Isa Vieira

O Dwight colocando fogo e trancando as portas, a Angela tacando o gato pro alto, o Kevin assaltando a máquina de salgadinhos, eles cantando no meio do treinamento de primeiros socorros e pra fechar com chave de ouro, o aparelho do Stanley apitando quando o Michael chega perto

o fato de retratarem a violência doméstica não da forma óbvia. Geralmente nas novelas e filmes o marido violento é retratado sendo assim 24h por dia, batendo e sendo grosso com a mulher na frente de todo mundo. Pelo contrário, o Sean aparenta ser um cara tranquilo e gente boa pros de fora. A mãe e o pai da Alex adoram ele. Os amigos também. Quando Alex sai de casa, ninguém parece acreditar que ele tinha sido agressivo. Até durante a série, na maior parte do tempo parece que a série mostra que ele tentava ser um cara legal, ajudando com a mãe da Alex, etc. E aí é que tá, como todos os problemas sociais, os mais difíceis são os “velados”, o que te fazem duvidar até de si mesma. O Sean não é um cara que bate na Alex, porque o pior abuso que ele faz é o psicológico e o manipulador.
O mesmo do pai da Alex, que aparenta ser um cara normal, mas que batia na mãe, passou a vida inteira sem fazer nada pela filha e no momento que ela mais precisa, ele fica do lado do agressor, porque ele também é um.
E por último, o “cara bonzinho”, um cara que toda mulher já conheceu um dia: é legal e gentil, enquanto quer algo de você, no momento que é rejeitado, não aceita e passa a ser escroto como todos os outros, porque pra ele não passamos de um pedaço de carne.

O episódio que explica a historia do Hodor (hold the door) me pegou de surpresa e me emocionou! É por episódios assim que eu amo essa serie!