O Novo Esquadrão Suicida de James Gunn deixou algumas pessoas confusas sobre ser um reboot ou uma sequência. O criador explicou ser uma sequência que não é uma sequência, onde foi recriada uma história com os elementos dos quais gostava da versão de David Ayer. Os dois filmes são volumes distintos da Hq, com equipe criativa diferente, mas que não necessitam ser continuação das histórias anteriores apresentadas nesse universo.
A nova formação do Esquadrão Suicida é enviada a uma fictícia ilha na América do Sul que sofreu, recentemente, golpe de um ditador que tem realizado experimentos científicos podendo colocar a vida da população em risco. James Gunn ressuscitou a franquia ao desenvolver uma narrativa que subverte expectativas, deixando em segundo plano os anti-heróis já conhecidos para dar mais atenção aos novatos que carregam o enredo para se apresentar ao público. O roteiro é expositivo na apresentação dos personagens que contam suas histórias, de forma breve, ilustrada, com viés cômico, às vezes sério e violento. No entanto o fato de serem contados em movimento, ameniza sua expositividade. Se diferencia do primeiro por não haver a longa apresentação, há uma breve introdução da premissa e os personagens já são colocados em ação, sendo assim, não se perde o ritmo, o impacto da narrativa e o tom que Esquadrão Suicida pede. Os letreiros colocados como indicação dos atos, capítulos como muitos estão mais familiarizados nos da pistas acerca do destino, diegeticamente, trazendo a nossa atenção para o próximo passo.
Os desafios mudam, constantemente, de cenário e configuração crescendo em escala e risco. E por falar em cenário, é interessante ver que ele não foi todo gravado em estúdio e nos EUA, as cenas de Corto Maltese foram gravadas em Colon no Panamá e as memórias da infância de Ratcatcher com seu pai, em Portugal. Inspirado em Os 12 Condenados e Os Guerreiros Pilantras o novo longa da DC mantem o humor no micro e macrocenário construídos sem cair no exagero. O roteiro foca numa crítica aos governos totalitários e os seus seguidores cegos permeando o real e o atual contexto mundial, indo além do quadrinho. O Pacificador é um retrato do cinismo social além da América, mostrando que para pacificar pode-se matar sem escrúpulos , como a cena da vila de nativos onde poderia ser evitado se perguntado quem eram eles, aliados ou oposição ao governo. No final, o vilão é o governo local e dos EUA e o Esquadrão se torna herói enquanto o povo sofre consequências por conta da briga política.
Houve uma transição de tom entre os filmes. Com mais liberdade para criar, James Gunn não poupou na agressividade e violência insana se destacando diante do primeiro que teve uma boa base, mas que se desperdiçou por conta da baixa classificação indicativa visando a bilheteria. A transição do sangue para ilustrações gráficas como forma de contextualização da psicodelia da Arlequina foi repetida, de forma magistral. A fotografia de Henry Braham foi muito bem trabalhada modulando esteticamente do sombrio ao extremo colorido, do urbano à natureza. Não da para deixar passar o quão rico os planos foram realizados, principalmente no primeiro ato onde há forte presença de cenas de reflexo, como a abertura do filme onde vemos através de uma poça de água no pátio da prisão. Há uma forte presença de animais, como a cena inicial onde um passarinho é morto, ao longo da trama presenciamos mais passarinhos, animais aquáticos e o Tubarão Rei e os ratos que acompanham a Caça Ratos. O elenco foi muito bem escolhido, vemos uma dinâmica crescente neles. O Sanguinário e a Caça Ratos possuem uma dinâmica que permite que eles cresçam como personagens ao longo dos arcos.
Além do forte destaque feminino com Arlequina e Caça Ratos que roubam a cena, há um forte destaque para a representatividade global ao termos um elenco tão diversificado com Alice Braga (Brasil), Daniela Melchior (Portugal), Margot Robbie (Australia) dentre outros que são da Inglaterra, Alemanha, Argentina e Austrália, se expandindo além dos Estados Unidos. Representatividade que vai além da imagem e chega a sonorização ao termos Gloria Groove e Karol Conka na trilha sonora. Não sabemos se vai haver um novo Esquadrão Suicida, mas sabemos que o Pacificador não morreu porque retornará em uma série especial da HBO em 2022. Resta a nós torcer para que um dia seja criada a série da Arlequina e da Caça Ratos que nos deixou com um gostinho de querer mais além dos quadrinhos.
Dirigido por Brandon Trost e Dylan Meyer, o filme apresenta uma rica abordagem de temáticas sérias. A melhor parte dos elementos cômicos combinados a situações do cotidiano é a falta de necessidade em se reafirmar como um longa engraçado. Suas críticas são realizadas de forma moderada e rápida, mas nada é superficial. Baseado numa história original publicada na revista The New Yorker, o novo longa com selo da HBO Max foi produzido e financiado pela Sony, mas acabou vendido para a Warner devido ao agravamento da pandemia. Seth Rogen comprou os direitos de Sell Out de Simon Rich ainda em 2013, e lutou muitos anos para desenvolver a adaptação onde assina como um dos produtores. An American Pickle acompanha Herschel Greenbaum, um trabalhador que emigrou para os EUA em 1919 em busca do famoso sonho americano. Certo dia, enquanto trabalhava matando ratos numa fábrica, ele cai em uma cuba de picles e é preservado por 100 anos. Ao surgir no Brooklyn em dias atuais, descobre que não envelheceu e que seu único parente vivo é seu bisneto, Ben Greenbaum (também interpretado por Seth Rogen), um desenvolvedor de aplicativos para celulares. Em 1919 Herschel vivia em uma vila de Schlupsk no leste europeu que foi destruída por cossacos. Embora seja uma cidade fictícia, poderia ser qualquer Shtetl da área conhecida como The Pale of Settlement, região na Rússia onde judeus foram forçados a viver, tendo origem em 1791 como parte de uma onda de sentimento anti-semita. Shtetls eram aldeias judaicas encontradas na Europa Oriental antes da Segunda Guerra Mundial. Essas pequenas cidades eram autossuficientes com pelo menos uma sinagoga, escolas, mercados e um açougueiro Kosher. Desde as condições de sua imigração, Herschel aborda amplamente a cultura judaica e até mesmo o preconceito presente sobre. Aqui, a religião aparece como exemplo de pertencimento, cultura e ancestralidade, sendo o elemento que consegue realizar a conexão entre duas pessoas tão distintas. O filme estabelece algumas referências à realidade como Herschel, realizando afirmações preconceituosas e retrógradas, mas sendo apoiado por diversas pessoas por ser visto como autêntico. O ápice da narrativa sobre o personagem ter preservado costumes e opiniões de cem anos atrás é o apoio que possui das pessoas sobre ideias arcaicas, cogitado até a concorrer a cargos políticos. Seth Rogen pode não ter desenvolvido da melhor forma a adaptação, mas ele da um show de atuação ao interpretar dois personagens tão contrastantes; visualmente, expressivamente e de ideias com um século de diferença.
A narrativa gira em torno da investigação dos assassinatos de uma pequena cidade, no entanto há reflexões e temas importantes permeando a nova minissérie da HBO. O luto e a saúde mental são questões centrais, principalmente para Mare (Kate Winslet), que precisa aprender a lidar com a morte do próprio filho, enquanto suporta o ex-marido morando na casa ao lado após o anúncio de que se casará em breve. Mare of Easttown é a mais nova queridinha minissérie da HBO. Com 7 episódios de aproximadamente 55" mergulhamos numa história nua e crua que possui presença de personagens reais com camadas muito bem trabalhadas. Kate Winslet, além de produtora executiva também protagoniza esse drama policial que não foca só em investigações, mas em seus personagens. Nos surpreende com uma atuação marcada por sutilezas que vão desde uma personagem forte a uma prestes a desmoronar por conta de uma sobrecarga gerada por um luto não abraçado no passado. Essa é Mare, uma detetive de Easttown; pequena cidade na Pensilvânia onde todos se conhecem e se cuidam. Mare investiga um recente assassinato de uma mãe adolescente enquanto busca resolver um caso de desaparecimento que ocorreu há cerca de um ano, levando muitos na comunidade a ter uma visão confusa de suas habilidades de detetive. Ela é considerada uma heroína local, tendo sido a estrela de um jogo de campeonato de basquete há 25 anos. Divorciada e traumatizada com a morte do filho há dois anos, ela não consegue lidar com o luto e acaba se agarrando nas dores dos outros. No primeiro episódio acompanhamos as questões locais e só no fim sabemos que houve de fato um crime. O roteiro assinado por Brad Ingelsby nos surpreende, ele vai deixando pistas que vão ser conectadas a acontecimentos futuros; nada que ocorre aparece a toa. A estrutura possui duração perfeita, novas pistas surgem com novos acontecimentos. Toda a construção da história dos personagens possui a sua resolução ao longo da investigação, estando todos relacionados em algum aspecto. Há uma dinâmica aprofundada com alívios cômicos que quebram o peso, trazendo leveza diante de temáticas densas. Mare mora com sua mãe, filha e neto; cuja guarda corre risco de ser transferida para a mãe que luta contra o vício em drogas que a levam constantemente a tratamentos de reabilitação. Nesse núcleo familiar acompanhamos os padrões refletidos de geração para geração, marcados por traumas e um silêncio. Silêncio esse que preenche as três gerações de mulheres sob o mesmo teto. Nós acompanhamos o crescimento de Mare do primeiro ao sétimo episódio conforme ela vai enfrentando problemas humanos e os mistérios por trás das investigações. Com os flashbacks e as conversas com a psicóloga descobrimos numa linha narrativa desconstruída, como era a relação com o filho e como isso é refletido nas pessoas a sua volta. Ela está sempre cuidando dos outros, mas nunca cuida de si. Kate Winslet e Julianne Nicholson possuem uma forte relação por trás das telas, sendo amigas próximas e esse histórico de proximidade e apoio ajudou diretamente na construção da relação das personagens; principalmente para o aprofundamento da atuação nas cenas finais da minissérie, que nos tira o fôlego com tamanha sutileza e realismo. Lore e Mare perderam, de certa forma, os seus filhos e esse padrão e apoio final ajuda Mare a dar um passo em sentido a aceitação e subir pela primeira vez após a morte de seu filho no sótão de casa; uma forma de dizer que ela se perdoou e abraçou o luto que vinha postergando. O episódio final nos mostra que o assassinato investigado ao longo da série foi fruto de um acidente e não uma intensão e que poderia ocorrer com qualquer criança, ou até adulto. Me surpreendi ao descobrir que a cena do diálogo de Mare e Ryan, dentro da viatura da polícia não havia sido ensaiada, pois foi escrita em um maço de cigarro cinco minutos antes da gravação. Essa cena tão emocionante e profunda nos revela a potência de atuação de Kate e do pequeno Cameron Mann que nos arranca lágrimas com tamanha compaixão e humildade entre os personagens. Por fim, achei sábia a escolha de Mare não permanecer fisicamente junto de Richard, deixando o fim ambiguo. Com a ida de Richard, foi possível explorar a grandiosidade da relação de Mare e Lore, tornando tão forte e significativa a cena da cozinha.
Com um roteiro impecavelmente marcado com diálogos ricos e uma trama muito bem construída; um show de atuações; uma fotografia com tons mais escuros e com presença de imagens aéreas e zenitais, a nova minisérie da Amazon Prime Video merece ser assistida e debatida diante de um tema pouco explorado. Manhãs de Setembro possui 5 episódios de 30", sendo facilmente maratonável.
Um retrato contundente das relações humanas na era da tecnologia, onde o afastamento se torna a cultura do não me toque e a atenção vive sendo voltada para a tela do celular como uma nova extensão do homem. A vida de uma pessoa pode ser comparada à de um cachorrinho prestes a ser sacrificado e o mais surpreendente é estar num local com mais de 10 milhões de pessoas e não ter uma ao menos que se importe. Extremamente lírico, reflexivo e com animações que reforçam a mensagem que o filme quer passar.
Um filme extremamente sensorial e artístico. Kris Niklison capta a beleza e a essência de cada objeto e ser nos respectivos planos do filme. A narrativa é um pouco pesada e cansativa, talvez pela horizontalização dos beats e uma falta de pitchs no roteiro. A direção chama a atenção pela fotografia e a arte. É curioso ver que o fato do filme ser gravado em uma única locação e haver uma repetição das ações da personagem da Camila Morgado, não tornou as cenas repetitivas, uma vez que elas chamam a atenção mais pela arte do que pela narrativa.
A inocência pura e não capitalista é representada nesse longa que retrata de uma forma bem contundente a saga dos sobreviventes da Chacina (e não da Guerra porque não houve defesa) do Sudão de 1983. A pergunta que me vem no começo do filme é: A religião não deveria trazer paz? Em um vilarejo com pouquíssimos recursos primários, desde a juventude, os Garotos Perdidos do Sudão são acostumados a uma realidade trágica, a única que conhecem e vivenciam diariamente. Para eles o mundo é apenas aquilo e nada mais. Buscando a Vida e não a Morte se tornam crianças nômades e sobrevivem do jeito mais duro possível, vemos isso na cena em que bebem urina e quando andam até o Quênia em busca de segurança. Rodeados pela Guerra e pela insegurança, após milhares de quilômetros percorridos, encontram ajuda e esperança num abrigo de refugiados. E é a partir da chegada aos Estados Unidos, capital do capitalismo, que notamos o como é forte a dicotomia de valores. Há uma miscelânea de pensamentos fortemente presente. Sem conhecimento da cultura capitalista descobrem a Coca-Cola, a Colgate e o McDonalds ao chegar nos EUA. E no mercado são apresentados ao disperdício. Eles se divertem com coisas tão simples (como olhar para o céu e contar piadas) e possuem uma relação interpessoal que ninguém mais possui por ter sido violada ao longo do tempo pela tecnologia. Claramente mostrado na cena do telefone em que os meninos aguardam na janela a responsável pelos empregos enquanto ela está telefonando para anunciar a sua chegada, sempre recorrendo a tecnologia. A união deles não deixa que o Capitalismo interfira em seus valores. Enquanto eles possuem Vilas na África, nos EUA cada um tem uma casa. No Sudão a mulher possui um marido, e caso não, é sustentada pelos filhos, enquanto nos Estados Unidos há uma igualdade conquistada onde a mulher pode trabalhar e viver sozinha a partir do seu sustento, assim como os homens. Esse filme possui uma história emocionante e que deve ser mostrada a todos, com um grande elenco, destacado pela Reese Witherspoon, um forte roteiro e uma bela fotografia.
Um filme de tamanha leveza que nos faz refletir o quão semelhante a história é com a realidade de muitas mulheres. Porém são poucas as que possuem coragem de ir em busca da sua felicidade.
Um retrato contundente da fixidez do que as pessoas são não pode ser variável, pois essas não podem ser variáveis. Elas tem de se encaixar na perfeição que lhes é imposta. O indivíduo não pode ter a sua peculiaridade, e não se tratando das mulheres apenas, mas de todos os LGBT’s. Viver é morrer, é preciso sobreviver. As mulheres acabam querendo sair da sua Zona de crescimento porque não há conforto, não há felicidade, apenas Melancolia. E quando o medo prevalece? O monopólio de sentidos e sentimentos é uma questão de massa. Trata-se de pessoas vazias que não são capazes de juntar gestos e palavras com sentimentos. Nós mulheres não somos mais nada além de mercadorias diante desse padrão imposto, onde não podemos seguir o que queremos do futuro e sermos nós mesmas. Nós vemos no filme o como é triste uma mãe assistir a infelicidade da filha e não poder fazer nada porque ela deve se ajustar a uma realidade hipócrita. Como ter um processo de construção identitória quando há um doente imaginário de uma sociedade perfeita? O mundo perfeito é um Mito. Machismo é ignorância. Onde estão as mentes emotivas masculinas? Trata-se de uma sociedade marcada pela ignorância. O pior castigo que o ser humano pode sofrer é o de não ter o direito de se expressar. Viver em uma jaula interna com os seus direitos e sentimentos trancafiados, independente da Cultura e de seus costumes. A única procura é pela liberdade individual. Direitos humanos deveria ser algo iquestionável. Não dá para aceitar a realidade quieta, é o mesmo que dizer que não queremos mudanças. Ser submissa? A mulher não é uma escrava e muito menos um objeto. Ela também possui sentimentos igual aos homens. Falta respeito e compaixão. É preciso vencer o machismo e o autoritarismo para que se possa evoluir. Nós não conseguimos o direito de voto? Não conquistamos o nosso lugar no Mercado de Trabalho? Coisas que pareciam impossíveis há alguns anos atrás. A Mulher no Oriente também pode, é uma questão de união e vencer o Medo!
O filme nos mostra a força e o impacto da tecnologia na realidade transmissionista de aldeia global em que estamos inseridos atualmente. A cultura tipográfica promove o individualismo, acaba com as nossas relações interpessoais. Essa cultura aristocrática promove um processo de exclusão a medida que os seus amigos passam a ser àqueles que estão na rede, que na verdade, você não conhece. Essa validade de conexão diária está clara na cena do jantar, em que alguns estão no celular e outros tentando ter uma conversa corpo a corpo, porém a capacidade de processamento das informações está abalada por conta de uma atenção voltada aos dispositivos eletrônicos. Estar e não estar no lugar ao mesmo tempo, essa é a questão. As cenas de Kyle e dos outros jovens deixam clara essa superação da rede, e dessa ubiquidade. Uma nova relação de corpo na rede. A relação atual de "What I see, What I gets", pois os jovens daquele prédio fazem tudo o que for preciso para conseguir os últimos lançamentos da moda, desde tênis a celulares de última geração. E com o Agora, o Imediato, o Futuro se acaba. Sobra só o Presenteismo, onde o momento não sessa, onde Kyle não pença no seu futuro, só no Agora. Mas aquele corpo no Futuro, não é o de Agora, ele não possui certeza de estabilidade no que realiza um tempo mais adiante. A vida privada passa a ser uma elaboração burguesa no sentido histórico. Isso nós vemos nas cenas em que a foto do menino vaza na Internet e com o casal que tem as suas identidades roubadas. Se nessa infobesidade não nos resta a nossa ID, o que nos Resta? Excelente produção! Recomendo que todos assistam, porque infelizmente é a nossa realidade. A rede pode nos trazer muitas coisas boas, mas pode nos trazer malefícios, uma vez que você não sabe quem está do outro lado desse Fractal.
Intenso! No meio de tanta emoção a gente percebe o como o mundo demora a se desenvolver e que mesmo no meio de tanta demora para um desenvolvimento há pessoas com pensamentos arcaicos, retrógrados que atrapalham a felicidade dos outros, que impedem que a diferença seja feita. É surreal ver que mesmo diante de uma tragédia, o posicionamento da família continua o mesmo, nem diante de tanta tristeza eles continuam sendo incapazes de abrir mão de pensamentos arcaicos que não deveriam existir em pleno sec XXI.
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraO Novo Esquadrão Suicida de James Gunn deixou algumas pessoas confusas sobre ser um reboot ou uma sequência. O criador explicou ser uma sequência que não é uma sequência, onde foi recriada uma história com os elementos dos quais gostava da versão de David Ayer. Os dois filmes são volumes distintos da Hq, com equipe criativa diferente, mas que não necessitam ser continuação das histórias anteriores apresentadas nesse universo.
A nova formação do Esquadrão Suicida é enviada a uma fictícia ilha na América do Sul que sofreu, recentemente, golpe de um ditador que tem realizado experimentos científicos podendo colocar a vida da população em risco. James Gunn ressuscitou a franquia ao desenvolver uma narrativa que subverte expectativas, deixando em segundo plano os anti-heróis já conhecidos para dar mais atenção aos novatos que carregam o enredo para se apresentar ao público.
O roteiro é expositivo na apresentação dos personagens que contam suas histórias, de forma breve, ilustrada, com viés cômico, às vezes sério e violento. No entanto o fato de serem contados em movimento, ameniza sua expositividade. Se diferencia do primeiro por não haver a longa apresentação, há uma breve introdução da premissa e os personagens já são colocados em ação, sendo assim, não se perde o ritmo, o impacto da narrativa e o tom que Esquadrão Suicida pede. Os letreiros colocados como indicação dos atos, capítulos como muitos estão mais familiarizados nos da pistas acerca do destino, diegeticamente, trazendo a nossa atenção para o próximo passo.
Os desafios mudam, constantemente, de cenário e configuração crescendo em escala e risco. E por falar em cenário, é interessante ver que ele não foi todo gravado em estúdio e nos EUA, as cenas de Corto Maltese foram gravadas em Colon no Panamá e as memórias da infância de Ratcatcher com seu pai, em Portugal.
Inspirado em Os 12 Condenados e Os Guerreiros Pilantras o novo longa da DC mantem o humor no micro e macrocenário construídos sem cair no exagero. O roteiro foca numa crítica aos governos totalitários e os seus seguidores cegos permeando o real e o atual contexto mundial, indo além do quadrinho. O Pacificador é um retrato do cinismo social além da América, mostrando que para pacificar pode-se matar sem escrúpulos , como a cena da vila de nativos onde poderia ser evitado se perguntado quem eram eles, aliados ou oposição ao governo.
No final, o vilão é o governo local e dos EUA e o Esquadrão se torna herói enquanto o povo sofre consequências por conta da briga política.
Houve uma transição de tom entre os filmes. Com mais liberdade para criar, James Gunn não poupou na agressividade e violência insana se destacando diante do primeiro que teve uma boa base, mas que se desperdiçou por conta da baixa classificação indicativa visando a bilheteria. A transição do sangue para ilustrações gráficas como forma de contextualização da psicodelia da Arlequina foi repetida, de forma magistral.
A fotografia de Henry Braham foi muito bem trabalhada modulando esteticamente do sombrio ao extremo colorido, do urbano à natureza. Não da para deixar passar o quão rico os planos foram realizados, principalmente no primeiro ato onde há forte presença de cenas de reflexo, como a abertura do filme onde vemos através de uma poça de água no pátio da prisão.
Há uma forte presença de animais, como a cena inicial onde um passarinho é morto, ao longo da trama presenciamos mais passarinhos, animais aquáticos e o Tubarão Rei e os ratos que acompanham a Caça Ratos. O elenco foi muito bem escolhido, vemos uma dinâmica crescente neles. O Sanguinário e a Caça Ratos possuem uma dinâmica que permite que eles cresçam como personagens ao longo dos arcos.
Além do forte destaque feminino com Arlequina e Caça Ratos que roubam a cena, há um forte destaque para a representatividade global ao termos um elenco tão diversificado com Alice Braga (Brasil), Daniela Melchior (Portugal), Margot Robbie (Australia) dentre outros que são da Inglaterra, Alemanha, Argentina e Austrália, se expandindo além dos Estados Unidos.
Representatividade que vai além da imagem e chega a sonorização ao termos Gloria Groove e Karol Conka na trilha sonora. Não sabemos se vai haver um novo Esquadrão Suicida, mas sabemos que o Pacificador não morreu porque retornará em uma série especial da HBO em 2022. Resta a nós torcer para que um dia seja criada a série da Arlequina e da Caça Ratos que nos deixou com um gostinho de querer mais além dos quadrinhos.
An American Pickle
2.9 51Dirigido por Brandon Trost e Dylan Meyer, o filme apresenta uma rica abordagem de temáticas sérias. A melhor parte dos elementos cômicos combinados a situações do cotidiano é a falta de necessidade em se reafirmar como um longa engraçado. Suas críticas são realizadas de forma moderada e rápida, mas nada é superficial.
Baseado numa história original publicada na revista The New Yorker, o novo longa com selo da HBO Max foi produzido e financiado pela Sony, mas acabou vendido para a Warner devido ao agravamento da pandemia. Seth Rogen comprou os direitos de Sell Out de Simon Rich ainda em 2013, e lutou muitos anos para desenvolver a adaptação onde assina como um dos produtores.
An American Pickle acompanha Herschel Greenbaum, um trabalhador que emigrou para os EUA em 1919 em busca do famoso sonho americano. Certo dia, enquanto trabalhava matando ratos numa fábrica, ele cai em uma cuba de picles e é preservado por 100 anos. Ao surgir no Brooklyn em dias atuais, descobre que não envelheceu e que seu único parente vivo é seu bisneto, Ben Greenbaum (também interpretado por Seth Rogen), um desenvolvedor de aplicativos para celulares.
Em 1919 Herschel vivia em uma vila de Schlupsk no leste europeu que foi destruída por cossacos. Embora seja uma cidade fictícia, poderia ser qualquer Shtetl da área conhecida como The Pale of Settlement, região na Rússia onde judeus foram forçados a viver, tendo origem em 1791 como parte de uma onda de sentimento anti-semita. Shtetls eram aldeias judaicas encontradas na Europa Oriental antes da Segunda Guerra Mundial. Essas pequenas cidades eram autossuficientes com pelo menos uma sinagoga, escolas, mercados e um açougueiro Kosher.
Desde as condições de sua imigração, Herschel aborda amplamente a cultura judaica e até mesmo o preconceito presente sobre. Aqui, a religião aparece como exemplo de pertencimento, cultura e ancestralidade, sendo o elemento que consegue realizar a conexão entre duas pessoas tão distintas.
O filme estabelece algumas referências à realidade como Herschel, realizando afirmações preconceituosas e retrógradas, mas sendo apoiado por diversas pessoas por ser visto como autêntico. O ápice da narrativa sobre o personagem ter preservado costumes e opiniões de cem anos atrás é o apoio que possui das pessoas sobre ideias arcaicas, cogitado até a concorrer a cargos políticos.
Seth Rogen pode não ter desenvolvido da melhor forma a adaptação, mas ele da um show de atuação ao interpretar dois personagens tão contrastantes; visualmente, expressivamente e de ideias com um século de diferença.
Mare of Easttown
4.4 655 Assista AgoraMare of Easttown, além de uma história de crime
A narrativa gira em torno da investigação dos assassinatos de uma pequena cidade, no entanto há reflexões e temas importantes permeando a nova minissérie da HBO. O luto e a saúde mental são questões centrais, principalmente para Mare (Kate Winslet), que precisa aprender a lidar com a morte do próprio filho, enquanto suporta o ex-marido morando na casa ao lado após o anúncio de que se casará em breve.
Mare of Easttown é a mais nova queridinha minissérie da HBO. Com 7 episódios de aproximadamente 55" mergulhamos numa história nua e crua que possui presença de personagens reais com camadas muito bem trabalhadas. Kate Winslet, além de produtora executiva também protagoniza esse drama policial que não foca só em investigações, mas em seus personagens. Nos surpreende com uma atuação marcada por sutilezas que vão desde uma personagem forte a uma prestes a desmoronar por conta de uma sobrecarga gerada por um luto não abraçado no passado. Essa é Mare, uma detetive de Easttown; pequena cidade na Pensilvânia onde todos se conhecem e se cuidam.
Mare investiga um recente assassinato de uma mãe adolescente enquanto busca resolver um caso de desaparecimento que ocorreu há cerca de um ano, levando muitos na comunidade a ter uma visão confusa de suas habilidades de detetive. Ela é considerada uma heroína local, tendo sido a estrela de um jogo de campeonato de basquete há 25 anos.
Divorciada e traumatizada com a morte do filho há dois anos, ela não consegue lidar com o luto e acaba se agarrando nas dores dos outros. No primeiro episódio acompanhamos as questões locais e só no fim sabemos que houve de fato um crime. O roteiro assinado por Brad Ingelsby nos surpreende, ele vai deixando pistas que vão ser conectadas a acontecimentos futuros; nada que ocorre aparece a toa. A estrutura possui duração perfeita, novas pistas surgem com novos acontecimentos. Toda a construção da história dos personagens possui a sua resolução ao longo da investigação, estando todos relacionados em algum aspecto. Há uma dinâmica aprofundada com alívios cômicos que quebram o peso, trazendo leveza diante de temáticas densas.
Mare mora com sua mãe, filha e neto; cuja guarda corre risco de ser transferida para a mãe que luta contra o vício em drogas que a levam constantemente a tratamentos de reabilitação. Nesse núcleo familiar acompanhamos os padrões refletidos de geração para geração, marcados por traumas e um silêncio. Silêncio esse que preenche as três gerações de mulheres sob o mesmo teto.
Nós acompanhamos o crescimento de Mare do primeiro ao sétimo episódio conforme ela vai enfrentando problemas humanos e os mistérios por trás das investigações. Com os flashbacks e as conversas com a psicóloga descobrimos numa linha narrativa desconstruída, como era a relação com o filho e como isso é refletido nas pessoas a sua volta. Ela está sempre cuidando dos outros, mas nunca cuida de si.
Kate Winslet e Julianne Nicholson possuem uma forte relação por trás das telas, sendo amigas próximas e esse histórico de proximidade e apoio ajudou diretamente na construção da relação das personagens; principalmente para o aprofundamento da atuação nas cenas finais da minissérie, que nos tira o fôlego com tamanha sutileza e realismo. Lore e Mare perderam, de certa forma, os seus filhos e esse padrão e apoio final ajuda Mare a dar um passo em sentido a aceitação e subir pela primeira vez após a morte de seu filho no sótão de casa; uma forma de dizer que ela se perdoou e abraçou o luto que vinha postergando.
O episódio final nos mostra que o assassinato investigado ao longo da série foi fruto de um acidente e não uma intensão e que poderia ocorrer com qualquer criança, ou até adulto.
Me surpreendi ao descobrir que a cena do diálogo de Mare e Ryan, dentro da viatura da polícia não havia sido ensaiada, pois foi escrita em um maço de cigarro cinco minutos antes da gravação. Essa cena tão emocionante e profunda nos revela a potência de atuação de Kate e do pequeno Cameron Mann que nos arranca lágrimas com tamanha compaixão e humildade entre os personagens.
Por fim, achei sábia a escolha de Mare não permanecer fisicamente junto de Richard, deixando o fim ambiguo. Com a ida de Richard, foi possível explorar a grandiosidade da relação de Mare e Lore, tornando tão forte e significativa a cena da cozinha.
Manhãs de Setembro (1ª Temporada)
4.3 163Com um roteiro impecavelmente marcado com diálogos ricos e uma trama muito bem construída; um show de atuações; uma fotografia com tons mais escuros e com presença de imagens aéreas e zenitais, a nova minisérie da Amazon Prime Video merece ser assistida e debatida diante de um tema pouco explorado. Manhãs de Setembro possui 5 episódios de 30", sendo facilmente maratonável.
Como é Cruel Viver Assim
2.7 24Um elenco incrível e uma história que foi muito mal aproveitada.
O Céu de Tóquio à Noite é Sempre do Mais …
3.3 13Um retrato contundente das relações humanas na era da tecnologia, onde o afastamento se torna a cultura do não me toque e a atenção vive sendo voltada para a tela do celular como uma nova extensão do homem. A vida de uma pessoa pode ser comparada à de um cachorrinho prestes a ser sacrificado e o mais surpreendente é estar num local com mais de 10 milhões de pessoas e não ter uma ao menos que se importe. Extremamente lírico, reflexivo e com animações que reforçam a mensagem que o filme quer passar.
Vergel
3.2 11Um filme extremamente sensorial e artístico. Kris Niklison capta a beleza e a essência de cada objeto e ser nos respectivos planos do filme. A narrativa é um pouco pesada e cansativa, talvez pela horizontalização dos beats e uma falta de pitchs no roteiro. A direção chama a atenção pela fotografia e a arte. É curioso ver que o fato do filme ser gravado em uma única locação e haver uma repetição das ações da personagem da Camila Morgado, não tornou as cenas repetitivas, uma vez que elas chamam a atenção mais pela arte do que pela narrativa.
Cartas para um Ladrão de Livros
4.1 16O filme merece o prêmio Premiere Brasil na categoria documentário. A direção tá de parabéns!
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1K Assista AgoraSayid is back !
Velozes e Furiosos 7
3.8 1,7K Assista AgoraMuitas emoções com esse crédito final em homenagem ao eterno Paul <3
A Boa Mentira
4.2 360 Assista AgoraA inocência pura e não capitalista é representada nesse longa que retrata de uma forma bem contundente a saga dos sobreviventes da Chacina (e não da Guerra porque não houve defesa) do Sudão de 1983. A pergunta que me vem no começo do filme é: A religião não deveria trazer paz?
Em um vilarejo com pouquíssimos recursos primários, desde a juventude, os Garotos Perdidos do Sudão são acostumados a uma realidade trágica, a única que conhecem e vivenciam diariamente. Para eles o mundo é apenas aquilo e nada mais. Buscando a Vida e não a Morte se tornam crianças nômades e sobrevivem do jeito mais duro possível, vemos isso na cena em que bebem urina e quando andam até o Quênia em busca de segurança.
Rodeados pela Guerra e pela insegurança, após milhares de quilômetros percorridos, encontram ajuda e esperança num abrigo de refugiados. E é a partir da chegada aos Estados Unidos, capital do capitalismo, que notamos o como é forte a dicotomia de valores. Há uma miscelânea de pensamentos fortemente presente. Sem conhecimento da cultura capitalista descobrem a Coca-Cola, a Colgate e o McDonalds ao chegar nos EUA. E no mercado são apresentados ao disperdício.
Eles se divertem com coisas tão simples (como olhar para o céu e contar piadas) e possuem uma relação interpessoal que ninguém mais possui por ter sido violada ao longo do tempo pela tecnologia. Claramente mostrado na cena do telefone em que os meninos aguardam na janela a responsável pelos empregos enquanto ela está telefonando para anunciar a sua chegada, sempre recorrendo a tecnologia. A união deles não deixa que o Capitalismo interfira em seus valores. Enquanto eles possuem Vilas na África, nos EUA cada um tem uma casa. No Sudão a mulher possui um marido, e caso não, é sustentada pelos filhos, enquanto nos Estados Unidos há uma igualdade conquistada onde a mulher pode trabalhar e viver sozinha a partir do seu sustento, assim como os homens.
Esse filme possui uma história emocionante e que deve ser mostrada a todos, com um grande elenco, destacado pela Reese Witherspoon, um forte roteiro e uma bela fotografia.
Romance
4.0 574Que belo roteiro, falas poéticas encantantes! A escolha do elenco não poderia ser melhor, sentimos a paixão e o amor a cada cena que segue!
Paixão
2.7 333Karoline Herfurth <3
A Perfect Ending
3.3 54Um filme de tamanha leveza que nos faz refletir o quão semelhante a história é com a realidade de muitas mulheres. Porém são poucas as que possuem coragem de ir em busca da sua felicidade.
Circunstância
3.5 133Um retrato contundente da fixidez do que as pessoas são não pode ser variável, pois essas não podem ser variáveis. Elas tem de se encaixar na perfeição que lhes é imposta. O indivíduo não pode ter a sua peculiaridade, e não se tratando das mulheres apenas, mas de todos os LGBT’s. Viver é morrer, é preciso sobreviver. As mulheres acabam querendo sair da sua Zona de crescimento porque não há conforto, não há felicidade, apenas Melancolia. E quando o medo prevalece? O monopólio de sentidos e sentimentos é uma questão de massa. Trata-se de pessoas vazias que não são capazes de juntar gestos e palavras com sentimentos.
Nós mulheres não somos mais nada além de mercadorias diante desse padrão imposto, onde não podemos seguir o que queremos do futuro e sermos nós mesmas. Nós vemos no filme o como é triste uma mãe assistir a infelicidade da filha e não poder fazer nada porque ela deve se ajustar a uma realidade hipócrita.
Como ter um processo de construção identitória quando há um doente imaginário de uma sociedade perfeita? O mundo perfeito é um Mito. Machismo é ignorância. Onde estão as mentes emotivas masculinas? Trata-se de uma sociedade marcada pela ignorância. O pior castigo que o ser humano pode sofrer é o de não ter o direito de se expressar. Viver em uma jaula interna com os seus direitos e sentimentos trancafiados, independente da Cultura e de seus costumes. A única procura é pela liberdade individual. Direitos humanos deveria ser algo iquestionável. Não dá para aceitar a realidade quieta, é o mesmo que dizer que não queremos mudanças.
Ser submissa? A mulher não é uma escrava e muito menos um objeto. Ela também possui sentimentos igual aos homens. Falta respeito e compaixão. É preciso vencer o machismo e o autoritarismo para que se possa evoluir. Nós não conseguimos o direito de voto? Não conquistamos o nosso lugar no Mercado de Trabalho? Coisas que pareciam impossíveis há alguns anos atrás. A Mulher no Oriente também pode, é uma questão de união e vencer o Medo!
Os Desconectados
3.9 442 Assista AgoraO filme nos mostra a força e o impacto da tecnologia na realidade transmissionista de aldeia global em que estamos inseridos atualmente. A cultura tipográfica promove o individualismo, acaba com as nossas relações interpessoais. Essa cultura aristocrática promove um processo de exclusão a medida que os seus amigos passam a ser àqueles que estão na rede, que na verdade, você não conhece. Essa validade de conexão diária está clara na cena do jantar, em que alguns estão no celular e outros tentando ter uma conversa corpo a corpo, porém a capacidade de processamento das informações está abalada por conta de uma atenção voltada aos dispositivos eletrônicos.
Estar e não estar no lugar ao mesmo tempo, essa é a questão. As cenas de Kyle e dos outros jovens deixam clara essa superação da rede, e dessa ubiquidade. Uma nova relação de corpo na rede. A relação atual de "What I see, What I gets", pois os jovens daquele prédio fazem tudo o que for preciso para conseguir os últimos lançamentos da moda, desde tênis a celulares de última geração. E com o Agora, o Imediato, o Futuro se acaba. Sobra só o Presenteismo, onde o momento não sessa, onde Kyle não pença no seu futuro, só no Agora. Mas aquele corpo no Futuro, não é o de Agora, ele não possui certeza de estabilidade no que realiza um tempo mais adiante.
A vida privada passa a ser uma elaboração burguesa no sentido histórico. Isso nós vemos nas cenas em que a foto do menino vaza na Internet e com o casal que tem as suas identidades roubadas. Se nessa infobesidade não nos resta a nossa ID, o que nos Resta?
Excelente produção! Recomendo que todos assistam, porque infelizmente é a nossa realidade. A rede pode nos trazer muitas coisas boas, mas pode nos trazer malefícios, uma vez que você não sabe quem está do outro lado desse Fractal.
Se Eu Ficar
3.5 1,9K Assista AgoraCairam alguns ciscos no meu olho.
Bridegroom
4.3 159Intenso! No meio de tanta emoção a gente percebe o como o mundo demora a se desenvolver e que mesmo no meio de tanta demora para um desenvolvimento há pessoas com pensamentos arcaicos, retrógrados que atrapalham a felicidade dos outros, que impedem que a diferença seja feita. É surreal ver que mesmo diante de uma tragédia, o posicionamento da família continua o mesmo, nem diante de tanta tristeza eles continuam sendo incapazes de abrir mão de pensamentos arcaicos que não deveriam existir em pleno sec XXI.
Jogo de Xadrez
2.1 54Fraco! Só serve pra mostrar que o dinheiro fala mais alto.
Minha Vida em Cor-de-Rosa
4.3 394 Assista AgoraÉ revoltante como o ser humano pode ser tão retrógrado.
Cartas na Mesa
3.6 113 Assista AgoraElenco impecável!
Juntos e Misturados
3.5 1,1K Assista AgoraHilário!
Sim ou Não 2
3.8 105Apaixonada !
Transformers: A Era da Extinção
3.0 1,4K Assista AgoraUma nova sequência beeem melhor.