Mais um filme Marvel. Mais um puta filmaço! Seguindo a linha natural dos últimos eventos relacionados aos Vingadores, em "Capitão América: Guerra Civil" temos as consequências da atividade super-humana ao redor do mundo. Com cada vez mais heróis atuando, o surgimento de ameaças equivalentes para enfrentá-los aumenta. O que deixa no meio desse fogo cruzado os cidadãos comuns, assim implicando em medidas para responsabilizar os vigilantes.
E isso é algo que achei superior nesta 13ª película do Marvel Studios do que é mostrado nos quadrinhos. Nos gibis a resolução para um trágico incidente causado por jovens heróis culmina na lei estadunidense de registro de super-humanos onde os heróis responderão a SHIELD e aos EUA. Na Guerra Civil do cinema, temos um tratado assinado por 117 países onde os Vingadores se reportarão a ONU, o que somado às várias localidades do mundo onde o filme se passa lhe dá um tom de aventura global.
A semelhança entre as duas mídias é a cisão dos heróis lideradas pelo Capitão América e o Homem de Ferro. O Bandeiroso, depois da infiltração da HIDRA dentro da SHIELD, já não confia nos julgamentos de governos e quer ter o poder de escolher sua luta, por isso fica contra em assinar o tratado. E o Ferroso, se sentido culpado por ações passadas, acredita que ficar subordinado aos políticos é a melhor opção para adquirir a confiança do mundo. E no meio disso tudo ainda teremos tempo de ter a volta do Soldado Invernal para lidar com antigos fantasmas, o Pantera Negra que possui uma motivação pessoal na trama e ainda mais uma caraiada de super-heróis.
A fórmula do Universo Cinemático da Marvel é mais do que conhecida: ação em larga escala, humor em momentos certeiros e pitadas de drama para justificar a jornada de cada personagem. Os irmãos Russo (também responsáveis pelo excelente segundo filme do Capitão América) conseguem dosar muito bem isso.
As piadas funcionam, principalmente quando saem da boca do Homem-Formiga e do Homem-Aranha. As lutas possuem cenas muito bem inspiradas que tiram o melhor de cada poder e habilidade dos personagens. Boa parte dos heróis possuem seus arcos dramáticos bem desenvolvidos que fazem a trama andar. Outros ainda, estão apenas para ocupar a telona em cenas de encher os olhos, principalmente dos fãs de quadrinhos. O que não é ruim, pois cada um deles tem seu momento de destaque e uma justificativa para estar em cena.
Ou quase. Por exemplo, voltando para o Aranha e o Homem-Formiga, a presença deles vale mais pelo “fan service” do que qualquer outra coisa. Não me entendam mal. Eu adorei ambos e eles estão mesmo incríveis. Porém sem eles, o enredo do filme funcionaria da mesma forma, ao contrário dos demais Vingadores que realmente são parte interessada na disputa. Ahh... o filme tem um pequeno problema de passagem de tempo entre o segundo e o terceiro ato, nada que vai estragar sua experiência. E com tantos heróis para mostrar, o ator Martin Freeman acaba sendo desperdiçado em cena.
Vale dizer que toda a discussão/briga entre o Capitão e o Tony é muito bem trabalhada e nisso o filme tem outra coisa que é superior aos quadrinhos: ambos os lados estão certo/errado. Você fica no lado de ambos. Ou no de ninguém.
E eu comprei a motivação do vilão. E também o seu "plano infalível". Faz sentido com as suas limitações. Realmente não lembra em nada o Zemo dos quadrinhos. Mas depois do Loki, é o vilão mais tridimensional desta franquia cinematográfica.
E vou gastar essas últimas linhas para falar dos novos (ou nem tão novos) heróis a embarcar nessa cronologia que passados 8 anos prova que ainda tem bastante lenha para queimar. O Pantera Negra mostra aquilo que ele é: um monarca e guerreiro imponente, mas leal ao seu código de honra. E com mais seu estilo inconfundível de luta, apenas nos deixa ansiosos pela sua aventura solo.
E o Homem-Aranha? Está sensacional! Os diretores e os roteiristas conseguiram uma baita proeza: não te deixar com saudades das encarnações anteriores. Sam Raimi nos deu o Peter nerd e pobre, porém faltava o Aranha piadista. Marc Webb fez o Teioso engraçado, mas na sua tentativa de atualizar Peter Parker, acabou falhando ao deixá-lo descolado demais, longe da encarnação proposta por Stan Lee e Steve Ditko. Já aqui os irmãos Russo acertam em cheio o tom do Peter Parker/Homem-Aranha. Temos o jovem geek e o herói falastrão em sua essência. Não poderia pedir mais para o meu super-herói favorito. A não ser que o seu futuro filme "by Marvel Studios" de 2 horas seja tão espetacular quanto seus 20 minutos daqui.
E como tradição há duas cenas pós-créditos que te deixam com um gostinho do que está por vir. Aliás, uma curiosidade bem maneira: uma delas teve filmagens no Brasil! Enfim, veja e reveja “Capitão América: Guerra Civil” e divirta-se como nunca.
As críticas negativas foram exageradas. Assim como as positivas também. Então é um filme mediano? Não. BvS é um bom espetáculo visual, superior ao Homem de Aço, que o Zack Snyder sabe como fazer. Mas do mesmo jeito que tem suas virtudes cinematográficas, tem também seus defeitos como querer simplificar situações para resolver conflitos, não desenvolver ideias que ele mesmo coloca e perder tempo com coisas manjadas como a origem do Batman.
Henry Cavill continua fazendo o Super depressivo, o que não é culpa dele. Jesse Eisenberg tá fazendo o Zuckerberg do mal, o que mostra que sua escolha para Luthor não foi boa. Amy Adams continua mandando bem como Lois. Ben Affleck está muito bem como Batman. Não me surpreende, pois nunca achei ele esse lixo todo que pintam. E Gal Gadot está maravilhosa em todos os sentidos. A dúvida fica em saber se Snyder ainda tem fôlego para dirigir dois filmes da Liga da Justiça. O tempo dirá.
A maior força desse especial está na emoção que ele proporciona, afinal já sabemos de certa forma como ele acaba. E nisso The Time of the Doctor se sai muito bem. Temos momentos engraçados, reflexivos e empolgantes do Senhor do Tempo. Matt se saiu muito bem. Não só aqui, mas durante toda sua jornada. Seu Doutor consegue misturar ingenuidade e sabedoria de forma autêntica.
Quanto a trama, a expectativa era alta, ainda mais depois do excelente especial de cinquentenário. E a história até começa bem. Porém depois parte para a explicações apressadas, onde temos que nos convencer que aquilo faz sentido. Se a origem do Silêncio é bem-vinda, a falta de mais informações sobre o planeta Trenzarole acaba fazendo falta.
E claro, temos soluções fáceis para os conflitos, algo que sempre teve em Doctor Who. Eu particularmente estava aceitando qualquer desculpa para novas regenerações, então não me incomodou (muito). A presença da Amy ali também tem um efeito dramático que funcionou na hora. E novamente a Clara mostrando ser a melhor pessoa do mundo. <3
Deixando isso de lado, vale a pena voltar a falar do Matt e do incrível legado que ele deixou para a série. Seu Doutor será lembrado pelos fãs. E o seu discurso de despedida não é um lamento de fim, mas uma felicitação pela mudança e pelo novo começo que ela traz.
Melhor momento: Doutor - Todos nós mudamos... quando você pensa sobre isso. Somos diferentes pessoas durante nossas vidas. E tudo bem, está bom, temos que continuar mudando, desde que nos lembremos das pessoas que éramos. Não esquecerei uma linha disso. Nem um único dia. Eu juro. Sempre lembrarei quando o Doutor era eu.
É por isso que eu gosto do Doutor. Por mais que ele se esforce, e não consiga salvar todo mundo, ele sempre persistirá. É o típico herói trágico. Cai inúmeras vezes. Mas levanta em todas. E sempre com um sorriso no rosto. Allons-y!
O que dizer? Em menos de 10 minutos, eu já tinha gostado da Donna! Sua interação com o Doutor é ótima. A química da Tate com o Tennant é algo fora de série (mal aí, pelo trocadilho). E no meio de tantos momentos engraçados, Donna nos lembra o porquê do Doutor não poder ficar sozinho. Brilhante!
Melhores momentos: Donna - Estou de vestido de noiva! Doutor - Sim, você está linda, pule! Donna - Eu não posso! Doutor - Confie em mim. Donna - Foi o que você disse para ela? Sua amiga, a que você perdeu. Ela confiou em você? Doutor - Ela confiou, e não está morta. Está bem viva, agora pule!
Doutor - Eu não preciso de ninguém. Donna - Precisa sim. Porque às vezes... eu acho que você precisa de alguém para te parar.
O Episódio VII de Star Wars é o suficiente para os velhos fãs se emocionarem e para empolgar a galera que está conhecendo este gigantesco universo pela primeira vez. J.J. Abrams comprova seu toque de Midas em revitalizar franquias (ele já tinha feito isso com Missão Impossível 3 e Star Trek).
Vale dizer que o ponto positivo do filme também é o seu negativo. Por mais legal que seja perceber o paralelo d'O Despertar da Força com Uma Nova Esperança, pode ficar a falsa impressão que passados mais de 30 anos, Star Wars só sabe contar a mesma história. Se a receita dos filmes é parecida, pelo menos como boa novidade temos novos ingredientes, ou melhor dizendo, personagens.
Começando pelo Lado Negro, se à primeira vista Kilo Ren passa a impressão de um vilão mimado e imaturo, é porque estamos presenciando seus primeiros passos. Não dá para fazer um novo Vader. Aquele Lorde Sith imponente e frio não pode ser replicado. E por isso os realizadores do filme acertaram em fazer de Ren um vilão em construção e emocionalmente instável. Até porque o Lado Negro é isso não? É você abraçar suas emoções, principalmente o medo. Isso faz do Mestre dos Cavaleiros de Ren o avatar perfeito para se opor aos Jedi.
Snoke aparece pouco, mas o suficiente para marcar presença. O General Hux serve como um bom contraponto para Ren e também personifica bem o lado militar e fanático da Primeira Ordem. A decepção fica para a Capitã Phasma que tem pouco tempo de tela, sendo o Boba Fett da vez.
Rever Han Solo, Chewie, Leia, C-3PO e R2-D2 é sempre bom. Aliás, me emocionei ao ver Leia e Han juntos, mesmo que por pouco tempo. O piloto Poe nos poucos minutos que aparece esbanja carisma, me fazendo torcer para que no próximo episódio ele tenha mais destaque. Vale destacar também o dróide BB-8 que (quase) me faz esquecer do R2. Foi um ótimo acerto da equipe técnica.
E é o Finn que nos faz olhar com outros olhos para os stormtroopers. Seu medo e nervosismo se transformam de forma natural em coragem e altruísmo. E o bom humor do personagem só ajuda ainda mais a nos importarmos com ele.
E para finalizar temos a Rey. Uma personagem bem construída nos pequenos detalhes. Em pouco tempo entendemos como ela é inteligente, forte e íntegra. Rey de cara mostra que sabe cuidar de si e estende isso às pessoas (ou dróides) de quem se afeiçoa.
J. J. Abrams conseguiu unir nostalgia, humor, ótimas cenas de ação junto com velhos conhecidos e novos personagens com muito potencial. É o Star Wars que os fãs agradecem.
Vale destacar: - A fuga de Rey, Finn, BB-8 de Jakku; - A morte de Han Solo (todo mundo comentou da luz sobre o rosto do Kilo Ren, mas vale perceber como em dois momentos a sempre ótima trilha sonora do John Williams deixa de tocar nessa cena, mas voltar a tocar primeiro uma melodia feliz, e depois uma melodia forte); - A luta de sabres entre Rey x Ren; - O encontro de Rey e Luke (aliás, eu confesso que eu gostaria de ver mais do Luke nesse filme, embora tenha ficado bom desse jeito); - TODAS as cenas do BB-8!
Em 007 Contra Spectre temos o capítulo que conecta todos os filmes da Era Craig. Logo, se você tem acompanhado os últimos filmes, a chance de aproveitar este daqui será maior. E vemos que mais luz é colocada no passado do espião mais famoso do cinema, algo que já tinha começado com o antecessor Skyfall.
Um dos maiores méritos das recentes produções foram fazer histórias que podessem ser inseridas no nosso mundo atual. Afinal já não existe mais a ameaça da Guerra Fria. E nisso Spectre novamente não decepciona ao abordar o uso de drones e compartilhamento de informações.
Ainda sim, elementos clássicos da franquia permanecem como o vilão excêntrico, o capanga brucutu, a base secreta, o carro com (quase) mil e uma utilidades e a belas bond girls! Aliás, mais uma vez o fãs de James Bond poderão ver referências aos antigos filmes.
As cenas de ação não decepcionam. O diretor Sam Mendes mostra seu apuro técnico com boas tomadas, fazendo uso até de um plano-sequência na abertura do filme.
Outro mérito desta nova aventura foi dar mais destaque a Moneypenny e ao inventor Q. Se nos filmes anteriores eles ficaram com participações pontuais, aqui os veremos, junto com o M, representando a força e a inteligência do MI6. Christoph Waltz manda muito bem como o vilão. E Daniel Craig se consolida ainda mais como um ótimo James Bond.
A única coisa que me incomodou foi a necessidade estabeler uma ligação entre os personagens de ambos. Então quer dizer que os quase-irmãos acabaram se tornando um, o grande agente do MI6, e o outro, o líder de uma grande organização terrorista? E o vilão atazanou o herói não só porque este atrapalhava os seus planos, mas também por vingança? Bem forçado para mim...
Ah! Apesar de ser clichê, eu gostei do lance bomba-relógio para salvar a mocinha. Na hora me lembrou do Casino Royale quando Bond não conseguiu salvar sua amada Vesper (Eva Green <3). E como de certa forma este filme acabou sendo vendido como o último do Craig (se será mesmo, só o tempo dirá), me pareceu uma chance de redenção para o personagem. O que só me fez gostar ainda mais do final, quando 007 viu que ficar com a bela Dra. Swann (Léa Seydoux <3) é bem mais negócio do que ser matador profissional.
Comparado aos demais filmes da Era Craig, para mim Spectre fica acima do Skyfall (que é muito bom, mas é muito superestimado), porém ainda abaixo do excelente Casino Royale. Quantum of Solace não conta, né?
Filme divertido e otimista. Ridley Scott acerta a mão e nos entrega algo gostoso de assistir, que após os créditos te fará gritar: "Yeah, science"! E quem ainda não leu, leia o livro! Muitas coisas bacanas (e perigos) ainda ficaram de fora do longa. =)
"Que Horas Ela Volta?" é um retrato perfeito e crítico da sociedade brasileira. Regina Casé arrebenta no papel da doméstica Val, que com a chegada da filha na casa dos patrões, terá que questionar aquilo que realmente importa para ela.
A cada detalhe vem um soco: a louça acumulada do final de semana, o ventilador no quartinho, o cachorro que é ignorado pela família, etc. Apesar disso, o longa é de uma leveza que o faz ter momentos divertidos e emocionantes. Mérito da diretora Anna Muylaert. Enfim, é um filmaço que corresponde todo o hype gerado pelos prêmios que ganhou.
Este doc disponível na Netflix é uma ótima oportunidade para conhecer a vida e a genialidade do ativista e desenvolvedor Aaron Swartz. Mesmo que você não saiba quem ele é, provavelmente já usou algo que ele colocou a mão como o RSS, o Reddit e a licença Creative Commons. Ele desempenhou um papel importante para que as leis estadunidenses SOPA e PIPA não fossem aprovadas. Aaron sabia do poder da informação, acreditava que ela poderia melhorar o mundo e lutou até o fim pelo seu livre compartilhamento.
Com aventura+humor+terror, Jurassic World se prova como uma digna sequência. Os dinossauros e os humanos garantem a diversão. Os fãs poderão notar diversas referências (algumas sutis) ao insuperável filme de 1993.
Quanto ao elenco, nada a reclamar. Bryce e Chris tem carisma e funcionam bem juntos e os garotos não são chatos. Os efeitos no geral estão bons, com exceção na hora em que diversos grupos de dinossauros aparecem à luz do dia. Nesses momentos são fáceis perceber a computação gráfica.
A história não é muito diferente da do primeiro, porém ela possui novos elementos que dão um frescor a velha fórmula. O que de início tinha me desagradado nos trailers, como o dino híbrido e os raptors adestrados, acabaram fazendo muito sentido na proposta do filme. E essas ideias servem até mesmo para justificar a ausência de penas nos bichos, pois o filme deixa bem claro que o público do parque (e provavelmente do cinema) não quer ver animais que viveram aqui, mas monstros geneticamente modificados.
Minha reclamação é que de novas espécies só tivemos o aquático mosassauro (que rouba a cena) e o alado dimorfodonte. O resto são apenas animais que já apareceram nos filmes anteriores. E o próprio site oficial do filme mostra que teríamos mais dinos inéditos.
O legado de Jurassic Park (que sempre gosto de dizer que é o meu filme favorito) foi respeitado e reverenciado no quarto filme da franquia.
Mad Max é o tipo de filme que mostra muito, dizendo pouco, justificando o "menos é mais". Vemos isso na simbologia das vestimentas, carros e cenários, a religião usada como dominação, a luta pela liberdade individual, a busca por um propósito, etc. O que só acrescenta à rica mitologia deste mundo distópico. E atrás de cada expressão dos personagens é possível entender os porquês de suas ações.
Com uma personagem forte, é Charlize Theron que faz a histórica acontecer, com inteligência, força e habilidade. E se por um lado sua Furiosa conduz o filme, cabe ao Max nos guiar na trama contada e servir de apoio. Tom Hardy entende o ex-policial atormentado e louco que interpreta, não nos deixando ficar com saudades do Mel Gibson.
E a direção de George Miller coroa o filme com uma ação realista e desenfreada. Abusando dos efeitos práticos e um baita visual, o australiano nos entrega o filme mais empolgante do ano. Nada mal para um senhor de 70 anos!
Vale dizer que o arco do personagem do Nicholas Hoult também é ótimo, e cabe ao seu Nux frases que com certeza se tornarão clássicas, como: - What a day, what a lovely day! - I live, I die. I live again! - Witness me!
Depois de Kick-Ass, a parceria Matthew Vaughn e Mark Millar rende outro bom filme. O resultado é uma homenagem/sátira aos filmes de espião com muita ação e humor negro. Diversão garantida em uma produção de explodir cabeças.
Cobiça. É um tema usado em O Senhor dos Anéis, e novamente repetido n'O Hobbit. Em toda a franquia ela é mostrada como algo destrutivo. O que é curioso, pois será que não foi a "doença do ouro" que levou Peter Jackson e demais produtores a dividir um livro em três filmes?
Esta última vez na Terra-Média tem como maior acerto focar novamente em Bilbo e Thorin, mostrando o amadurecimento do primeiro e a redenção do segundo, garantindo assim a carga dramática do filme. A batalha em si tem a qualidade que se espera, porém o que empolga mesmo são as lutas de Thorin e Legolas contra os orcs.
Apesar de discordar de como a segunda e a terceira partes foram divididos, o saldo da saga de Bilbo Bolseiro é altamente satisfatório. Os fãs de Tolkien não tem (muito) do que reclamar.
A primeira parte de "A Esperança" cumpre bem o papel de preparar o desfecho da saga de Katniss. O filme mostra tanto seus tremores quanto seu amor por seus entes queridos, que é a grande força motriz de suas ações.
Jennifer Lawrence e companhia tornam crível a motivação de seus personagens. Aliado com uma boa ambientação, a franquia Jogos Vorazes prova mais uma vez seu valor com uma trama madura, mesmo tratando-se de um blockbuster.
Sci-fi de primeira linha que utiliza muito bem a ciência para criar momentos de tensão. A carga dramática não fica atrás, nos envolvendo no drama familiar do protagonista interpretado pelo sempre competente McConaughey.
O estilo do Nolan é visível o que pode ser algo ruim para alguns. Como seu fã, só tenho a comemorar por, mais uma vez, ver sua assinatura em um filme comercial.
Suspense muito bem conduzido pelo sempre competente David Fincher. As atuações de Ben Affleck e Carrie Coon são boas, mas o destaque mesmo é a Rosamund Pike que está maravilhosa como Amy.
Vale citar a narrativa bem elaborada do filme que mostra as peças do quebra-cabeça e depois as monta de forma genial. Só duas observações: o título brasileiro é um raro caso em que ficou melhor que o original. E a produção do filme parece que aprendeu com o Silvio Santos a arte das propagandas "subliminares" dos perfumes Jequiti!!! Hollywood já foi mais sutil com o merchan.
Primeiro filme da Marvel que assisto no escuro, pois nunca li nada dos Guardiões da Galáxia. Ainda sim, tinha uma certa expectativa já que os trailers embalados por músicas grudentas prometiam um filme louco, tosco e fantasioso. E foi justamente isso que o diretor James Gun entregou. E ficou sensacional!
Não temos tempo pra respirar. Acompanhamos personagens atrás de seus objetivos, em meio a cenas de luta e perseguição, e tudo costurado por diálogos rápidos e engraçados. A dinâmica da equipe funciona. Segue o estilo Marvel dos membros estarem sempre brigando e fazendo piadas um com os outros enquanto tentam achar uma solução para o problema. Com isso tudo não é difícil embarcar junto com os Guardiões na sua nave Milano e aproveitar cada minuto da aventura.
Vale acrescentar: Groot é a alma do filme. A cena pós-crédito não era o que esperava, mas combina com a pegada anos 1980 do filme. E a Marvel mostrou pra Distinta Concorrência como se faz um filme espacial divertido à la Star Wars.
O novo Planeta dos Macacos é uma excelente pedida. Esta continuação é bem conduzida, sabendo criar os momentos de tensão e batalha. A trama inicial é movida por um objetivo simples a princípio, mas que já mostra como o relacionamento com aquilo que é diferente não é aceito por todo mundo. E a partir disso será construído todo o conflito do filme com um clímax que não decepciona.
O trabalho técnico dos efeitos especiais e trilha sonora é superior ao seu antecessor. E a atuação por captura de movimentos de Andy Serkis e companhia não fica atrás. Aliás, o Cesar é o grande destaque desta revisão da franquia, por mais que a história tenha outros bons personagens. Cesar é o tipo de líder que você quer seguir. Não importa se você é um macaco ou um humano.
Como Treinar o seu Dragão 2 é uma excelente continuação. Seus personagens estão mais velhos e isso reflete na trama madura e corajosa que é contada. As cenas engraçadas são bem dosadas, não diminuindo os momentos mais sérios.
É claro que por se tratar de um filme infantil, toda hora ele ti lembra da "moral da história" antes mesmo dela acabar. Entretanto isso não o diminui, até porquê é uma lição que, talvez, precisa ser sempre dita.
E falar da qualidade técnica é chover no molhado. Há anos que a DreamWorks se mostra como uma das grandes forças no ramo da animação, não devendo em nada a Disney/Pixar. Essa experiência aliada com a sua maturidade são a combinação perfeita para fazer um filme família capaz de agradar a todo mundo.
O mérito do novo X-Men é conquistar o fã pelo emocional ao trazer de volta o elenco original da trilogia X, além de apostar no grande talento dos seus atores. Somado a isso, temos uma boa trama de viagem no tempo, baseado na HQ de mesmo nome. Aliás, os X-Men do cinema, sempre foram algo mais voltado pra ficção científica. O que faz todo o sentido, não só pelo uso da pseudociência como também pela crítica social que carrega.
Vale lembrar que não é um filme para concertar as falhas cronológicas da série. Os furos da franquia mutante continuam lá. Tem que ter boa vontade para ignorá-los. Outra estranheza é que no futuro, o único mutante que parece ter envelhecido é, ironicamente, o Wolverine! Pelo menos, o carcaju não recebe todas as atenções, mesmo sendo o elo de ligação com as duas gerações de personagens.
A mensagem contra intolerância não é tão profunda quanto foi mostrada em X2. E tampouco tem um roteiro tão bem amarrado quanto o Primeira Classe, porém o fundo político do seu antecessor continua lá, o que contribui para criar um cenário verossímil. Dias de um Futuro Esquecido tem muito mais acertos do que erros, e mostra que os mutantes estarão em boas mãos enquanto Bryan Singer estiver envolvido em suas produções.
Destaco outras duas coisas: Mercúrio e Blink roubam a cena com o uso de seus poderes. E a manjada cena pós-crédito empolga para a continuação "X-Men: Apocalipse".
Godzilla é um filme bacana, mas pode decepcionar dependendo da sua expectativa. A primeira coisa a ser dita: não espere ver muito do Rei dos Monstros. Ele tem pouco tempo de tela, inclusive se comparado com outros kaijus. Isso pode desapontar já que a produção leva seu nome. Outra coisa é que o longa não tem nenhuma cena realmente empolgante do tipo que vai ti levantar da poltrona. Não é um Pacific Rim. E vai de cada um se isso é algo bom ou ruim.
Ainda sim há um momento que ele coloca um sorriso no seu rosto. Isto claro, se você curtia aqueles filmes do lagartão que passava no Cinema em Casa do SBT, onde ele enfrentava outros monstros. Vale ressaltar que mesmo não tendo muito do Gojira em si, a história contada não é chata ou cansativa. E os atores estão ok.
Como esperado a parte técnica está impecável. A trilha sonora tem aquela pegada dos filmes japoneses. O design do Gojira está muito, mas muito daora! E os efeitos tornam crível toda a destruição causada pelos kaijus. Aí pode estar outro defeito, pois embora trata-se de um filme-catástrofe, você não sente o sofrimento das pessoas. Este novo Godzilla não é algo marcante, mas é um bom passatempo para os fãs de monstros gigantes.
A melhor coisa desta produção é realmente o Homem-Aranha. Finalmente temos o herói do jeito que os fãs sempre quiserem ver: zoeiro sem limites. Cara, como isso fazia falta nos filmes anteriores. E pensar que isso nem é algo tão difícil de fazer. As cenas de ação estão ótimas, e com o 3D enchem os olhos. Recomendo essa opção.
O romance do Peter com a Gwen também é muito legal. Você realmente torce por eles. O que eu achei ruim é que da vida dele só vemos seu namoro. Sua vida estudantil ou de fotógrafo é apresentado rapidamente só pra dizer que existe. E a culpa disso é de ter que gastar tempo amarrando a ponta solta daquela besteira de "história não contada" inventada no filme anterior. Aliás, outro lance em aberto do filme de 2012 foi totalmente ignorado aqui.
O uniforme do Amigão da Vizinhança é o melhor já feito para as telonas. Infelizmente os vilões não tiveram a mesma sorte com o seus visuais, que se distanciaram bastante das HQ's clássicas. Outras mudanças em relação a eles também me incomodaram, mas são coisas que não devem atrapalhar a experiência de quem só quer curtir um filme de super-herói.
Em compensação, OEHA2 abandona certos vícios que acompanhavam a franquia aracnídea desde os tempos da trilogia do Sam Raimi. Outro ponto positivo é que saiu aquela pegada soturna e realista do seu antecessor que vinha na onda dos filmes do Batman e não combinam em nada com o Cabeça-de-Teia. Temos algo mais próximo do clima aventureiro do filme dos Vingadores. Ou melhor, dos gibis do Aranha. Mas sem esquecer o fator trágico que faz parte do cerne do personagem. Em negativo, a trilha sonora que ainda não chega aos pés do trabalho do Elfman na trilogia clássica (já é clássica?!).
Isto posto, digo que não é o filme definitivo do Homem-Aranha. Mas ainda sim é uma ótima pedida e vale a conferida.
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista AgoraMais um filme Marvel. Mais um puta filmaço! Seguindo a linha natural dos últimos eventos relacionados aos Vingadores, em "Capitão América: Guerra Civil" temos as consequências da atividade super-humana ao redor do mundo. Com cada vez mais heróis atuando, o surgimento de ameaças equivalentes para enfrentá-los aumenta. O que deixa no meio desse fogo cruzado os cidadãos comuns, assim implicando em medidas para responsabilizar os vigilantes.
E isso é algo que achei superior nesta 13ª película do Marvel Studios do que é mostrado nos quadrinhos. Nos gibis a resolução para um trágico incidente causado por jovens heróis culmina na lei estadunidense de registro de super-humanos onde os heróis responderão a SHIELD e aos EUA. Na Guerra Civil do cinema, temos um tratado assinado por 117 países onde os Vingadores se reportarão a ONU, o que somado às várias localidades do mundo onde o filme se passa lhe dá um tom de aventura global.
A semelhança entre as duas mídias é a cisão dos heróis lideradas pelo Capitão América e o Homem de Ferro. O Bandeiroso, depois da infiltração da HIDRA dentro da SHIELD, já não confia nos julgamentos de governos e quer ter o poder de escolher sua luta, por isso fica contra em assinar o tratado. E o Ferroso, se sentido culpado por ações passadas, acredita que ficar subordinado aos políticos é a melhor opção para adquirir a confiança do mundo. E no meio disso tudo ainda teremos tempo de ter a volta do Soldado Invernal para lidar com antigos fantasmas, o Pantera Negra que possui uma motivação pessoal na trama e ainda mais uma caraiada de super-heróis.
A fórmula do Universo Cinemático da Marvel é mais do que conhecida: ação em larga escala, humor em momentos certeiros e pitadas de drama para justificar a jornada de cada personagem. Os irmãos Russo (também responsáveis pelo excelente segundo filme do Capitão América) conseguem dosar muito bem isso.
As piadas funcionam, principalmente quando saem da boca do Homem-Formiga e do Homem-Aranha. As lutas possuem cenas muito bem inspiradas que tiram o melhor de cada poder e habilidade dos personagens. Boa parte dos heróis possuem seus arcos dramáticos bem desenvolvidos que fazem a trama andar. Outros ainda, estão apenas para ocupar a telona em cenas de encher os olhos, principalmente dos fãs de quadrinhos. O que não é ruim, pois cada um deles tem seu momento de destaque e uma justificativa para estar em cena.
Ou quase. Por exemplo, voltando para o Aranha e o Homem-Formiga, a presença deles vale mais pelo “fan service” do que qualquer outra coisa. Não me entendam mal. Eu adorei ambos e eles estão mesmo incríveis. Porém sem eles, o enredo do filme funcionaria da mesma forma, ao contrário dos demais Vingadores que realmente são parte interessada na disputa. Ahh... o filme tem um pequeno problema de passagem de tempo entre o segundo e o terceiro ato, nada que vai estragar sua experiência. E com tantos heróis para mostrar, o ator Martin Freeman acaba sendo desperdiçado em cena.
Vale dizer que toda a discussão/briga entre o Capitão e o Tony é muito bem trabalhada e nisso o filme tem outra coisa que é superior aos quadrinhos: ambos os lados estão certo/errado. Você fica no lado de ambos. Ou no de ninguém.
E eu comprei a motivação do vilão. E também o seu "plano infalível". Faz sentido com as suas limitações. Realmente não lembra em nada o Zemo dos quadrinhos. Mas depois do Loki, é o vilão mais tridimensional desta franquia cinematográfica.
E vou gastar essas últimas linhas para falar dos novos (ou nem tão novos) heróis a embarcar nessa cronologia que passados 8 anos prova que ainda tem bastante lenha para queimar. O Pantera Negra mostra aquilo que ele é: um monarca e guerreiro imponente, mas leal ao seu código de honra. E com mais seu estilo inconfundível de luta, apenas nos deixa ansiosos pela sua aventura solo.
E o Homem-Aranha? Está sensacional! Os diretores e os roteiristas conseguiram uma baita proeza: não te deixar com saudades das encarnações anteriores. Sam Raimi nos deu o Peter nerd e pobre, porém faltava o Aranha piadista. Marc Webb fez o Teioso engraçado, mas na sua tentativa de atualizar Peter Parker, acabou falhando ao deixá-lo descolado demais, longe da encarnação proposta por Stan Lee e Steve Ditko. Já aqui os irmãos Russo acertam em cheio o tom do Peter Parker/Homem-Aranha. Temos o jovem geek e o herói falastrão em sua essência. Não poderia pedir mais para o meu super-herói favorito. A não ser que o seu futuro filme "by Marvel Studios" de 2 horas seja tão espetacular quanto seus 20 minutos daqui.
E como tradição há duas cenas pós-créditos que te deixam com um gostinho do que está por vir. Aliás, uma curiosidade bem maneira: uma delas teve filmagens no Brasil! Enfim, veja e reveja “Capitão América: Guerra Civil” e divirta-se como nunca.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraAs críticas negativas foram exageradas. Assim como as positivas também. Então é um filme mediano? Não. BvS é um bom espetáculo visual, superior ao Homem de Aço, que o Zack Snyder sabe como fazer. Mas do mesmo jeito que tem suas virtudes cinematográficas, tem também seus defeitos como querer simplificar situações para resolver conflitos, não desenvolver ideias que ele mesmo coloca e perder tempo com coisas manjadas como a origem do Batman.
Henry Cavill continua fazendo o Super depressivo, o que não é culpa dele. Jesse Eisenberg tá fazendo o Zuckerberg do mal, o que mostra que sua escolha para Luthor não foi boa. Amy Adams continua mandando bem como Lois. Ben Affleck está muito bem como Batman. Não me surpreende, pois nunca achei ele esse lixo todo que pintam. E Gal Gadot está maravilhosa em todos os sentidos. A dúvida fica em saber se Snyder ainda tem fôlego para dirigir dois filmes da Liga da Justiça. O tempo dirá.
Doctor Who: The Time of the Doctor
4.5 14A maior força desse especial está na emoção que ele proporciona, afinal já sabemos de certa forma como ele acaba. E nisso The Time of the Doctor se sai muito bem. Temos momentos engraçados, reflexivos e empolgantes do Senhor do Tempo. Matt se saiu muito bem. Não só aqui, mas durante toda sua jornada. Seu Doutor consegue misturar ingenuidade e sabedoria de forma autêntica.
Quanto a trama, a expectativa era alta, ainda mais depois do excelente especial de cinquentenário. E a história até começa bem. Porém depois parte para a explicações apressadas, onde temos que nos convencer que aquilo faz sentido. Se a origem do Silêncio é bem-vinda, a falta de mais informações sobre o planeta Trenzarole acaba fazendo falta.
E claro, temos soluções fáceis para os conflitos, algo que sempre teve em Doctor Who. Eu particularmente estava aceitando qualquer desculpa para novas regenerações, então não me incomodou (muito). A presença da Amy ali também tem um efeito dramático que funcionou na hora.
E novamente a Clara mostrando ser a melhor pessoa do mundo. <3
Deixando isso de lado, vale a pena voltar a falar do Matt e do incrível legado que ele deixou para a série. Seu Doutor será lembrado pelos fãs. E o seu discurso de despedida não é um lamento de fim, mas uma felicitação pela mudança e pelo novo começo que ela traz.
Valeu Matt! Gerônimo!
Melhor momento:
Doutor - Todos nós mudamos... quando você pensa sobre isso. Somos diferentes pessoas durante nossas vidas. E tudo bem, está bom, temos que continuar mudando, desde que nos lembremos das pessoas que éramos. Não esquecerei uma linha disso. Nem um único dia. Eu juro. Sempre lembrarei quando o Doutor era eu.
Doctor Who: Viagem dos Amaldiçoados
4.2 12É por isso que eu gosto do Doutor. Por mais que ele se esforce, e não consiga salvar todo mundo, ele sempre persistirá. É o típico herói trágico. Cai inúmeras vezes. Mas levanta em todas. E sempre com um sorriso no rosto.
Allons-y!
Poxa, eu queria ver a linda da Kylie Minogue numa temporada inteira. =(
Melhor palavra: Bannakaffalatta
Momento engraçado:
Doutor - Olha, posso te chamar de Banna? Vai me poupar bastante tempo.
Doctor Who: A Noiva em Fuga
4.3 21O que dizer? Em menos de 10 minutos, eu já tinha gostado da Donna! Sua interação com o Doutor é ótima. A química da Tate com o Tennant é algo fora de série (mal aí, pelo trocadilho). E no meio de tantos momentos engraçados, Donna nos lembra o porquê do Doutor não poder ficar sozinho. Brilhante!
Melhores momentos:
Donna - Estou de vestido de noiva!
Doutor - Sim, você está linda, pule!
Donna - Eu não posso!
Doutor - Confie em mim.
Donna - Foi o que você disse para ela? Sua amiga, a que você perdeu. Ela confiou em você?
Doutor - Ela confiou, e não está morta. Está bem viva, agora pule!
Doutor - Eu não preciso de ninguém.
Donna - Precisa sim. Porque às vezes... eu acho que você precisa de alguém para te parar.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraO Episódio VII de Star Wars é o suficiente para os velhos fãs se emocionarem e para empolgar a galera que está conhecendo este gigantesco universo pela primeira vez. J.J. Abrams comprova seu toque de Midas em revitalizar franquias (ele já tinha feito isso com Missão Impossível 3 e Star Trek).
Vale dizer que o ponto positivo do filme também é o seu negativo. Por mais legal que seja perceber o paralelo d'O Despertar da Força com Uma Nova Esperança, pode ficar a falsa impressão que passados mais de 30 anos, Star Wars só sabe contar a mesma história. Se a receita dos filmes é parecida, pelo menos como boa novidade temos novos ingredientes, ou melhor dizendo, personagens.
Começando pelo Lado Negro, se à primeira vista Kilo Ren passa a impressão de um vilão mimado e imaturo, é porque estamos presenciando seus primeiros passos. Não dá para fazer um novo Vader. Aquele Lorde Sith imponente e frio não pode ser replicado. E por isso os realizadores do filme acertaram em fazer de Ren um vilão em construção e emocionalmente instável. Até porque o Lado Negro é isso não? É você abraçar suas emoções, principalmente o medo. Isso faz do Mestre dos Cavaleiros de Ren o avatar perfeito para se opor aos Jedi.
Snoke aparece pouco, mas o suficiente para marcar presença. O General Hux serve como um bom contraponto para Ren e também personifica bem o lado militar e fanático da Primeira Ordem. A decepção fica para a Capitã Phasma que tem pouco tempo de tela, sendo o Boba Fett da vez.
Rever Han Solo, Chewie, Leia, C-3PO e R2-D2 é sempre bom. Aliás, me emocionei ao ver Leia e Han juntos, mesmo que por pouco tempo. O piloto Poe nos poucos minutos que aparece esbanja carisma, me fazendo torcer para que no próximo episódio ele tenha mais destaque. Vale destacar também o dróide BB-8 que (quase) me faz esquecer do R2. Foi um ótimo acerto da equipe técnica.
E é o Finn que nos faz olhar com outros olhos para os stormtroopers. Seu medo e nervosismo se transformam de forma natural em coragem e altruísmo. E o bom humor do personagem só ajuda ainda mais a nos importarmos com ele.
E para finalizar temos a Rey. Uma personagem bem construída nos pequenos detalhes. Em pouco tempo entendemos como ela é inteligente, forte e íntegra. Rey de cara mostra que sabe cuidar de si e estende isso às pessoas (ou dróides) de quem se afeiçoa.
J. J. Abrams conseguiu unir nostalgia, humor, ótimas cenas de ação junto com velhos conhecidos e novos personagens com muito potencial. É o Star Wars que os fãs agradecem.
Vale destacar:
- A fuga de Rey, Finn, BB-8 de Jakku;
- A morte de Han Solo (todo mundo comentou da luz sobre o rosto do Kilo Ren, mas vale perceber como em dois momentos a sempre ótima trilha sonora do John Williams deixa de tocar nessa cena, mas voltar a tocar primeiro uma melodia feliz, e depois uma melodia forte);
- A luta de sabres entre Rey x Ren;
- O encontro de Rey e Luke (aliás, eu confesso que eu gostaria de ver mais do Luke nesse filme, embora tenha ficado bom desse jeito);
- TODAS as cenas do BB-8!
007 Contra Spectre
3.3 1,0K Assista AgoraEm 007 Contra Spectre temos o capítulo que conecta todos os filmes da Era Craig. Logo, se você tem acompanhado os últimos filmes, a chance de aproveitar este daqui será maior. E vemos que mais luz é colocada no passado do espião mais famoso do cinema, algo que já tinha começado com o antecessor Skyfall.
Um dos maiores méritos das recentes produções foram fazer histórias que podessem ser inseridas no nosso mundo atual. Afinal já não existe mais a ameaça da Guerra Fria. E nisso Spectre novamente não decepciona ao abordar o uso de drones e compartilhamento de informações.
Ainda sim, elementos clássicos da franquia permanecem como o vilão excêntrico, o capanga brucutu, a base secreta, o carro com (quase) mil e uma utilidades e a belas bond girls! Aliás, mais uma vez o fãs de James Bond poderão ver referências aos antigos filmes.
As cenas de ação não decepcionam. O diretor Sam Mendes mostra seu apuro técnico com boas tomadas, fazendo uso até de um plano-sequência na abertura do filme.
Outro mérito desta nova aventura foi dar mais destaque a Moneypenny e ao inventor Q. Se nos filmes anteriores eles ficaram com participações pontuais, aqui os veremos, junto com o M, representando a força e a inteligência do MI6. Christoph Waltz manda muito bem como o vilão. E Daniel Craig se consolida ainda mais como um ótimo James Bond.
A única coisa que me incomodou foi a necessidade estabeler uma ligação entre os personagens de ambos. Então quer dizer que os quase-irmãos acabaram se tornando um, o grande agente do MI6, e o outro, o líder de uma grande organização terrorista? E o vilão atazanou o herói não só porque este atrapalhava os seus planos, mas também por vingança? Bem forçado para mim...
Ah! Apesar de ser clichê, eu gostei do lance bomba-relógio para salvar a mocinha. Na hora me lembrou do Casino Royale quando Bond não conseguiu salvar sua amada Vesper (Eva Green <3). E como de certa forma este filme acabou sendo vendido como o último do Craig (se será mesmo, só o tempo dirá), me pareceu uma chance de redenção para o personagem. O que só me fez gostar ainda mais do final, quando 007 viu que ficar com a bela Dra. Swann (Léa Seydoux <3) é bem mais negócio do que ser matador profissional.
Comparado aos demais filmes da Era Craig, para mim Spectre fica acima do Skyfall (que é muito bom, mas é muito superestimado), porém ainda abaixo do excelente Casino Royale. Quantum of Solace não conta, né?
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraFilme divertido e otimista. Ridley Scott acerta a mão e nos entrega algo gostoso de assistir, que após os créditos te fará gritar: "Yeah, science"!
E quem ainda não leu, leia o livro! Muitas coisas bacanas (e perigos) ainda ficaram de fora do longa. =)
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista Agora"Que Horas Ela Volta?" é um retrato perfeito e crítico da sociedade brasileira. Regina Casé arrebenta no papel da doméstica Val, que com a chegada da filha na casa dos patrões, terá que questionar aquilo que realmente importa para ela.
A cada detalhe vem um soco: a louça acumulada do final de semana, o ventilador no quartinho, o cachorro que é ignorado pela família, etc. Apesar disso, o longa é de uma leveza que o faz ter momentos divertidos e emocionantes. Mérito da diretora Anna Muylaert.
Enfim, é um filmaço que corresponde todo o hype gerado pelos prêmios que ganhou.
O Menino da Internet: A História de Aaron Swartz
4.4 66 Assista AgoraEste doc disponível na Netflix é uma ótima oportunidade para conhecer a vida e a genialidade do ativista e desenvolvedor Aaron Swartz. Mesmo que você não saiba quem ele é, provavelmente já usou algo que ele colocou a mão como o RSS, o Reddit e a licença Creative Commons. Ele desempenhou um papel importante para que as leis estadunidenses SOPA e PIPA não fossem aprovadas. Aaron sabia do poder da informação, acreditava que ela poderia melhorar o mundo e lutou até o fim pelo seu livre compartilhamento.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraCom aventura+humor+terror, Jurassic World se prova como uma digna sequência. Os dinossauros e os humanos garantem a diversão. Os fãs poderão notar diversas referências (algumas sutis) ao insuperável filme de 1993.
Quanto ao elenco, nada a reclamar. Bryce e Chris tem carisma e funcionam bem juntos e os garotos não são chatos. Os efeitos no geral estão bons, com exceção na hora em que diversos grupos de dinossauros aparecem à luz do dia. Nesses momentos são fáceis perceber a computação gráfica.
A história não é muito diferente da do primeiro, porém ela possui novos elementos que dão um frescor a velha fórmula. O que de início tinha me desagradado nos trailers, como o dino híbrido e os raptors adestrados, acabaram fazendo muito sentido na proposta do filme. E essas ideias servem até mesmo para justificar a ausência de penas nos bichos, pois o filme deixa bem claro que o público do parque (e provavelmente do cinema) não quer ver animais que viveram aqui, mas monstros geneticamente modificados.
Minha reclamação é que de novas espécies só tivemos o aquático mosassauro (que rouba a cena) e o alado dimorfodonte. O resto são apenas animais que já apareceram nos filmes anteriores. E o próprio site oficial do filme mostra que teríamos mais dinos inéditos.
O legado de Jurassic Park (que sempre gosto de dizer que é o meu filme favorito) foi respeitado e reverenciado no quarto filme da franquia.
Vale destacar duas cenas:
- Os raptors correndo em bando;
- A T-Rex salvando o dia novamente.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraMad Max é o tipo de filme que mostra muito, dizendo pouco, justificando o "menos é mais". Vemos isso na simbologia das vestimentas, carros e cenários, a religião usada como dominação, a luta pela liberdade individual, a busca por um propósito, etc. O que só acrescenta à rica mitologia deste mundo distópico. E atrás de cada expressão dos personagens é possível entender os porquês de suas ações.
Com uma personagem forte, é Charlize Theron que faz a histórica acontecer, com inteligência, força e habilidade. E se por um lado sua Furiosa conduz o filme, cabe ao Max nos guiar na trama contada e servir de apoio. Tom Hardy entende o ex-policial atormentado e louco que interpreta, não nos deixando ficar com saudades do Mel Gibson.
E a direção de George Miller coroa o filme com uma ação realista e desenfreada. Abusando dos efeitos práticos e um baita visual, o australiano nos entrega o filme mais empolgante do ano. Nada mal para um senhor de 70 anos!
Vale dizer que o arco do personagem do Nicholas Hoult também é ótimo, e cabe ao seu Nux frases que com certeza se tornarão clássicas, como:
- What a day, what a lovely day!
- I live, I die. I live again!
- Witness me!
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraDepois de Kick-Ass, a parceria Matthew Vaughn e Mark Millar rende outro bom filme. O resultado é uma homenagem/sátira aos filmes de espião com muita ação e humor negro. Diversão garantida em uma produção de explodir cabeças.
A Entrevista
3.1 1,0K Assista AgoraO filme "proibidão" é divertido, bizarro e satírico.
Não esperava mais que isso.
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
3.9 2,0K Assista AgoraCobiça. É um tema usado em O Senhor dos Anéis, e novamente repetido n'O Hobbit. Em toda a franquia ela é mostrada como algo destrutivo. O que é curioso, pois será que não foi a "doença do ouro" que levou Peter Jackson e demais produtores a dividir um livro em três filmes?
Esta última vez na Terra-Média tem como maior acerto focar novamente em Bilbo e Thorin, mostrando o amadurecimento do primeiro e a redenção do segundo, garantindo assim a carga dramática do filme. A batalha em si tem a qualidade que se espera, porém o que empolga mesmo são as lutas de Thorin e Legolas contra os orcs.
Apesar de discordar de como a segunda e a terceira partes foram divididos, o saldo da saga de Bilbo Bolseiro é altamente satisfatório. Os fãs de Tolkien não tem (muito) do que reclamar.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
3.8 2,4K Assista AgoraA primeira parte de "A Esperança" cumpre bem o papel de preparar o desfecho da saga de Katniss. O filme mostra tanto seus tremores quanto seu amor por seus entes queridos, que é a grande força motriz de suas ações.
Jennifer Lawrence e companhia tornam crível a motivação de seus personagens. Aliado com uma boa ambientação, a franquia Jogos Vorazes prova mais uma vez seu valor com uma trama madura, mesmo tratando-se de um blockbuster.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraSci-fi de primeira linha que utiliza muito bem a ciência para criar momentos de tensão. A carga dramática não fica atrás, nos envolvendo no drama familiar do protagonista interpretado pelo sempre competente McConaughey.
O estilo do Nolan é visível o que pode ser algo ruim para alguns. Como seu fã, só tenho a comemorar por, mais uma vez, ver sua assinatura em um filme comercial.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraSuspense muito bem conduzido pelo sempre competente David Fincher. As atuações de Ben Affleck e Carrie Coon são boas, mas o destaque mesmo é a Rosamund Pike que está maravilhosa como Amy.
Vale citar a narrativa bem elaborada do filme que mostra as peças do quebra-cabeça e depois as monta de forma genial. Só duas observações: o título brasileiro é um raro caso em que ficou melhor que o original. E a produção do filme parece que aprendeu com o Silvio Santos a arte das propagandas "subliminares" dos perfumes Jequiti!!! Hollywood já foi mais sutil com o merchan.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraPrimeiro filme da Marvel que assisto no escuro, pois nunca li nada dos Guardiões da Galáxia. Ainda sim, tinha uma certa expectativa já que os trailers embalados por músicas grudentas prometiam um filme louco, tosco e fantasioso. E foi justamente isso que o diretor James Gun entregou. E ficou sensacional!
Não temos tempo pra respirar. Acompanhamos personagens atrás de seus objetivos, em meio a cenas de luta e perseguição, e tudo costurado por diálogos rápidos e engraçados. A dinâmica da equipe funciona. Segue o estilo Marvel dos membros estarem sempre brigando e fazendo piadas um com os outros enquanto tentam achar uma solução para o problema. Com isso tudo não é difícil embarcar junto com os Guardiões na sua nave Milano e aproveitar cada minuto da aventura.
Vale acrescentar: Groot é a alma do filme. A cena pós-crédito não era o que esperava, mas combina com a pegada anos 1980 do filme.
E a Marvel mostrou pra Distinta Concorrência como se faz um filme espacial divertido à la Star Wars.
Duas horas de um filmaço.
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraO novo Planeta dos Macacos é uma excelente pedida. Esta continuação é bem conduzida, sabendo criar os momentos de tensão e batalha. A trama inicial é movida por um objetivo simples a princípio, mas que já mostra como o relacionamento com aquilo que é diferente não é aceito por todo mundo. E a partir disso será construído todo o conflito do filme com um clímax que não decepciona.
O trabalho técnico dos efeitos especiais e trilha sonora é superior ao seu antecessor. E a atuação por captura de movimentos de Andy Serkis e companhia não fica atrás. Aliás, o Cesar é o grande destaque desta revisão da franquia, por mais que a história tenha outros bons personagens. Cesar é o tipo de líder que você quer seguir. Não importa se você é um macaco ou um humano.
Como Treinar o seu Dragão 2
4.1 1,4K Assista AgoraComo Treinar o seu Dragão 2 é uma excelente continuação. Seus personagens estão mais velhos e isso reflete na trama madura e corajosa que é contada. As cenas engraçadas são bem dosadas, não diminuindo os momentos mais sérios.
É claro que por se tratar de um filme infantil, toda hora ele ti lembra da "moral da história" antes mesmo dela acabar. Entretanto isso não o diminui, até porquê é uma lição que, talvez, precisa ser sempre dita.
E falar da qualidade técnica é chover no molhado. Há anos que a DreamWorks se mostra como uma das grandes forças no ramo da animação, não devendo em nada a Disney/Pixar. Essa experiência aliada com a sua maturidade são a combinação perfeita para fazer um filme família capaz de agradar a todo mundo.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
4.0 3,7K Assista AgoraO mérito do novo X-Men é conquistar o fã pelo emocional ao trazer de volta o elenco original da trilogia X, além de apostar no grande talento dos seus atores. Somado a isso, temos uma boa trama de viagem no tempo, baseado na HQ de mesmo nome. Aliás, os X-Men do cinema, sempre foram algo mais voltado pra ficção científica. O que faz todo o sentido, não só pelo uso da pseudociência como também pela crítica social que carrega.
Vale lembrar que não é um filme para concertar as falhas cronológicas da série. Os furos da franquia mutante continuam lá. Tem que ter boa vontade para ignorá-los. Outra estranheza é que no futuro, o único mutante que parece ter envelhecido é, ironicamente, o Wolverine! Pelo menos, o carcaju não recebe todas as atenções, mesmo sendo o elo de ligação com as duas gerações de personagens.
A mensagem contra intolerância não é tão profunda quanto foi mostrada em X2. E tampouco tem um roteiro tão bem amarrado quanto o Primeira Classe, porém o fundo político do seu antecessor continua lá, o que contribui para criar um cenário verossímil. Dias de um Futuro Esquecido tem muito mais acertos do que erros, e mostra que os mutantes estarão em boas mãos enquanto Bryan Singer estiver envolvido em suas produções.
Destaco outras duas coisas: Mercúrio e Blink roubam a cena com o uso de seus poderes. E a manjada cena pós-crédito empolga para a continuação "X-Men: Apocalipse".
Godzilla
3.1 2,1K Assista AgoraGodzilla é um filme bacana, mas pode decepcionar dependendo da sua expectativa. A primeira coisa a ser dita: não espere ver muito do Rei dos Monstros. Ele tem pouco tempo de tela, inclusive se comparado com outros kaijus. Isso pode desapontar já que a produção leva seu nome. Outra coisa é que o longa não tem nenhuma cena realmente empolgante do tipo que vai ti levantar da poltrona. Não é um Pacific Rim. E vai de cada um se isso é algo bom ou ruim.
Ainda sim há um momento que ele coloca um sorriso no seu rosto. Isto claro, se você curtia aqueles filmes do lagartão que passava no Cinema em Casa do SBT, onde ele enfrentava outros monstros. Vale ressaltar que mesmo não tendo muito do Gojira em si, a história contada não é chata ou cansativa. E os atores estão ok.
Como esperado a parte técnica está impecável. A trilha sonora tem aquela pegada dos filmes japoneses. O design do Gojira está muito, mas muito daora! E os efeitos tornam crível toda a destruição causada pelos kaijus. Aí pode estar outro defeito, pois embora trata-se de um filme-catástrofe, você não sente o sofrimento das pessoas.
Este novo Godzilla não é algo marcante, mas é um bom passatempo para os fãs de monstros gigantes.
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
3.5 2,6K Assista AgoraA melhor coisa desta produção é realmente o Homem-Aranha. Finalmente temos o herói do jeito que os fãs sempre quiserem ver: zoeiro sem limites. Cara, como isso fazia falta nos filmes anteriores. E pensar que isso nem é algo tão difícil de fazer. As cenas de ação estão ótimas, e com o 3D enchem os olhos. Recomendo essa opção.
O romance do Peter com a Gwen também é muito legal. Você realmente torce por eles. O que eu achei ruim é que da vida dele só vemos seu namoro. Sua vida estudantil ou de fotógrafo é apresentado rapidamente só pra dizer que existe. E a culpa disso é de ter que gastar tempo amarrando a ponta solta daquela besteira de "história não contada" inventada no filme anterior. Aliás, outro lance em aberto do filme de 2012 foi totalmente ignorado aqui.
O uniforme do Amigão da Vizinhança é o melhor já feito para as telonas. Infelizmente os vilões não tiveram a mesma sorte com o seus visuais, que se distanciaram bastante das HQ's clássicas. Outras mudanças em relação a eles também me incomodaram, mas são coisas que não devem atrapalhar a experiência de quem só quer curtir um filme de super-herói.
Em compensação, OEHA2 abandona certos vícios que acompanhavam a franquia aracnídea desde os tempos da trilogia do Sam Raimi. Outro ponto positivo é que saiu aquela pegada soturna e realista do seu antecessor que vinha na onda dos filmes do Batman e não combinam em nada com o Cabeça-de-Teia. Temos algo mais próximo do clima aventureiro do filme dos Vingadores. Ou melhor, dos gibis do Aranha. Mas sem esquecer o fator trágico que faz parte do cerne do personagem. Em negativo, a trilha sonora que ainda não chega aos pés do trabalho do Elfman na trilogia clássica (já é clássica?!).
Isto posto, digo que não é o filme definitivo do Homem-Aranha. Mas ainda sim é uma ótima pedida e vale a conferida.