no protagonismo, tanto faz, tanto fez, quem morre e vive na série. Você não se importa!
De positivo, temos a essência de The Boys mantida nessa nova série, com bizarrices sexuais, muita demência, escrotice e claro, aquela violência brutal que deixa os mimimi desconfortáveis. Os episódios um, seis e oito foram os melhores da série, mas o restante da temporada perdeu tempo com situações e acontecimentos irrelevantes para o desenvolvimento da história, não me fisgando completamente. O personagem Sam (irmão do Garoto Dourado) foi o que entregou as melhores cenas de gore.
"Gen V" é a cara de "The Boys", entretanto, é muito mais convencional que seu material de origem. A acidez não é do mesmo nível, os poderes dos personagens não são tão legais quanto dos The Boys e o CGI também ficou abaixo. A série começa bem e até termina bem também, com um fim de temporada caótico e com aquela baguncinha gostosa de assistir, mas o restante da série é muito inferior a qualquer temporada de "The Boys".
1ª temporada finalizada em 26 de dezembro de 2023
Minha avaliação: 6,0/10
The Last Of Us (2ª Temporada)
4.2 14Abby e seus brações maiores que minha coxa 😆😅
Ansioso para ver quem vão escolher para interpretar a personagem.
Para quem achou a primeira temporada triste, se prepare para essa 2ª que será pior…
27 de dezembro de 2023
The Last of Us (1ª Temporada)
4.4 1,2K Assista AgoraDez anos depois, o game "The Last of Us" ganha uma adaptação live action no formato de série. O jogo foi originalmente lançado para PS3 e posteriormente remasterizado para PS4, recentemente, também ganhou uma nova versão para a geração atual (PS5). Com isso, se tornou um dos pouquíssimos games a atravessar três gerações de consoles, um feito impressionante e que somente jogos atemporais conseguem alcançá-lo. Joguei muito e conheço o game de cabo a rabo, posso falar com propriedade de praticamente todos os eventos importantes da história do game.
Antes mesmo de jogá-lo pela primeira vez, já tinha conhecimento da existência do jogo, tamanha a febre e repercussão que teve em suas primeiras semanas após seu lançamento. O game foi um grande fenômeno mundial! Ganhou um total de absurdos +240 prêmios de jogo do ano, não é para menos que é uma das maiores obras-primas eletrônicas da história! É disparado o melhor jogo de PlayStation 3 (chupa "Grand Theft Auto V"), e sem exageros um dos melhores games já feitos de toda a história! Facilmente entra na lista de top 5/10 de jogos favoritos de praticamente todos os gamers do mundo!
Diferente da maioria dos jogos de tiros, onde você só tem a opção de derrotar os inimigos com armas de fogo. "The Last of Us" oferece diversas maneiras e estratégias para acabar com eles; com grandes variedades de armas de fogo, armas brancas, artefatos explosivos e incendiários; além do modo stealth, ou até mesmo sair na porrada com humanos e infectados. Essas vastas possibilidades que deixam o jogo extremamente divertido, único, visceral e imersivo. Sua gameplay é excelente! Com muita ação, adversidades, tensão e brutalidade.
Joel e Ellie precisam unir forças para atravessarem os EUA em ruínas e enfrentar muitos perigos, num mundo hostil onde os infectados não são o único problema que precisam se preocupar. Ambos necessitam um do outro para sobreviverem a essa jornada, com o passar do tempo surge um elo muito forte de amor, confiança e lealdade entre os personagens. Joel e Ellie encaram a morte bem de perto, numa jornada onde qualquer deslize é caixão na certa. No final, Joel precisa tomar uma decisão que irá afetar o futuro de todos os sobreviventes restantes do mundo!
O jogo é uma das coisas mais perfeitas já desenvolvidas para a história da indústria dos games, tanto como no enredo quanto na gameplay, o que falta em um têm no outro. A intensidade está presente do início ao fim, com ênfase em tudo que é importante; ação, narrativa, peso emocional da história, etc. "The Last of Us" é uma epopeia repleta de dores, superações, perdas e emoções dos personagens, em um desfecho que traz reflexões sobre o dilema em que Joel se encontra.
Nos próximos dois parágrafos abaixo, deixo minhas ressalvas sobre a série, falando das mudanças que não gostei em relação ao game.
Antes de pegar a série para assistir, li uma notícia desanimadora de que a série teria menos violência que no jogo, e infelizmente se confirmou quando a terminei de assistir. Isso foi um bom motivo para eu ter adiado bastante em vê-la, pois particularmente acho chato demais fazerem isso para tentar agradar os frescos mimizentos. Em consequência disso, os infectados praticamente foram figurantes de luxo, aparecendo somente quando era conveniente ao roteiro.
Outra coisa que me incomodou na série foram os excessos de cortes, para minha surpresa tiraram quase toda a gameplay do jogo, dando a impressão que Joel e Ellie estavam a passeio e que não existia perigo algum em suas jornadas. O Baiacu (principal infectado e de estágio mais avançado), aparece por apenas alguns segundos e some rapidamente. Parece que faltou orçamento para os infectados terem mais destaque, ou foi por opção erroneamente dos produtores seguirem por esse caminho.
Episódios:
1º When You're Lost in the Darkness / 2º Infected: Me surpreendi com um baita início de série, fiquei maravilhado com às semelhanças com o jogo. O início do apocalipse com a filha do Joel e, o começo da jornada do Joel com a Tess ficaram quase idênticos ao jogo, principalmente nos cenários da cidade de Boston. Só erraram com a caracterização da filha do Joel, que não têm nada a ver com a garotinha do game.
3º Long, Long Time: Episódio que conta a história de dois personagens coadjuvantes do jogo; Bill e Frank. Tiveram a intenção de dar uma profundidade maior a esses personagens, o problema é que os acontecimentos aqui fugiram muito dos eventos do game, pois ele não se encaixa na série. Um episódio de preenchimento inútil que mais parece um extra do que uma continuação do episódio antecessor, para completar a cagada que fizeram aqui, ainda é o episódio mais longo da série, isso que eu chamo de perda de tempo…
4º Please Hold to My Hand: Continuação do episódio "Infected", aqui a jornada de Joel e Ellie começa a ficar mais perigosa devido à hostilidade humana que encontram no caminho. Adorei a parte com a caminhonete e seu acidente, nesse momento até parecia que eu estava jogando o game, tamanha a fidelidade com os acontecimentos do jogo. Neste quesito a HBO está de parabéns, entregaram aqui talvez a adaptação mais fiel ao seu material de origem da história.
5º Endure and Survive: Episódio que mais se aproximou da tensão, emoção e ação da gameplay do jogo. Aqui realmente deu para sentir a sensação de perigo e possibilidade da morte dos protagonistas, foi também o único episódio em que os infectados tiveram destaque, com a aparição do temível e amedrontador Verme (Baiacu) Para mim foi disparado o melhor episódio da temporada, além de ser um dos episódios mais tristes da série.
6º Kin: Muito abaixo do episódio anterior, sequência mais contida de acontecimentos grandiosos, praticamente nem teve ação e, a parte boa do episódio só acontece em seus instantes finais. Pelo menos seguiu respeitando os eventos do game, apesar de algumas mudanças, se manteve fiel ao jogo. É o episódio que sela definitivamente uma relação mais forte de conexão e amor entre Joel e Ellie.
7º Left Behind: Episódio especial baseado na DLC do jogo, onde conta um pouco a história da Ellie antes de conhecer Joel. O episódio é focado na relação de Ellie com sua melhor amiga, aqui apenas mostram elas passeando e se divertindo num shopping com energia elétrica. Para mim foi a grande decepção da série, num episódio chatinho, além disso, cortaram a melhor parte da DLC.
8° When We Are in Need: Aqui conhecemos o principal vilão humano da série; David, o canibal. O episódio é mais focado na Ellie, onde ela passará por um grande trauma. É talvez o episódio mais pesado da série, que lida com temas polêmicos e sensíveis. Bella Ramsey entregou tudo na atuação (apesar de achar ela mais parecida com a versão feminina do Mark Zuckerberg, do que propriamente com a Ellie do game).
9º Look for the Light: Episódio final da temporada, onde tudo parece que ficará bem. Entretanto, Joel toma uma decisão radical que dividirá a opinião dos telespectadores que não conhecem o game. Achei um episódio muito curto e apressado, mas em compensação é o mais dinâmico e movimentado da temporada, também é o mais fiel em relação a gameplay do jogo.
Avaliações dos Episódios:
1º When You're Lost in the Darkness: 10/10 🥉🏆
2º Infected: 10/10 🥈🏆
3º Long, Long Time: 6/10 🤡😴😴
4° Please Hold to My Hand: 9/10
5° Endure and Survive: 10/10 🥇🏆👏👏👏
6° Kin: 8/10
7º Left Behind: 5/10 👎👎👎
8° When We Are in Need: 9/10
9° Look for the Light: 10/10
Média da Temporada: 8,6/10
Diferenças Entre Série e Jogo:
Na série, a filha de Joel ganha mais destaque que no jogo, mostra ela indo à escola, visitando vizinhos e também levando o relógio de Joel para conserto. No jogo, ela não vai à escola e nem visita seus vizinhos, tampouco mostra ela indo consertar o relógio do pai.
Na série, Tess é cercada por infectados e morre em uma explosão. No jogo, Tess dá cobertura para Joel e Ellie fugirem e é morta a tiros por soldados da quarentena de Boston.
Na série, mostra como foi o relacionamento de anos entre Bill e Frank. O local de Bill é atacado por saqueadores e ele é baleado, Frank fica doente e decide que quer morrer envenenado em um último jantar com Bill, Bill também decide morrer por envenenamento, por não aguentar viver sem seu parceiro. Ellie não chega a conhecer Bill pessoalmente. No jogo, Bill ajuda Joel e Ellie a fugirem de infectados em sua cidade, Ellie e Bill se conhecem de um jeito não muito amistoso, Bill ajuda Joel e Ellie a conseguirem um carro. Frank é mordido por tentar se afastar em definitivo de Bill, se mata enforcado para não virar um infectado, mas antes disso deixa uma carta para Bill revelando insatisfação na relação. Frank não aparece vivo no jogo e Bill não morre.
Na série, mostra o motivo do Henry e Sam estarem sendo perseguidos, o confronto com o sniper é a noite e logo após surge o Baiacu no meio da bagunça. Sam é mudo. No jogo, não mostra o motivo de Henry e Sam estarem sendo perseguidos, o confronto com o sniper é de dia sem a aparição do Baiacu. Sam fala normalmente.
Na série, Joel se reencontra com seu irmão direto no assentamento fortificado de Jackson. Ellie não foge de cavalo. No jogo, Joel e Ellie encontram Tommy numa usina hidroelétrica e o local é atacado por bandidos. Ellie fica chateada com Joel e foge de cavalo.
Na série, Joel é ferido por um pedaço de taco de beisebol farpado. No jogo, Joel em uma queda é perfurado por um vergalhão, onde a gravidade do ferimento é muito maior.
Na série, o vilão David é um pastor que usa a fé para controlar os integrantes de seu grupo, no jogo, David não é religioso. Esta foi a mudança que menos gostei para a série, deu a impressão que tentaram passar uma mensagem tendenciosa para os telespectadores.
Na série, não há a presença de esporos. Sarah (filha de Joel) e Maria (mulher do Tommy) tiveram mudança de etnia. Também mostra como foi o nascimento da Ellie, sua mãe é mordida por um infectado durante o trabalho de parto, dando a entender que Ellie já nasceu com o cordyceps em seu DNA, isso explica o motivo dela ser imune. Acho que este foi o único momento em que a série superou o game, já que no jogo não sabemos o motivo da imunidade da Ellie
Por fim, a série "The Last of Us" acerta na produção fiel e grandiosa da ambientação e cenários do game, pela excelente adaptação dos eventos principais do jogo, sem fazer alterações bruscas em sua história. Também acerta com às atuações convincentes dos atores e atrizes e, até pelo aprimoramento de algumas cenas baseadas nas cutscenes do game, que em alguns casos ficaram até melhores que no jogo. A série conseguiu passar toda a carga emotiva do game, além dos aspectos técnicos e visuais impressionarem e serem excelentes.
No entanto, pecou pelo desequilíbrio na distribuição do que mostrar para o telespectador, enquanto os infectados foram praticamente figurantes, a série optou por dar atenção a personagens e eventos sem relevância e desinteressantes, especialmente nos episódios três e sete. Também acho que diminuíram demais a ação presente no jogo e claro, a violência bem mais moderada aqui, isso para quem jogou o game acaba sendo bem decepcionante!
No geral, essa adaptação é muito boa, bastante fiel ao jogo, porém com muitas ressalvas. Acredito que a série funcionará e agradará mais o público que nunca jogou o game, isso explica a média geral alta por aqui. Para os que já jogaram, acho que a série será um divisor de águas entre os gamers do mundo todo! Em comparação ao game, é claro que a série fica algumas escadas abaixo do jogo.
1ª temporada finalizada em 10 de dezembro de 2023
Minha avaliação: 8,5/10
Tulsa King
3.9 59 Assista AgoraSylvester Stallone é incansável!
Quando alguns pensam que o ator pode se aposentar a qualquer momento, ele surpreende atuando numa série pela primeira vez como protagonista. "Tulsa King" é uma série sobre a máfia italiana, com foco no entretenimento, humor na medida certa e politicamente incorreta, do jeito que eu gosto! Stallone ficou super à vontade em um personagem bastante estiloso, tirou onda no papel de mafioso especialista em "negócios".
Sylvester Stallone mostra mais uma vez o porquê é uma lenda do cinema, o homem mesmo beirando aos 80 anos fede a testosterona e, consegue manter seu físico que o consagrou no passado, a idade para ele é apenas um número. Aqui ele pôs fim às desconfianças sobre suas atuações, pode não ser um dos melhores, mas ele é sim um bom ator. Suas várias indicações de "pior ator" pelo Framboesa de Ouro não passa de uma perseguição boba da mídia, por ser conservador nato, ele desagrada boa parte das pessoas envolvidas com arte.
Gostei bastante do desenvolvimento ágil da série, com episódios curtos abaixo dos tradicionais quarenta minutos, com resoluções rápidas, os episódios passam num piscar de olhos, dá para maratonar toda a temporada tranquila em apenas um dia. A História me fisgou logo de começo, com dinamismo e narrativa envolvente, algo que considero crucial e que faz toda a diferença entre uma boa produção e uma ruim.
Achei interessante acompanhar a reação de um homem que ficou 25 anos preso, com um 'novo mundo' em sua volta, onde muitas coisas mudaram e a realidade é outra… Mesmo tendo um período em que "O General" parou no tempo, ele não se intimidou com a situação e logo em seguida já começou a traçar planos para recomeçar a vida, colocando em prática suas habilidades de persuasão e intimidação de pessoas.
Uma pena que a série ficou exageradamente 'hollywoodiana'; por se tratar de uma história sobre a máfia italiana, eu esperava que às cenas violentas fossem bem mais brutais. Com Stallone também sendo um dos produtores, estava imaginando cenas de gore mais ou menos ao nível dos filmes "Rambo 4 e 5". Ficou nítido que a direção optou por esconder partes das cenas mais pesadas.
Acho que a série não teve a visibilidade que merecia aqui no Brasil, muito por conta da sua divulgação ter sido praticamente inexistente, mas também pela dublagem original porca que fizeram, ainda bem que pelo menos tiveram vergonha na cara e a redublaram. Eu simplesmente não consigo aceitar o Stallone ser dublado por alguém que não seja o incomparável Luiz Motta.
Por fim, "Tulsa King" chega como uma boa surpresa para a atual e fraca década da indústria do entretenimento audiovisual, conseguindo se destacar numa obra com uma pegada mais conservadora que o habitual da atualidade. Sylvester Stallone se reinventa e entrega um dos seus melhores personagens da carreira.
1ª temporada finalizada em 2 de dezembro de 2023
Minha avaliação: 8,0/10
Ruptura (1ª Temporada)
4.5 749 Assista Agora"Ruptura" é uma série que aborda questões atuais e relevantes para a sociedade no âmbito profissional, com críticas ferrenhas às grandes corporações que exploram seus subordinados. Mostra com clareza um ambiente de trabalho que deixam às pessoas depressivas e com tendências suicidas, sendo um dos principais males para a sociedade moderna.
Fiquei sem compreender muito bem a empolgação da galera com essa série, pelo jeito eu fui o único que não achei essa obra-prima toda que dizem por aí. Não nego que a história é excepcional! Mas pecaram na maneira como foi contada, com episódios inicias que não envolvem, cenas repetitivas, falta de dinamismo e diversas quebras de ritmo em praticamente todos os episódios.
Temos uma ideia brilhante, porém com uma execução muito aquém das expectativas. Depois de um certo ponto, você fica muito entediado com as longas caminhadas que os funcionários da Lumen fazem pelos corredores intermináveis da empresa, fora às repetitivas interações de personagens que não fazem a história fluir. Toda a primeira temporada poderia ser facilmente encaixada em um filme de duas/três horas.
Me exigiu muita paciência para acompanhá-la até o final, pois demorou demais para mostrar um acontecimento minimamente interessante, dando a impressão da narrativa andar em círculos. Com exceção da sensacional season finale, a série não se desenvolveu da maneira como eu esperava, acabou ficando bastante arrastada para meu gosto pessoal.
Quando comecei a me interessar e a me envolver com a situação dos personagens, a temporada acaba. Ou seja, deixaram todo o potencial da série para o último episódio, uma pena que desperdiçaram praticamente toda a temporada para deixaram tudo que importa para depois… Ao menos, deixa um gatilho eletrizante para a segunda temporada, que espero que seja melhor!
Vi muita gente considerando ser uma das melhores séries da história, acredito que o telespectador se impressionou com a distopia abraçada à analogia de dupla personalidade, de todos, com o mundo profissional e o pessoal. Mas para mim, das séries atuais, não chega nem aos pés das recentes "The Boys" e "Round 6".
1ª temporada finalizada em 26 de novembro de 2023
Minha avaliação: 6,0/10
Reacher (1ª Temporada)
3.9 168 Assista AgoraEu cresci assistindo filmes brucutus estrelados por Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone, infelizmente, com o passar do tempo esses filmes foram ficando cada vez mais negligenciados pelos estúdios. A boa notícia é que esse estilo ainda respira nos tempos modernos (com a ajuda de aparelhos - é verdade), mas pelo menos é melhor que nada. "Reacher" é uma série que chegou para resgatar o bom e velho personagem brucutu raiz dos filmes clássicos de ação, fazendo a alegria dos telespectadores saudosistas dessa época.
O Alan Ritchson foi uma escolha certeira e perfeita para o papel, tendo muito mais perfil e essência do personagem Jack Reacher, provavelmente será seu melhor trabalho por muitos anos. O Tom Cruise é foda e isso é indiscutível, mas ele passa longe de ser o ator ideal para o personagem, por conta disso, creio que a série superou os filmes, por fazer a escolha certa do ator com a cara do personagem.
"Reacher" consegue prender a atenção logo de cara com o excelente episódio piloto na prisão, que considero o melhor da série. A série foi muito bem na parte investigativa, com nuances interessantes e agradando com um bom suspense, o básico de sua proposta. Teve um início sensacional! Sendo uma série bastante dinâmica, passando num piscar de olhos, porém, o ritmo não se manteve regular durante os episódios, mas voltou a ficar empolgante nos dois episódios finais.
Não têm muita ação como esperava, mas quando acontece é daquele jeito que eu gosto! Com criminosos tendo o destino que merecem, a série mostra de forma clara como bandidos devem ser tratados pelas autoridades e sociedade, com pessoas dessa índole é poucas ideias mesmo. Tiveram cuidado na hora das pancadarias, imprimindo o máximo de realismo possível e sem forçar a barra com mentiradas exageradas.
Só acho que cometeram um deslize com a invenção de um romance nada a ver, aquele famoso casal sem química, que só serviu para embarrigar o roteiro e desfocar no que realmente importa. Somente por isso não é merecedor de uma nota mais generosa, mas ainda assim, é uma série gostosinha de assistir, sendo mais um grande acerto da Amazon Prime Video.
1ª temporada finalizada em 18 de novembro de 2023
Minha avaliação: 7,5/10
Missão: Impossível 7 - Acerto De Contas - Parte 1
3.9 393 Assista Agora"Missão: Impossível" é uma das melhores e mais longevas franquias de ação da história do cinema, que começou com filmes simples e foi melhorando cada vez mais ao longo de suas continuações. A direção de Christopher McQuarrie fez muito bem para a franquia, ele conseguiu estabelecer uma fórmula super bem-sucedida, sendo um dos principais responsáveis pela franquia envelhecer como um bom vinho. O diretor estabeleceu um equilíbrio perfeito entre cenas de ação e roteiros bem escritos, onde poucos filmes atuais de ação conseguiram valorizar ambos os quesitos.
Pela segunda vez consecutiva, Tom Cruise crava o melhor filme de ação do ano ("Missão: Impossível 7" empatado com "John Wick 4"), não é por acaso que atualmente ele é o maior astro dos filmes de ação, além disso, sem usar dublês em suas cenas. Isso faz toda a diferença, com realismo e sensação de perigo maiores e mais convincentes, em relação a outros filmes semelhantes à saga. Christopher McQuarrie e Tom Cruise formam uma dupla dinâmica perfeita, colocando a franquia em outro patamar!
Este filme é simplesmente ótimo! Pois é um dos poucos de seu gênero que teve um cuidado especial no roteiro, sendo muito difícil de ver um filme de ação caprichar nesse quesito, ele é tão bom quanto suas cenas de ação. Quando um filme de ação consegue animar o telespectador com uma boa história, ele automaticamente entra numa lista seleta de filmes definitivos do gênero. Temos uma temática atual abordada de forma inteligente e fluída, que levanta debates sobre o futuro da humanidade.
Logo de cara o filme já causa uma boa impressão, com uma trama cheia de camadas e detalhes que fazem toda a diferença, prendendo a atenção do telespectador do início ao fim. Tudo isso graças a uma premissa interessante; envolvente; inteligente e divertida, que entrega tudo de necessário que a arte do cinema exige. Às produções de Missão Impossível sempre foram impecáveis! E aqui não foi diferente, sempre preocupados em entregar o melhor para o público e aqui eles se superaram, com cenas incríveis em todos os momentos cruciais do filme.
Gostei demais do arco desse novo vilão, um homem misterioso que tem ligação com o passado do Ethan Hunt, por causa disso, ele consegue desestabilizar o agente. O cara é extremamente meticuloso, calculista e inteligente, estando quase sempre há um passo à frente da equipe IMF. É um dos principais motivos do filme ser tão ótimo e certeiro em suas ideias, sendo uma das poucas franquias que vai ficando melhor e mais empolgante a cada novo filme lançado.
Já assisti a todos os filmes da franquia, por enquanto acho os dois últimos lançados os melhores da saga, mas continuo devendo uma maratona continua de "Missão: Impossível", para poder decidir com mais convicção qual é o melhor filme. O certo é que "Fallout" e "Acerto de Contas" impressionam pelo apuro técnico e artístico de suas produções, entregando tudo que se espera de um filme voltado ao entretenimento. Além disso, "Missão: Impossível 7" faz um alerta global sobre possíveis consequências dos avanços desenfreados da inteligência artificial.
Infelizmente o filme fracassou nas bilheterias, acabou pegando concorrência pesada durante sua exibição nos cinemas, além de ter sofrido um possível boicote nas salas IMAX. Para mim, foi um dos maiores pecados cinematográficos já registrados em relação às arrecadações, pois o filme passou muito longe de merecer o prejuízo que teve, agora é ficar na torcida para que isso não afete negativamente a sequência desse filme.
Assistido em 24 de outubro de 2023
Minha avaliação: 9,0/10
Agente Stone
3.0 144 Assista Agora007 + Missão: Impossível = Agente Stone
Mais um filme padrão Netflix que faz um CTRL C + CTRL V de franquias famosas de ação e espionagem, algo bastante comum que vêm acontecendo nos streamings, são muitos filmes lançados, mas a maioria genéricos e sem originalidade. É o caso de "Agente Stone", mesmo assim, estava gostando bastante do filme, a ponto de questionar sua baixa reputação com o público, mas tentaram surpreender o telespectador com um plot twist manjado e, a partir disso, o filme começou a cair no meu conceito…
"Agente Stone" começou muito bem, partindo logo para a ação e mostrando que ia ser um filme super movimentado e empolgante. Entretanto, às coisas mudaram de rumo, com o filme ficando previsível e extremamente forçado em algumas partes, principalmente com a tecnologia apresentada pelo enredo do filme. Algumas cenas de ação são até bacanas, mas nada que seja marcante e que já não tenha sido visto em outros filmes de sucesso de seu gênero.
Depois que o plot twist vêm a tona, o personagem do Jamie Dornan passa a dividir o protagonismo com a Gal Gadot. Achei isso uma péssima ideia, já que para mim esse Jamie Dornan é um dos piores atores de sua geração, além de sua filmografia ter praticamente só porcarias. Fico irritado de ver tantos atores talentosos com poucas oportunidades no cinema, enquanto isso atores pífios e fracos ganham fama ano após ano…
Gal Gadot foi uma incógnita para mim neste filme, não tenho nada a criticar e tampouco a elogiar sobre sua atuação, com isso, não tenho ideia se ela terá futuro em filmes de ação como personagem principal. Com exceção de "Mulher-Maravilha" (2017), acho que ainda há alguns pontos que ela pode melhorar para convencer como protagonista, por exemplo: suas poses como durona, que aqui achei forçado.
Por fim, "Agente Stone" é um filme clássico de streaming, neste caso, nem muito bom e tampouco, nem muito ruim. É uma boa escolha quando não se encontra nada melhor para assistir, sem criar muitas expectativas, funciona como um passatempo agradável e divertido para quem não é muito exigente com os roteiros de filmes de ação. Mas pode incomodar aqueles telespectadores que presam pela originalidade e criatividade.
Assistido em 21 de outubro de 2023
Minha avaliação: 6,5/10
A Bailarina
3.2 83 Assista AgoraQuem me conhece bem sabe que sou um paga pau do cinema asiático, principalmente dos Sul-Coreanos, que para mim é o país, na atualidade, que mais cresce no cinema. Creio que já mencionei isso em outros comentários, mas não canso de falar: se o cinema da Ásia tivesse o mesmo poder de investimento de Hollywood e um maior alcance de popularidade global, deixaria os americanos no chinelo em todos os quesitos cinematográficos.
Este filme passou longe do melhor que o cinema da Coreia têm a oferecer, pois é uma produção feita diretamente para streaming, e a falta de orçamento é bastante visível durante todo o filme. Mesmo assim, é uma obra muito estilosa, com ambientações e cenários de muito bom gosto estético, além da trilha-sonora bacana e adequada para um filme neo-noir.
"A Bailarina" é um filme bastante simples e comum, mas bem funcional, dinâmico, envolvente e direto ao ponto. Entrega exatamente o que a premissa propõe, apesar de ter faltado aquele algo a mais para o desfecho do filme. A luta da protagonista com o vilão poderia ter tido uma edição melhor, com menos cortes por parte da direção.
Temos mais um filme coreano que honra às tradições do país, com estilo próprio e sem frescuras em relação à violência explicita. Peca por ter poucas cenas de ação e por ficar devendo um 2º round entre a protagonista e o vilão, também há uma falta de lógica em relação ao vilão secundário e seu desfecho. Entretanto, mesmo com alguns problemas, o filme entrega um entretenimento básico, com a boa e velha história de vingança que eu tanto adoro!
A franquia John Wick segue rendendo bons frutos, pois aqui temos a versão feminina do personagem, que atira primeiro, pergunta depois e é de poucas ideias rsrs. Espero que a Netflix seja inteligente; mantendo a boa parceria com o cinema sul-coreano, pois quase sempre sai coisa boa de lá, mesmo que em muitos casos os recursos disponíveis não sejam suficientes.
Assistido em 17 de outubro de 2023
Minha avaliação: 7,0/10
Resgate 2
3.6 278O diretor Sam Hargrave parece que terá um futuro promissor, ele sabe como poucos dirigir filmes de ação com extrema qualidade, mesmo com pouca experiência, mas o fato dele também ser dublê o ajuda muito a entregar um trabalho acima da média, principalmente nas partes das lutas. Me atrevo a dizer que ele está quase chegando no mesmo nível do Chad Stahelski (diretor dos filmes John Wick), já que ambos gostam da câmera fixa e planos sequência, sendo assim, acredito que Hargrave se espelha muito nos trabalhos de Stahelski, já que ambos possuem características de direção semelhantes.
Esta continuação de "Resgate" mantém o padrão do que vimos no filme antecessor, sendo um filme bem simples e previsível, porém bem executado, em uma obra recheada de ação do início ao fim. Me agradou bastante como o filme foi feito, com bastante cenas de ação bem diversificadas; temos de tudo um pouco: lutas; armas brancas; tiroteios; perseguições em veículos; trem; helicóptero e às clássicas destruições e explosões que moldam o gênero.
Chris Hemsworth surpreende e está muito dedicado no papel de brucutu de poucas ideias, até acho que ele substituiu bem os clássicos atores casca-grossa dos anos 80 e 90, não a ponto de marcar uma geração inteira, mas bom! Com certeza um respiro para o ator, já que destruíram o seu principal personagem da carreira em "Thor: Amor e Trovão", e ele mesmo já sinalizou que só volta a reprisar seu personagem, se o Thor ganhar um tom mais sério.
Ao contrário do filme antecessor, dessa vez, souberam investir em um vilão mais durão, daqueles sem escrúpulos e muito FDP! Nesse ponto, a continuação foi muito superior ao primeiro. Temos mais um caso em que o basicão cem por cento focado no entretenimento continua funcionando, basta fazer a coisa certa e bem feita para o público certo. Para quem gosta de ação e gostou do primeiro filme, provavelmente irá gostar desse também! "Resgate 2" têm pouquíssimos erros e às cenas mais absurdas são aceitáveis.
"Top Gun: Maverick"; "John Wick"; "Resgate 1 e 2", entre outros... reforçam o que o público quer consumir como entretenimento. A galera já está cansada desses novos moldes de se fazer cinema, com muita panfletagem identitária e ideológica, que tomou conta da cultura pop nos últimos anos. Os filmes acima citados alimentam a esperança de termos definitivamente a volta da testosterona no cinema, além de uma possível redução na quantidade de filmes wokes produzidos.
17 de outubro de 2023
Minha avaliação: 8,5/10
Guardiões da Galáxia: Vol. 3
4.2 804 Assista AgoraBoa Marvel, antes tarde do que nunca né.
Finalmente! Após ter decepcionado os fãs com tantas porcarias e produções medianas da fase 4, a Marvel volta a acertar a mão em um filme, já estava na hora! "Guardiões da Galáxia Vol. 3", consegue ser quase tudo que se espera do universo estendido do estúdio, com qualidade técnica acima da média, humor na medida certa e personagens em sintonia.
Que diferença absurda faz um diretor competente no comando de um filme da Marvel. Acredito que esse seria o caminho certo para a Marvel voltar aos tempos de auge, mas primeiro precisam mudar essa política de quase sempre contratar diretores de 5ª categoria para seus filmes. No entanto, a situação é complicada, pois os irmãos Russo não devem mais retornarem para a Marvel, e James Gunn agora é da DC.
Existe uma linha tênue entre a alegria e a tristeza neste filme. Apesar de focar em divertir às pessoas com a comédia habitual de seus personagens, o roteiro do filme é bem dramático, com foco no passado de Rocket Raccoon. Gostei bastante das alfinetadas que o enredo deu aos laboratórios que fazem experiências científicas e testes em animais, para mim, não passa de crueldade. Deveriam usar detentos que cometeram crimes graves (assassinato, estupro, etc.) como cobaias, na minha visão, seria mais justo e ético. Mas é claro que os direitos humanos não permitiriam isso…
A carga dramática e o peso emocional da história foram o grande fator surpresa para esse fechamento de trilogia, sendo um dos filmes de super-heróis mais emocionantes da história! Ao contrário da maioria do público, não sou um grande admirador do filme antecessor, mas essa terceira parte é inquestionável; com boas cenas de ação, ótimos efeitos visuais, narrativa ágil e dinâmica, além de envolver e prender a atenção do telespectador com facilidade.
Há alguns deslizes e alguns pontos que poderiam ter sido melhores. O personagem Adam Warlock poderia ter sido melhor aproveitado, acho que teve muito pouco tempo em tela, foi quase um figurante. É um novo personagem com potencial para o futuro do MCU, seria interessante a Marvel apostar nele para mais filmes.
Por fim, a Marvel conseguiu salvar seu ano com pelo menos um filme, e minimizar um pouco a insatisfação dos fãs com suas obras atuais. "Guardiões da Galáxia Vol. 3" é um filme diferenciado, que consegue entreter e emocionar na mesma proporção, feito que não se vê na maioria dos filmes pipocas de Hollywood. James Gunn ditou o ritmo de um encerramento de ciclo digno e satisfatório para os Guardiões da Galáxia, além também de ser um dos melhores filmes do MCU pós "Ultimato".
Assistido em 3 de outubro de 2023
Minha avaliação: 8,0/10
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
2.8 517 Assista AgoraEm 2022, a Marvel na minha opinião teve o seu pior ano disparado, onde na minha visão: "Cavaleiro da Lua"; "Thor: Amor e Trovão" e principalmente "Mulher-Hulk: Defensora de Heróis", foram os responsáveis pelo ano ruim do estúdio. Com somente "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" se destacando positivamente e sendo uma obra acima da média do que o MCU costuma a oferecer atualmente, muito disso, devido a ótima direção de Sam Raimi.
Comparado com a saga do infinito, a fase 4 da Marvel ficou bem abaixo das expectativas de fãs e telespectadores casuais do MCU. "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", deu início a fase 5 do universo compartilhado, com a esperança dessa nova fase trazer melhorias para a saga do multiverso, mas passou longe disso acontecer. O filme é mais do mesmo, sem originalidade, preguiçoso e ainda apresenta pioras do que já estava ruim. Nem mesmo a presença de "Kang, o Conquistador", foi o suficiente para dar rumos melhores a história do filme.
Este filme é uma mistura tosca de "Star Wars" com "Pequenos Espiões", sendo que para mim, a franquia do Robert Rodriguez é uma das piores da história do cinema, obviamente que essa ideia aplicada no filme não prestaria. O filme é estranho; gosmento; nojento e muito bizarro, mas no pior sentido das palavras citadas, com sua meia hora inicial de projeção chata de se acompanhar e totalmente inútil! Somente a dinâmica da relação entre Janet (Michelle Pfeiffer) e Kang (Jonathan Majors), traz uma certa eficácia a obra. O resto é digno de ser amassado, rasgado e jogado na lata do lixo!
Que péssima ideia de transformarem a filha do protagonista em uma super-heroína, e pior ainda foi ver a Vespa praticamente de figurante, para perder o papel de principal coadjuvante para a filha insuportável do Scott Lang. A Marvel abraça suas cagadas com gosto! Ainda por cima, acabaram com o visual da Hope Van Dyne, com um cabelo curto horroroso! Com isso, acabaram destruindo a feminidade da personagem, que estava muito melhor nos filmes antecessores.
Os efeitos visuais da Marvel pós "Vingadores: Ultimato", vêm deixando a desejar na maioria de seus filmes, mas aqui eles conseguiram se superar negativamente. O visual do M.O.D.O.K. foi a coisa mais vexatória, ridícula e malfeita de toda a história da Marvel! Meus olhos sangravam e não acreditavam no que estavam vendo... Às outras partes desse quesito não é comprometedor, mas com esse desleixo do personagem citado acima, fica imperdoável a falta de comprometimento da produção em entregar algo minimamente aceitável.
Jonathan Majors se esforçou e fez o que pode para entregar um personagem bacana, mas o roteiro do filme não o ajudou muito. Vilão principal da saga do multiverso; acabou ficando mal desenvolvido e, apesar de ser muito poderoso, não causa a mesma sensação de perigo de Thanos visto em "Vingadores: Guerra Infinita". Fiquei com a impressão que o personagem foi extremamente nerfado para este filme, e isso não é bom para o futuro do personagem…
Talvez seja o filme do MCU mais decepcionante até agora… Não é ousado, boa parte da ação é pura galhofa, principalmente no ato final e claro, com a fórmula de comédia extremamente desgastada que praticamente ninguém gosta mais! (a piada dos buracos é constrangedora!). Está na hora da Marvel dá uma reformulada urgentemente em seu Universo, caso contrário, pode nem conseguir concluir a saga do multiverso. "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", conclui a pior trilogia de super-herói do MCU.
Assistido em 30 de setembro de 2023
Minha avaliação: 4,5/10
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
3.5 799 Assista Agora"Pantera Negra" foi o filme de origem de personagem do MCU a ser o mais bem-sucedido na bilheteria global, ultrapassando facilmente a barreira do bilhão. Os números de arrecadação são impressionantes, levando em conta que o personagem "Pantera Negra" não é um dos mais populares da Marvel, mesmo assim lotou às salas de cinema no mundo todo! Principalmente na bilheteria doméstica, se consagrando como uma das maiores da história dos EUA. Acredito que seu sucesso se deve a representatividade inteligente, sem ser forçada e principalmente sem vitimismo, além do elenco competente e talentoso!
Durante às gravações de "Pantera Negra" (2018), o ator Chadwick Boseman já estava doente, mas na época praticamente ninguém da mídia sabia disso, infelizmente o ator faleceu em 2020, decorrente de um câncer de cólon. Com isso, a Marvel ficou com um baita problemão para resolver: como fazer uma sequência do filme "Pantera Negra" sem o protagonista T'Challa? Bem... Os roteiros atuais da Marvel não costumam ser o grande destaque de seus filmes, imagina então quando eles precisam reinventar todo um planejamento já definido... Obviamente que a continuação do filme passaria longe de superar o original.
Temos um filme que fala sobre luto e superação, mas principalmente sobre a continuidade da vida. Sobre como os desafios de viver e de existir atropelam ou se impõem, algumas vezes, sobre as nossas dores e sofrimentos. Com um roteiro mais dramático que o padrão da Marvel, o filme pelo menos consegue ser mais "sério" que outras produções recentes do MCU, mas ainda assim, aparece aqueles momentos que a velha fórmula da Marvel dá às caras, ela é inevitável!
Não gostei muito da escolha da nova Pantera Negra, acho que a atriz Letitia Wright ainda não tem culhões para ser a protagonista de um filme dessa magnitude, além disso, é uma mudança muito brusca para a personagem Shuri e também, uma escolha muito óbvia da Marvel. Eventualmente a atriz pode melhorar sua performance em um possível terceiro filme, mas por enquanto não vingou.
O filme apresentou mais uma nova personagem: Coração de Ferro. Na minha visão também não convenceu, uma personagem extremamente sem carisma, com uma apresentação e desenvolvimento pífio. Não faria falta e diferença alguma se não tivesse participado do filme, para piorar ainda mais a situação, a usaram de alívio cômico erroneamente. Provavelmente por isso que sua série solo foi adiada ou cancelada (não sei), mas é certo que essa nova personagem está com o futuro incerto no MCU.
Não chega a ser de todo ruim, tem alguns pontos positivos que salvam o filme de ser um completo fiasco. A representatividade dessa sequência continua boa, e acredito que é um exemplo a ser seguido por Hollywood, com inclusão de personagens criados do zero e, não com mudanças de etnias forçadas e sem sentido, como no caso do filme: "A Pequena Sereia" (2023).
Sobre os efeitos visuais, dessa vez, a Marvel conseguiu entregar algo minimamente satisfatório, principalmente com às cenas da invasão de Wakanda. O Novo vilão Namor me agradou bastante, não conheço sua origem em relação a HQ, mas no filme mostrou ser um vilão que dá bastante trabalho, conseguindo fazer grandes estragos com facilidade. Entretanto, o desfecho do filme foi um pouco decepcionante, ficou fantasioso demais a maneira de como foi resolvido os conflitos da trama.
Enfim, "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" entrega um blockbuster na média das produções populares e de grande orçamento, mas há claras partes recheadas de embromações em sua narrativa, tornando-o um filme irregular. Tudo isso não tira os méritos da boa produção do filme, mesmo assim, é uma obra que passa longe dos anos de auge do MCU (2012-2019). No mais, destaco a homenagem bacana deixada a Chadwick Boseman.
Assistido em 24 de setembro de 2023
Minha avaliação: 6,5/10