Essa segunda temporada simplesmente passou pisando em 95% do MCU sem NENHUMA dificuldade. Eu achei a primeira okay, visual bom, trilha sonora boa, história meh. A segunda é uma excelente série de sci-fi e uma ótima jornada para o personagem Loki. E OS VISUAIS AAA! Bom demais!
Achei os visuais perfeitos? Sim. Direção do Bayona e Charlotte principalmente. A direção do Wayne tem problemas de ritmo, mas é boa tb. Achei o roteiro perfeito? não. Uma rearranjada em algumas coisas faria bem à série. Mas eu defendo que o hate que a série leva tem muito a ver com expectativas, especialmente de gênero. Até fiz video no YouTube sobre. OSDA é uma narrativa de aventura em seu sentido mais puro. A jornada do herói tá ali escancarada tin tin por tin tin, e o gênero aventura, e aventura de travessia inclusive, tá ali também na sua cara. Nos primeiros dez minutos de filme já sabemos quem é o vilão, qual é a ameaça e logo em seguida conhecemos o herói e sua jornada. A série NÃO é estruturada como aventura. E eu acho que aí tá o ponto chave da maioria das reclamações. Pra mim, DESDE A PRIMEIRA cena, ao invés de termos um enredo que nos é apresentado como uma aventura, a gente tem um drama de mistério. O que vai mover a narrativa de mistério são perguntas, não conflitos estabelecidos entre protagonistas e antagonistas, mas as possibilidades de conflito, aquela tensão de não saber em quem confiar, quais são as reais intenções das pessoas, e à medida que a narrativa avança, ela vai te apresentando em quem você pode confiar, mas também vai fazer você desconfiar de muita gente, nos melhores moldes de: TODO MUNDO É SUSPEITO. Então toda essa movimentação na internet de falar: AH ESSE AQUI É SAURON, não não esse aqui é Sauron! e também o fato de que alguns personagens ainda estão revelando se são confiáveis ou não, é fruto da série sendo muito bem sucedida em ser um drama de mistério. Mas eu vou dizer que não culpo o público por criar expectativas de se deparar com uma história épica de aventura nos moldes mais tradicionais, pq geralmente é isso que se espera de uma narrativa de Tolkien (embora eu acho que ele tem mais mistério nos livros do que o Peter Jackson colocou nos filmes, então acho que pra quem SÓ conhece os filmes, talvez seja mais estranho ainda). E eu vou botar uma parcela dessa culpa na divulgação da série também, pq eles poderiam sim ter vendido nos trailers um pouco mais dessa atmosfera de mistério da série ao invés de só terem feito belíssimos power points pra dizer: “olha só, gastamos um dinheirão nesse cenário aqui”.
Achei engraçado todo mundo preferindo a primeira. Pois eu achei essa bem melhor rs. O ritmo dela é melhor. Tem sim alguns dos mesmos problemas da primeira, mas eles resolveram total o ritmo da temporada. E acho que na primeira, talvez por falta de orçamento, exploraram menos as chaves do que nessa.
Que série fantástica. Muitos talvez achem cansativa por causa dos longos monólogos e o foco nos personagens e seu desenvolvimento. Mas 1) eu achei apenas um ou dois monólogos longos demais. As séries do Flanagan geralmente possuem monólogos lindíssimos (achei que aqui foram melhor aplicados do que em Bly Manor, essa sim eu acho que teve problemas de ritmo); 2) eles são importantíssimos pois ajudam na construção tanto dos personagens quanto do sistema de fé deles, que é a alma da série. A discussão religiosa é extremamente bem feita e complexa, e embora possua suas críticas ferrenhas ao fanatismo cristão, não "vilaniza" a religião em si (como muitos fazem, e não os culpo, mesmo sendo cristão) e sim o uso dela. Tudo isso faz com que o horror da série seja muito mais doloroso, pois a gente acaba se importando e torcendo pelos personagens. E essa é uma das visões atuais mais criativas que já vi sobre
ICÔNICA. Uma das melhores coisas que o MCU já produziu. Abordou temas parecidos com os de Guerra Civil e SURROU o filme kakaka. Aliás, surrou muita coisa do MCU. Acho que a final apressou demais algumas coisas que precisavam de um pouquinho mais de tempo, mas num geral o saldo é muito positivo. E pelo amor de Deus tragam Kari Skogland pra dirigir Cap. América 4. Ela é uma EXCELENTE diretora.
Eu curti na maior parte. Boa cinematografia, na maior parte bons efeitos, em grande parte bom ritmo. As atuações nem todas funcionam, mas nenhuma compromete a narrativa, que aliás é bem construída. Dava pra melhorar a representatividade (que já existe, mas senti falta de mais pessoas indígenas, por exemplo). Mas num geral o saldo é positivo.
A primeira temporada de The Sinner (a única que vi até o momento) possui ganchos excelentes e um caso intrigante. Vários dos seus episódios tem direção acima da média, com cinematografia incrível. Nem todos acompanham essa qualidade, mas num geral é ótima. Outra inconsistência, e o maior problema da série ao meu ver, é o ritmo. A temporada poderia ser mais curta e enxugada, focando mais no caso em si. Quanto à vida pessoal de Harry Ambrose, que é a segunda coisa que mais ocupa o tempo de narrativa, poderia ter sido contada de forma mais ágil também. Esperava um pouco mais de mística envolvendo a solução do crime. Por místico, não me refiro ao sobrenatural em si, mas à exploração da temática religiosa de forma mais profunda - como é feito em True Detective, por exemplo. Não é um defeito em si, porém, mas sim uma questão de expectativa da minha parte. Mas num geral o saldo é positivo.
Uma aula de como criar interesse no espectador. A série não é perfeita. Alguns personagens que parecem entrar e sair da narrativa sem muita personalidade (servem apenas como ferramentas para o desenvolvimento da própria Beth). O enredo possui alguns gags que acabam tornando algumas saídas previsíveis uma vez que você entendeu o "jogo" (sem trocadilhos) dos roteiristas. Mas ao mesmo tempo, eles sabem muito bem estabelecer um bom ritmo e a direção dos episódios é fundamental para manter o interesse (particularmente do primeiro e do último episódios). No último episódio, por exemplo, a direção sabe muito bem manipular o interesse do espectador ao brincar de escolher quando a gente pode ou não ver/ouvir o que está acontecendo no jogo ou
plantando tentações sutis como garrafas de bebida num corredor em que a Beth está andando, fazendo a gente se perguntar se ela vai conseguir se manter sóbria ou não
Um destaque especial para a trilha sonora de Carlos Rafael Rivera, belíssima. A Anya Taylor Joy dispensa comentários, Isla Johnston não faz feio como a jovem Beth. Além delas, destaco a Marielle Heller. Excelente entretenimento. Inclusive para quem, como eu, não entende nada de xadrez. Só lamento que nunca tenha existido, na vida real, alguém como Beth Harmon. Digo, talvez tenha existido, mas não alguém que os homens deixaram chegar tão longe.
EDIT: Como enalteci Os Cambito da Rainha, me senti na obrigação moral de ir ver "Rainha de Katwe" e conhecer a Beth Harmon da vida real - que se chama Phiona Mutesi, é preta e de Uganda. Pensa num filme que parte e aquece o coração igual?
Para quem prestou a devida atenção, a primeira sequência de Lovecraft Country era um indício do que seria a série. Não apenas o sonho absurdo, cheio de referências e loucura do Tic, mas sua fala para a única companheira preta de viagem: "Eu amo histórias pulp, adoro como os heróis tem aventuras em outros mundos, lutam, rodeados de outros, derrotam os monstros, salvam o dia. Garotinhos pretos do Sul de Chicago não fazem muito disso."
Isso já deveria ter avisado aos desavisados que não seria uma série de puro terror lovecraftiano. Embora as referências diretas ao terror cósmico, shoggoth, ocultismo, o Livro dos Nomes, o território Lovecraft (a região de Massachusets onde se passavam a maioria das histórias do autor) e o claro comentário no racismo de HP, a série não se propõe a ser apenas isso. Além dos subgêneros de terror - cósmico, sobrenatural, body horror etc. - a série contém fantasia, sci-fi e aventura. E toneladas de referências à "cultura pulp" de então.
Eu disse isso aqui em um dos meus comentários enquanto os episódios ainda estavam sendo exibidos e vou repetir: Lovecraft Country é, antes de qualquer coisa, uma carta de amor a todos os pretos nerds que amavam ler todas essas histórias, mas nunca se viam nelas (exceto quando eram o alívio cômico ou morriam logo no início).
É também uma aula de história sobre racismo nos Estados Unidos. É comum vermos as histórias norte-americanas focando nos estados segregados, mas a série toca numa ferida ainda pouco falada por lá: a segregação também existia onde não havia leis Jim Crow. Desde as cidades do Poente no primeiro episódio ao massacre de Tulsa referenciado no excelente episódio 9, a série é pra ser divertida, mas também é pra ser reflexiva. E as reflexões são excelentes. Não apenas raciais, mas de gênero e de sexualidade. As referências são inúmeras. Tantas que é melhor pesquisar quantas são.
Em termos técnicos, alguns episódios se destacam. O primeiro continua sendo um dos melhores pilotos que eu já vi na vida. Apesar da pequena decepção que é o segundo (pequena sim, pois o episódio possui vários bons momentos), a série nunca volta a ter o mesmo clima, mas mantém o nível. Dito isso, considero que, infelizmente, o último episódio apressou demais as coisas. Poderíamos ter tido um episódio mais longo pra explicar melhor todo o processo e tornar os acontecimentos e mensagens do episódio menos "na cara". As respostas estão todas ali, mas dadas de modo apressado demais. Não tenho problema com os fatos, apenas em como eles foram contados. Embora a série NUNCA se torne ruim, ela lutou um pouco pra manter o mesmo nível no decorrer da temporada. A final foi satisfatória - podendo ser muito bem uma conclusão da história - apesar de tudo.
Eu não vou nem comentar o elenco maravilhoso. Espero que essas pessoas consigam mais emprego depois dessa série.
Então não, não considero a série perfeita. Mas ela me marcou profundamente e, dentro dos subgêneros que adotou, teve um efeito em mim muito parecido com o de Pantera Negra teve no subgênero do super herói. E se existe algo que tenho certeza, é que Lovecraft Country está muito, mas muito longe de ser ruim. E, mesmo com seus defeitos, como o próprio Atticus Freeman diria:
"Histórias são como pessoas. Amá-las não significa pensar que são perfeitas. Só podemos estimá-las, ignorar as falhas."
Acho que a finale poderia ter sido um pouco melhor conduzida. Eu não acho que foi ruim O QUE aconteceu, mas a forma apressada como as coisas aconteceram. Por isso a finale parece bem apressada e uma pequena decepção depois do excelente episódio que foi o nono. A season finale não tornou a série ruim, mas se fosse um episódio excelente teria redimido os dois únicos que achei um pouco abaixo do resto (o segundo e o sexto). Mas ficou mais ou menos no mesmo nível. Foram conclusões satisfatórias contadas de um jeito apressado, não satisfatório. Ainda assim, uma série que merece mais hype, mais reconhecimento e definitivamente NÃO merece o hate de alguns que não entenderam a proposta.
um canal de reactors que assisti pontuou que a mulher com o braço robótico que entregou o livro pro Tic no futuro quando ele atravessou o portal pode ser a Dee, que talvez precise amputar o braço pra acabar com a maldição no próximo eps.
GENTE? Eu tinha curtido demais a jornada do episódio 7, que episódio lindo. MAS O QUE FOI O EPS 8 PLMDDS MEU PAI!???? Um dos melhores da temporada disparado e clímax pau a pau com o do primeiro. Socorro!
E eu amo como pequenas informações do início da temporada começaram a voltar agora, por exemplo
a piadinha do Tic no primeiro episódio sobre o pai dele valorizar tanto a educação mas não saber escrever, finalmente foi explicada pela dislexia dele. Outra coisa, mais óbvia é o feitiço na porta que eu já tinha até esquecido
No mais, todo o lance do Emmett Till (Bobo) foi pesadíssimo e trabalhado de forma ao mesmo tempo sensível, assustadora e impactante. Inclusive,
gostaria de saber se a Christina vai falar sobre o que ela fez com a Ruby no próximo episódio, em experimentar a morte do Bobo... aliás foi uma maneira brutal e inteligente - sem desrespeitar nem precisar fazer pretos passarem por isso - de fazer a gente ver o quão brutal foi a morte dele... pesadíssimo.
O sexto episódio só provou meu ponto de que quem não curtiu, não entendeu a proposta. Não to dizendo que a série é toda perfeita como o primeiro eps (que é perfeito). Eu não gosto do segundo eps. Mas depois dele, acho que apesar da qualidade oscilar, não tem nenhum episódio RUIM (nem mesmo o segundo é ruim). Eu entendo a pessoa não gostar pq era diferente. Mas dizer que é ruim me parece puro pedantismo (pra não dizer outra coisa).
Eu tinha visto o promo do eps. 6 e ficado com medo de ser filler e
metade dele meio que é, mas era necessário pra gente conhecer melhor quem era a Ji-Ah, mas a partir do momento que o Atticus entra em cena, os conflitos de interesse tornam o eps interessante e a discussão moral é incrível. Dá pra conhecer melhor o Atticus tb e acho que deixou traços de curiosidade pelo futuro da série, já que vimos flashes do que pode acontecer
Mas o promo do eps de hoje me deixou com medo tb. Veremos.
Pra quem quiser complementar o conhecimento em relação à mitologia da série, a HBO tá lançando podcasts (têm os originais e tem o brasileiro) semanais da série, e também um "guia de estudos" da série que lançaram essa semana (só procurar "LovecraftCountry Syllabi). Eu colaria os links aqui, mas marca como spam.
Acho que a galera esperava uma coisa, recebeu outra e não se abriu pra entender o que é essa outra coisa que recebeu. Está na cara de Lovecraft Country não é uma série presa a apenas um gênero, não é exatamente sobre Lovecraft - há de se lembrar que é baseada num livro com várias aventuras dos mesmos personagens e frequentemente livros de contos recebem o nome de um dos contos - nesse caso, no primeiro conto do livro que deu origem aos dois primeiros episódios da série e leva o nome que leva por se passar no chamado "Território Lovecraft". Lovecraft é UMA referência à "cultura pop" da série. Existem muitas outras. Claro, até agora NENHUM dos episódios foi capaz de superar o primeiro, mas estão longe de ser ruins como estão falando. Alguns estão dizendo que foi o quarto eps, mas pra mim o segundo foi a derrapada mais feia até agora. Alguns ajustes e minutos a mais, resolveria grande parte do problema. O episódio quatro vem em seguida como "mais fraco" em termos de "horror", mas em compensação entregou um bom desenvolvimento dos personagens principais que acho válido e ainda mostrou que a série tem sim um fio condutor maior do que as "aventuras do episódio".
Dito isso, eu chego numa conclusão que provavelmente é o que incomoda muita gente na série: Lovecraft Country não se restringe ao gênero horror e definitivamente não possui interesse em ser uma história lovecraftiana. É uma carta de amor a todos os pretos nerds que passaram a vida sem se sentirem representados nos livros e HQs de horror, fantasia, sci-fi e aventura.
EDIT: tirando os platinados, o elenco da série é incrível, mas MDS, a Jurnee Smollet é uma MONSTRA de atriz!
Terceiro eps bem emocional e não de uma forma piegas, foi bem feito pacas! tá me surpreendendo essa série! Os twists e os relacionamentos ficando mais profundos e complicados... me saindo melhor que a encomenda!
Segundo episódio ainda melhor que o primeiro. Dá continuidade ao que foi começado, desenvolvendo bem os personagens, principalmente Lauren, Andy e Caitlin... Bons efeitos ainda, ritmo comercial... Adorei!
AMEI esse negócio. Fui assistir despretensiosamente. Eu amei desde a primeira cena, mas alguns podem demorar a começar a gostar - principalmente por que a sua protagonista demora deixar de ser uma personagem chata. Mas em certo momento, a série prende de tal forma que você não consegue desgrudar os olhos. Não sou uma pessoa da comédia, mas AMO o tipo de humor sutil e inteligente que a série propõe. A reconstituição dos anos 80 é uma das melhores que já vi - principalmente em maquiagem e até mesmo fotografia. E olha, que representação linda da mulher. O fato da série ser roteirizada e dirigida das mulheres colocou uma sensibilidade na hora de abordar os dramas que é extremamente realista, mesmo em meio ao humor.
Adorei a temporada. Mas é aquela coisa: é como Batman Begins e O Cavaleiro das Trevas: o segundo empolga mais, tem coisas mais interessantes e discussões boas e é uma progressão natural do primeiro, mas o primeiro ainda é melhor escrito. Não que a segunda temporada seja tão abaixo assim da primeira em termos de escrita de roteiro. Não é. O nível é mantido. Mas Elektra está para Demolidor como Harvey Dent está para TDK: ambos tem seu papel no roteiro, não são inúteis, mas deixaram o roteiro poluído e o núcleo deles é o mais chato. A coreografia das lutas melhorou bastante e a direção tá no mesmo nível.
Loki (2ª Temporada)
4.0 189Essa segunda temporada simplesmente passou pisando em 95% do MCU sem NENHUMA dificuldade.
Eu achei a primeira okay, visual bom, trilha sonora boa, história meh. A segunda é uma excelente série de sci-fi e uma ótima jornada para o personagem Loki.
E OS VISUAIS AAA! Bom demais!
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder (1ª Temporada)
3.9 785 Assista AgoraAchei os visuais perfeitos? Sim.
Direção do Bayona e Charlotte principalmente. A direção do Wayne tem problemas de ritmo, mas é boa tb.
Achei o roteiro perfeito? não. Uma rearranjada em algumas coisas faria bem à série.
Mas eu defendo que o hate que a série leva tem muito a ver com expectativas, especialmente de gênero.
Até fiz video no YouTube sobre. OSDA é uma narrativa de aventura em seu sentido mais puro. A jornada do herói tá ali escancarada tin tin por tin tin, e o gênero aventura, e aventura de travessia inclusive, tá ali também na sua cara. Nos primeiros dez minutos de filme já sabemos quem é o vilão, qual é a ameaça e logo em seguida conhecemos o herói e sua jornada.
A série NÃO é estruturada como aventura. E eu acho que aí tá o ponto chave da maioria das reclamações.
Pra mim, DESDE A PRIMEIRA cena, ao invés de termos um enredo que nos é apresentado como uma aventura, a gente tem um drama de mistério.
O que vai mover a narrativa de mistério são perguntas, não conflitos estabelecidos entre protagonistas e antagonistas, mas as possibilidades de conflito, aquela tensão de não saber em quem confiar, quais são as reais intenções das pessoas, e à medida que a narrativa avança, ela vai te apresentando em quem você pode confiar, mas também vai fazer você desconfiar de muita gente, nos melhores moldes de: TODO MUNDO É SUSPEITO.
Então toda essa movimentação na internet de falar: AH ESSE AQUI É SAURON, não não esse aqui é Sauron! e também o fato de que alguns personagens ainda estão revelando se são confiáveis ou não, é fruto da série sendo muito bem sucedida em ser um drama de mistério.
Mas eu vou dizer que não culpo o público por criar expectativas de se deparar com uma história épica de aventura nos moldes mais tradicionais, pq geralmente é isso que se espera de uma narrativa de Tolkien (embora eu acho que ele tem mais mistério nos livros do que o Peter Jackson colocou nos filmes, então acho que pra quem SÓ conhece os filmes, talvez seja mais estranho ainda). E eu vou botar uma parcela dessa culpa na divulgação da série também, pq eles poderiam sim ter vendido nos trailers um pouco mais dessa atmosfera de mistério da série ao invés de só terem feito belíssimos power points pra dizer: “olha só, gastamos um dinheirão nesse cenário aqui”.
Locke & Key (2ª Temporada)
3.5 54 Assista AgoraAchei engraçado todo mundo preferindo a primeira.
Pois eu achei essa bem melhor rs. O ritmo dela é melhor.
Tem sim alguns dos mesmos problemas da primeira, mas eles resolveram total o ritmo da temporada. E acho que na primeira, talvez por falta de orçamento, exploraram menos as chaves do que nessa.
Missa da Meia-Noite
3.9 730Que série fantástica. Muitos talvez achem cansativa por causa dos longos monólogos e o foco nos personagens e seu desenvolvimento. Mas 1) eu achei apenas um ou dois monólogos longos demais. As séries do Flanagan geralmente possuem monólogos lindíssimos (achei que aqui foram melhor aplicados do que em Bly Manor, essa sim eu acho que teve problemas de ritmo); 2) eles são importantíssimos pois ajudam na construção tanto dos personagens quanto do sistema de fé deles, que é a alma da série. A discussão religiosa é extremamente bem feita e complexa, e embora possua suas críticas ferrenhas ao fanatismo cristão, não "vilaniza" a religião em si (como muitos fazem, e não os culpo, mesmo sendo cristão) e sim o uso dela.
Tudo isso faz com que o horror da série seja muito mais doloroso, pois a gente acaba se importando e torcendo pelos personagens. E essa é uma das visões atuais mais criativas que já vi sobre
vampiros
Loki (1ª Temporada)
4.0 489 Assista AgoraAo contrário de alguns comentários que vi aí, Loki foi a série que eu menos gostei como um todo, mas achei o melhor final.
Falcão e o Soldado Invernal
3.9 381 Assista AgoraICÔNICA.
Uma das melhores coisas que o MCU já produziu.
Abordou temas parecidos com os de Guerra Civil e SURROU o filme kakaka. Aliás, surrou muita coisa do MCU.
Acho que a final apressou demais algumas coisas que precisavam de um pouquinho mais de tempo, mas num geral o saldo é muito positivo. E pelo amor de Deus tragam Kari Skogland pra dirigir Cap. América 4. Ela é uma EXCELENTE diretora.
Cidade Invisível (1ª Temporada)
4.0 751Eu curti na maior parte. Boa cinematografia, na maior parte bons efeitos, em grande parte bom ritmo. As atuações nem todas funcionam, mas nenhuma compromete a narrativa, que aliás é bem construída. Dava pra melhorar a representatividade (que já existe, mas senti falta de mais pessoas indígenas, por exemplo). Mas num geral o saldo é positivo.
The Sinner (1ª Temporada)
4.2 716 Assista AgoraA primeira temporada de The Sinner (a única que vi até o momento) possui ganchos excelentes e um caso intrigante. Vários dos seus episódios tem direção acima da média, com cinematografia incrível. Nem todos acompanham essa qualidade, mas num geral é ótima. Outra inconsistência, e o maior problema da série ao meu ver, é o ritmo.
A temporada poderia ser mais curta e enxugada, focando mais no caso em si. Quanto à vida pessoal de Harry Ambrose, que é a segunda coisa que mais ocupa o tempo de narrativa, poderia ter sido contada de forma mais ágil também. Esperava um pouco mais de mística envolvendo a solução do crime. Por místico, não me refiro ao sobrenatural em si, mas à exploração da temática religiosa de forma mais profunda - como é feito em True Detective, por exemplo. Não é um defeito em si, porém, mas sim uma questão de expectativa da minha parte.
Mas num geral o saldo é positivo.
O Gambito da Rainha
4.4 931 Assista AgoraUma aula de como criar interesse no espectador. A série não é perfeita. Alguns personagens que parecem entrar e sair da narrativa sem muita personalidade (servem apenas como ferramentas para o desenvolvimento da própria Beth). O enredo possui alguns gags que acabam tornando algumas saídas previsíveis uma vez que você entendeu o "jogo" (sem trocadilhos) dos roteiristas. Mas ao mesmo tempo, eles sabem muito bem estabelecer um bom ritmo e a direção dos episódios é fundamental para manter o interesse (particularmente do primeiro e do último episódios).
No último episódio, por exemplo, a direção sabe muito bem manipular o interesse do espectador ao brincar de escolher quando a gente pode ou não ver/ouvir o que está acontecendo no jogo ou
plantando tentações sutis como garrafas de bebida num corredor em que a Beth está andando, fazendo a gente se perguntar se ela vai conseguir se manter sóbria ou não
Um destaque especial para a trilha sonora de Carlos Rafael Rivera, belíssima.
A Anya Taylor Joy dispensa comentários, Isla Johnston não faz feio como a jovem Beth. Além delas, destaco a Marielle Heller.
Excelente entretenimento. Inclusive para quem, como eu, não entende nada de xadrez.
Só lamento que nunca tenha existido, na vida real, alguém como Beth Harmon. Digo, talvez tenha existido, mas não alguém que os homens deixaram chegar tão longe.
EDIT: Como enalteci Os Cambito da Rainha, me senti na obrigação moral de ir ver "Rainha de Katwe" e conhecer a Beth Harmon da vida real - que se chama Phiona Mutesi, é preta e de Uganda. Pensa num filme que parte e aquece o coração igual?
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 403Para quem prestou a devida atenção, a primeira sequência de Lovecraft Country era um indício do que seria a série. Não apenas o sonho absurdo, cheio de referências e loucura do Tic, mas sua fala para a única companheira preta de viagem: "Eu amo histórias pulp, adoro como os heróis tem aventuras em outros mundos, lutam, rodeados de outros, derrotam os monstros, salvam o dia. Garotinhos pretos do Sul de Chicago não fazem muito disso."
Isso já deveria ter avisado aos desavisados que não seria uma série de puro terror lovecraftiano. Embora as referências diretas ao terror cósmico, shoggoth, ocultismo, o Livro dos Nomes, o território Lovecraft (a região de Massachusets onde se passavam a maioria das histórias do autor) e o claro comentário no racismo de HP, a série não se propõe a ser apenas isso. Além dos subgêneros de terror - cósmico, sobrenatural, body horror etc. - a série contém fantasia, sci-fi e aventura. E toneladas de referências à "cultura pulp" de então.
Eu disse isso aqui em um dos meus comentários enquanto os episódios ainda estavam sendo exibidos e vou repetir: Lovecraft Country é, antes de qualquer coisa, uma carta de amor a todos os pretos nerds que amavam ler todas essas histórias, mas nunca se viam nelas (exceto quando eram o alívio cômico ou morriam logo no início).
É também uma aula de história sobre racismo nos Estados Unidos. É comum vermos as histórias norte-americanas focando nos estados segregados, mas a série toca numa ferida ainda pouco falada por lá: a segregação também existia onde não havia leis Jim Crow. Desde as cidades do Poente no primeiro episódio ao massacre de Tulsa referenciado no excelente episódio 9, a série é pra ser divertida, mas também é pra ser reflexiva. E as reflexões são excelentes. Não apenas raciais, mas de gênero e de sexualidade. As referências são inúmeras. Tantas que é melhor pesquisar quantas são.
Em termos técnicos, alguns episódios se destacam. O primeiro continua sendo um dos melhores pilotos que eu já vi na vida. Apesar da pequena decepção que é o segundo (pequena sim, pois o episódio possui vários bons momentos), a série nunca volta a ter o mesmo clima, mas mantém o nível. Dito isso, considero que, infelizmente, o último episódio apressou demais as coisas. Poderíamos ter tido um episódio mais longo pra explicar melhor todo o processo e tornar os acontecimentos e mensagens do episódio menos "na cara". As respostas estão todas ali, mas dadas de modo apressado demais. Não tenho problema com os fatos, apenas em como eles foram contados. Embora a série NUNCA se torne ruim, ela lutou um pouco pra manter o mesmo nível no decorrer da temporada. A final foi satisfatória - podendo ser muito bem uma conclusão da história - apesar de tudo.
Eu não vou nem comentar o elenco maravilhoso. Espero que essas pessoas consigam mais emprego depois dessa série.
Então não, não considero a série perfeita. Mas ela me marcou profundamente e, dentro dos subgêneros que adotou, teve um efeito em mim muito parecido com o de Pantera Negra teve no subgênero do super herói. E se existe algo que tenho certeza, é que Lovecraft Country está muito, mas muito longe de ser ruim. E, mesmo com seus defeitos, como o próprio Atticus Freeman diria:
"Histórias são como pessoas. Amá-las não significa pensar que são perfeitas. Só podemos estimá-las, ignorar as falhas."
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 403Acho que a finale poderia ter sido um pouco melhor conduzida. Eu não acho que foi ruim O QUE aconteceu, mas a forma apressada como as coisas aconteceram. Por isso a finale parece bem apressada e uma pequena decepção depois do excelente episódio que foi o nono. A season finale não tornou a série ruim, mas se fosse um episódio excelente teria redimido os dois únicos que achei um pouco abaixo do resto (o segundo e o sexto). Mas ficou mais ou menos no mesmo nível.
Foram conclusões satisfatórias contadas de um jeito apressado, não satisfatório.
Ainda assim, uma série que merece mais hype, mais reconhecimento e definitivamente NÃO merece o hate de alguns que não entenderam a proposta.
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 403Agora posso dizer que Lovecraft Country me fez passar por tudo quanto é emoção, pq eu não consegui segurar o choro no eps. 9.
Que série!
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 403Acabei de ver uma teoria louca sobre o Episódio 8, quem já assistiu vem comigo:
um canal de reactors que assisti pontuou que a mulher com o braço robótico que entregou o livro pro Tic no futuro quando ele atravessou o portal pode ser a Dee, que talvez precise amputar o braço pra acabar com a maldição no próximo eps.
EDIT: confirmada risos
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 403GENTE? Eu tinha curtido demais a jornada do episódio 7, que episódio lindo.
MAS O QUE FOI O EPS 8 PLMDDS MEU PAI!???? Um dos melhores da temporada disparado e clímax pau a pau com o do primeiro. Socorro!
E eu amo como pequenas informações do início da temporada começaram a voltar agora, por exemplo
a piadinha do Tic no primeiro episódio sobre o pai dele valorizar tanto a educação mas não saber escrever, finalmente foi explicada pela dislexia dele. Outra coisa, mais óbvia é o feitiço na porta que eu já tinha até esquecido
No mais, todo o lance do Emmett Till (Bobo) foi pesadíssimo e trabalhado de forma ao mesmo tempo sensível, assustadora e impactante. Inclusive,
gostaria de saber se a Christina vai falar sobre o que ela fez com a Ruby no próximo episódio, em experimentar a morte do Bobo... aliás foi uma maneira brutal e inteligente - sem desrespeitar nem precisar fazer pretos passarem por isso - de fazer a gente ver o quão brutal foi a morte dele... pesadíssimo.
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 403O sexto episódio só provou meu ponto de que quem não curtiu, não entendeu a proposta.
Não to dizendo que a série é toda perfeita como o primeiro eps (que é perfeito). Eu não gosto do segundo eps. Mas depois dele, acho que apesar da qualidade oscilar, não tem nenhum episódio RUIM (nem mesmo o segundo é ruim).
Eu entendo a pessoa não gostar pq era diferente. Mas dizer que é ruim me parece puro pedantismo (pra não dizer outra coisa).
Eu tinha visto o promo do eps. 6 e ficado com medo de ser filler e
metade dele meio que é, mas era necessário pra gente conhecer melhor quem era a Ji-Ah, mas a partir do momento que o Atticus entra em cena, os conflitos de interesse tornam o eps interessante e a discussão moral é incrível. Dá pra conhecer melhor o Atticus tb e acho que deixou traços de curiosidade pelo futuro da série, já que vimos flashes do que pode acontecer
Mas o promo do eps de hoje me deixou com medo tb. Veremos.
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 403Pra quem quiser complementar o conhecimento em relação à mitologia da série, a HBO tá lançando podcasts (têm os originais e tem o brasileiro) semanais da série, e também um "guia de estudos" da série que lançaram essa semana (só procurar "LovecraftCountry Syllabi). Eu colaria os links aqui, mas marca como spam.
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 403Acho que a galera esperava uma coisa, recebeu outra e não se abriu pra entender o que é essa outra coisa que recebeu. Está na cara de Lovecraft Country não é uma série presa a apenas um gênero, não é exatamente sobre Lovecraft - há de se lembrar que é baseada num livro com várias aventuras dos mesmos personagens e frequentemente livros de contos recebem o nome de um dos contos - nesse caso, no primeiro conto do livro que deu origem aos dois primeiros episódios da série e leva o nome que leva por se passar no chamado "Território Lovecraft". Lovecraft é UMA referência à "cultura pop" da série. Existem muitas outras.
Claro, até agora NENHUM dos episódios foi capaz de superar o primeiro, mas estão longe de ser ruins como estão falando. Alguns estão dizendo que foi o quarto eps, mas pra mim o segundo foi a derrapada mais feia até agora. Alguns ajustes e minutos a mais, resolveria grande parte do problema. O episódio quatro vem em seguida como "mais fraco" em termos de "horror", mas em compensação entregou um bom desenvolvimento dos personagens principais que acho válido e ainda mostrou que a série tem sim um fio condutor maior do que as "aventuras do episódio".
Dito isso, eu chego numa conclusão que provavelmente é o que incomoda muita gente na série: Lovecraft Country não se restringe ao gênero horror e definitivamente não possui interesse em ser uma história lovecraftiana. É uma carta de amor a todos os pretos nerds que passaram a vida sem se sentirem representados nos livros e HQs de horror, fantasia, sci-fi e aventura.
EDIT: tirando os platinados, o elenco da série é incrível, mas MDS, a Jurnee Smollet é uma MONSTRA de atriz!
Black Earth Rising (1ª Temporada)
4.2 34 Assista AgoraQue seriezona da pega!
This Is Us (1ª Temporada)
4.7 779 Assista AgoraSó não dei 5 estrelas por que
não gosto do eps da Cabana. Achei fácil demais o jeito com que resolvem a treta do Randall com a mãe. Essa é a única coisa que não gostei
The Gifted: Os Mutantes (1ª Temporada)
3.8 114 Assista AgoraTerceiro eps bem emocional e não de uma forma piegas, foi bem feito pacas! tá me surpreendendo essa série! Os twists e os relacionamentos ficando mais profundos e complicados... me saindo melhor que a encomenda!
The Gifted: Os Mutantes (1ª Temporada)
3.8 114 Assista AgoraSegundo episódio ainda melhor que o primeiro. Dá continuidade ao que foi começado, desenvolvendo bem os personagens, principalmente Lauren, Andy e Caitlin... Bons efeitos ainda, ritmo comercial... Adorei!
GLOW (1ª Temporada)
3.9 161 Assista AgoraAMEI esse negócio. Fui assistir despretensiosamente. Eu amei desde a primeira cena, mas alguns podem demorar a começar a gostar - principalmente por que a sua protagonista demora deixar de ser uma personagem chata. Mas em certo momento, a série prende de tal forma que você não consegue desgrudar os olhos.
Não sou uma pessoa da comédia, mas AMO o tipo de humor sutil e inteligente que a série propõe. A reconstituição dos anos 80 é uma das melhores que já vi - principalmente em maquiagem e até mesmo fotografia.
E olha, que representação linda da mulher. O fato da série ser roteirizada e dirigida das mulheres colocou uma sensibilidade na hora de abordar os dramas que é extremamente realista, mesmo em meio ao humor.
Legion (1ª Temporada)
4.2 287 Assista AgoraDepois de um eps. 6 parado (mas que eu gostei muito), veio esse eps 7 pra fritar tudo! VEM SEASON FINALE!
Demolidor (2ª Temporada)
4.3 967 Assista AgoraAdorei a temporada. Mas é aquela coisa: é como Batman Begins e O Cavaleiro das Trevas: o segundo empolga mais, tem coisas mais interessantes e discussões boas e é uma progressão natural do primeiro, mas o primeiro ainda é melhor escrito. Não que a segunda temporada seja tão abaixo assim da primeira em termos de escrita de roteiro. Não é. O nível é mantido. Mas Elektra está para Demolidor como Harvey Dent está para TDK: ambos tem seu papel no roteiro, não são inúteis, mas deixaram o roteiro poluído e o núcleo deles é o mais chato.
A coreografia das lutas melhorou bastante e a direção tá no mesmo nível.