Campeões lendários para uma primeira temporada lendária! Fazia tempo que eu não perdia tanto o fôlego com um reality show como perdi com Legendary. A cada ep era coração na boca, choro, vibração. Acho que a principal mensagem do reality pra mim é união, é estender a mão. O que vi foram vários grupos de minorias tentando competir entre si, mas principalmente ganhando confiança pessoal e mostrando pra si próprios de que são bons e merecedores igual a qualquer um, mesmo que a sociedade te diga o contrário. Sem dúvida alguma Legendary já mora aqui: <3
E no fim, o Elliot que conhecemos era também uma quarta personalidade para fazer com que o personagem conseguisse passar por todas as dores que a vida lhe causou. Quem não se identifica? Uma verdadeira mensagem sobre a mente humana e como ela se transforma.
E a mensagem final, praticamente deixando o convite para que continuemos levando a mensagem de Mr. Robot adiante:
"E se mudar o mundo for apenas estar aqui, se impor, não importa o quanto nos digam que não é o nosso lugar, mantendo-se íntegros mesmo quando forçados a ser falsos? Acreditando em nós mesmos, mesmo quando nos dizem que somos muito diferentes? E se todos nós nos apegarmos a isso, se nos recusarmos a ceder e obedecer, se resistirmos por tempo suficiente, quem sabe... o mundo não possa mudar à nossa volta. Mesmo se partirmos é como Mr. Robot disse: Sempre seremos parte de Elliot Alderson. E seremos a melhor parte, porque somos a parte que se impôs. NÓS SOMOS A PARTE QUE FICOU."
Eu diria mais Elliot: Nós somos a parte que ACORDOU! Obrigado, Sam Esmail!
Aff, fiz um comentário sobre o filme e sumiu! Duas vezes! Certeza que foi alguém da Netflix que veio do futuro e apagou meu comentário, que no futuro estaria dando spoiler do filme e mostrando que a Netflix já teve filmes ruins, mas que ela apagou do catálogo após lançar esse e tá tentando apagar os vestígios de um passado fracassado.
Como mensurar o quão maravilhosa foi essa primeira temporada?
Você começa assistindo com o teor de: ok, mais uma série adolescente. Afinal, ela tem todos os enredos que uma série adolescente tem: o gay enrustido, o grupinho arrogante da escola, a viciada em drogas, a que sofre bullying pelo peso/aparência, a menina desejada da escola que namora o cara do time de futebol, a outra que engravida e aborta, enfim. Porém, Euphoria vem com uma proposta diferente: a forma que resolvem contar o "mais do mesmo". Consigo imaginar a cabeça dos roteiristas: "Vamos fazer uma série adolescente? Vamos! Mas e se a gente pegasse tudo o que já existe e contasse de uma forma que ninguém nunca contou?" E fizeram: com uns cortes de cena ousados, uma edição rápida, uma cronologia meio maluca, uma trilha sonora incrível e sem pudor de contar a verdade de muitas coisas que acontecem numa mente adolescente.
A série conseguiu ser redonda já na primeira temporada, deixando uma mensagem principal no final: mostrando como é a vida adolescente, de como agimos por impulso, na euforia, e de como esses impulsos, muitas vezes, acabam decidindo a vida que teremos no futuro. No último ep,
a sensação que fica é de uma despedida do colégio, com cenas recortadas dos principais personagens, direcionando pra onde as últimas ações vividas na adolescência os levarão na vida adulta, levando assim, a segunda temporada pra um novo recorte da vida desses personagens.
Foi essa a mensagem que ficou pra mim...
E você? Qual ação/escolha feita na euforia da adolescência te levou para um caminho na vida adulta?
Não foi nem de longe o final que esperava pra série, mas aceitável. Afinal, difícil um roteiro que resista diante do escândalo (podre) causado por Kevin Spacey. 🤢 No mais, a última temporada deixa recadinhos: eleitores controlados por aplicativo, jornalismo ameaçado ao tentar dizer verdades, uma presidente idolatrada pela população por se fazer de sincerona e a frase de alerta: "Quando um tirano finge ser transparente, o país deve ficar alerta". (relaxem, não chega nem perto de ser um spoiler). De certa forma, valeu por me ensinarem como funciona a podridão da política nos últimos 6 anos, Underwoods. :)
Precisei parar pra falar de Nada Será Como Antes. É de se encantar a delicadeza com que a série cuida da fotografia, atuação, roteiro e romances. De uma sensibilidade impecável.
Enquanto assistia ao último capítulo, já sofria baixinho por ter que me despedir de tantos personagens que me apeguei, e na minha cabeça fiquei tentando me decidir quem teria sido o grande destaque em uma série cheia de protagonistas. Até que surge a cena de
Julia Queiroz (Leticia Colin) revivendo seu amor por Beatriz (Bruna Marquezine) no projetor! E então me decidi. Eram elas!
Em uma série rodeada de "monstros", atores que, de certa forma já sabíamos que iam arrasar, a forma como Bruna Marquezine eternizou Beatriz, me fez senti-la presente no último capítulo, mesmo sem estar. E Leticia Colin contribuiu pra deixar esse trio amoroso ainda mais forte.
E a sensibilidade e crítica com o nome da série? Nada Será Como Antes. Em um passado onde acreditava-se a TV como um novo futuro, nos dá o recado de que a TV chegou, junto com ela muitos avanços, mas a vida das personagens nos deixa claro que a sociedade ainda é a mesma, rodeada de suas hipocrisias, falsidades e preconceitos.
E dentre tantas opções feitas pelo audiovisual brasileiro pra TV aberta esse ano, terminei a série feliz por ter escolhido me aventurar nessa história. Como li em um dos comentários, "viciei acidentalmente" e acabei amando!
Que delicadeza de temporada! É inacreditavelmente nostálgica. Pra quem assistiu ao filme Psicose, a quarta temporada traz um gostinho ainda mais especial (dica: assistam!)
A forma como eles retomam a história do filme, é brilhante: a despedida de Norma no 9º episódio - que para muitos viria só na última temporada - é épica. A busca pelo corpo da mãe por Norman - e a arrepiante atuação de Vera Formiga até mesmo como um cadáver - faz essa temporada se tornar aquelas que permanecerão fixas na cabeça mesmo depois do fim da série. - Me fez relembrar a 4ª temporada de Dexter, com outra despedida de personagem tão arrepiante quanto!
Confesso que as primeiras temporadas pareceram, por vezes, arrastadas. Mas, que bom que acompanhamos até aqui! Ao recordarmos de Psicose, percebemos que a série acompanha o "ritmo" devagar e sombrio que as coisas acontecem, para então chegar ao momento em que o filme se passa. Aqui a série deixa de ser uma simples referência à obra de Hithcook, para se tornar um prólogo arrepiante, com um Freddie Highmore assustador!
Que venha a quinta temporada! Que venha então, Psicose!
Netflix entrando com tudo no ramo de séries musicais! Aqui, a música não está perdida, estilo aquelas séries que as pessoas estão conversando e do nada tudo vira canção no meio da rua. Não! Aqui a música tem história, tem contexto, tem força e MENSAGEM! Cada palavra cuidadosamente encaixada, para nos contar o passado de uma Nova Iorque banhada em preconceito, falta de oportunidades e um Hip Hop que vem para trazer esperança e sonhos, sem deixar de dizer verdades.
Uma mistura de música black, funk, disco, gospel, rap, grafite, uns cabelos black power, sonhos, indústria musical, romance, uns passinhos de baile charme, guangues de nova iorque, duelo musical e um grupo estilo beat boys + jackson five que nos faz ficar na dúvida se acompanhamos as legendas ou se levantamos e dançamos, formam uma série primorosa que acaba já te fazendo pedir por mais.
Definitivamente a Netflix não está pra brincadeira! <3
Filme ousado e incrivelmente assustador, carregado de críticas políticas e sociais. Crítica disfarçada de comédia, ficção misturada com documentário, que por sua vez, expõe uma Alemanha que ainda carrega, mesmo que dormente, pensamentos preconceituosos (de alguns).
Sem dúvida, as partes mais assustadoras do filme são aquelas que, sutilmente, percebemos tratar-se da realidade, filmadas em público. O ator ri, enquanto alguns falam sério o que pensam. Os pensamentos de Hitler realmente deixaram de existir? A guerra acabou ou nos é mascarada por Hitlers da atualidade que nos empurram programas de culinária? Expor as feridas do país se torna cômico e aceitável, mas a morte de um cachorro na TV é mais assustadora? Sem contar a figura do jornalista estampada em um personagem bobo e influenciável, que ao descobrir a verdade e tentar expô-la, é pintado como louco. Manipuladores e manipulados.
E por fim, Hitler termina o filme expondo "o terror" pra sociedade atual, nas frases: "Você nunca se perguntou porque as pessoas me seguem? Porque, no fundo, ela são como eu (...). O mundo muda, mas as pessoas não." E finaliza: "nós somos o povo", afinal, Hitler era o que era. E os que o elegeram eram o que?
Amy. A garota de voz tão forte, mas de personalidade tão frágil. Como dito em algum momento do documentário, "Ela só precisava de alguém que dizesse não pra ela". E a sua maior felicidade que era cantar, acabou tornando-se o seu pior pesadelo. E ela, frágil desde o princípio, foi cansando de escutar "os poucos NÃOS" que tentavam salvá-la. Desistiu. Largou mão. Se apavorou. E no desespero, foi se escondendo atrás do vício, se cegando por um amor que a destruída, pais que não sabiam dizer o NÃO que ela desde pequena precisava ouvir, de empre$$$ários e uma mídia cruel.
Como disse Tony Bennett, se ela tivesse sobrevivido, o que teríamos dito era "vá com calma na vida Amy, você é importante demais". Será que escutando de um ídolo, ela acordaria do pesadelo? Nunca vamos saber. Mas de uma coisa temos certeza, Tony. Ela foi importante demais!
..."esta vai ser minha obra de arte". E Tarantino termina o filme com a frase que gostaríamos de dizer a ele após acabarmos de assistir, suponho eu. Sim, definidamente uma obra-prima. O que mais me intrigou foram os tamanhos das cenas, longas, porém na medida certa para criar todo o clima de tensão que o filme pede. É como se ficássemos literalmente numa plateia de uma cadeira elétrica. Sabemos o que vai acontecer: sangue vai rolar, é só esperar.
E com um elenco incrível, um Brad Pitt deixa de ser o queridinho das mulheres para nos trazer o final da Segunda Guerra que todos gostaríamos de assistir.
Como faz pra arrancar esse vazio que fica no estômago depois que o filme acaba? Logo na primeira cena já começamos a adorar o casal. Por horas nos irritamos com a instabilidade de Dex. Por outras com a insegurança de Em, e por muitas vezes, com a demora para que tudo acontecesse. E assim somos levados por 20 anos de espera junto com o casal até que...
a morte acontece! É inevitável não pensarmos no "como seria se eles estivessem realmente há 20 anos juntos? Ainda se amariam? Ainda teriam um ao outro? Teriam se cansado? Talvez toda essa espera e mudanças tenham sido necessárias para que chegassem 20 anos depois seguros de que foram feitos um para o outro, mas sem dúvidas, o "um pro outro" sempre existiu.
Muitas vezes a gente se pergunta se encontramos a pessoa certa para a nossa vida. E a resposta está neste filme: ele é seu (sua) melhor amigo (a)? Se a resposta for sim, aposte! Não importa a hora. Mas deixe acontecer...
Roteiro simples, com um final previsível, seguindo as fórmulas que já estamos acostumados de filme de esportes: perder para ganhar. O que não significa que torne o filme ruim. A luta final é envolvente, mas sem dúvidas, a atuação de Jake Gyllenhaal é o grande destaque, que faz tudo valer a pena. Jake está irreconhecível no papel. Tire aquela imagem de queridinho das mulheres nos filmes de romance. Aqui, Jake é "O Grande", tanto no personagem quanto na atuação.
Martin Scorsese, como não te amar? Sério. Confesso que comecei o filme um pouco tedioso, mas é preciso deixar se entregar à história pra compreender o filme. Chegou uma parte que até eu estava duvidando de "oh estão todos contra ele, vamos vencê-los e desvendar todo o mistério". Valeu Scorsese, você conseguiu. Agora pode trazer minhas pílulas porque estou completamente bugado.
Emocionado, assim como qualquer fã de Harry Potter. Só me fez ficar ainda mais grato por esta mulher. Passei a ler com Harry Potter. Daí então veio a paixão pela literatura e a vontade de seguir trabalhando com a escrita. Filme simples, mas que faz qualquer fã de Harry terminar com a garganta embargada com aquela cena no espelho. Obrigado J.K. por nos trazer um novo mundo.
(e agora toda vez que eu ver o K no nome dela vou me emocionar. Aff, para!)
para manter a ordem, é preciso que cada um exerça o seu papel. No caso, esteja em seu vagão. Se não, a "máquina" para.
Algumas coisas me incomodaram como o fato do filme ser longo demais e a escuridão exagerada do filme. Mas no final, consegui compreender que tudo isso foi bem pensado para nos causar exatamente isso: estranhamento.
Um filme de tirar o fôlego do começo ao fim. Nos deixa cara a cara com a realidade. Mães que deixam suas vidas para se dedicar a vida de outra família. Roteiro tão real que nos faz pensar: quantas Vals não existem por aí? E nós? Quantas pessoas já não tratamos como Val? Há quem plante desigualdade, há quem alimente, há quem discorde e há quem não faça nada pra mudar. Tantos perfis do dia a dia familiar, em um filme só.
Somos gratos por toda a entrega e dedicação a nós? E como retribuímos? "Não me acho melhor do que ninguém, só não me acho pior". Obrigado pela aula de realidade, Anna Muylaert. Precisávamos disso.
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Legendary (1ª Temporada)
4.5 103Campeões lendários para uma primeira temporada lendária! Fazia tempo que eu não perdia tanto o fôlego com um reality show como perdi com Legendary. A cada ep era coração na boca, choro, vibração. Acho que a principal mensagem do reality pra mim é união, é estender a mão. O que vi foram vários grupos de minorias tentando competir entre si, mas principalmente ganhando confiança pessoal e mostrando pra si próprios de que são bons e merecedores igual a qualquer um, mesmo que a sociedade te diga o contrário. Sem dúvida alguma Legendary já mora aqui: <3
Ps.: e adorei quem ganhou. Mostrou para uma próxima temporada que qualquer um pode ganhar, independente do caminho percorrido na temporada.
Mr. Robot (4ª Temporada)
4.6 370Que mensagem! QUANTA coisa aprendi com Mr. Robot. Elliot me fez acordar e enxergar o mundo de outra forma!
E no fim, o Elliot que conhecemos era também uma quarta personalidade para fazer com que o personagem conseguisse passar por todas as dores que a vida lhe causou. Quem não se identifica? Uma verdadeira mensagem sobre a mente humana e como ela se transforma.
"E se mudar o mundo for apenas estar aqui, se impor, não importa o quanto nos digam que não é o nosso lugar, mantendo-se íntegros mesmo quando forçados a ser falsos? Acreditando em nós mesmos, mesmo quando nos dizem que somos muito diferentes? E se todos nós nos apegarmos a isso, se nos recusarmos a ceder e obedecer, se resistirmos por tempo suficiente, quem sabe... o mundo não possa mudar à nossa volta. Mesmo se partirmos é como Mr. Robot disse: Sempre seremos parte de Elliot Alderson. E seremos a melhor parte, porque somos a parte que se impôs. NÓS SOMOS A PARTE QUE FICOU."
Eu diria mais Elliot: Nós somos a parte que ACORDOU! Obrigado, Sam Esmail!
Sombra Lunar
3.0 280 Assista AgoraAff, fiz um comentário sobre o filme e sumiu! Duas vezes! Certeza que foi alguém da Netflix que veio do futuro e apagou meu comentário, que no futuro estaria dando spoiler do filme e mostrando que a Netflix já teve filmes ruins, mas que ela apagou do catálogo após lançar esse e tá tentando apagar os vestígios de um passado fracassado.
Certeza.
Euphoria (1ª Temporada)
4.3 892Como mensurar o quão maravilhosa foi essa primeira temporada?
Você começa assistindo com o teor de: ok, mais uma série adolescente. Afinal, ela tem todos os enredos que uma série adolescente tem: o gay enrustido, o grupinho arrogante da escola, a viciada em drogas, a que sofre bullying pelo peso/aparência, a menina desejada da escola que namora o cara do time de futebol, a outra que engravida e aborta, enfim. Porém, Euphoria vem com uma proposta diferente: a forma que resolvem contar o "mais do mesmo". Consigo imaginar a cabeça dos roteiristas: "Vamos fazer uma série adolescente? Vamos! Mas e se a gente pegasse tudo o que já existe e contasse de uma forma que ninguém nunca contou?" E fizeram: com uns cortes de cena ousados, uma edição rápida, uma cronologia meio maluca, uma trilha sonora incrível e sem pudor de contar a verdade de muitas coisas que acontecem numa mente adolescente.
A série conseguiu ser redonda já na primeira temporada, deixando uma mensagem principal no final: mostrando como é a vida adolescente, de como agimos por impulso, na euforia, e de como esses impulsos, muitas vezes, acabam decidindo a vida que teremos no futuro. No último ep,
a sensação que fica é de uma despedida do colégio, com cenas recortadas dos principais personagens, direcionando pra onde as últimas ações vividas na adolescência os levarão na vida adulta, levando assim, a segunda temporada pra um novo recorte da vida desses personagens.
E você? Qual ação/escolha feita na euforia da adolescência te levou para um caminho na vida adulta?
House of Cards (6ª Temporada)
3.1 202 Assista AgoraNão foi nem de longe o final que esperava pra série, mas aceitável. Afinal, difícil um roteiro que resista diante do escândalo (podre) causado por Kevin Spacey. 🤢 No mais, a última temporada deixa recadinhos: eleitores controlados por aplicativo, jornalismo ameaçado ao tentar dizer verdades, uma presidente idolatrada pela população por se fazer de sincerona e a frase de alerta: "Quando um tirano finge ser transparente, o país deve ficar alerta". (relaxem, não chega nem perto de ser um spoiler). De certa forma, valeu por me ensinarem como funciona a podridão da política nos últimos 6 anos, Underwoods. :)
Nada Será Como Antes
3.9 30Precisei parar pra falar de Nada Será Como Antes. É de se encantar a delicadeza com que a série cuida da fotografia, atuação, roteiro e romances. De uma sensibilidade impecável.
Enquanto assistia ao último capítulo, já sofria baixinho por ter que me despedir de tantos personagens que me apeguei, e na minha cabeça fiquei tentando me decidir quem teria sido o grande destaque em uma série cheia de protagonistas. Até que surge a cena de
Julia Queiroz (Leticia Colin) revivendo seu amor por Beatriz (Bruna Marquezine) no projetor! E então me decidi. Eram elas!
Em uma série rodeada de "monstros", atores que, de certa forma já sabíamos que iam arrasar, a forma como Bruna Marquezine eternizou Beatriz, me fez senti-la presente no último capítulo, mesmo sem estar. E Leticia Colin contribuiu pra deixar esse trio amoroso ainda mais forte.
E a sensibilidade e crítica com o nome da série? Nada Será Como Antes. Em um passado onde acreditava-se a TV como um novo futuro, nos dá o recado de que a TV chegou, junto com ela muitos avanços, mas a vida das personagens nos deixa claro que a sociedade ainda é a mesma, rodeada de suas hipocrisias, falsidades e preconceitos.
E dentre tantas opções feitas pelo audiovisual brasileiro pra TV aberta esse ano, terminei a série feliz por ter escolhido me aventurar nessa história. Como li em um dos comentários, "viciei acidentalmente" e acabei amando!
Bates Motel (4ª Temporada)
4.4 721Que delicadeza de temporada! É inacreditavelmente nostálgica. Pra quem assistiu ao filme Psicose, a quarta temporada traz um gostinho ainda mais especial (dica: assistam!)
A forma como eles retomam a história do filme, é brilhante: a despedida de Norma no 9º episódio - que para muitos viria só na última temporada - é épica. A busca pelo corpo da mãe por Norman - e a arrepiante atuação de Vera Formiga até mesmo como um cadáver - faz essa temporada se tornar aquelas que permanecerão fixas na cabeça mesmo depois do fim da série. - Me fez relembrar a 4ª temporada de Dexter, com outra despedida de personagem tão arrepiante quanto!
Confesso que as primeiras temporadas pareceram, por vezes, arrastadas. Mas, que bom que acompanhamos até aqui! Ao recordarmos de Psicose, percebemos que a série acompanha o "ritmo" devagar e sombrio que as coisas acontecem, para então chegar ao momento em que o filme se passa. Aqui a série deixa de ser uma simples referência à obra de Hithcook, para se tornar um prólogo arrepiante, com um Freddie Highmore assustador!
Que venha a quinta temporada! Que venha então, Psicose!
The Get Down (1ª Temporada)
4.5 417 Assista AgoraNetflix entrando com tudo no ramo de séries musicais! Aqui, a música não está perdida, estilo aquelas séries que as pessoas estão conversando e do nada tudo vira canção no meio da rua. Não! Aqui a música tem história, tem contexto, tem força e MENSAGEM! Cada palavra cuidadosamente encaixada, para nos contar o passado de uma Nova Iorque banhada em preconceito, falta de oportunidades e um Hip Hop que vem para trazer esperança e sonhos, sem deixar de dizer verdades.
Uma mistura de música black, funk, disco, gospel, rap, grafite, uns cabelos black power, sonhos, indústria musical, romance, uns passinhos de baile charme, guangues de nova iorque, duelo musical e um grupo estilo beat boys + jackson five que nos faz ficar na dúvida se acompanhamos as legendas ou se levantamos e dançamos, formam uma série primorosa que acaba já te fazendo pedir por mais.
Definitivamente a Netflix não está pra brincadeira! <3
Ele Está de Volta
3.8 681Filme ousado e incrivelmente assustador, carregado de críticas políticas e sociais. Crítica disfarçada de comédia, ficção misturada com documentário, que por sua vez, expõe uma Alemanha que ainda carrega, mesmo que dormente, pensamentos preconceituosos (de alguns).
Sem dúvida, as partes mais assustadoras do filme são aquelas que, sutilmente, percebemos tratar-se da realidade, filmadas em público. O ator ri, enquanto alguns falam sério o que pensam. Os pensamentos de Hitler realmente deixaram de existir? A guerra acabou ou nos é mascarada por Hitlers da atualidade que nos empurram programas de culinária? Expor as feridas do país se torna cômico e aceitável, mas a morte de um cachorro na TV é mais assustadora? Sem contar a figura do jornalista estampada em um personagem bobo e influenciável, que ao descobrir a verdade e tentar expô-la, é pintado como louco. Manipuladores e manipulados.
E por fim, Hitler termina o filme expondo "o terror" pra sociedade atual, nas frases: "Você nunca se perguntou porque as pessoas me seguem? Porque, no fundo, ela são como eu (...). O mundo muda, mas as pessoas não." E finaliza: "nós somos o povo", afinal, Hitler era o que era. E os que o elegeram eram o que?
Vale a reflexão, e o chute no estômago!
Amy
4.4 1,0K Assista AgoraAmy. A garota de voz tão forte, mas de personalidade tão frágil. Como dito em algum momento do documentário, "Ela só precisava de alguém que dizesse não pra ela". E a sua maior felicidade que era cantar, acabou tornando-se o seu pior pesadelo. E ela, frágil desde o princípio, foi cansando de escutar "os poucos NÃOS" que tentavam salvá-la. Desistiu. Largou mão. Se apavorou. E no desespero, foi se escondendo atrás do vício, se cegando por um amor que a destruída, pais que não sabiam dizer o NÃO que ela desde pequena precisava ouvir, de empre$$$ários e uma mídia cruel.
Como disse Tony Bennett, se ela tivesse sobrevivido, o que teríamos dito era "vá com calma na vida Amy, você é importante demais". Será que escutando de um ídolo, ela acordaria do pesadelo? Nunca vamos saber. Mas de uma coisa temos certeza, Tony. Ela foi importante demais!
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista Agora..."esta vai ser minha obra de arte". E Tarantino termina o filme com a frase que gostaríamos de dizer a ele após acabarmos de assistir, suponho eu. Sim, definidamente uma obra-prima. O que mais me intrigou foram os tamanhos das cenas, longas, porém na medida certa para criar todo o clima de tensão que o filme pede. É como se ficássemos literalmente numa plateia de uma cadeira elétrica. Sabemos o que vai acontecer: sangue vai rolar, é só esperar.
E com um elenco incrível, um Brad Pitt deixa de ser o queridinho das mulheres para nos trazer o final da Segunda Guerra que todos gostaríamos de assistir.
Um Dia
3.9 3,5K Assista AgoraComo faz pra arrancar esse vazio que fica no estômago depois que o filme acaba? Logo na primeira cena já começamos a adorar o casal. Por horas nos irritamos com a instabilidade de Dex. Por outras com a insegurança de Em, e por muitas vezes, com a demora para que tudo acontecesse. E assim somos levados por 20 anos de espera junto com o casal até que...
a morte acontece! É inevitável não pensarmos no "como seria se eles estivessem realmente há 20 anos juntos? Ainda se amariam? Ainda teriam um ao outro? Teriam se cansado? Talvez toda essa espera e mudanças tenham sido necessárias para que chegassem 20 anos depois seguros de que foram feitos um para o outro, mas sem dúvidas, o "um pro outro" sempre existiu.
Muitas vezes a gente se pergunta se encontramos a pessoa certa para a nossa vida. E a resposta está neste filme: ele é seu (sua) melhor amigo (a)? Se a resposta for sim, aposte! Não importa a hora. Mas deixe acontecer...
Nocaute
3.8 688 Assista AgoraRoteiro simples, com um final previsível, seguindo as fórmulas que já estamos acostumados de filme de esportes: perder para ganhar. O que não significa que torne o filme ruim. A luta final é envolvente, mas sem dúvidas, a atuação de Jake Gyllenhaal é o grande destaque, que faz tudo valer a pena. Jake está irreconhecível no papel. Tire aquela imagem de queridinho das mulheres nos filmes de romance. Aqui, Jake é "O Grande", tanto no personagem quanto na atuação.
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraMartin Scorsese, como não te amar? Sério. Confesso que comecei o filme um pouco tedioso, mas é preciso deixar se entregar à história pra compreender o filme. Chegou uma parte que até eu estava duvidando de "oh estão todos contra ele, vamos vencê-los e desvendar todo o mistério". Valeu Scorsese, você conseguiu. Agora pode trazer minhas pílulas porque estou completamente bugado.
Magia Além das Palavras: A História de J.K. Rowling
4.0 226Emocionado, assim como qualquer fã de Harry Potter. Só me fez ficar ainda mais grato por esta mulher. Passei a ler com Harry Potter. Daí então veio a paixão pela literatura e a vontade de seguir trabalhando com a escrita. Filme simples, mas que faz qualquer fã de Harry terminar com a garganta embargada com aquela cena no espelho. Obrigado J.K. por nos trazer um novo mundo.
(e agora toda vez que eu ver o K no nome dela vou me emocionar. Aff, para!)
Expresso do Amanhã
3.5 1,3K Assista grátisMetáforas, como as amo. Achei tudo muito bem pensado. Resumir classes sociais e nos deixar com o pensamento do conceito de,
para manter a ordem, é preciso que cada um exerça o seu papel. No caso, esteja em seu vagão. Se não, a "máquina" para.
Se com 2 horas de filme me incomodei com o tempo e a escuridão, me imagino passando 18 anos dentro de um trem comendo baratas.
Resumindo, um filme que faz bem o seu papel. Nos apresenta a sociedade em outras "esferas" e ainda nos deixa a "esperança" de uma "nova era".
Dois sobreviventes que, provavelmente colocarão as suas regras para que a ordem se mantenha. Não tenho dúvidas disso. :)
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraUm filme de tirar o fôlego do começo ao fim. Nos deixa cara a cara com a realidade. Mães que deixam suas vidas para se dedicar a vida de outra família. Roteiro tão real que nos faz pensar: quantas Vals não existem por aí? E nós? Quantas pessoas já não tratamos como Val? Há quem plante desigualdade, há quem alimente, há quem discorde e há quem não faça nada pra mudar. Tantos perfis do dia a dia familiar, em um filme só.
Somos gratos por toda a entrega e dedicação a nós? E como retribuímos? "Não me acho melhor do que ninguém, só não me acho pior". Obrigado pela aula de realidade, Anna Muylaert. Precisávamos disso.