O filme leva nada a lugar nenhum, não acrescenta nenhuma informação importante ao primeiro, me parece só uma desculpa pra fazer umas mortes tensas e "legais", como aconteceu com Jogos Mortais, que ficou mais raso a cada continuação.
É uma série que a primeira vista pode passar uma simplicidade cotidiana desconcertante, mas observando mais a fundo, as conversações não-verbais, a construção por camadas das personalidades, motivações e frustrações dos personagens tornam a trama de uma complexidade ímpar.
A dinâmica estabelecida entre vários dos personagens e os diálogos sarcásticos que se seguem, levantando questionamentos pertinentes sobre a atual sociedade, mostrando por vezes pontos de vista que acabam sendo antagônicos e conflitantes pelo fundamento que move os personagens, e principalmente, como absolutamente NÍNGUEM consegue ter razão o tempo todo sem se deixar levar por extremismos. Na série tem relações familiares, românticas, conjugais, classistas, fraternais, existenciais, laborais, de amizade, etárias e servis e nenhuma delas consegue atingir a plenitude de ser saudável, ainda que sim, creio que é o que dá uma carga de humanidade grande aos personagens. Acredite, você também já foi irritante nesse nível pra alguém.
Outro ponto que gostaria de destacar é a parte técnica da filmagem, ângulos, fechos, afastamentos e zooms muito interessantes, a progressão de uma cena pra outra, até o filtro amarelado remetendo ao paraíso, que por si só é outra ironia da série, fazer esses conflitos se desenrolarem numa locação dessas a ponto de alguém morrer.
Eu admito, esperava algo mais impactante no final, queria ver algumas situações problemáticas resolvidas e tive uma quebra de expectativa ao ver situações tratadas desde o começo, depois de toda a evolução na trama, terminaram da mesma forma como começaram, outro artifício proposital do roteiro, talvez uma observação a como mesmo insatisfeitos, andamos em círculos. É mais cômodo mas não mais fácil ficar na nossa zona de conforto, buscar mudança requer força que nem todos tem, vários personagens não tinham ou não sabiam como fazer. Mais um ponto, o final do Quinn, personagem que teve uma das maiores evoluções, o encontro de si mesmo na praia, fugindo da família pra viver ali onde pela primeira vez ele se sentiu pertencente a algo, interpreto de forma mais poética do que prática, já que se um filho meu de 16 anos fizesse isso a cobra ia fumar.
O jeito que o Mike Flanagan tem pra criar um mundo denso e dissecar ele pro expectador é de uma maestria enorme, apesar de algumas ressalvas, gostei da série, mas se tratando do Flanagan talvez minhas expectativas estavam infladas e esperava algo mais que não foi alcançado. Achei os jumpscares extremamente desnecessários, tem outros modos de se criar momentos de tensão sem aquela sonoridade grave pra indicar perigo, nessa série esse artifício chegou a ser irritante, melhoraria 100% a experiência sem eles.
Outro ponto que acho que podia ser melhor trabalhado na trama é que mesmo depois de 10 episódios, 1 temporada inteira e ainda não temos respostas ou indícios mais elaborados pras maiores questões levantadas pelo roteiro,
Eu acho impressionante como apenas o fato da série sair de locações batidas nos EUA deu um ar totalmente fresco pra historia, a própria cidade acaba se tornando um personagem, gostaria de ver mais material trabalhado nesse sentido.
Podiam ter aproveitado a onda nostalgica em torno dos anos 90 e feito algo no estilo 'Independence Day', com certa dose de seriedade a ficção teria ficado muito melhor, mas parece que nem o filme se leva a sério, um elenco desse peso subutilizado pra entregar diálogos mastigados e sem importância ao expectador, acabou ficando parecido com um '2012' de mal gosto, resposta do roteiro pras próprias questões que ele levanta: aceita que dói menos e engole esse CGI.
Tem uma fotografia muito boa, tanto os apartamentos quanto as vistas da cidade tem pontos de vista bem interessantes e o filme, apesar de super previsível, consegue construir uma atmosfera propícia ao mistério proposto, o problema é que quase ao final mais parece que tudo foi finalizado as pressas e o filme não consegue fechar as pontas abertas, principalmente as últimas que tiveram soluções preguiçosas e perdeu a chance de ter inúmeros finais melhores planejados,
como a morte do Thomas ser mais detalhada e realmente consequência das ações da Pippa, ou a exposição do Sebastian e da Julia ser melhor escrita e menos apelativa, ou ainda a Julia ter sofrido um incidente real com a hipótese de estar morta, mas voltar e ver que a Pippa assumiu o lugar dela, só faltou a volta do próprio Thomas,
qualquer coisa seria melhor que aquele final vergonhoso carregado de diálogo expositivo.
É uma série difícil de engolir, tinha visto apenas 2 episódios e já me questionava o que mais faltava acontecer, ainda viriam mais 8 episódios pela frente. A série não foi pensada como a grande maioria dos filmes e seriados contemporâneos, que poupa o telespectador de situações desagradáveis ou quando mostradas, relatadas de forma dosada ou seguida de algum alívio para o personagem que passa por aquilo, nessa série o enredo é cru e recheado de situações tensas e enervantes que te deixam no limite e já na sequência se constrói outra cena pior que a anterior, a série NÃO te poupa de forma alguma, e acredito que foi um artifício pra fazer a espectador imergir naquilo de forma profunda e intensa.
E pensar que as cenas desagradáveis da série foram realmente inspiradas em práticas reais e quantas pessoas passaram por isso sem ter a quem recorrer apenas porque o sistema de governo/político/social não era pensado pra ser justo, ou pior, ainda nos dias de hoje pessoas que ainda tem de lidar com isso.
Achei a trama muito necessária e ousada, apenas não darei 5 estrelas porque acho que alguns momentos poderiam ter sido melhores aproveitados e acabaram deixando pontas soltas, ou pela quantidade que achei excessiva de ganchos no enredo em que coisas eram deixadas subentendidas o que torna o entendimento muito complexo,
várias vezes tive que rever algumas cenas pra entender se o momento estava mesmo acontecendo, se era sobrenatural ou o psicológico abalado dos personagens ou ainda tudo isso combinado pois eram muitas referências pra se seguir.
Gostei da temática e da ambientação, o prédio e a cenografia em si são praticamente outro personagem com uma atmosfera única, não só do suspense mas dos próprios anos 90, mas o enredo poderia ser mais condensado e direto ao ponto, tem muita cena só pra ocupar tempo de tela. Achei interessante o artifício de começar os episódios com vídeos pra situar o expectador da época dos ocorridos. Um ponto que deixou a desejar foi a resolução dos dilemas enfrentados pelos protagonistas, tanto a Melody quanto o Dan tiveram atitudes questionáveis pra que simplesmente o roteiro fosse protegido, do 4º para o 5º episódio em diante isso fica mais cansativo,
como querer salvar quem não quer ser salvo numa insistência desconcertante ou diálogos expositivos quando as provas convenientemente não estão por perto.
Creio que uma segunda temporada cairá bem pra fechar alguns pontos soltos
A ideia é interessante mas achei muito mal executada, não pela trama, mas pelos personagens com péssimas motivações, mas imagino que teriam dificuldades pra fechar a historia se fosse de outro jeito. O desenvolvimento do romance foi a pior parte de longe,
como em 'O Diabo Veste Prada' em que o namorado da protagonista faz ela escolher entre ele e a carreira e isso é passado como se fosse algo positivo e saudável, senti o mesmo nesse filme quando a Ellie que resolve partir, praticamente um ultimato porque ela se sente ameaçada pelo sucesso dele.
Além da aparição do John Lennon como caricatura de algum tipo de profeta.
O que eu achei positivo são músicas e a grande nostalgia que vem com elas, mas ainda acho que podiam ter sido melhor aproveitadas, até se tirassem algumas cenas desnecessárias.
Os filmes não são ruins, mas terminam com uma sensação de inacabados, parece que falta algo. Sei que o intuito é apenas representar os depoimentos que acabam no dia do crime, mas queria muito ver os fatos pós-assassinato que levaram a investigação a juntar as provas absurdas contra eles, como: - A Suzanne ter mandado a empregada limpar o quarto do ocorrido por um dia inteiro sem a polícia ter feito perícia. - A reconstituição do crime logo após o assassinato em que Suzanne estava dando uma festa na piscina quando a polícia chegou. - O Cristian Cravinho ter comprado uma moto potente alguns dias depois com o dinheiro que pegou. Entre outras coisas interessantes que cairiam bem representar. Quanto as atuações, me surpreendi com a mudança nítida dos personagens de um filme pro outro, trabalharam muito bem com o que tinham, mas poderiam ter caprichado melhor na caracterização dos personagens que ficou a desejar.
Não sei se a netflix produziu ou só distribuiu... Mas tem a cara dos produtos que a netflix lança, um potencial imenso, uma fotografia bem montada, uma seleção de atores interessante e mesmo assim consegue ter um roteiro preguiçoso que em muitos momentos parece amador. Perdi a conta de quantos acontecimentos idiotas os personagens são levados a cometer apenas pra conveniência de roteiro, porque caso contrário a historia não anda. É interessante, imagina se fosse bom... O segundo filme é um pouco menos incoerente.
Se tem uma coisa que eu abomino em filmes são personagens forçadamente burros pra tomarem decisões questionáveis com lógica nenhuma só pra historia poder acontecer e esse filme é repleto deles, um enredo raso que aproveita muito mal os clichês. Vergonha pra equipe que conseguiu produzir isso.
Só não dou nota 5 pelo CGI que tava destoando de todo o restante em algumas partes, mas pra quem ta reclamando, vejam de novo, vocês viram errado. Enfim uma versão digna e não corrida da Liga da Justiça. A primeira versão agora parece uma piada de mal gosto.
É necessário saber e hora de parar, outra temporada arrastada, sem historia, com episódios que dão voltas e mais voltas pra conveniência de roteiro, sempre com um gancho pra outro acontecimento desnecessário no final, pra outra temporada praticamente idêntica. Chega.
O orçamento devia estar curto já que pareceu (e deve ter sido) uma temporada de teste já que adaptaram o formato do Drag Race All Star que é aquém ao formato principal. Apesar disso foi uma temporada interessante, espero que sirva de base para uma próxima mais elaborada, com uma final digna e ao vivo.
Toca em pontos pertinentes como homofobia, racismo e misoginia que geriam a Hollywood do fim dos anos 40 e infelizmente pouca coisa mudou de lá pra cá nesse ramo, a série é um grande 'e se...' questionando tantas possibilidades que acaba se tornando quase um universo paralelo e utópico. Lembra um pouquinho do Tarantino com as correções históricas que faz nos filmes.
Considerando que várias das conquistas que os personagens da série tiveram só aconteceram muito posteriormente (exemplo do Jordan Peele a ser o primeiro roteirista negro a levar um Oscar em 2018, 70 anos depois) acho que as situações foram resolvidas com uma facilidade até desconcertante demais, reforçando a feição utópica da série pois o sistema e a sociedade da época seriam muito mais impiedosos nas represálias.
Mas é uma reimaginação válida em pensar que nos anos 40 se já era horrível se experienciar essas situações pela falta de informação, qual a desculpa dos dias de hoje?
É aquele filme que você fica esperando decolar, e decolar, e decolar mas ele voa baixo a maior parte do tempo, quando finalmente parece que algo realmente grande vai acontecer já estamos chegando ao destino final. Resumidamente: é um filme que não sacia. Tirando a Arlequina que conhecemos de cor e salteado, faltou mais profundidade aos demais personagens, incluindo o vilão que achei bem morno. As cenas de ação estão quaaaase perfeitas, fotografia também é outro destaque, filmar em Los Angeles deu uma cara diferente pra Gotham, no bom sentido.
Achei uma série única, o tema, os diálogos, a fotografia, a paleta de cores especialmente pela noite é muito bonita, a vibe 'springbreak', gostei dos personagens terem sido trabalhados tanto no lado mais vulnerável quanto no lado mais áspero, o que dá aquela profundidade única.
O que não gostei foi do triângulo Colette-Addy-Beth sempre trazendo situações arrastadas e diálogos repetitivos que não terminavam com propósito nenhum.
Acho que ainda vale uma segunda temporada pra esclarecer as pontas soltas deixadas nessa temporada aqui.
Creio que conseguiram mostrar uma analogia social simétrica da realidade com maestria, o privilégio da fartura na mão de poucos que decidem o futuro e a carência dos que vem abaixo até não sobrarem nem migalhas, muito antes sequer do meio do caminho, o ser humano não é intrinsecamente bom ou ruim, mas em ambos os casos é exposto propositalmente o pior lado da humanidade: o egoismo cego, o individualismo, a incapacidade que alguns tem de não se colocar no lugar do outro, mesmo sabendo que um dia isso pode se inverter. Mas, um bom enredo não faz um filme por completo, muitas pontas soltas foram deixadas pra auto-interpretação do publico o que deixa o filme com um final ambíguo e sensação de estar incompleto. Vale a pena a nível autocritica. Obvio.
Escape Room 2: Tensão Máxima
2.8 357O filme leva nada a lugar nenhum, não acrescenta nenhuma informação importante ao primeiro, me parece só uma desculpa pra fazer umas mortes tensas e "legais", como aconteceu com Jogos Mortais, que ficou mais raso a cada continuação.
The White Lotus (1ª Temporada)
3.9 400 Assista AgoraÉ uma série que a primeira vista pode passar uma simplicidade cotidiana desconcertante, mas observando mais a fundo, as conversações não-verbais, a construção por camadas das personalidades, motivações e frustrações dos personagens tornam a trama de uma complexidade ímpar.
A dinâmica estabelecida entre vários dos personagens e os diálogos sarcásticos que se seguem, levantando questionamentos pertinentes sobre a atual sociedade, mostrando por vezes pontos de vista que acabam sendo antagônicos e conflitantes pelo fundamento que move os personagens, e principalmente, como absolutamente NÍNGUEM consegue ter razão o tempo todo sem se deixar levar por extremismos. Na série tem relações familiares, românticas, conjugais, classistas, fraternais, existenciais, laborais, de amizade, etárias e servis e nenhuma delas consegue atingir a plenitude de ser saudável, ainda que sim, creio que é o que dá uma carga de humanidade grande aos personagens. Acredite, você também já foi irritante nesse nível pra alguém.
Outro ponto que gostaria de destacar é a parte técnica da filmagem, ângulos, fechos, afastamentos e zooms muito interessantes, a progressão de uma cena pra outra, até o filtro amarelado remetendo ao paraíso, que por si só é outra ironia da série, fazer esses conflitos se desenrolarem numa locação dessas a ponto de alguém morrer.
Eu admito, esperava algo mais impactante no final, queria ver algumas situações problemáticas resolvidas e tive uma quebra de expectativa ao ver situações tratadas desde o começo, depois de toda a evolução na trama, terminaram da mesma forma como começaram, outro artifício proposital do roteiro, talvez uma observação a como mesmo insatisfeitos, andamos em círculos. É mais cômodo mas não mais fácil ficar na nossa zona de conforto, buscar mudança requer força que nem todos tem, vários personagens não tinham ou não sabiam como fazer. Mais um ponto, o final do Quinn, personagem que teve uma das maiores evoluções, o encontro de si mesmo na praia, fugindo da família pra viver ali onde pela primeira vez ele se sentiu pertencente a algo, interpreto de forma mais poética do que prática, já que se um filho meu de 16 anos fizesse isso a cobra ia fumar.
O Clube da Meia-Noite (1ª Temporada)
3.0 142 Assista AgoraO jeito que o Mike Flanagan tem pra criar um mundo denso e dissecar ele pro expectador é de uma maestria enorme, apesar de algumas ressalvas, gostei da série, mas se tratando do Flanagan talvez minhas expectativas estavam infladas e esperava algo mais que não foi alcançado. Achei os jumpscares extremamente desnecessários, tem outros modos de se criar momentos de tensão sem aquela sonoridade grave pra indicar perigo, nessa série esse artifício chegou a ser irritante, melhoraria 100% a experiência sem eles.
Outro ponto que acho que podia ser melhor trabalhado na trama é que mesmo depois de 10 episódios, 1 temporada inteira e ainda não temos respostas ou indícios mais elaborados pras maiores questões levantadas pelo roteiro,
como a Julia Jayne, o passado dela, o que seriam os rituais e o que ela planeja
Emily em Paris (1ª Temporada)
3.6 391 Assista AgoraEu acho impressionante como apenas o fato da série sair de locações batidas nos EUA deu um ar totalmente fresco pra historia, a própria cidade acaba se tornando um personagem, gostaria de ver mais material trabalhado nesse sentido.
Moonfall: Ameaça Lunar
2.4 550 Assista AgoraPodiam ter aproveitado a onda nostalgica em torno dos anos 90 e feito algo no estilo 'Independence Day', com certa dose de seriedade a ficção teria ficado muito melhor, mas parece que nem o filme se leva a sério, um elenco desse peso subutilizado pra entregar diálogos mastigados e sem importância ao expectador, acabou ficando parecido com um '2012' de mal gosto, resposta do roteiro pras próprias questões que ele levanta: aceita que dói menos e engole esse CGI.
Observadores
3.0 417 Assista AgoraTem uma fotografia muito boa, tanto os apartamentos quanto as vistas da cidade tem pontos de vista bem interessantes e o filme, apesar de super previsível, consegue construir uma atmosfera propícia ao mistério proposto, o problema é que quase ao final mais parece que tudo foi finalizado as pressas e o filme não consegue fechar as pontas abertas, principalmente as últimas que tiveram soluções preguiçosas e perdeu a chance de ter inúmeros finais melhores planejados,
como a morte do Thomas ser mais detalhada e realmente consequência das ações da Pippa, ou a exposição do Sebastian e da Julia ser melhor escrita e menos apelativa, ou ainda a Julia ter sofrido um incidente real com a hipótese de estar morta, mas voltar e ver que a Pippa assumiu o lugar dela, só faltou a volta do próprio Thomas,
Vou darmais 1/2 estrela só porque eu também ia querer dar uma volta no carrossel do Sebastian, misericórdia.
Eles (1ª Temporada)
4.1 552 Assista AgoraÉ uma série difícil de engolir, tinha visto apenas 2 episódios e já me questionava o que mais faltava acontecer, ainda viriam mais 8 episódios pela frente. A série não foi pensada como a grande maioria dos filmes e seriados contemporâneos, que poupa o telespectador de situações desagradáveis ou quando mostradas, relatadas de forma dosada ou seguida de algum alívio para o personagem que passa por aquilo, nessa série o enredo é cru e recheado de situações tensas e enervantes que te deixam no limite e já na sequência se constrói outra cena pior que a anterior, a série NÃO te poupa de forma alguma, e acredito que foi um artifício pra fazer a espectador imergir naquilo de forma profunda e intensa.
E pensar que as cenas desagradáveis da série foram realmente inspiradas em práticas reais e quantas pessoas passaram por isso sem ter a quem recorrer apenas porque o sistema de governo/político/social não era pensado pra ser justo, ou pior, ainda nos dias de hoje pessoas que ainda tem de lidar com isso.
Achei a trama muito necessária e ousada, apenas não darei 5 estrelas porque acho que alguns momentos poderiam ter sido melhores aproveitados e acabaram deixando pontas soltas, ou pela quantidade que achei excessiva de ganchos no enredo em que coisas eram deixadas subentendidas o que torna o entendimento muito complexo,
várias vezes tive que rever algumas cenas pra entender se o momento estava mesmo acontecendo, se era sobrenatural ou o psicológico abalado dos personagens ou ainda tudo isso combinado pois eram muitas referências pra se seguir.
Arquivo 81 (1ª Temporada)
3.6 219 Assista AgoraGostei da temática e da ambientação, o prédio e a cenografia em si são praticamente outro personagem com uma atmosfera única, não só do suspense mas dos próprios anos 90, mas o enredo poderia ser mais condensado e direto ao ponto, tem muita cena só pra ocupar tempo de tela. Achei interessante o artifício de começar os episódios com vídeos pra situar o expectador da época dos ocorridos. Um ponto que deixou a desejar foi a resolução dos dilemas enfrentados pelos protagonistas, tanto a Melody quanto o Dan tiveram atitudes questionáveis pra que simplesmente o roteiro fosse protegido, do 4º para o 5º episódio em diante isso fica mais cansativo,
como querer salvar quem não quer ser salvo numa insistência desconcertante ou diálogos expositivos quando as provas convenientemente não estão por perto.
e o Dan agora no passado, se não for alucinação, talvez consiga salvar a família dele e a também aparente volta do Samuel.
Yesterday: A Trilha do Sucesso
3.4 1,0KA ideia é interessante mas achei muito mal executada, não pela trama, mas pelos personagens com péssimas motivações, mas imagino que teriam dificuldades pra fechar a historia se fosse de outro jeito. O desenvolvimento do romance foi a pior parte de longe,
como em 'O Diabo Veste Prada' em que o namorado da protagonista faz ela escolher entre ele e a carreira e isso é passado como se fosse algo positivo e saudável, senti o mesmo nesse filme quando a Ellie que resolve partir, praticamente um ultimato porque ela se sente ameaçada pelo sucesso dele.
Além da aparição do John Lennon como caricatura de algum tipo de profeta.
O que eu achei positivo são músicas e a grande nostalgia que vem com elas, mas ainda acho que podiam ter sido melhor aproveitadas, até se tirassem algumas cenas desnecessárias.
A Menina que Matou os Pais
3.1 679 Assista AgoraOs filmes não são ruins, mas terminam com uma sensação de inacabados, parece que falta algo. Sei que o intuito é apenas representar os depoimentos que acabam no dia do crime, mas queria muito ver os fatos pós-assassinato que levaram a investigação a juntar as provas absurdas contra eles, como:
- A Suzanne ter mandado a empregada limpar o quarto do ocorrido por um dia inteiro sem a polícia ter feito perícia.
- A reconstituição do crime logo após o assassinato em que Suzanne estava dando uma festa na piscina quando a polícia chegou.
- O Cristian Cravinho ter comprado uma moto potente alguns dias depois com o dinheiro que pegou.
Entre outras coisas interessantes que cairiam bem representar. Quanto as atuações, me surpreendi com a mudança nítida dos personagens de um filme pro outro, trabalharam muito bem com o que tinham, mas poderiam ter caprichado melhor na caracterização dos personagens que ficou a desejar.
Velozes e Furiosos 9
2.8 415 Assista AgoraVin Diesel, eu te rogo, pfvr pare, tem gente passando mal, tem criança chorando, tem idoso tropeçando em resto da tela verde, chega
Rua do Medo: 1994 - Parte 1
3.1 773 Assista AgoraNão sei se a netflix produziu ou só distribuiu... Mas tem a cara dos produtos que a netflix lança, um potencial imenso, uma fotografia bem montada, uma seleção de atores interessante e mesmo assim consegue ter um roteiro preguiçoso que em muitos momentos parece amador. Perdi a conta de quantos acontecimentos idiotas os personagens são levados a cometer apenas pra conveniência de roteiro, porque caso contrário a historia não anda. É interessante, imagina se fosse bom... O segundo filme é um pouco menos incoerente.
Sex/Life (1ª Temporada)
2.6 192A série podia chamar também "Donas de Casa Entediadas"
Amor e Monstros
3.5 664 Assista AgoraO filme começa reforçando o quanto o mundo exterior ao bunker é violento, mortal e perigoso, o protagonista,
primeira coisa ao sair do bunker é andar distraído e ilustrando o caderninho...
Army of the Dead: Invasão em Las Vegas
2.8 957Se tem uma coisa que eu abomino em filmes são personagens forçadamente burros pra tomarem decisões questionáveis com lógica nenhuma só pra historia poder acontecer e esse filme é repleto deles, um enredo raso que aproveita muito mal os clichês. Vergonha pra equipe que conseguiu produzir isso.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KSó não dou nota 5 pelo CGI que tava destoando de todo o restante em algumas partes, mas pra quem ta reclamando, vejam de novo, vocês viram errado. Enfim uma versão digna e não corrida da Liga da Justiça. A primeira versão agora parece uma piada de mal gosto.
13 Reasons Why (3ª Temporada)
3.1 231 Assista AgoraÉ necessário saber e hora de parar, outra temporada arrastada, sem historia, com episódios que dão voltas e mais voltas pra conveniência de roteiro, sempre com um gancho pra outro acontecimento desnecessário no final, pra outra temporada praticamente idêntica. Chega.
RuPaul’s Drag Race UK (1ª Temporada)
3.7 53 Assista AgoraO orçamento devia estar curto já que pareceu (e deve ter sido) uma temporada de teste já que adaptaram o formato do Drag Race All Star que é aquém ao formato principal. Apesar disso foi uma temporada interessante, espero que sirva de base para uma próxima mais elaborada, com uma final digna e ao vivo.
Hollywood
4.1 331 Assista AgoraToca em pontos pertinentes como homofobia, racismo e misoginia que geriam a Hollywood do fim dos anos 40 e infelizmente pouca coisa mudou de lá pra cá nesse ramo, a série é um grande 'e se...' questionando tantas possibilidades que acaba se tornando quase um universo paralelo e utópico. Lembra um pouquinho do Tarantino com as correções históricas que faz nos filmes.
Considerando que várias das conquistas que os personagens da série tiveram só aconteceram muito posteriormente (exemplo do Jordan Peele a ser o primeiro roteirista negro a levar um Oscar em 2018, 70 anos depois) acho que as situações foram resolvidas com uma facilidade até desconcertante demais, reforçando a feição utópica da série pois o sistema e a sociedade da época seriam muito mais impiedosos nas represálias.
Mas é uma reimaginação válida em pensar que nos anos 40 se já era horrível se experienciar essas situações pela falta de informação, qual a desculpa dos dias de hoje?
Eu Nunca... (1ª Temporada)
4.0 421 Assista AgoraE uma série boa, mas seria melhor se a Devi tivesse entrado em combustão espontânea e explodisse já no começo e tudo acontecesse sem ela.
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
3.4 1,4KÉ aquele filme que você fica esperando decolar, e decolar, e decolar mas ele voa baixo a maior parte do tempo, quando finalmente parece que algo realmente grande vai acontecer já estamos chegando ao destino final. Resumidamente: é um filme que não sacia. Tirando a Arlequina que conhecemos de cor e salteado, faltou mais profundidade aos demais personagens, incluindo o vilão que achei bem morno. As cenas de ação estão quaaaase perfeitas, fotografia também é outro destaque, filmar em Los Angeles deu uma cara diferente pra Gotham, no bom sentido.
Califado (1ª Temporada)
4.5 126 Assista AgoraSei que adolescente curte uma rebeldia, mas PQP VIU! Falta de surra nessas demonias.
Não Provoque (1ª Temporada)
3.4 62 Assista AgoraAchei uma série única, o tema, os diálogos, a fotografia, a paleta de cores especialmente pela noite é muito bonita, a vibe 'springbreak', gostei dos personagens terem sido trabalhados tanto no lado mais vulnerável quanto no lado mais áspero, o que dá aquela profundidade única.
O que não gostei foi do triângulo Colette-Addy-Beth sempre trazendo situações arrastadas e diálogos repetitivos que não terminavam com propósito nenhum.
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraCreio que conseguiram mostrar uma analogia social simétrica da realidade com maestria, o privilégio da fartura na mão de poucos que decidem o futuro e a carência dos que vem abaixo até não sobrarem nem migalhas, muito antes sequer do meio do caminho, o ser humano não é intrinsecamente bom ou ruim, mas em ambos os casos é exposto propositalmente o pior lado da humanidade: o egoismo cego, o individualismo, a incapacidade que alguns tem de não se colocar no lugar do outro, mesmo sabendo que um dia isso pode se inverter. Mas, um bom enredo não faz um filme por completo, muitas pontas soltas foram deixadas pra auto-interpretação do publico o que deixa o filme com um final ambíguo e sensação de estar incompleto. Vale a pena a nível autocritica. Obvio.