Kristen Wiig brilhou representando Maxine, uma personagem tanto carismática quanto complexa. E ainda que a série tenha um ritmo um tanto irregular, o tom crítico sarcástico faz cada episódio valer a pena.
A única verdade é que nunca saberemos o que de fato aconteceu com Asunta. Só não nos resta dúvidas de que duas pessoas mentalmente instáveis conseguiram adotar uma menina devido ao padrão financeiro estável. E mais: o que me assusta é pensar que o fizeram à ela em vida pode ter sido tão pior do que aconteceu por fim.
Ted Lasso segue a risca o ensinamento de nosso mestre Gil de que "é um absurdo ganhar sempre, isso não faz parte da lógica do jogo". Uma série leve e divertida que nos ensina que, ganhando ou perdendo, o importante mesmo é manter o humor.
"Toda essa tragédia acaba virando um programa de rádio para entretenimento, e enquanto estou fazendo o filme, percebo também que estamos fazendo entretenimento. Portanto, as últimas palavras precisavam ser ditas por mim, assumindo a culpa de fazer parte de uma cultura que é cúmplice." (Scorsese, 2023).
Não há romantização do cangaço, há poética por se tratar de cinema, de narrativa, de arte. Entre os cangaceiros retratados, existem os mais diversos perfis de seres humanos: assassinos, estupradores, ambiciosos, violentos. Perfis estes de pessoas que poderiam integrar ou não uma organização criminosa. Afinal, o político que tira água do povo e manda matar pessoas/famílias é melhor que algum deles?
Contudo, em meio há tanta violência e adversidades, também há amores, desamores, traumas familiares, sonhos e senso comunitário.
E para ambientar tudo isso, Cangaço Novo nos presenteia com belas imagens do sertão cearense e sua fé, costumes regionais e motivações de um povo por uma vida de existência e não apenas sobrevivência.
documentário interessante, no entanto inconclusivo. é interessante como apresenta as narrativas e os contrapontos as mesmas, mas o final deixa alguns fios soltos: não há aparição do médico indiano (o que garante que ele disse a verdade?); não se desvenda como a conta dele do zoom foi acessada depois de seu falecimento (se supostamente ninguém possuía acesso ao seu computador); estranho pensar na não participação de Omar/Michael no esquema ponzi; e afinal, cadê a tal autópsia do corpo?
e o que me garante que esse cara não planejou ter ido a Índia para fazer um testamento deixando tudo para sua esposa 12 dias antes de "morrer" e logo em seguida ter "sumido" com cerca de 150 milhões de dólares (supostamente perdidos), e estar vivo por aí? caso sim, ele é um psicopata e um gênio.
quem não gostou desse filme, ou é cult demais ou não entendeu a profundidade por trás das pseudo-bizarrices.
o tal monstro e os multiversos que perseguem a protagonista é uma metáfora em relação às frustrações que acumulamos ao longo da vida e que por ventura podemos projetar nas pessoas ao nosso redor.
ao se perceber como a única pessoa responsável por seus fracassos, sucessos, escolhas e ações, isso culmina em uma virada na mentalidade da personagem, e faz com que esta passe a olhar para si, para as outros e para a vida com mais empatia e compaixão.
afinal, quando a gente se enxerga em complexidade, nos tornamos mais compreensivos a complexidade dos outros e da vida em si.
Em um dado momento da série, Gil conta que é adepto radical da bondade. E a gente vê como isso se estende a sua música, sua vida, e na convivência com a família.
"na nossa cultura, homens aprendem a amar muitas coisas e mulheres, a amar os homens."
quem disse isso foi a psicóloga e filósofa brasileira Valeska Zanello. ela aponta que mulheres e homens se subjetivam de formas diferentes. as mulheres pelo dispositivo amoroso e materno, e os homens pelo dispositivo da eficácia. e é justamente atuando sob esses dois dispositivos femininos que o Shimon/Simon atrai essas mulheres: primeiramente fazendo elas se sentirem especiais, depois supostamente amando-as, e por mim prometendo a elas a possibilidade de uma construção familiar (morar junto, casar e ter filhos). segundo a autora, esse dispositivo amoroso feminino cria a terceirização da autoestima: uma mulher só se sente desejável caso um homem a deseje. e é justamente aí que se encontra o nosso botão de vulnerabilidade. pois nos coloca numa posição de persistência diante dessa aceitação masculina. e é por isso que Cecilie, Pernilla e Ayleen continuam se endividando, pois elas acreditam que precisam dessa validação de Shimon/Simon.
Zanello diz que o dispositivo masculino é o da eficácia e está relacionado a ser um bom provedor/trabalhador e sexualmente ativo. e o método de Simon/Shimon é, em um primeiro momento, mostrar ser um homem bem sucedido e prover suas novas vítimas (com o dinheiro das anteriores). e sem deixar de exercer o segundo eixo do dispositivo masculino: ir para cama com o maior número de mulheres (loiras!) que ele conseguir.
e talvez, no fundo, Shimon/Simon acredite que não esteja cometendo um crime e sim fazendo um favor a todas elas - e concluo isso (antes que venham me acusar de generalização) por não estarmos tratando de um homem qualquer, mas de um estelionatário e possível psicopata.
tive que assistir duas vezes para conseguir digerir o que eu estava vendo.
é um filme um tanto incômodo, pois não estamos acostumados a lidar com o abandono materno e de certa forma naturalizamos o paterno. no entanto, é uma boa reflexão de desromantização da maternidade - que pouco tem de romântica na prática. quanto a personagem Leda: pelo que parece, ela não teve uma boa mãe, e isso refletiu na própria experiência de maternidade que ela teve com suas filhas Bianca e Martha. o que nos leva a concluir que: a maternidade (assim como a paternidade) não é algo inerente a todos nós e se, mulheres e homens, tivessem essa consciência, teríamos menos filhas (os) perdidos por aí. não que ser mãe ou pai tenha que ser um peso na vida das pessoas (redes de apoio são importantes!). mas que ao tomar essa decisão, que estes estejam cientes da responsabilidade que estão assumindo.
interessante ver os cortes de narrativas entre o que Sarah narra e o que realmente acontece na vida desse casal. não há mocinho ou vilão. são duas pessoas potencialmente reais (com virtudes e falhas), inteligentes, interessantes, que viveram intensamente, os prazeres e desprezares, do casamento, da criação dos filhos, enfim, do amor.
"então nós começamos a aprender sobre suas vidas... vindo a tornar memórias coletivas de momentos que nunca vivemos. sentimos o aprisionamento de ser uma garota. o jeito que fez de sua mente, uma sonhadora... então você acabou aprendendo quais corem combinavam. nós sabíamos que as meninas eram, na verdade, mulheres fingindo que conheciam o amor e até a morte. e o nosso trabalho era somente criar a impressão do que parecia fasciná-las. nós sabíamos que elas sabiam tudo sobre nós. e que não podíamos entendê-las completamente."
a história dessas cinco meninas é uma metáfora para Sofia Coppola falar sobre o aprisionamento de ser uma garota. e o quanto esse aprisionamento desde tão cedo molda a nossa existência feminina.
Miranda, obrigada por ter sido a melhor personagem. Samantha, obrigada por ter em muitos momentos carregado essa série nas costas. Steve e Aidan, obrigada por terem sido os melhores personagens masculinos e nos mostrarem que ainda existem alguns caras legais. Harry e Smith, obrigada por terem sido os melhores parceiros que Charlotte e Samantha poderiam ter. Carrie e Charlotte, obrigada por terem me ensinado quem eu não quero ser na vida (apesar de reconhecer o desenvolvimento da York ao longo das temporadas). Carrie e Big, vocês se merecem.
Palm Royale (1ª Temporada)
3.6 14 Assista AgoraKristen Wiig brilhou representando Maxine, uma personagem tanto carismática quanto complexa. E ainda que a série tenha um ritmo um tanto irregular, o tom crítico sarcástico faz cada episódio valer a pena.
O Caso Asunta
3.2 29 Assista AgoraA única verdade é que nunca saberemos o que de fato aconteceu com Asunta.
Só não nos resta dúvidas de que duas pessoas mentalmente instáveis conseguiram adotar uma menina devido ao padrão financeiro estável. E mais: o que me assusta é pensar que o fizeram à ela em vida pode ter sido tão pior do que aconteceu por fim.
Ted Lasso (1ª Temporada)
4.4 244 Assista AgoraTed Lasso segue a risca o ensinamento de nosso mestre Gil de que "é um absurdo ganhar sempre, isso não faz parte da lógica do jogo". Uma série leve e divertida que nos ensina que, ganhando ou perdendo, o importante mesmo é manter o humor.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 615 Assista Agora"Toda essa tragédia acaba virando um programa de rádio para entretenimento, e enquanto estou fazendo o filme, percebo também que estamos fazendo entretenimento. Portanto, as últimas palavras precisavam ser ditas por mim, assumindo a culpa de fazer parte de uma cultura que é cúmplice." (Scorsese, 2023).
Cangaço Novo (1ª Temporada)
4.4 208 Assista AgoraNão há romantização do cangaço, há poética por se tratar de cinema, de narrativa, de arte. Entre os cangaceiros retratados, existem os mais diversos perfis de seres humanos: assassinos, estupradores, ambiciosos, violentos. Perfis estes de pessoas que poderiam integrar ou não uma organização criminosa. Afinal, o político que tira água do povo e manda matar pessoas/famílias é melhor que algum deles?
Contudo, em meio há tanta violência e adversidades, também há amores, desamores, traumas familiares, sonhos e senso comunitário.
E para ambientar tudo isso, Cangaço Novo nos presenteia com belas imagens do sertão cearense e sua fé, costumes regionais e motivações de um povo por uma vida de existência e não apenas sobrevivência.
Não Confie em Ninguém: A Caça ao Rei da Criptomoeda
3.2 17documentário interessante, no entanto inconclusivo.
é interessante como apresenta as narrativas e os contrapontos as mesmas, mas o final deixa alguns fios soltos: não há aparição do médico indiano (o que garante que ele disse a verdade?); não se desvenda como a conta dele do zoom foi acessada depois de seu falecimento (se supostamente ninguém possuía acesso ao seu computador); estranho pensar na não participação de Omar/Michael no esquema ponzi; e afinal, cadê a tal autópsia do corpo?
e o que me garante que esse cara não planejou ter ido a Índia para fazer um testamento deixando tudo para sua esposa 12 dias antes de "morrer" e logo em seguida ter "sumido" com cerca de 150 milhões de dólares (supostamente perdidos), e estar vivo por aí? caso sim, ele é um psicopata e um gênio.
Um Vento Sagrado
4.4 2"Fé é a confiança em Deus, nos Orixás e em si mesmo."
sábio e iluminado Pai Agenor <3
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista Agoraquem não gostou desse filme, ou é cult demais ou não entendeu a profundidade por trás das pseudo-bizarrices.
o tal monstro e os multiversos que perseguem a protagonista é uma metáfora em relação às frustrações que acumulamos ao longo da vida e que por ventura podemos projetar nas pessoas ao nosso redor.
ao se perceber como a única pessoa responsável por seus fracassos, sucessos, escolhas e ações, isso culmina em uma virada na mentalidade da personagem, e faz com que esta passe a olhar para si, para as outros e para a vida com mais empatia e compaixão.
afinal, quando a gente se enxerga em complexidade, nos tornamos mais compreensivos a complexidade dos outros e da vida em si.
Educação
3.8 1,2K Assista Agoraa educação é importante para todos, mas é essencial para as mulheres. por mais enganos que tenhamos pelo caminho: meninas, estudem!
Em Casa com os Gil (1ª Temporada)
4.5 26 Assista AgoraEm um dado momento da série, Gil conta que é adepto radical da bondade. E a gente vê como isso se estende a sua música, sua vida, e na convivência com a família.
Inventando Anna
3.4 173 Assista Agoraa minissérie - que não teve nada de "mini" (9 episódios de uma hora!) - soou quase como uma defesa de Anna Sorokina.
interessante - e surreal - por se tratar de uma história real, porém penso que poderia ter sido de fato mini (o que daria mais dinamismo a série).
O Golpista do Tinder
3.5 418"na nossa cultura, homens aprendem a amar muitas coisas e mulheres, a amar os homens."
quem disse isso foi a psicóloga e filósofa brasileira Valeska Zanello. ela aponta que mulheres e homens se subjetivam de formas diferentes.
as mulheres pelo dispositivo amoroso e materno, e os homens pelo dispositivo da eficácia.
e é justamente atuando sob esses dois dispositivos femininos que o Shimon/Simon atrai essas mulheres: primeiramente fazendo elas se sentirem especiais, depois supostamente amando-as, e por mim prometendo a elas a possibilidade de uma construção familiar (morar junto, casar e ter filhos).
segundo a autora, esse dispositivo amoroso feminino cria a terceirização da autoestima: uma mulher só se sente desejável caso um homem a deseje. e é justamente aí que se encontra o nosso botão de vulnerabilidade. pois nos coloca numa posição de persistência diante dessa aceitação masculina. e é por isso que Cecilie, Pernilla e Ayleen continuam se endividando, pois elas acreditam que precisam dessa validação de Shimon/Simon.
Zanello diz que o dispositivo masculino é o da eficácia e está relacionado a ser um bom provedor/trabalhador e sexualmente ativo. e o método de Simon/Shimon é, em um primeiro momento, mostrar ser um homem bem sucedido e prover suas novas vítimas (com o dinheiro das anteriores). e sem deixar de exercer o segundo eixo do dispositivo masculino: ir para cama com o maior número de mulheres (loiras!) que ele conseguir.
e talvez, no fundo, Shimon/Simon acredite que não esteja cometendo um crime e sim fazendo um favor a todas elas - e concluo isso (antes que venham me acusar de generalização) por não estarmos tratando de um homem qualquer, mas de um estelionatário e possível psicopata.
tive que assistir duas vezes para conseguir digerir o que eu estava vendo.
por fim, obrigada, Ayleen!!!
A Filha Perdida
3.6 573é um filme um tanto incômodo, pois não estamos acostumados a lidar com o abandono materno e de certa forma naturalizamos o paterno. no entanto, é uma boa reflexão de desromantização da maternidade - que pouco tem de romântica na prática.
quanto a personagem Leda: pelo que parece, ela não teve uma boa mãe, e isso refletiu na própria experiência de maternidade que ela teve com suas filhas Bianca e Martha.
o que nos leva a concluir que: a maternidade (assim como a paternidade) não é algo inerente a todos nós e se, mulheres e homens, tivessem essa consciência, teríamos menos filhas (os) perdidos por aí.
não que ser mãe ou pai tenha que ser um peso na vida das pessoas (redes de apoio são importantes!). mas que ao tomar essa decisão, que estes estejam cientes da responsabilidade que estão assumindo.
Monsieur e Madame Adelman
4.1 134interessante ver os cortes de narrativas entre o que Sarah narra e o que realmente acontece na vida desse casal.
não há mocinho ou vilão. são duas pessoas potencialmente reais (com virtudes e falhas), inteligentes, interessantes, que viveram intensamente, os prazeres e desprezares, do casamento, da criação dos filhos, enfim, do amor.
Harry Potter: O Campeonato das Casas de Hogwarts
3.4 32 Assista Agorafeliz por Lufa-Lufa, mas como assim Corvinal não estava na final?
O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel
4.4 1,9K Assista Agorameu único arrependimento foi não ter assistido antes (e já quero ler os livros)!
Chico: Artista Brasileiro
4.3 85é sempre bom saber um pouco mais sobre Chico, conhecer mais alguma brecha da sua intimidade - e ainda cantar novamente suas belas canções.
de fato, eu AMO esse homem!
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista Agora"então nós começamos a aprender sobre suas vidas... vindo a tornar memórias coletivas de momentos que nunca vivemos. sentimos o aprisionamento de ser uma garota. o jeito que fez de sua mente, uma sonhadora... então você acabou aprendendo quais corem combinavam. nós sabíamos que as meninas eram, na verdade, mulheres fingindo que conheciam o amor e até a morte. e o nosso trabalho era somente criar a impressão do que parecia fasciná-las. nós sabíamos que elas sabiam tudo sobre nós. e que não podíamos entendê-las completamente."
a história dessas cinco meninas é uma metáfora para Sofia Coppola falar sobre o aprisionamento de ser uma garota.
e o quanto esse aprisionamento desde tão cedo molda a nossa existência feminina.
Um Ano em Nova York
3.4 29"queria escrever livros, falar cinco línguas e viajar."
te entendo, Joanna.
Sex and the City (6ª Temporada)
4.4 178Miranda, obrigada por ter sido a melhor personagem.
Samantha, obrigada por ter em muitos momentos carregado essa série nas costas.
Steve e Aidan, obrigada por terem sido os melhores personagens masculinos e nos mostrarem que ainda existem alguns caras legais.
Harry e Smith, obrigada por terem sido os melhores parceiros que Charlotte e Samantha poderiam ter.
Carrie e Charlotte, obrigada por terem me ensinado quem eu não quero ser na vida (apesar de reconhecer o desenvolvimento da York ao longo das temporadas).
Carrie e Big, vocês se merecem.
Se chorei? Sim. Se sentirei saudades? Obviamente.
Sublocação
3.6 33"não sei, talvez este seja o meu protesto.
deixar este lugar e pensar apenas em mim pelo menos uma vez.
viver de verdade,
não apenas sobreviver."
um filme simples e ao mesmo tempo profundo. uma grata surpresa.
Um Domingo Maravilhoso
4.3 29"Lembra que eu disse: 'sonhos não enchem barriga'?
Eu retiro.
Por quê?
Eu não jantei esta noite, e sequer tenho fome."
Sem querer romantizar a miséria, muito pelo contrário, Kurosawa mostra nesse filme como os sonhos alimentam a alma quando nada mais resta.
O Sétimo Selo
4.4 1,0KDe fato, Bergman, só a arte pode nos salvar da vida e da morte.
Watchmen
4.4 562 Assista Agora"Não dá para se curar usando uma máscara, Angela.
Feridas precisam de ar."